A reversão do diabetes tipo 2 começa com a desconsideração das diretrizes | Sarah Hallberg | TEDxPurdueU
-
0:12 - 0:14Eu tenho o melhor emprego do mundo.
-
0:14 - 0:16Sou médica.
-
0:16 - 0:18Mas não é só por isso.
-
0:18 - 0:20Sou especialista em obesidade.
-
0:20 - 0:23Tenho a honra de trabalhar
com um grupo de pessoas -
0:23 - 0:27que enfrentam um dos piores
tipos de preconceito: ser gordo. -
0:27 - 0:31Quando chegam ao meu consultório,
elas já passaram por muito sofrimento: -
0:31 - 0:35vergonha, culpa, censura,
e muita discriminação. -
0:35 - 0:39Para muitos, incluindo aqueles
que trabalham na área de saúde, -
0:39 - 0:43essas pessoas são culpadas pela
situação em que se encontram. -
0:43 - 0:47Se, ao menos, elas conseguissem
se controlar, não estariam acima do peso; -
0:47 - 0:49além disso, elas não têm
motivação para mudar. -
0:49 - 0:52Eu não concordo com isso.
-
0:52 - 0:55A culpa está no tipo de orientação
-
0:55 - 0:57que damos aos nossos pacientes.
-
0:57 - 0:59Está na hora de mudarmos isso.
-
0:59 - 1:04A obesidade é uma doença,
não se trata de falta de caráter. -
1:04 - 1:08É uma doença hormonal que envolve
vários tipos de hormônios. -
1:08 - 1:12Um dos principais é
o hormônio chamado insulina. -
1:12 - 1:17Muitas pessoas obesas
são resistentes à insulina. -
1:17 - 1:21O que exatamente significa
ser resistente à insulina? -
1:21 - 1:27A resistência insulínica é basicamente
o estágio anterior ao pré-diabetes tipo 2. -
1:27 - 1:31A função da insulina é colocar glicose,
isto é, açúcar no sangue, -
1:31 - 1:33dentro das células para ser usado.
-
1:33 - 1:37Resumindo, quando uma pessoa
tem resistência insulínica, -
1:37 - 1:42as suas células têm dificuldade
de receber glicose. -
1:42 - 1:45A glicose não pode ficar no sangue
após nos alimentarmos -
1:45 - 1:49porque teríamos uma crise diabética
depois de cada refeição. -
1:49 - 1:52Quando uma pessoa
tem resistência insulínica, -
1:52 - 1:56o organismo reage
produzindo mais insulina. -
1:56 - 1:59Os níveis de insulina
aumentarão cada vez mais. -
1:59 - 2:00Por algum tempo ou até anos,
-
2:00 - 2:02esse processo vai ser suficiente
-
2:02 - 2:05para que os níveis de açúcar no sangue
possam permanecer normais. -
2:05 - 2:08Mas, em geral, esse processo
não funciona para sempre. -
2:08 - 2:13Nem mesmo níveis de insulina elevados
serão suficientes para manter -
2:13 - 2:16o açúcar no sangue dentro da normalidade.
-
2:16 - 2:18Logo, o nível glicêmico começa a aumentar.
-
2:18 - 2:20Diabetes é isso.
-
2:20 - 2:22Talvez não fiquem surpresos ao saber
-
2:22 - 2:26que a maioria dos meus pacientes
tem resistência insulínica ou diabetes. -
2:26 - 2:29Se você estiver pensando:
"Ufa! Esse não é o meu caso", -
2:29 - 2:32é melhor pensar melhor.
-
2:32 - 2:37Aproximadamente 50% da população americana
adulta têm diabetes ou pré-diabetes. -
2:37 - 2:41Isso equivale a 120 milhões de pessoas.
-
2:41 - 2:46Mas não é todo mundo
que tem problema com insulina. -
2:46 - 2:47Como estava dizendo,
-
2:47 - 2:52as pessoas têm altos níveis de insulina
por serem resistentes à insulina -
2:52 - 2:54por vários anos ou até mesmo décadas
-
2:54 - 2:58antes de o pré-diabetes ser diagnóstico.
-
2:58 - 3:03Além disso, já ficou comprovado que
16 a 25% dos adultos com peso normal -
3:03 - 3:05também são resistentes à insulina.
