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Viver em liberdade | Ashley Ramirez | TEDxHuntsville

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    Hoje, quero perguntar-vos:
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    o que é que significa viver em liberdade?
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    Aqui na América vivemos todos
    em liberdade, não é?
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    Temos liberdade de expressão,
    liberdade de religião,
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    temos direito a um julgamento justo,
  • 0:21 - 0:24
    mas é só isso que conta
    para viver em liberdade?
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    Para mim, não é.
    É muito mais do que isso.
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    Significa viver a nossa vida,
    levando por diante a nossa paixão.
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    Significa viver uma vida
    que nos torne realmente felizes.
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    E não a vida que torne felizes
    os nossos amigos,
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    que torne felizes as celebridades,
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    mas que nos torne felizes, a nós.
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    Significa não deixar
    que os pequenos contratempos
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    que acontecem sempre
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    se intrometam na nossa vida quotidiana.
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    Significa não desejar que os dias passem
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    apenas para chegarmos ao fim de semana.
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    Acho que muitos de nós
    não estamos a viver em liberdade.
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    Deixamos que as coisas negativas
    do dia-a-dia
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    se intrometam na procura
    dos nossos sonhos e da nossa felicidade.
  • 1:12 - 1:15
    Eu tive a sorte de, há bem pouco tempo,
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    ser empurrada para um estilo
    de vida em liberdade.
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    Foi de modo muito indireto,
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    foi uma situação muito inoportuna,
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    mas estou grata por isso.
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    E quero partilhar a minha história
  • 1:30 - 1:35
    de como consegui
    quebrar limitações interiores
  • 1:35 - 1:38
    e criar relações com pessoas
    que me apoiaram
  • 1:38 - 1:40
    e quiseram ajudar-me
    a realizar os meus sonhos,
  • 1:40 - 1:43
    para começar a viver em liberdade.
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    Estamos em 21 de janeiro de 2013,
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    e eu acabo de defender com êxito
    o meu doutoramento em Química,
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    na Universidade Duke,
    numa sala cheia de gente.
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    Como podem imaginar, sentia-me nas nuvens.
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    O trabalho de muitas horas,
    seis dias e meio por semana
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    durante cinco anos — e, confesso,
    com algumas lágrimas pelo meio,
  • 2:02 - 2:04
    tinha terminado finalmente.
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    Não só tinha terminado,
    como eu estava orgulhosa.
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    Estava orgulhosa
    do trabalho que tinha feito.
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    Sentia que tinha dado uma contribuição
  • 2:11 - 2:13
    para a comunidade científica.
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    Também tinha arranjado trabalho,
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    o que é cada vez mais raro hoje em dia
  • 2:18 - 2:20
    para quem tem um curso superior
  • 2:20 - 2:22
    — mas isso é um outro tópico
    para outro dia.
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    Em meados de fevereiro,
    eu ia começar a trabalhar
  • 2:25 - 2:27
    no Arsenal Redstone, para o exército.
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    Estava entusiasmada.
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    Ia realizar o que julgava ser o meu sonho
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    de ajudar a nossa nação a defender-se.
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    Tinha tudo preparado
    para a minha transição
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    da universidade para o mundo real.
  • 2:44 - 2:46
    Vendemos a nossa casa
    na Carolina do Norte,
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    e o meu marido, Taylor,
    conseguiu arranjar emprego,
  • 2:49 - 2:51
    aqui em Huntsville,
    numa instituição financeira.
  • 2:52 - 2:55
    Mudámo-nos, instalámo-nos
    na nossa casinha alugada,
  • 2:55 - 2:57
    aqui em Huntsville.
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    É sexta-feira e devo começar a trabalhar
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    segunda-feira de manhã cedo.
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    Reparem, estamos em meados de fevereiro,
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    devem saber o que se passava,
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    quando surge um email que diz:
  • 3:10 - 3:13
    "Lamentamos, a data do início
    do seu trabalho foi adiada,
  • 3:14 - 3:16
    "e, de momento, não sabemos
  • 3:16 - 3:19
    "quando poderemos contratá-la".
