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A reversão do diabetes tipo 2 começa com a desconsideração das diretrizes | Sarah Hallberg | TEDxPurdueU

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    Eu tenho o melhor emprego do mundo.
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    Sou médica.
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    Mas não é só por isso.
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    Sou especialista em obesidade.
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    Tenho a honra de trabalhar
    com um grupo de pessoas
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    que enfrentam um dos piores
    tipos de preconceito: ser gordo.
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    Quando chegam ao meu consultório,
    elas já passaram por muito sofrimento:
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    vergonha, culpa, censura,
    e muita discriminação.
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    Para muitos, incluindo aqueles
    que trabalham na área de saúde,
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    essas pessoas são culpadas pela
    situação em que se encontram.
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    Se, ao menos, elas conseguissem
    se controlar, não estariam acima do peso;
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    além disso, elas não têm
    motivação para mudar.
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    Eu não concordo com isso.
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    A culpa está no tipo de orientação
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    que damos aos nossos pacientes.
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    Está na hora de mudarmos isso.
  • 0:59 - 1:04
    A obesidade é uma doença,
    não se trata de falta de caráter.
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    É uma doença hormonal que envolve
    vários tipos de hormônios.
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    Um dos principais é
    o hormônio chamado insulina.
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    Muitas pessoas obesas
    são resistentes à insulina.
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    O que exatamente significa
    ser resistente à insulina?
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    A resistência insulínica é basicamente
    o estágio anterior ao pré-diabetes tipo 2.
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    A função da insulina é colocar glicose,
    isto é, açúcar no sangue,
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    dentro das células para ser usado.
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    Resumindo, quando uma pessoa
    tem resistência insulínica,
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    as suas células têm dificuldade
    de receber glicose.
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    A glicose não pode ficar no sangue
    após nos alimentarmos
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    porque teríamos uma crise diabética
    depois de cada refeição.
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    Quando uma pessoa
    tem resistência insulínica,
  • 1:52 - 1:56
    o organismo reage
    produzindo mais insulina.
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    Os níveis de insulina
    aumentarão cada vez mais.
  • 1:59 - 2:00
    Por algum tempo ou até anos,
  • 2:00 - 2:02
    esse processo vai ser suficiente
  • 2:02 - 2:05
    para que os níveis de açúcar no sangue
    possam permanecer normais.
  • 2:05 - 2:08
    Mas, em geral, esse processo
    não funciona para sempre.
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    Nem mesmo níveis de insulina elevados
    serão suficientes para manter
  • 2:13 - 2:16
    o açúcar no sangue dentro da normalidade.
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    Logo, o nível glicêmico começa a aumentar.
  • 2:18 - 2:20
    Diabetes é isso.
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    Talvez não fiquem surpresos ao saber
  • 2:22 - 2:26
    que a maioria dos meus pacientes
    tem resistência insulínica ou diabetes.
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    Se você estiver pensando:
    "Ufa! Esse não é o meu caso",
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    é melhor pensar melhor.
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    Aproximadamente 50% da população americana
    adulta têm diabetes ou pré-diabetes.
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    Isso equivale a 120 milhões de pessoas.
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    Mas não é todo mundo
    que tem problema com insulina.
  • 2:46 - 2:47
    Como estava dizendo,
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    as pessoas têm altos níveis de insulina
    por serem resistentes à insulina
  • 2:52 - 2:54
    por vários anos ou até mesmo décadas
  • 2:54 - 2:58
    antes de o pré-diabetes ser diagnóstico.
  • 2:58 - 3:03
    Além disso, já ficou comprovado que
    16 a 25% dos adultos com peso normal
  • 3:03 - 3:05
    também são resistentes à insulina.
  • 3:05 - 3:11
    Se estiverem acompanhando o raciocínio,
    isso inclui muita gente.
  • 3:11 - 3:14
    O problema da resistência insulínica é:
  • 3:14 - 3:20
    se ela subir, corremos o grande
    risco de desenvolver diabetes tipo 2.