-
3:05 - 3:11Se estiverem acompanhando o raciocínio,
isso inclui muita gente. -
3:11 - 3:14O problema da resistência insulínica é:
-
3:14 - 3:20se ela subir, corremos o grande
risco de desenvolver diabetes tipo 2. -
3:20 - 3:24Além disso, a insulina faz
com que a gente sinta fome, -
3:24 - 3:29e é muito provável que os alimentos que
ingerimos sejam armazenados como gordura. -
3:29 - 3:33A insulina é o hormônio
que armazena gordura. -
3:33 - 3:38Agora começamos a entender a dificuldade
que doenças como a obesidade -
3:38 - 3:42e os problemas de metabolismo,
como o diabetes, tem que enfrentar. -
3:42 - 3:45Mas o que acontece se investigarmos
esse problema desde o início, -
3:45 - 3:51quando a insulina não tinha
que lidar com tanta glicose? -
3:51 - 3:53Vamos ver como seria essa situação.
-
3:53 - 3:55Tudo o que comemos é
-
3:55 - 3:58carboidrato ou proteína ou gordura.
-
3:58 - 4:01Cada elemento produz
efeitos diferentes na glicose, -
4:01 - 4:05portanto, nos níveis de insulina
como podem ver no gráfico. -
4:05 - 4:06Quando ingerimos carboidratos,
-
4:06 - 4:10os níveis de insulina e glicose
sobem rapidamente. -
4:10 - 4:13Quando ingerimos proteínas,
a situação melhora bastante. -
4:13 - 4:16Mas veja o que acontece
quando ingerimos gordura. -
4:16 - 4:20Basicamente não acontece nada,
uma linha reta. -
4:20 - 4:24Essa informação será muito importante.
-
4:24 - 4:27Agora vou transportar esse gráfico
-
4:27 - 4:30para a nossa realidade.
-
4:30 - 4:31Quero que vocês se lembrem
-
4:31 - 4:37da última vez que comeram
a versão americana da comida chinesa. -
4:37 - 4:40Nós sabemos que há regras
associadas a isso, não é? -
4:40 - 4:42Primeira regra: você vai comer demais
-
4:42 - 4:45porque o sinal para parar de comer
somente é enviado -
4:45 - 4:48quando o botão da sua calça estiver
literalmente estourando. -
4:48 - 4:52Segunda regra: em uma hora
você estará morrendo de fome. -
4:52 - 4:53Por quê?
-
4:53 - 4:57Porque o arroz da refeição fez os níveis
de glicose e insulina subirem rapidamente -
4:57 - 5:02desencadeando a fome, o armazenamento
de gordura e uma intensa vontade de comer. -
5:02 - 5:05Se você tem resistência insulínica,
-
5:05 - 5:08seus níveis de insulina já são mais altos,
-
5:08 - 5:10você sente muita fome o tempo todo.
-
5:10 - 5:12Isso funciona assim:
-
5:12 - 5:16ao ingerir carboidratos,
a glicose e a insulina sobem, -
5:16 - 5:19você sente fome e armazena gordura.
-
5:19 - 5:23Qual é o conselho dos médicos nesse caso?
-
5:23 - 5:27Essa pergunta parece importante, e é.
-
5:27 - 5:30Vamos considerar apenas o diabetes tipo 2.
-
5:30 - 5:35A recomendação geral é orientar
os pacientes com diabetes tipo 2 -
5:35 - 5:40a consumir entre 40 a 65 gramas
de carboidratos por refeição, -
5:40 - 5:42e mais um pouco entre as refeições.
-
5:42 - 5:45É muito carboidrato!
-
5:45 - 5:48O que vai acontecer com os níveis
de glicose e insulina -
5:48 - 5:50se comermos toda
essa quantidade de carboidrato? -
5:50 - 5:54Basicamente, estamos recomendando
-
5:54 - 5:58que eles comam exatamente
o que está causando o problema. -
5:58 - 5:59Parece loucura?
-
5:59 - 6:02É loucura mesmo!
-
6:02 - 6:07O diabetes é um estado de toxicidade
de carboidrato. -
6:07 - 6:10O açúcar no sangue não chega nas células
-
6:10 - 6:13e isso causa um problema em curto prazo.