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    Esperem aí, estão a gozar, não estão?
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    O emprego tinha-nos trazido
    para Huntsville.
  • 3:26 - 3:29
    A única razão por que nos tínhamos
    mudado para aqui,
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    tinha ido por água abaixo.
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    E eu ficara desempregada.
  • 3:34 - 3:36
    O que havíamos de fazer?
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    Podíamos voltar para a Carolina do Norte,
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    temos lá os nossos amigos.
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    Mas não temos casa, não temos emprego,
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    para onde quer que vamos,
    temos que começar do zero.
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    No pouco tempo
    que aqui estivemos em Huntsville,
  • 3:50 - 3:52
    percebemos que gostávamos da cidade,
  • 3:52 - 3:54
    e pensámos que podíamos ser felizes aqui
  • 3:54 - 3:56
    e fazer aqui o nosso lar.
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    Portanto, decidimos:
    "Somos novos,
  • 3:59 - 4:01
    "porque não ficamos
    e não experimentamos?"
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    Felizmente, Taylor tinha aqui um emprego
  • 4:03 - 4:05
    e portanto tínhamos rendimentos
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    para nos aguentarmos durante algum tempo,
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    até eu perceber
    o que é que iria fazer.
  • 4:11 - 4:14
    A princípio, senti-me bem
    em ficar em casa.
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    A casa estava limpa,
    o jantar na mesa todas as noites.
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    Era muito diferente da vida
    na universidade.
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    Senti-me bem a descansar,
    durante duas semanas.
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    Mas descobri que ficar em casa
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    não condiz muito bem
    com a minha personalidade.
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    Precisava de um objetivo.
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    Precisava de desafios.
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    Precisava de ser feliz
    e precisava de ter liberdade.
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    Assim, o que é que eu fiz?
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    Comecei com um negócio.
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    Se perguntarem aos nossos amigos
    na Carolina do Norte
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    se eu era o tipo de pessoa
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    para me lançar e iniciar um negócio
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    desatariam a rir, talvez histericamente.
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    Não que eu não seja criativa ou motivada;
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    mas não sou pessoa de correr riscos.
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    Tenho imenso medo do desconhecido,
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    e gosto de microgestão.
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    Gosto de ter tudo bem planeado,
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    de conhecer todos os passos a dar.
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    Afinal de contas, sou química.
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    Lançar-me num novo negócio
    exige um risco substancial,
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    e aquele não era um negócio qualquer.
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    Eu queria abrir uma padaria
    de produtos sem glúten,
  • 5:28 - 5:31
    aqui em Huntsville, no Alabama,
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    no sul, a terra dos fritos.
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    Hmm... vejamos, isso pode
    não correr lá muito bem.
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    Como eu sou alérgica ao glúten,
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    fiquei admirada por haver
    tão pouca consciência,
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    e por haver tantas padarias
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    aqui em Huntsville.
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    Sempre gostei de cozinhar,
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    e o meu marido sempre sonhou
    em ter um negócio.
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    Mas uma padaria
    nunca lhe tinha passado pela cabeça.
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    Mas as coisas que nós fazemos
    pelas pessoas que amamos, não é?
  • 6:06 - 6:10
    Assim, eu sabia que,
    para lançar esse negócio,
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    tinha que correr o risco.
  • 6:12 - 6:16
    Por vezes penso que as maiores limitações
    que enfrentamos
  • 6:16 - 6:19
    são as que nós estabelecemos
    para nós próprios.
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    Construímos muros que nos limitam,
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    e que são totalmente auto impostos.
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    Como eu gosto de microgestão,
  • 6:28 - 6:32
    Taylor e eu sentámo-nos
    e começámos a olhar para os números.
  • 6:32 - 6:36
    Olhámos para as vendas
    que teríamos que fazer
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    só para pagar a renda
    numa cozinha comercial,
  • 6:39 - 6:44
    fora os equipamentos,
    o seguro, tudo o resto.