  • 3:20 - 3:24
    Além disso, a insulina faz
    com que a gente sinta fome,
  • 3:24 - 3:29
    e é muito provável que os alimentos que
    ingerimos sejam armazenados como gordura.
  • 3:29 - 3:33
    A insulina é o hormônio
    que armazena gordura.
  • 3:33 - 3:38
    Agora começamos a entender a dificuldade
    que doenças como a obesidade
  • 3:38 - 3:42
    e os problemas de metabolismo,
    como o diabetes, tem que enfrentar.
  • 3:42 - 3:45
    Mas o que acontece se investigarmos
    esse problema desde o início,
  • 3:45 - 3:51
    quando a insulina não tinha
    que lidar com tanta glicose?
  • 3:51 - 3:53
    Vamos ver como seria essa situação.
  • 3:53 - 3:55
    Tudo o que comemos é
  • 3:55 - 3:58
    carboidrato ou proteína ou gordura.
  • 3:58 - 4:01
    Cada elemento produz
    efeitos diferentes na glicose,
  • 4:01 - 4:05
    portanto, nos níveis de insulina
    como podem ver no gráfico.
  • 4:05 - 4:06
    Quando ingerimos carboidratos,
  • 4:06 - 4:10
    os níveis de insulina e glicose
    sobem rapidamente.
  • 4:10 - 4:13
    Quando ingerimos proteínas,
    a situação melhora bastante.
  • 4:13 - 4:16
    Mas veja o que acontece
    quando ingerimos gordura.
  • 4:16 - 4:20
    Basicamente não acontece nada,
    uma linha reta.
  • 4:20 - 4:24
    Essa informação será muito importante.
  • 4:24 - 4:27
    Agora vou transportar esse gráfico
  • 4:27 - 4:30
    para a nossa realidade.
  • 4:30 - 4:31
    Quero que vocês se lembrem
  • 4:31 - 4:37
    da última vez que comeram
    a versão americana da comida chinesa.
  • 4:37 - 4:40
    Nós sabemos que há regras
    associadas a isso, não é?
  • 4:40 - 4:42
    Primeira regra: você vai comer demais
  • 4:42 - 4:45
    porque o sinal para parar de comer
    somente é enviado
  • 4:45 - 4:48
    quando o botão da sua calça estiver
    literalmente estourando.
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    Segunda regra: em uma hora
    você estará morrendo de fome.
  • 4:52 - 4:53
    Por quê?
  • 4:53 - 4:57
    Porque o arroz da refeição fez os níveis
    de glicose e insulina subirem rapidamente
  • 4:57 - 5:02
    desencadeando a fome, o armazenamento
    de gordura e uma intensa vontade de comer.
  • 5:02 - 5:05
    Se você tem resistência insulínica,
  • 5:05 - 5:08
    seus níveis de insulina já são mais altos,
  • 5:08 - 5:10
    você sente muita fome o tempo todo.
  • 5:10 - 5:12
    Isso funciona assim:
  • 5:12 - 5:16
    ao ingerir carboidratos,
    a glicose e a insulina sobem,
  • 5:16 - 5:19
    você sente fome e armazena gordura.
  • 5:19 - 5:23
    Qual é o conselho dos médicos nesse caso?
  • 5:23 - 5:27
    Essa pergunta parece importante, e é.
  • 5:27 - 5:30
    Vamos considerar apenas o diabetes tipo 2.
  • 5:30 - 5:35
    A recomendação geral é orientar
    os pacientes com diabetes tipo 2
  • 5:35 - 5:40
    a consumir entre 40 a 65 gramas
    de carboidratos por refeição,
  • 5:40 - 5:42
    e mais um pouco entre as refeições.
  • 5:42 - 5:45
    É muito carboidrato!
  • 5:45 - 5:48
    O que vai acontecer com os níveis
    de glicose e insulina
  • 5:48 - 5:50
    se comermos toda
    essa quantidade de carboidrato?
  • 5:50 - 5:54
    Basicamente, estamos recomendando
  • 5:54 - 5:58
    que eles comam exatamente
    o que está causando o problema.
  • 5:58 - 5:59
    Parece loucura?
