Fotos deslumbrantes do ameaçado Everglades
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0:01 - 0:03Tive o enorme privilégio
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0:03 - 0:05de viajar para locais incríveis,
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0:05 - 0:09fotografando paisagens distantes
e culturas remotas -
0:09 - 0:11pelo mundo todo.
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0:11 - 0:12Adoro o meu trabalho.
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0:12 - 0:18Mas sempre acham que ele é uma sequência
de epifanias, nascer do sol e arcos-íris, -
0:18 - 0:20quando, na realidade,
é mais ou menos assim. -
0:20 - 0:22(Risos)
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0:22 - 0:23Este é o meu escritório.
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0:23 - 0:26Sem grana para passar
a noite em hotéis caros, -
0:26 - 0:30é comum dormirmos ao relento.
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0:30 - 0:32Se conseguirmos ficar secos, já é lucro.
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0:32 - 0:35Também não comemos
em restaurantes chiques. -
0:35 - 0:38Por isso costumamos comer
o que há no menu local. -
0:38 - 0:41Se estivermos no páramo equatoriano,
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0:41 - 0:44vamos comer um grande roedor
chamado porquinho-da-índia. -
0:44 - 0:45(Risos)
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0:45 - 0:49Mas o que talvez torne
nossa experiência um pouco diferente -
0:49 - 0:53e um pouco mais especial
do que a das pessoas comuns -
0:53 - 0:55é termos essa inquietação
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0:55 - 1:00que, mesmo nos momentos
difíceis e de desespero, pensamos: -
1:00 - 1:03"Opa, pode ser que isso
aqui dê uma boa foto; -
1:03 - 1:06talvez haja aqui uma boa história".
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1:06 - 1:08Mas por que é importante
contar essa história? -
1:08 - 1:13Porque ajuda a nos conectar
com nossa herança cultural e natural. -
1:13 - 1:17No sudeste dos EUA, há um divórcio
alarmante entre a população -
1:17 - 1:21e as áreas naturais que, para início
de conversa, nos permitem estar aqui. -
1:22 - 1:24Somos seres visuais,
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1:24 - 1:28por isso usamos o que vemos
para aprender o que sabemos. -
1:28 - 1:32Claro que a maioria das pessoas não vai
mergulhar de boa vontade num pântano. -
1:33 - 1:38Como esperar, então, que as pessoas
abracem a causa do pântano? -
1:38 - 1:40Não funciona assim.
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1:40 - 1:44Então, meu trabalho é usar a fotografia
como instrumento de comunicação -
1:44 - 1:48para construir uma ponte sobre o fosso
que separa a ciência e a estética, -
1:48 - 1:50para que as pessoas falem sobre isso,
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1:50 - 1:51para que pensem nisso
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1:51 - 1:54e, finalmente, para que se importem.
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1:55 - 1:58Comecei a fazer isso há 15 anos
aqui mesmo em Gainesville, -
1:58 - 2:00bem aqui no meu quintal.
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2:00 - 2:03Eu me apaixonei pela aventura
e pela descoberta -
2:03 - 2:05explorando todos esses lugares diferentes
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2:05 - 2:07que estavam a minutos
da porta da minha casa. -
2:07 - 2:10Há imensos e belíssimos locais
a serem descobertos. -
2:10 - 2:12Mesmo após esses anos todos,
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2:12 - 2:15ainda vejo o mundo
com os olhos de uma criança -
2:15 - 2:18e tento incorporar
essa sensação de maravilhamento -
2:18 - 2:22e esse sentimento de curiosidade
às minhas fotografias -
2:22 - 2:25sempre que possível.
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2:25 - 2:28Temos muita sorte, porque, aqui no sul,
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2:28 - 2:31ainda temos a bênção
de termos uma tela em branco -
2:31 - 2:34que podemos preencher
com as aventuras mais fantásticas -
2:34 - 2:36e as experiências mais incríveis.
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2:36 - 2:41É só uma questão de nos deixarmos
levar pela imaginação. -
2:41 - 2:44Muita gente olha para isso e diz:
"Puxa, que árvore bonita". -
2:44 - 2:46Mas para mim não é só uma árvore;
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2:46 - 2:49olho para isso e vejo uma oportunidade,
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2:49 - 2:51vejo um final de semana inteiro.