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    Eu disse: "Não há hipótese.
  • 6:46 - 6:49
    "Não é possível haver
    tanta gente em Huntsville
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    "que precise de alimentos sem glúten
  • 6:51 - 6:54
    "ou esteja interessada
    num estilo de vida mais saudável".
  • 6:55 - 6:56
    Quis desistir.
  • 6:57 - 6:59
    Disse: "Não há hipótese,
    não vai resultar".
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    O meu medo do desconhecido
    estava a impor-se.
  • 7:02 - 7:05
    Não estava disposta a correr esse risco.
  • 7:06 - 7:10
    Uma das outras peças cruciais
    para viver em liberdade,
  • 7:10 - 7:13
    para além de quebrar as nossas limitações,
  • 7:13 - 7:15
    é criar relações com as pessoas
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    que nos apoiam e nos ajudam a evoluir.
  • 7:19 - 7:21
    Taylor, o meu marido,
  • 7:21 - 7:24
    sabia que aquilo me iria fazer feliz,
  • 7:24 - 7:27
    sabia que era um dos meus sonhos.
  • 7:28 - 7:30
    Disse-me: "Vamos em frente".
  • 7:30 - 7:33
    Resisti, resisti durante muito tempo.
  • 7:35 - 7:37
    Ele disse-me:
    "Não, vamos em frente. Vamos tentar.
  • 7:38 - 7:41
    "Se falhar, falhou.
    Não podemos dizer que não tentámos".
  • 7:42 - 7:44
    E assim foi.
  • 7:44 - 7:45
    Começámos em pequena escala,
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    com os meios em que eu
    me sentia confortável,
  • 7:48 - 7:50
    começámos nos mercados de produtores,
  • 7:50 - 7:53
    para avaliar o interesse na área,
  • 7:53 - 7:55
    antes de nos lançarmos numa loja.
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    Recebemos uma boa resposta.
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    Estava tudo a correr bem,
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    estávamos a planear
    a abertura da nossa loja,
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    quando recebi um telefonema:
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    "O seu emprego já está disponível,
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    "e é favor entrar ao serviço".
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    Eu estava ao abrigo
    de um contrato para uma bolsa,
  • 8:17 - 8:20
    e, apesar de ter estado desempregada
    durante seis meses,
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    pediam-me que voltasse atrás
    e me apresentasse ao trabalho.
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    Estávamos de novo numa encruzilhada.
    Que fazer?
  • 8:28 - 8:33
    Sinto-me feliz, estou a gostar da padaria,
    encontrei a minha paixão.
  • 8:33 - 8:37
    Estou a viver o meu sonho,
    estou a viver em liberdade.
  • 8:39 - 8:43
    Não sabia o que fazer.
    Pensei que tínhamos que desistir.
  • 8:43 - 8:46
    Como é que posso dirigir uma padaria
    e trabalhar a tempo inteiro?
  • 8:47 - 8:51
    Nessa altura, o meu marido
    não estava feliz com o emprego dele.
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    Não lhe estava a agradar.
    Não estava a viver livremente.
  • 8:57 - 9:01
    Lá vem de novo o Super-homem
    a salvar o dia.
  • 9:01 - 9:04
    Disse-me: "Vou largar o meu emprego,
  • 9:05 - 9:06
    "eu dirijo a padaria".
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    "Tu, a cozer bolinhos!?"
  • 9:12 - 9:15
    "Em casa és um Super-homem,
    usas uma capa.
  • 9:15 - 9:17
    "Mas usar um avental
    é uma coisa muito diferente".
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    Ele disse: "Eu sei que isso te faz feliz,
  • 9:21 - 9:23
    "Eu não estou feliz neste momento.
  • 9:23 - 9:26
    "Talvez eu consiga descobrir
    a mesma paixão que tu tens.
  • 9:26 - 9:29
    "Talvez eu possa começar
    a viver livremente".