  • 5:59 - 6:02
    É loucura mesmo!
  • 6:02 - 6:07
    O diabetes é um estado de toxicidade
    de carboidrato.
  • 6:07 - 6:10
    O açúcar no sangue não chega nas células
  • 6:10 - 6:13
    e isso causa um problema em curto prazo.
  • 6:13 - 6:17
    Mas as consequências em longo prazo
    são ainda mais graves.
  • 6:17 - 6:22
    A resistência insulínica é um estado
    de intolerância ao carboidrato.
  • 6:22 - 6:28
    Então por que insistimos em continuar
    orientando os pacientes a consumi-los?
  • 6:28 - 6:31
    As diretrizes da Associação
    Americana de Diabetes
  • 6:31 - 6:34
    afirma especificamente que as provas
    sobre a recomendação
  • 6:34 - 6:38
    de um determinado limite
    de carboidrato são inconclusivas.
  • 6:38 - 6:41
    Mas essas diretrizes também afirmam
    o que todo mundo sabe:
  • 6:41 - 6:47
    a ingestão de carboidratos
    é o fator determinante do aumento
  • 6:47 - 6:51
    dos níveis de açúcar no sangue, que
    resulta na necessidade de medicamentos.
  • 6:51 - 6:53
    Essas diretrizes também afirmam
  • 6:53 - 6:57
    que se você toma algum
    medicamento para diabetes,
  • 6:57 - 7:02
    deve comer carboidratos, caso contrário,
    o nível glicêmico pode cair muito.
  • 7:02 - 7:04
    Pois bem, vamos analisar
  • 7:04 - 7:07
    o círculo vicioso que essa orientação
    acabou de criar.
  • 7:07 - 7:11
    Ingerir carboidratos para você
    ter que tomar o remédio,
  • 7:11 - 7:13
    depois ingerir mais carboidratos
  • 7:13 - 7:15
    para evitar o efeito colateral
    dos medicamentos,
  • 7:15 - 7:18
    e assim por diante.
  • 7:18 - 7:23
    Pior ainda é que as diretrizes da ADA
    não mencionam nada sobre
  • 7:23 - 7:26
    o objetivo de reverter o diabetes tipo 2.
  • 7:26 - 7:28
    Isso precisa mudar.
  • 7:28 - 7:35
    O diabetes tipo 2 pode ser revertido
    em muitos casos e até na maioria deles,
  • 7:35 - 7:38
    principalmente se o tratamento
    começar cedo.
  • 7:38 - 7:41
    Precisamos passar
    essa informação para o público
  • 7:41 - 7:47
    e dar orientações práticas
    sobre como segui-las.
  • 7:47 - 7:49
    Vamos considerar os carboidratos.
  • 7:49 - 7:52
    Em primeiro lugar, um fato curioso:
    nós não precisamos deles.
  • 7:52 - 7:58
    É sério! Nossa necessidade diária
    mínima de carboidratos é zero.
  • 7:58 - 8:02
    Temos proteínas que são
    aminoácidos essenciais,
  • 8:02 - 8:03
    ácidos graxos essenciais,
  • 8:03 - 8:06
    mas não temos carboidratos essenciais.
  • 8:06 - 8:08
    Um nutriente é essencial
  • 8:08 - 8:13
    se precisamos dele para viver,
    e não podemos produzi-lo de outra forma.
  • 8:13 - 8:16
    Nós produzimos muita glicose o tempo todo.
  • 8:16 - 8:19
    Esse processo é chamado gliconeogênese.
  • 8:19 - 8:21
    Portanto, não precisamos de carboidratos.
  • 8:21 - 8:24
    Ficamos muito doentes com o consumo
    excessivo de carboidratos,
  • 8:24 - 8:28
    mas continuamos a recomendar que pacientes
  • 8:28 - 8:30
    consumam a metade
    do seu consumo diário total de energia
  • 8:30 - 8:34
    de carboidrato ou até mais do que isso.
  • 8:34 - 8:36
    Isso não faz sentido.
  • 8:36 - 8:37
    Vamos falar sobre o que faz sentido.