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2:51 - 2:54Porque, quando era menino,
esse tipo de imagem -
2:54 - 2:58me fazia pular do sofá e me atrever
a explorar, descobrir as matas -
2:58 - 3:01e pôr a cabeça debaixo d'água
para ver o que havia lá. -
3:01 - 3:04Tenho fotografado pelo mundo afora
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3:04 - 3:06e posso lhes garantir uma coisa:
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3:06 - 3:09o que temos aqui no sul,
aqui neste "Estado Ensolarado", -
3:09 - 3:12não fica devendo nada
a tudo isso que tenho visto. -
3:12 - 3:16Contudo, a nossa indústria do turismo
anda promovendo as coisas erradas. -
3:17 - 3:19Antes dos 12 anos, a maioria
das crianças já foi à Disney -
3:19 - 3:22mais vezes do que já andaram de canoa
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3:22 - 3:24ou acamparam sob um céu estrelado.
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3:25 - 3:28Não tenho nada contra a Disney,
ou o Mickey; também costumava ir lá. -
3:28 - 3:31Mas faltam aí as ligações fundamentais
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3:31 - 3:34que criam um sentimento real
de orgulho e de pertencimento -
3:34 - 3:37ao local que eles chamam de lar.
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3:37 - 3:40E isso resulta da percepção
de que as paisagens -
3:40 - 3:42que definem a nossa herança natural
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3:42 - 3:46e alimentam os aquíferos
da água que bebemos -
3:46 - 3:50têm sido consideradas assustadoras,
perigosas e fantasmagóricas. -
3:50 - 3:53Quando nossos antepassados
chegaram aqui, alertaram: -
3:53 - 3:55"Afastem-se dessas áreas, são assombradas.
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3:55 - 3:58Estão cheias de fantasmas
e espíritos maus". -
3:58 - 3:59Não sei de onde tiraram essa ideia.
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3:59 - 4:01(Risos)
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4:01 - 4:04Mas isso levou a um afastamento bem real,
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4:04 - 4:05a uma mentalidade muito negativa,
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4:05 - 4:09que tem mantido a população
desinteressada, silenciosa, -
4:09 - 4:12e que acaba por colocar
em risco o meio ambiente. -
4:12 - 4:16Somos um estado rodeado
e definido pela água. -
4:16 - 4:18No entanto, durante séculos,
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4:18 - 4:20os pântanos e as áreas úmidas
têm sido considerados -
4:20 - 4:22obstáculos a serem transpostos.
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4:22 - 4:26Assim, eles têm sido tratados
como ecossistemas de segunda classe, -
4:26 - 4:29pois têm baixo valor econômico
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4:29 - 4:33e, claro, são o lar de cobras e jacarés,
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4:33 - 4:36os quais, reconheço, não são
os embaixadores mais simpáticos. -
4:36 - 4:37(Risos)
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4:37 - 4:41Portanto, chegou-se à conclusão
de que pântano bom era pântano drenado. -
4:41 - 4:43Na verdade, drenar um pântano
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4:43 - 4:46para dar lugar à agricultura
e ao desenvolvimento -
4:46 - 4:50era considerado, até há pouco tempo,
a quintessência do conservacionismo. -
4:50 - 4:52Mas agora estamos remando para trás,
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4:52 - 4:56porque, quanto mais aprendemos
sobre essas paisagens alagadas, -
4:56 - 5:00mais segredos conseguimos desvendar
sobre as relações entre as espécies -
5:00 - 5:05e a interação entre habitats,
bacias hidrográficas e rotas migratórias. -
5:05 - 5:07Vamos pegar este pássaro, por exemplo:
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5:07 - 5:09é a mariquita-protonotária.
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5:09 - 5:13Eu o adoro, porque é um pássaro
do pântano em todos os sentidos: -
5:13 - 5:16fazem ninhos, se acasalam e procriam
nesses pântanos primários, -
5:16 - 5:18nessas florestas inundadas.
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5:18 - 5:20No fim da primavera,
após criarem os filhotes, -
5:20 - 5:24voam milhares de quilômetros
sobre o Golfo do México -
5:24 - 5:26para a América Central e a do Sul.
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5:26 - 5:29Depois, no fim do inverno,
na primavera, eles voltam. -
5:29 - 5:32Voam milhares de quilômetros
sobre o Golfo do México. -
5:32 - 5:36E para onde vão? Onde pousam?
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5:36 - 5:38Exatamente na mesma árvore.
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5:38 - 5:40É muito louco.
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5:40 - 5:44Este pássaro é do tamanho
de uma bola de tênis. -
5:44 - 5:45Vejam só, é uma loucura!