  • 9:29 - 9:31
    Assim, deixou o emprego.
  • 9:32 - 9:34
    E eu, que não gosto de correr riscos,
  • 9:34 - 9:36
    passei muitas noites sem dormir.
  • 9:37 - 9:41
    Agora, estamos no negócio há seis meses,
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    as coisas estão a correr bem.
  • 9:43 - 9:46
    Taylor dirige a padaria durante o dia.
  • 9:46 - 9:48
    Eu trabalho no Arsenal no turno da manhã,
  • 9:48 - 9:51
    e depois vou para casa
    e cozinho durante a tarde.
  • 9:52 - 9:53
    Sentimo-nos felizes.
  • 9:54 - 9:57
    Estamos onde pensávamos que estaríamos?
  • 9:57 - 10:00
    Se nos tivessem perguntado isto
    há um ano, bem, não.
  • 10:01 - 10:03
    Estamos a ganhar o dinheiro
  • 10:03 - 10:06
    que planeávamos ganhar aqui em Huntsville?
  • 10:06 - 10:08
    Oh, não, de modo nenhum.
  • 10:09 - 10:13
    Mas que interessa? Estamos felizes,
  • 10:14 - 10:16
    e estamos a viver livremente.
  • 10:16 - 10:18
    Taylor dir-vos-á que se levanta cedo
  • 10:18 - 10:21
    todas as manhãs, duas horas mais cedo,
  • 10:21 - 10:23
    mas sente-se entusiasmado
    por começar o dia.
  • 10:24 - 10:28
    Essa paixão, esse entusiasmo,
    é assim que devemos viver
  • 10:28 - 10:30
    todos os dias da nossa vida.
  • 10:32 - 10:34
    Por isso, quero perguntar-vos:
  • 10:34 - 10:37
    Estão a viver em liberdade?
  • 10:37 - 10:40
    Quanto a muitos dos oradores
    que por aqui passaram hoje,
  • 10:40 - 10:41
    posso dizer que eles estão.
  • 10:41 - 10:43
    Pudemos ver a paixão
  • 10:43 - 10:46
    pudemos sentir a alegria pelo que fazem,
  • 10:46 - 10:49
    e essa alegria é contagiante.
  • 10:49 - 10:53
    Portanto, se estão a viver em liberdade,
    dou-vos os parabéns,
  • 10:53 - 10:56
    continuem com um bom trabalho
    e continuem a espalhar a alegria.
  • 10:58 - 11:02
    Mas, se não estão, desafio-vos.
  • 11:03 - 11:07
    Vão precisar de quebrar
    algumas das vossas limitações.
  • 11:07 - 11:09
    Vão ter que encontrar a vossa paixão,
  • 11:09 - 11:12
    e isso pode exigir que corram um risco.
  • 11:13 - 11:17
    Mas criem ligações com quem
    vos ajude a evoluir,
  • 11:17 - 11:19
    e que apoie os vossos sonhos,
  • 11:21 - 11:23
    e comecem a viver em liberdade.
  • 11:23 - 11:26
    O amanhã está quase a chegar.
  • 11:27 - 11:29
    Querem desperdiçar mais um dia?
  • 11:30 - 11:31
    Obrigada.
  • 11:31 - 11:33
    (Aplausos)
Title:
Viver em liberdade | Ashley Ramirez | TEDxHuntsville
Description:

Ashley Ramirez chega a Huntsville, em janeiro de 2013, acabada de se formar na universidade com um doutoramento em Química, planeando começar a trabalhar no Arsenal Redstone semanas depois. No entanto, o trabalho dela é inicialmente cancelado e ela, juntamente com o marido, montam uma padaria de produtos sem glúten.

Esta palestra foi feita num evento TEDx, usando o formato das Conferências TED, mas organizado de forma independente por uma comunidade local. Saiba mais em: http://ted.com/tedx

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
11:39

Portuguese subtitles

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