  • 8:37 - 8:40
    Cortar muitos carboidratos.
  • 8:40 - 8:42
    No meu consultório, os pacientes aprendem
  • 8:42 - 8:46
    a consumir o mínimo possível
    de carboidratos diariamente,
  • 8:46 - 8:47
    não o máximo.
  • 8:47 - 8:49
    Como isso funciona?
  • 8:49 - 8:52
    Quando os pacientes diminuem
    o consumo de carboidratos,
  • 8:52 - 8:56
    o nível de glicose cai e, portanto,
    não precisam de tanta insulina.
  • 8:56 - 9:00
    Os níveis de insulina caem rapidamente
    e isso é muito importante.
  • 9:00 - 9:03
    Um estudo que investigou
    os dados da pesquisa
  • 9:03 - 9:06
    National Health
    and Nutrition Examination Survey,
  • 9:06 - 9:08
    conhecida como NHANES,
  • 9:08 - 9:11
    mostrou que o único
    e o maior fator de risco
  • 9:11 - 9:15
    da doença da artéria coronária
    é a resistência insulínica.
  • 9:15 - 9:20
    Ela é responsável por 42%
    dos ataques cardíacos.
  • 9:20 - 9:23
    A dieta de baixo carboidrato
    funciona tão rápido
  • 9:23 - 9:28
    que podemos retirar pacientes
    de centenas de unidades de insulina
  • 9:28 - 9:30
    em questão de dias ou semanas.
  • 9:30 - 9:33
    Um caso que gosto muito de citar
    ocorreu recentemente.
  • 9:33 - 9:38
    Uma jovem com histórico
    de diabetes tipo 2 há quase 20 anos,
  • 9:38 - 9:40
    nos procurou quando um médico
    de outra clínica
  • 9:40 - 9:43
    disse que ela estava apenas doente
    e que se acostumaria com isso.
  • 9:43 - 9:46
    O diabetes dela estava fora de controle.
  • 9:46 - 9:50
    Apesar de estar tomando
    vários medicamentos,
  • 9:50 - 9:54
    incluindo quase 300 unidades de insulina,
  • 9:54 - 10:00
    injetada ininterruptamente
    através de uma bomba diariamente.
  • 10:00 - 10:03
    Mas o nível de açúcar no sangue
    ainda estava fora de controle.
  • 10:03 - 10:06
    Colocamos a jovem em uma dieta
    de baixo carboidrato.
  • 10:06 - 10:09
    Depois de quatro meses, ela perdeu peso,
  • 10:09 - 10:12
    mas, melhor do que isso,
    a doença desapareceu.
  • 10:12 - 10:16
    Os níveis de açúcar no sangue agora
    permanecem normais o tempo inteiro.
  • 10:16 - 10:21
    Tudo isso sem tomar
    nenhum remédio para diabetes.
  • 10:21 - 10:23
    Foram-se as 300 unidades de insulina,
  • 10:23 - 10:25
    nada de bomba de insulina,
  • 10:25 - 10:28
    nada de espetar o dedo
    várias vezes diariamente,
  • 10:28 - 10:32
    tudo para o espaço, fim do diabetes.
  • 10:32 - 10:37
    Um dos grandes prazeres do meu trabalho
    é poder dizer a um desses pacientes
  • 10:37 - 10:39
    que ele não tem mais diabetes
  • 10:39 - 10:42
    e riscá-la da sua lista de problemas.
  • 10:42 - 10:45
    O paciente está curado? É um milagre?
  • 10:45 - 10:48
    Vamos deixar essa façanha
    para o Doctor Oz.
  • 10:48 - 10:50
    Cura significa que a doença não voltará.
  • 10:50 - 10:54
    Se o paciente começar a consumir
    carboidratos em excesso, ela voltará.
  • 10:54 - 10:59
    Portanto, o paciente não está curado,
    mas ele não tem mais diabetes.
  • 10:59 - 11:04
    O problema está solucionado e
    continuará assim se controlarmos a causa.
  • 11:04 - 11:08
    Como uma pessoa pode
    se alimentar dessa maneira?