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5:45 - 5:48Eu mesmo precisei de um GPS
para chegar aqui hoje, -
5:48 - 5:50e esta é a minha cidade natal.
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5:50 - 5:51(Risos)
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5:51 - 5:52É muito louco.
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5:52 - 5:56Mas o que acontece quando este pássaro
voa sobre o Golfo do México -
5:56 - 5:58para a América Central,
para passar o inverno, -
5:58 - 6:01volta na primavera
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6:01 - 6:03e dá de cara com isto:
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6:03 - 6:06um campo de golfe novinho?
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6:06 - 6:10Esta é uma narrativa frequente
demais aqui no estado da Flórida. -
6:10 - 6:13E esse é um processo natural
que ocorre há milhares de anos -
6:13 - 6:15e só agora estamos entendendo.
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6:15 - 6:17Imaginem o quanto poderemos
aprender sobre essas paisagens -
6:17 - 6:20se as preservarmos antes.
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6:20 - 6:24Apesar da vida rica e abundante
que há nesses pântanos, -
6:24 - 6:26eles continuam a ter má reputação.
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6:27 - 6:30Muita gente sente-se desconfortável
com a ideia de entrar -
6:30 - 6:32nas águas escuras da Flórida.
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6:32 - 6:34É compreensível.
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6:34 - 6:37Mas o bom de ter crescido
aqui no Estado Ensolarado -
6:37 - 6:39é que muitos de nós
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6:39 - 6:42convivemos com esse medo latente,
mas muito palpável, -
6:42 - 6:45de que, quando mergulhamos os pés na água,
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6:45 - 6:48pode haver alguma coisa muito mais antiga
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6:48 - 6:50e muito mais adaptada do que nós.
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6:51 - 6:55Saber que não somos os maiorais
é um desconforto saudável. -
6:56 - 7:00Quantas vezes, nesta era
moderna, urbana e digital, -
7:00 - 7:03temos a oportunidade
de nos sentirmos vulneráveis -
7:04 - 7:07ou de considerarmos que o mundo
talvez não tenha sido feito só para nós? -
7:08 - 7:09Assim, na última década,
-
7:09 - 7:13comecei a procurar as áreas
em que a floresta deu lugar ao asfalto, -
7:13 - 7:15e os pinheiros se transformaram
em ciprestes. -
7:15 - 7:18Cheguei à conclusão de que todos
esses mosquitos e répteis, -
7:18 - 7:20todos esses desconfortos,
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7:20 - 7:24eram afirmações de que eu tinha
encontrado a verdadeira vida selvagem, -
7:24 - 7:26e me rendi a ela completamente.
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7:26 - 7:29Como fotógrafo conservacionista,
obcecado pela água escura, -
7:29 - 7:33não admira ter ido parar
no pântano mais famoso de todos: -
7:33 - 7:35o Everglades.
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7:35 - 7:37Cresci aqui no centro-norte da Flórida
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7:37 - 7:39e sempre ouvi estes nomes encantados:
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7:39 - 7:42lugares como Loxahatchee e Fakahatchee,
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7:42 - 7:44Corkscrew, Big Cypress.
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7:44 - 7:48Iniciei o que viria a ser
um projeto de cinco anos, -
7:48 - 7:52na esperança de apresentar
o Everglades sob uma nova luz, -
7:52 - 7:54uma luz mais inspirada.
