Uma forma diferente de visualizar o ritmo
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0:06 - 0:10Habitualmente pensamos no ritmo
como um elemento musical, -
0:10 - 0:13mas é encontrado em toda a parte
do mundo à nossa volta. -
0:13 - 0:15Desde as marés
ao bater do nosso coração, -
0:15 - 0:19o ritmo é essencialmente um evento
que se repete regularmente no tempo. -
0:19 - 0:22Até o próprio tiquetaque do relógio
é uma espécie de ritmo. -
0:22 - 0:23Mas para ritmo musical,
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0:23 - 0:27uma linha contínua
de tempos repetidos é insuficiente. -
0:27 - 0:31Para isso, precisamos de, pelo menos,
um contratempo com um som diferente, -
0:31 - 0:35que pode ser um contratempo
ou um tempo forte. -
0:35 - 0:38Há muitas maneiras
de produzir estes tempos, -
0:38 - 0:40quer com os tambores altos e baixos
de uma bateria, -
0:40 - 0:43quer ou com batimentos curtos ou longos.
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0:43 - 0:47O som principal assim obtido
não obedece a uma regra precisa, -
0:47 - 0:50mas tal como a famosa jarra de Rubin,
pode ser revertido, -
0:50 - 0:52dependendo da perceção cultural.
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0:52 - 0:56Na notação tradicional, o ritmo
é indicado numa pauta musical, -
0:56 - 0:58mas existem outras formas.
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0:58 - 0:59Lembremo-nos do relógio.
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0:59 - 1:03Tal como a montra redonda pode indicar
a passagem linear do tempo, -
1:03 - 1:05também o fluxo rítmico
pode ser indicado em círculo. -
1:05 - 1:09A continuidade de uma roda pode ser
uma forma mais intuitiva de ver o ritmo -
1:09 - 1:13do que uma pauta linear que requer
andar para a frente e para trás na página. -
1:13 - 1:16Podemos marcar as batidas
em diferentes posições em torno do círculo -
1:16 - 1:20usando pontos azuis nos tempos principais,
laranjas para os contratempos -
1:20 - 1:22e brancos para os tempos secundários.
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1:22 - 1:27Cá está um ritmo a dois tempos básico
composto por um tempo e um contratempo. -
1:30 - 1:35Ou, um ritmo básico a três tempos
com um tempo, contratempo e secundário. -
1:38 - 1:42E os espaços entre cada tempo
podem ser divididos em secundários -
1:42 - 1:45usando múltiplos de cada dois ou três.
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1:45 - 1:47Sobrepor múltiplos padrões usando
rodas concêntricas -
1:47 - 1:50permite-nos criar ritmos mais complexos.
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1:50 - 1:53Por exemplo, podemos combinar
um ritmo básico de dois tempos -
1:53 - 1:54com contratempos
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1:54 - 1:57para obter um sistema de quatro tempos.
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1:57 - 2:01Esta é a estrutura reconhecível de muitos
géneros populares à volta do mundo, -
2:01 - 2:04desde o "rock",
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2:04 - 2:07"country",
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2:07 - 2:11e "jazz",
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2:11 - 2:13ao "reggae"
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2:13 - 2:15e "cumbia".
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2:15 - 2:19Ou podemos combinar um ritmo
de dois tempos com um de três tempos. -
2:22 - 2:26Eliminando o tempo principal extra
e rodando a roda interna -
2:26 - 2:30deixa-nos com um ritmo
cuja medida é 3/4. -
2:32 - 2:36Esta é a base da música
dos Dervixes rodopiantes, -
2:39 - 2:42assim como de um largo escopo
de ritmos latino-americanos, -
2:42 - 2:45como o "joropo",
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2:49 - 2:54e até a famosa "Chaconne" de Bach.
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3:00 - 3:05Ora, se nos lembrarmos da jarra de Rubin
e ouvirmos os contratempos e tempos, -
3:05 - 3:07isto dá-nos uma medida 6/8,
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3:07 - 3:10tal como se encontra em géneros
como a "chacarera" -
3:11 - 3:13e a "quechua",
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3:14 - 3:17na música persa, e noutras.
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3:20 - 3:23No sistema de oito tempos,
temos três círculos sobrepostos, -
3:23 - 3:27cada ritmo tocado
por um instrumento diferente. -
3:37 - 3:39Nós podemos então adicionar
uma camada externa -
3:39 - 3:42que consiste
num componente rítmico suplementar, -
3:42 - 3:45reforçando o som principal
e melhorando a exatidão. -
3:56 - 3:59Agora, vamos retirar tudo
exceto este ritmo combinado -
3:59 - 4:01e os dois tempos básicos no topo.
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4:01 - 4:05Esta configuração rítmica é encontrada
no "cinquillo" cubano, -
4:07 - 4:10na "bomba" porto-riquenha,
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4:12 - 4:14e na música do norte da Roménia.
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4:19 - 4:22Rodando o círculo exterior 90º em sentido
contrário aos ponteiros do relógio, -
4:22 - 4:27dá-nos um padrão encontrado frequentemente
na música do Médio Oriente, -
4:31 - 4:34assim como no "choro" brasileiro,
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4:37 - 4:40e no "tango" argentino.
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4:44 - 4:48Em todos estes exemplos, o ritmo
reforça o par básico 1/2, -
4:48 - 4:52mas de diferentes formas, dependendo
do arranjo e do contexto cultural. -
4:52 - 4:55Afinal, o método da roda
é mais do que uma forma sofisticada -
4:55 - 4:58de visualizar ritmos complexos.
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4:58 - 5:00Ao libertar-nos da tirania da pauta,
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5:00 - 5:03conseguimos visualizar o ritmo
em termos de tempo, -
5:03 - 5:07e uma simples volta da roda pode levar-nos
numa viagem musical à volta do mundo.
- Title:
- Uma forma diferente de visualizar o ritmo
- Speaker:
- John Varney
- Description:
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Na notação padrão, o ritmo é indicado numa barra musical. Mas há outras formas de visualizar o ritmo que podem ser mais intuitivas. John Varney descreve o "método da roda" para detetar o ritmo e usa-o para nos levar numa viagem musical à volta do mundo.
[Realizada por TED-Ed, narrada por Addison Anderson].
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TED-Ed
- Duration:
- 05:23
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for A different way to visualize rhythm | ||
Isabel Vaz Belchior approved Portuguese subtitles for A different way to visualize rhythm | ||
Margarida Ferreira accepted Portuguese subtitles for A different way to visualize rhythm | ||
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for A different way to visualize rhythm | ||
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for A different way to visualize rhythm |