  • 11:08 - 11:10
    Vou explicar como esse processo funciona.
  • 11:10 - 11:15
    Baixo carboidrato não significa sem nenhum
    carboidrato nem com muita proteína.
  • 11:15 - 11:20
    Essas críticas são muito comuns
    e frustrantes porque não são verdadeiras.
  • 11:20 - 11:23
    Se cortarmos os carboidratos,
    o que colocaremos no lugar deles?
  • 11:23 - 11:28
    Existem apenas três macronutrientes:
    se um cai, o outro tem que subir.
  • 11:28 - 11:32
    Meus pacientes ingerem muita gordura.
  • 11:32 - 11:35
    O que acontece ao ingerirmos gordura?
  • 11:35 - 11:38
    Você fica feliz
  • 11:38 - 11:42
    porque gordura é gostoso,
    além de satisfazer bastante.
  • 11:42 - 11:44
    (Aplausos)
  • 11:44 - 11:46
    (Risos)
  • 11:46 - 11:49
    Mas, lembrem-se, a gordura é
    o único macronutriente
  • 11:49 - 11:53
    que manterá baixos os níveis de glicose,
    açúcar no sangue e insulina.
  • 11:53 - 11:56
    Isso é muito importante.
  • 11:57 - 12:01
    Vou mostrar para vocês as minhas regras
    bem simples de alimentação.
  • 12:01 - 12:04
    Elas serão ainda mais importantes
  • 12:04 - 12:07
    se você for uma das dezenas
    de milhares de americanos
  • 12:07 - 12:10
    que têm problema com níveis de insulina.
  • 12:10 - 12:14
    Primeira regra: não comprar se for
    "light", com baixo teor ou sem gordura,
  • 12:14 - 12:17
    pois retira-se gordura e coloca-se
    carboidratos e substâncias químicas.
  • 12:17 - 12:19
    Segunda regra: coma alimentos.
  • 12:19 - 12:22
    A regra mais importante da nutrição
    de baixo carboidrato
  • 12:22 - 12:24
    é que alimentos de verdade
    não vêm em caixa
  • 12:24 - 12:27
    e ninguém precisa dizer
    que alimento de verdade é "natural".
  • 12:27 - 12:29
    Basta olhar para saber.
  • 12:29 - 12:32
    Não coma nada que não goste.
  • 12:32 - 12:35
    Coma quando sentir fome.
    Não coma sem fome.
  • 12:35 - 12:37
    Não siga o relógio.
  • 12:37 - 12:40
    A última regra é um jeito simples
    de lembrar o que precisamos evitar.
  • 12:40 - 12:45
    Não coma cereais, batatas e açúcar.
  • 12:45 - 12:48
    Atenção! Não coma cereais, certo?
  • 12:48 - 12:49
    Não coma cereais.
  • 12:49 - 12:52
    Mas nós precisamos disso.
    Cereal é carboidrato.
  • 12:52 - 12:54
    Mas cereal integral faz bem para a saúde.
  • 12:54 - 12:58
    Na verdade, existem pouquíssimos
    alimentos realmente integrais
  • 12:58 - 13:01
    mesmo que isso esteja escrito no rótulo.
  • 13:01 - 13:04
    A maioria dos alimentos vendidos
    como integral são processados,
  • 13:04 - 13:06
    e o nutriente da fibra é descartado,
  • 13:06 - 13:11
    ou possuem alto teor de farinha refinada,
    em geral, as duas coisas.
  • 13:11 - 13:14
    Se você for uma pessoa
    sensível à insulina,
  • 13:14 - 13:16
    você pode comer alimentos integrais.
  • 13:16 - 13:21
    Mas se pertencer à enorme fatia
    da população com problemas de insulina,
  • 13:21 - 13:23
    só vai piorar as coisas.
  • 13:23 - 13:26
    O que acontece se você for
    uma pessoa sensível à insulina?
  • 13:26 - 13:28
    Você pode seguir essa dieta?
  • 13:28 - 13:30
    Sim! Eu sou um exemplo.