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7:54 - 7:56Sabia que ia ser difícil,
pois temos aqui uma área -
7:56 - 8:00que é quase um terço do estado
da Flórida; é enorme. -
8:00 - 8:04Quando falo Everglades, as pessoas
dizem: "Ah, sei, o parque nacional". -
8:04 - 8:06Mas o Everglades não é só um parque;
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8:06 - 8:08é toda uma bacia hidrográfica
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8:09 - 8:12que começa com a cadeia de lagos
Kissimmee ao norte. -
8:12 - 8:14Quando caem as chuvas de verão,
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8:14 - 8:17as enxurradas vão dar no Lago Okeechobee,
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8:17 - 8:20e o Lago Okeechobee se enche,
transborda pelas margens -
8:20 - 8:24e escorre para o sul lentamente,
ao sabor da topografia, -
8:24 - 8:27penetrando o "rio de grama",
as pradarias de capim-navalha, -
8:27 - 8:29antes de ir dar nos pântanos de ciprestes,
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8:29 - 8:31até avançar mais para o sul,
para os manguezais, -
8:31 - 8:34e, por fim, chegar à Baía da Flórida,
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8:35 - 8:37a gema de esmeralda do Everglades,
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8:37 - 8:40o grande estuário,
um estuário de 2 mil km². -
8:40 - 8:45Claro, o parque nacional
é a parte sul desse sistema, -
8:45 - 8:48mas o que o torna tão especial são
os elementos que ali desembocam, -
8:48 - 8:51a água fresca que percorreu
160 km do norte até ali. -
8:51 - 8:54Não há como fronteiras
políticas ou invisíveis -
8:54 - 8:59protegerem o parque das águas poluídas
ou da escassez de água. -
8:59 - 9:02Infelizmente, é exatamente
isso o que temos feito. -
9:03 - 9:04Nos últimos 60 anos,
-
9:04 - 9:08drenamos, construímos barragens,
dragamos o Everglades, -
9:08 - 9:13de tal forma que hoje só chega à baía
um terço da água que costumava chegar. -
9:15 - 9:18Infelizmente, esta história não é só
sobre o brilho do sol e arcos-íris. -
9:19 - 9:21Para o bem ou para o mal,
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9:21 - 9:25a história do Everglades
está intrinsecamente ligada -
9:25 - 9:29aos altos e baixos da relação
do homem com a natureza. -
9:29 - 9:33Mas vou lhes mostrar estas lindas fotos,
porque elas vão sensibilizá-los. -
9:33 - 9:36E enquanto tenho a sua atenção,
posso lhes contar a verdadeira história. -
9:36 - 9:38Acontece que pegamos isto...
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9:38 - 9:40e trocamos por isto,
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9:41 - 9:43num ritmo alarmante.
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9:43 - 9:45E o que as pessoas ignoram
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9:45 - 9:48é a dimensão real
do que estamos discutindo. -
9:48 - 9:51Porque o Everglades é responsável
não só pela água potável -
9:51 - 9:53para 7 milhões de habitantes da Flórida,
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9:53 - 9:56mas hoje também alimenta as lavouras
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9:56 - 9:59de tomates e laranjas durante o ano todo,
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9:59 - 10:01para mais de 300 milhões
de norte-americanos. -
10:02 - 10:06E é a mesma quantidade sazonal
de água, no verão, -
10:06 - 10:10que ajudou a construir
o rio de grama há 6 mil anos. -
10:10 - 10:15E hoje, ironicamente, também é
responsável por 200 mil hectares -
10:15 - 10:18do infindável "rio de cana-de-açúcar".
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10:18 - 10:20E esses mesmos campos são responsáveis
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10:20 - 10:24pela descarga de níveis extremamente altos
de fertilizantes na bacia hidrográfica, -
10:24 - 10:27alterando permanentemente o sistema.
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10:27 - 10:30Mas não só para vocês entenderem
o funcionamento desse sistema, -
10:30 - 10:32como também se envolverem com ele,
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10:32 - 10:35decidi dividir a história
em várias narrativas diferentes. -
10:35 - 10:38Queria começar esta história
no Lago Okeechobee, -
10:38 - 10:41onde pulsa o coração
do sistema Everglades. -
10:41 - 10:45Para tanto, escolhi um embaixador,
uma espécie icônica. -
10:45 - 10:48Este é o gavião-caramujeiro do Everglades.
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10:48 - 10:49Uma ave fantástica.
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10:49 - 10:53Eles costumavam nidificar
aos milhares no norte do Everglades. -
10:53 - 10:56Atualmente estão reduzidos
a cerca de 400 casais. -
10:56 - 10:58E qual a razão?
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10:58 - 11:01Porque só têm uma fonte
de alimentos, um caramujo, -
11:01 - 11:04um gastrópode aquático do tamanho
duma bola de pingue-pongue. -
11:04 - 11:07Quando começamos a construir
barragens no Everglades, -
11:07 - 11:10a fazer diques no Lago Okeechobee
-
11:10 - 11:13e a drenar as áreas úmidas,
acabamos com o habitat do caramujo. -
11:13 - 11:16Por isso a população de gaviões diminuiu.
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11:17 - 11:20Por esse motivo, eu queria uma foto
que transmitisse não só essa relação -
11:20 - 11:23entre as áreas úmidas,
o caramujo e o gavião, -
11:23 - 11:26mas uma foto que transmitisse também
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11:26 - 11:28como essa relação era incrível
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11:28 - 11:33e como é muito importante
que eles possam contar um com o outro: -
11:33 - 11:34as áreas úmidas sadias e essa ave.