-
6:13 - 6:17Mas as consequências em longo prazo
são ainda mais graves. -
6:17 - 6:22A resistência insulínica é um estado
de intolerância ao carboidrato. -
6:22 - 6:28Então por que insistimos em continuar
orientando os pacientes a consumi-los? -
6:28 - 6:31As diretrizes da Associação
Americana de Diabetes -
6:31 - 6:34afirma especificamente que as provas
sobre a recomendação -
6:34 - 6:38de um determinado limite
de carboidrato são inconclusivas. -
6:38 - 6:41Mas essas diretrizes também afirmam
o que todo mundo sabe: -
6:41 - 6:47a ingestão de carboidratos
é o fator determinante do aumento -
6:47 - 6:51dos níveis de açúcar no sangue, que
resulta na necessidade de medicamentos. -
6:51 - 6:53Essas diretrizes também afirmam
-
6:53 - 6:57que se você toma algum
medicamento para diabetes, -
6:57 - 7:02deve comer carboidratos, caso contrário,
o nível glicêmico pode cair muito. -
7:02 - 7:04Pois bem, vamos analisar
-
7:04 - 7:07o círculo vicioso que essa orientação
acabou de criar. -
7:07 - 7:11Ingerir carboidratos para você
ter que tomar o remédio, -
7:11 - 7:13depois ingerir mais carboidratos
-
7:13 - 7:15para evitar o efeito colateral
dos medicamentos, -
7:15 - 7:18e assim por diante.
-
7:18 - 7:23Pior ainda é que as diretrizes da ADA
não mencionam nada sobre -
7:23 - 7:26o objetivo de reverter o diabetes tipo 2.
-
7:26 - 7:28Isso precisa mudar.
-
7:28 - 7:35O diabetes tipo 2 pode ser revertido
em muitos casos e até na maioria deles, -
7:35 - 7:38principalmente se o tratamento
começar cedo. -
7:38 - 7:41Precisamos passar
essa informação para o público -
7:41 - 7:47e dar orientações práticas
sobre como segui-las. -
7:47 - 7:49Vamos considerar os carboidratos.
-
7:49 - 7:52Em primeiro lugar, um fato curioso:
nós não precisamos deles. -
7:52 - 7:58É sério! Nossa necessidade diária
mínima de carboidratos é zero. -
7:58 - 8:02Temos proteínas que são
aminoácidos essenciais, -
8:02 - 8:03ácidos graxos essenciais,
-
8:03 - 8:06mas não temos carboidratos essenciais.
-
8:06 - 8:08Um nutriente é essencial
-
8:08 - 8:13se precisamos dele para viver,
e não podemos produzi-lo de outra forma. -
8:13 - 8:16Nós produzimos muita glicose o tempo todo.
-
8:16 - 8:19Esse processo é chamado gliconeogênese.
-
8:19 - 8:21Portanto, não precisamos de carboidratos.
-
8:21 - 8:24Ficamos muito doentes com o consumo
excessivo de carboidratos, -
8:24 - 8:28mas continuamos a recomendar que pacientes
-
8:28 - 8:30consumam a metade
do seu consumo diário total de energia -
8:30 - 8:34de carboidrato ou até mais do que isso.
-
8:34 - 8:36Isso não faz sentido.
-
8:36 - 8:37Vamos falar sobre o que faz sentido.
-
8:37 - 8:40Cortar muitos carboidratos.
-
8:40 - 8:42No meu consultório, os pacientes aprendem
-
8:42 - 8:46a consumir o mínimo possível
de carboidratos diariamente, -
8:46 - 8:47não o máximo.
-
8:47 - 8:49Como isso funciona?
-
8:49 - 8:52Quando os pacientes diminuem
o consumo de carboidratos, -
8:52 - 8:56o nível de glicose cai e, portanto,
não precisam de tanta insulina. -
8:56 - 9:00Os níveis de insulina caem rapidamente
e isso é muito importante. -
9:00 - 9:03Um estudo que investigou
os dados da pesquisa -
9:03 - 9:06National Health
and Nutrition Examination Survey, -
9:06 - 9:08conhecida como NHANES,
-
9:08 - 9:11mostrou que o único
e o maior fator de risco -
9:11 - 9:15da doença da artéria coronária
é a resistência insulínica. -
9:15 - 9:20Ela é responsável por 42%
dos ataques cardíacos. -
9:20 - 9:23A dieta de baixo carboidrato
funciona tão rápido -
9:23 - 9:28que podemos retirar pacientes
de centenas de unidades de insulina -
9:28 - 9:30em questão de dias ou semanas.