  • 13:30 - 13:33
    Há mais de um ano, decidi cortar
    meu consumo de carboidratos
  • 13:33 - 13:36
    conforme recomendo
    aos meus pacientes diabéticos.
  • 13:36 - 13:39
    Não preciso seguir essa dieta,
    mas eles devem segui-la à risca.
  • 13:39 - 13:42
    Não tenho resistência insulínica,
    isso é um problema?
  • 13:42 - 13:44
    Não! Essa é a grande sacada.
  • 13:44 - 13:47
    Se sofrer de uma doença extremamente rara,
  • 13:47 - 13:51
    cortar carboidrato só fará bem a você,
    mesmo que não seja necessário.
  • 13:51 - 13:56
    Vou mostrar algumas fotos
    da minha alimentação radical.
  • 13:56 - 13:59
    Este é um típico café da manhã
    na minha casa.
  • 13:59 - 14:01
    Parece que eu quebrei
    a minha própria regra?
  • 14:01 - 14:05
    Não! Meu muffin é feito
    com farinha de coco.
  • 14:05 - 14:07
    Eu ainda faço bolos em casa!
  • 14:07 - 14:12
    Não uso farinha de trigo, só farinha
    de coco, amêndoa, avelã e linho flax.
  • 14:12 - 14:13
    É uma delícia cozinhar com elas.
  • 14:13 - 14:17
    E esse é um jantar típico
    lá em casa com um amido normal.
  • 14:17 - 14:20
    Nesse caso, cogumelos refogados.
  • 14:20 - 14:25
    Eu e meus pacientes comemos sempre
    comidas deliciosas e gostamos muito disso.
  • 14:25 - 14:27
    Mas o que dizem as pesquisas?
  • 14:27 - 14:30
    Minha clínica inventou esses dados?
  • 14:30 - 14:31
    Não!
  • 14:31 - 14:34
    Existem dezenas de estudos
    controlados que investigam
  • 14:34 - 14:36
    a nutrição de baixo carboidrato
  • 14:36 - 14:39
    em doenças como diabetes, fatores
    de risco cardiovascular e obesidade.
  • 14:39 - 14:42
    São dados consistentes. A dieta funciona!
  • 14:42 - 14:45
    Existem vários estudos que mostram
  • 14:45 - 14:49
    que a nutrição de baixo carboidrato
    reduz os marcadores inflamatórios.
  • 14:49 - 14:53
    Isso é um fato bastante empolgante
    para tratar doenças como o câncer.
  • 14:53 - 14:57
    Acabamos de finalizar
    um estudo em nossa clínica.
  • 14:57 - 15:00
    Pegamos 50 pacientes com diabetes tipo 2
  • 15:00 - 15:04
    tratados com o programa de baixo
    carboidrato e alto teor de gordura
  • 15:04 - 15:08
    e comparamos com 50 pacientes
    tratados conforme as diretrizes da ADA.
  • 15:08 - 15:09
    Depois de seis meses,
  • 15:09 - 15:13
    nós encontramos uma melhora significativa
    no metabolismo do grupo
  • 15:13 - 15:14
    de baixo carboidrato.
  • 15:14 - 15:19
    Isso representa também
    uma importante redução de custos.
  • 15:19 - 15:24
    Nossa análise mostrou que nossos pacientes
    poderiam economizar mais de U$ 2 mil
  • 15:24 - 15:28
    por ano em remédios para diabetes
    que deixaram de tomar.
  • 15:28 - 15:30
    Imaginem o quanto poderíamos economizar!
  • 15:30 - 15:32
    Estamos numa epidemia de diabetes.
  • 15:32 - 15:36
    Gastamos US$250 bilhões
    por ano neste país.
  • 15:36 - 15:38
    Vejam este slide que mostra
  • 15:38 - 15:42
    a origem dessa economia.
  • 15:42 - 15:46
    O resultado mostra apenas
    a diferença do uso de insulina
  • 15:46 - 15:47
    em dois grupos após seis meses.