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11:34 - 11:36Para isso, bolei uma ideia.
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11:36 - 11:39Comecei a esboçar planos para fazer a foto
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11:39 - 11:42e os enviei para o biólogo
da vida selvagem em Okeechobee. -
11:42 - 11:45Como é uma espécie ameaçada,
é preciso uma autorização especial. -
11:45 - 11:47Construí uma plataforma submersa
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11:47 - 11:50que mantinha os caramujos
na superfície da água. -
11:50 - 11:54Foram meses planejando essa ideia maluca.
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11:54 - 11:57Levei a plataforma para o Lago Okeechobee
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11:57 - 11:59e passei uma semana
dentro d'água, esperando -
11:59 - 12:03com a água pelo peito, nove horas por dia,
do nascer ao pôr do sol, -
12:03 - 12:06para conseguir uma imagem
que pudesse transmitir isso. -
12:06 - 12:09Esse foi o dia em que finalmente consegui:
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12:09 - 12:11(Vídeo): Depois de instalar a plataforma,
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12:11 - 12:14olhei e vi um gavião se aproximando
por cima das taboas. -
12:14 - 12:16Vi que olhava e procurava.
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12:16 - 12:19Ele sobrevoou a armadilha,
e percebi que ele a tinha visto. -
12:19 - 12:22E veio direto para ela.
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12:22 - 12:25Naquele momento, todos os meses
de planejamento, de espera, -
12:25 - 12:27todas as queimaduras de sol,
picadas de mosquitos, -
12:27 - 12:29tudo isso, de repente, valeu a pena.
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12:29 - 12:33"Ah, meu Deus, nem acredito!"
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12:34 - 12:37Podem imaginar minha empolgação
naquele momento. -
12:37 - 12:40A ideia era que, para alguém
que nunca tinha visto esta ave -
12:40 - 12:42e não tinha razões
para se preocupar com ela, -
12:42 - 12:45estas fotos, estas novas perspectivas,
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12:45 - 12:48ajudassem a lançar uma nova luz
sobre uma das muitas espécies -
12:48 - 12:52que tornam essa bacia hidrográfica
tão especial, tão valiosa e importante. -
12:52 - 12:56Sei muito bem que não posso
chegar aqui em Gainesville -
12:56 - 13:00e falar dos animais do Everglades
sem falar dos jacarés. -
13:00 - 13:02Adoro jacarés, desde criança.
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13:02 - 13:06Meus pais diziam que minha relação
com os jacarés era doentia. -
13:06 - 13:07Mas gosto do fato
-
13:07 - 13:10de serem considerados
os tubarões da água doce. -
13:10 - 13:15São temidos, são odiados
e, tragicamente, mal compreendidos. -
13:15 - 13:18Porque eles são uma espécie especial,
não apenas superpredadores. -
13:18 - 13:22Na verdade, são os verdadeiros
arquitetos do Everglades, -
13:22 - 13:26porque, quando a água baixa
no inverno, que é a estação seca, -
13:26 - 13:29eles começam a cavar aqueles buracos,
os "buracos de jacaré". -
13:29 - 13:31E fazem isso porque, quando a água baixa,
-
13:31 - 13:35eles conseguem se manter úmidos
e procurar comida. -
13:35 - 13:37Isto não afeta somente eles,
-
13:37 - 13:40mas outros animais que também
dependem dessas relações, -
13:40 - 13:42portanto, eles também são
uma espécie fundamental. -
13:43 - 13:47Então, como fazer para que esse
superpredador, esse réptil primitivo, -
13:47 - 13:52pareça, ao mesmo tempo,
vulnerável e dominador do sistema? -
13:53 - 13:57Entrando num poço com 120 jacarés
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13:57 - 14:00e rezando para ter tomado a decisão certa.
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14:00 - 14:02(Risos)
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14:02 - 14:05Está tudo bem: não perdi nenhum dedo.
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14:05 - 14:08Mas percebo que não vou mobilizar vocês,
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14:08 - 14:11não vou arregimentar tropas para
"Salvem o Everglades para os jacarés!" -
14:11 - 14:14Isso não vai acontecer,
porque hoje eles estão por toda parte. -
14:14 - 14:18São uma das grandes histórias
de sucesso do conservacionismo nos EUA. -
14:18 - 14:22Mas há uma espécie no Everglades
pela qual é impossível não se apaixonar: -
14:22 - 14:24o colhereiro americano.