-
9:30 - 9:33Um caso que gosto muito de citar
ocorreu recentemente. -
9:33 - 9:38Uma jovem com histórico
de diabetes tipo 2 há quase 20 anos, -
9:38 - 9:40nos procurou quando um médico
de outra clínica -
9:40 - 9:43disse que ela estava apenas doente
e que se acostumaria com isso. -
9:43 - 9:46O diabetes dela estava fora de controle.
-
9:46 - 9:50Apesar de estar tomando
vários medicamentos, -
9:50 - 9:54incluindo quase 300 unidades de insulina,
-
9:54 - 10:00injetada ininterruptamente
através de uma bomba diariamente. -
10:00 - 10:03Mas o nível de açúcar no sangue
ainda estava fora de controle. -
10:03 - 10:06Colocamos a jovem em uma dieta
de baixo carboidrato. -
10:06 - 10:09Depois de quatro meses, ela perdeu peso,
-
10:09 - 10:12mas, melhor do que isso,
a doença desapareceu. -
10:12 - 10:16Os níveis de açúcar no sangue agora
permanecem normais o tempo inteiro. -
10:16 - 10:21Tudo isso sem tomar
nenhum remédio para diabetes. -
10:21 - 10:23Foram-se as 300 unidades de insulina,
-
10:23 - 10:25nada de bomba de insulina,
-
10:25 - 10:28nada de espetar o dedo
várias vezes diariamente, -
10:28 - 10:32tudo para o espaço, fim do diabetes.
-
10:32 - 10:37Um dos grandes prazeres do meu trabalho
é poder dizer a um desses pacientes -
10:37 - 10:39que ele não tem mais diabetes
-
10:39 - 10:42e riscá-la da sua lista de problemas.
-
10:42 - 10:45O paciente está curado? É um milagre?
-
10:45 - 10:48Vamos deixar essa façanha
para o Doctor Oz. -
10:48 - 10:50Cura significa que a doença não voltará.
-
10:50 - 10:54Se o paciente começar a consumir
carboidratos em excesso, ela voltará. -
10:54 - 10:59Portanto, o paciente não está curado,
mas ele não tem mais diabetes. -
10:59 - 11:04O problema está solucionado e
continuará assim se controlarmos a causa. -
11:04 - 11:08Como uma pessoa pode
se alimentar dessa maneira? -
11:08 - 11:10Vou explicar como esse processo funciona.
-
11:10 - 11:15Baixo carboidrato não significa sem nenhum
carboidrato nem com muita proteína. -
11:15 - 11:20Essas críticas são muito comuns
e frustrantes porque não são verdadeiras. -
11:20 - 11:23Se cortarmos os carboidratos,
o que colocaremos no lugar deles? -
11:23 - 11:28Existem apenas três macronutrientes:
se um cai, o outro tem que subir. -
11:28 - 11:32Meus pacientes ingerem muita gordura.
-
11:32 - 11:35O que acontece ao ingerirmos gordura?
-
11:35 - 11:38Você fica feliz
-
11:38 - 11:42porque gordura é gostoso,
além de satisfazer bastante. -
11:42 - 11:44(Aplausos)
-
11:44 - 11:46(Risos)
-
11:46 - 11:49Mas, lembrem-se, a gordura é
o único macronutriente -
11:49 - 11:53que manterá baixos os níveis de glicose,
açúcar no sangue e insulina. -
11:53 - 11:56Isso é muito importante.
-
11:57 - 12:01Vou mostrar para vocês as minhas regras
bem simples de alimentação. -
12:01 - 12:04Elas serão ainda mais importantes
-
12:04 - 12:07se você for uma das dezenas
de milhares de americanos -
12:07 - 12:10que têm problema com níveis de insulina.
-
12:10 - 12:14Primeira regra: não comprar se for
"light", com baixo teor ou sem gordura, -
12:14 - 12:17pois retira-se gordura e coloca-se
carboidratos e substâncias químicas. -
12:17 - 12:19Segunda regra: coma alimentos.
-
12:19 - 12:22A regra mais importante da nutrição
de baixo carboidrato -
12:22 - 12:24é que alimentos de verdade
não vêm em caixa -
12:24 - 12:27e ninguém precisa dizer
que alimento de verdade é "natural". -
12:27 - 12:29Basta olhar para saber.
-
12:29 - 12:32Não coma nada que não goste.
-
12:32 - 12:35Coma quando sentir fome.