  • 15:47 - 15:49
    Podemos ver que
  • 15:49 - 15:52
    o grupo de baixo carboidrato
    conseguiu diminuir o nível de insulina
  • 15:52 - 15:55
    em aproximadamente 500 unidades por dia.
  • 15:55 - 15:58
    Mas o grupo tratado conforme a ADA
  • 15:58 - 16:02
    teve um aumento de aproximadamente
    350 unidades de insulina por dia.
  • 16:02 - 16:03
    Dois fatores importantes.
  • 16:03 - 16:06
    Primeiro: insulina é um produto caro.
  • 16:06 - 16:12
    Segundo: nem todas as pessoas
    nesse estudo estavam recebendo insulina.
  • 16:12 - 16:15
    Isso faz com que os resultados
    sejam ainda mais impressionantes.
  • 16:15 - 16:22
    Esse gráfico mostra duas abordagens
    diferentes para o tratamento desta doença.
  • 16:22 - 16:26
    O primeiro grupo tem a meta
    de reverter a doença,
  • 16:26 - 16:28
    portanto precisa de menos medicamento.
  • 16:28 - 16:32
    O segundo grupo,
    que segue as diretrizes da ADA
  • 16:32 - 16:36
    a qual dispõe que o diabetes
    é uma doença progressiva,
  • 16:36 - 16:38
    precisa de mais medicamento
    com o passar do tempo.
  • 16:38 - 16:42
    O diabetes é uma doença progressiva
    se não eliminarmos a causa.
  • 16:42 - 16:44
    Qual é o problema, então?
  • 16:44 - 16:47
    Por que o baixo carboidrato não
    é popular? Por que não é a regra?
  • 16:47 - 16:48
    Por dois motivos cruciais.
  • 16:48 - 16:53
    Primeiro: status quo.
    É difícil quebrar convenções.
  • 16:53 - 16:55
    Existem muitos interesses envolvidos.
  • 16:55 - 16:59
    Há algumas décadas, achávamos que
    o correto era reduzir o teor de gordura.
  • 16:59 - 17:05
    Mas uma pesquisa recente mostrou
    que não havia nenhuma prova real
  • 17:05 - 17:08
    para recomendar a retirada de gordura
    da dieta dos americanos.
  • 17:08 - 17:11
    Foi assim que os carboidratos
    foram adicionados.
  • 17:11 - 17:16
    Foi basicamente uma experiência enorme
    realizada em milhões de pessoas
  • 17:16 - 17:19
    que foi um fracasso total.
  • 17:19 - 17:21
    O segundo motivo que ninguém
    menciona é dinheiro.
  • 17:21 - 17:26
    Não se deixem enganar; pode-se lucrar
    muito mantendo uma pessoa doente.
  • 17:26 - 17:29
    Os conselhos especializados
    de posicionamentos
  • 17:29 - 17:33
    estão cheios de conflito de interesses.
  • 17:33 - 17:39
    A solução para a epidemia de diabetes
    na minha clínica é bem clara:
  • 17:39 - 17:44
    pare de tomar remédio se o problema
    for relacionado à ingestão de alimentos.
  • 17:44 - 17:48
    Para tratar uma doença
    cuja causa é o carboidrato,
  • 17:48 - 17:51
    pare de ingeri-los ou,
    pelo menos, reduza o consumo.
  • 17:51 - 17:54
    Isso não é novidade.
  • 17:54 - 17:56
    Já sabíamos disso há muito tempo,
  • 17:56 - 17:59
    foi dito milhares de anos atrás.
  • 17:59 - 18:03
    Precisamos, resgatar essa ideia já.
  • 18:03 - 18:04
    Obrigada.
  • 18:04 - 18:07
    (Aplausos)
Title:
A reversão do diabetes tipo 2 começa com a desconsideração das diretrizes | Sarah Hallberg | TEDxPurdueU
Description:

Esta palestra foi dada num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx

Uma pessoa pode ser "curada" do diabetes tipo 2? A Dra. Sarah Hallberg fornece provas convincentes de que isso é possível, e a solução é mais simples do que você imagina.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
18:12

Portuguese, Brazilian subtitles

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