Não coma sem fome. -
12:35 - 12:37Não siga o relógio.
-
12:37 - 12:40A última regra é um jeito simples
de lembrar o que precisamos evitar. -
12:40 - 12:45Não coma cereais, batatas e açúcar.
-
12:45 - 12:48Atenção! Não coma cereais, certo?
-
12:48 - 12:49Não coma cereais.
-
12:49 - 12:52Mas nós precisamos disso.
Cereal é carboidrato. -
12:52 - 12:54Mas cereal integral faz bem para a saúde.
-
12:54 - 12:58Na verdade, existem pouquíssimos
alimentos realmente integrais -
12:58 - 13:01mesmo que isso esteja escrito no rótulo.
-
13:01 - 13:04A maioria dos alimentos vendidos
como integral são processados, -
13:04 - 13:06e o nutriente da fibra é descartado,
-
13:06 - 13:11ou possuem alto teor de farinha refinada,
em geral, as duas coisas. -
13:11 - 13:14Se você for uma pessoa
sensível à insulina, -
13:14 - 13:16você pode comer alimentos integrais.
-
13:16 - 13:21Mas se pertencer à enorme fatia
da população com problemas de insulina, -
13:21 - 13:23só vai piorar as coisas.
-
13:23 - 13:26O que acontece se você for
uma pessoa sensível à insulina? -
13:26 - 13:28Você pode seguir essa dieta?
-
13:28 - 13:30Sim! Eu sou um exemplo.
-
13:30 - 13:33Há mais de um ano, decidi cortar
meu consumo de carboidratos -
13:33 - 13:36conforme recomendo
aos meus pacientes diabéticos. -
13:36 - 13:39Não preciso seguir essa dieta,
mas eles devem segui-la à risca. -
13:39 - 13:42Não tenho resistência insulínica,
isso é um problema? -
13:42 - 13:44Não! Essa é a grande sacada.
-
13:44 - 13:47Se sofrer de uma doença extremamente rara,
-
13:47 - 13:51cortar carboidrato só fará bem a você,
mesmo que não seja necessário. -
13:51 - 13:56Vou mostrar algumas fotos
da minha alimentação radical. -
13:56 - 13:59Este é um típico café da manhã
na minha casa. -
13:59 - 14:01Parece que eu quebrei
a minha própria regra? -
14:01 - 14:05Não! Meu muffin é feito
com farinha de coco. -
14:05 - 14:07Eu ainda faço bolos em casa!
-
14:07 - 14:12Não uso farinha de trigo, só farinha
de coco, amêndoa, avelã e linho flax. -
14:12 - 14:13É uma delícia cozinhar com elas.
-
14:13 - 14:17E esse é um jantar típico
lá em casa com um amido normal. -
14:17 - 14:20Nesse caso, cogumelos refogados.
-
14:20 - 14:25Eu e meus pacientes comemos sempre
comidas deliciosas e gostamos muito disso. -
14:25 - 14:27Mas o que dizem as pesquisas?
-
14:27 - 14:30Minha clínica inventou esses dados?
-
14:30 - 14:31Não!
-
14:31 - 14:34Existem dezenas de estudos
controlados que investigam -
14:34 - 14:36a nutrição de baixo carboidrato
-
14:36 - 14:39em doenças como diabetes, fatores
de risco cardiovascular e obesidade. -
14:39 - 14:42São dados consistentes. A dieta funciona!
-
14:42 - 14:45Existem vários estudos que mostram
-
14:45 - 14:49que a nutrição de baixo carboidrato
reduz os marcadores inflamatórios. -
14:49 - 14:53Isso é um fato bastante empolgante
para tratar doenças como o câncer. -
14:53 - 14:57Acabamos de finalizar
um estudo em nossa clínica. -
14:57 - 15:00Pegamos 50 pacientes com diabetes tipo 2
-
15:00 - 15:04tratados com o programa de baixo
carboidrato e alto teor de gordura -
15:04 - 15:08e comparamos com 50 pacientes
tratados conforme as diretrizes da ADA. -
15:08 - 15:09Depois de seis meses,
-
15:09 - 15:13nós encontramos uma melhora significativa
no metabolismo do grupo -
15:13 - 15:14de baixo carboidrato.
-
15:14 - 15:19Isso representa também
uma importante redução de custos. -
15:19 - 15:24Nossa análise mostrou que nossos pacientes
poderiam economizar mais de U$ 2 mil -
15:24 - 15:28por ano em remédios para diabetes
que deixaram de tomar. -
15:28 - 15:30Imaginem o quanto poderíamos economizar!
-
15:30 - 15:32Estamos numa epidemia de diabetes.
-
15:32 - 15:36Gastamos US$250 bilhões
por ano neste país. -
15:36 - 15:38Vejam este slide que mostra
-
15:38 - 15:42a origem dessa economia.
-
15:42 - 15:46O resultado mostra apenas
a diferença do uso de insulina -
15:46 - 15:47em dois grupos após seis meses.
-
15:47 - 15:49Podemos ver que
-
15:49 - 15:52o grupo de baixo carboidrato
conseguiu diminuir o nível de insulina -
15:52 - 15:55em aproximadamente 500 unidades por dia.
-
15:55 - 15:58Mas o grupo tratado conforme a ADA
-
15:58 - 16:02teve um aumento de aproximadamente
350 unidades de insulina por dia. -
16:02 - 16:03Dois fatores importantes.
-
16:03 - 16:06Primeiro: insulina é um produto caro.
-
16:06 - 16:12Segundo: nem todas as pessoas
nesse estudo estavam recebendo insulina. -
16:12 - 16:15Isso faz com que os resultados
sejam ainda mais impressionantes. -
16:15 - 16:22Esse gráfico mostra duas abordagens
diferentes para o tratamento desta doença. -
16:22 - 16:26O primeiro grupo tem a meta
de reverter a doença, -
16:26 - 16:28portanto precisa de menos medicamento.
-
16:28 - 16:32O segundo grupo,
que segue as diretrizes da ADA -
16:32 - 16:36a qual dispõe que o diabetes
é uma doença progressiva, -
16:36 - 16:38precisa de mais medicamento
com o passar do tempo. -
16:38 - 16:42O diabetes é uma doença progressiva
se não eliminarmos a causa. -
16:42 - 16:44Qual é o problema, então?
-
16:44 - 16:47Por que o baixo carboidrato não
é popular? Por que não é a regra? -
16:47 - 16:48Por dois motivos cruciais.
-
16:48 - 16:53Primeiro: status quo.
É difícil quebrar convenções. -
16:53 - 16:55Existem muitos interesses envolvidos.
-
16:55 - 16:59Há algumas décadas, achávamos que
o correto era reduzir o teor de gordura. -
16:59 - 17:05Mas uma pesquisa recente mostrou
que não havia nenhuma prova real -
17:05 - 17:08para recomendar a retirada de gordura
da dieta dos americanos. -
17:08 - 17:11Foi assim que os carboidratos
foram adicionados. -
17:11 - 17:16Foi basicamente uma experiência enorme
realizada em milhões de pessoas -
17:16 - 17:19que foi um fracasso total.
-
17:19 - 17:21O segundo motivo que ninguém
menciona é dinheiro. -
17:21 - 17:26Não se deixem enganar; pode-se lucrar
muito mantendo uma pessoa doente. -
17:26 - 17:29Os conselhos especializados
de posicionamentos -
17:29 - 17:33estão cheios de conflito de interesses.
-
17:33 - 17:39A solução para a epidemia de diabetes
na minha clínica é bem clara: -
17:39 - 17:44pare de tomar remédio se o problema
for relacionado à ingestão de alimentos. -
17:44 - 17:48Para tratar uma doença
cuja causa é o carboidrato, -
17:48 - 17:51pare de ingeri-los ou,
pelo menos, reduza o consumo. -
17:51 - 17:54Isso não é novidade.
-
17:54 - 17:56Já sabíamos disso há muito tempo,
-
17:56 - 17:59foi dito milhares de anos atrás.
-
17:59 - 18:03Precisamos, resgatar essa ideia já.
-
18:03 - 18:04Obrigada.
-
18:04 - 18:07(Aplausos)
- Title:
- A reversão do diabetes tipo 2 começa com a desconsideração das diretrizes | Sarah Hallberg | TEDxPurdueU
- Description:
-
Esta palestra foi dada num evento TEDx, organizado de forma independente por uma comunidade local mas usando o formato das Conferências TED. Saiba mais em: http://ted.com/tedx
Uma pessoa pode ser "curada" do diabetes tipo 2? A Dra. Sarah Hallberg fornece provas convincentes de que isso é possível, e a solução é mais simples do que você imagina.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:12