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14:24 - 14:28Pássaros maravilhosos, mas tiveram
uma vida difícil aqui no Everglades, -
14:28 - 14:32pois começaram com milhares
de casais na Baía da Flórida -
14:32 - 14:34e, na virada do século 20,
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14:34 - 14:37foram reduzidos a dois, dois casais.
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14:37 - 14:39Por quê?
-
14:39 - 14:42Porque as mulheres os achavam
mais bonitos em seus chapéus -
14:42 - 14:44do que voando no céu.
-
14:44 - 14:46Então, proibiu-se o comércio das penas,
-
14:46 - 14:49e o número deles voltou a aumentar.
-
14:49 - 14:51Quando o número começou a aumentar,
-
14:51 - 14:55os cientistas começaram a prestar
atenção neles, a estudar esses pássaros. -
14:55 - 14:56E descobriram que seu comportamento
-
14:56 - 15:01está intrinsecamente ligado
ao ciclo anual da água no Everglades, -
15:01 - 15:05aquilo que forma a bacia
hidrográfica do Everglades. -
15:05 - 15:07E descobriram que essas aves
-
15:07 - 15:09começam a nidificar no inverno,
quando a água baixa, -
15:09 - 15:13porque, como se alimentam pelo tato,
têm de tocar tudo o que comem. -
15:13 - 15:16Assim, esperam por
essas poças cheias de peixes -
15:16 - 15:18para comerem o suficiente
para alimentarem as crias. -
15:19 - 15:22Então, essas aves se tornaram
um verdadeiro ícone do Everglades, -
15:22 - 15:26um termômetro da saúde geral do sistema.
-
15:26 - 15:29E, quando esse número começou a aumentar,
em meados do século 20, -
15:29 - 15:34disparando para 900, 1000, 1100, 1200,
-
15:34 - 15:37começamos, justamente aí,
a drenar o sul do Everglades. -
15:37 - 15:41Impedimos dois terços dessa água
de correr para o sul. -
15:41 - 15:43E isso teve consequências drásticas.
-
15:44 - 15:47Justo quando os números
estavam atingindo o pico, -
15:47 - 15:50infelizmente, a verdadeira
história do colhereiro hoje, -
15:50 - 15:55a verdadeira foto do que temos
hoje é mais ou menos assim. -
15:55 - 15:59E hoje estamos com menos
de 70 casais na Baía da Flórida, -
16:00 - 16:02porque desequilibramos o sistema demais.
-
16:02 - 16:05E todas essas organizações ficam gritando:
-
16:05 - 16:07"O Everglades é frágil! É frágil!"
-
16:07 - 16:09Não é.
-
16:09 - 16:10É resiliente.
-
16:10 - 16:13Porque, apesar de tudo
o que tiramos de lá, -
16:13 - 16:16de tudo o que fizemos e drenamos,
apesar das barragens e dragagens, -
16:16 - 16:19ainda há ali partes
à espera de serem recompostas. -
16:19 - 16:21E é isto o que adoro no sul da Flórida.
-
16:21 - 16:25No mesmo lugar, temos o encontro
da força desenfreada da civilização humana -
16:25 - 16:29e o objeto imóvel da natureza tropical.
-
16:29 - 16:33E nessa fronteira somos obrigados
a reavaliar nosso comportamento. -
16:33 - 16:35Quanto vale a vida selvagem?
-
16:35 - 16:38Qual o valor da biodiversidade
ou da água potável? -
16:39 - 16:42Felizmente, depois de décadas de debates,
-
16:42 - 16:45estamos finalmente agindo.
-
16:45 - 16:50Pouco a pouco, estamos realizando projetos
para canalizar mais água doce para a baía. -
16:50 - 16:53Mas cabe a nós, como cidadãos,
como residentes, como guardiões, -
16:53 - 16:56cobrar dos políticos suas promessas.
-
16:57 - 16:59E vocês, o que podem fazer para ajudar?
-
16:59 - 17:00É tão fácil.
-
17:00 - 17:02Simplesmente saiam de casa.
-
17:02 - 17:04E levem seus amigos, seus filhos,
-
17:04 - 17:06levem sua família.
-
17:06 - 17:08Contratem um guia de pescas.
-
17:08 - 17:10Mostrem ao estado
que proteger a vida selvagem, -
17:10 - 17:14para além da questão ecológica,
também tem vantagens econômicas. -
17:14 - 17:18É muito divertido, façam isso,
ponham os pés na água. -
17:18 - 17:21O pântano vai transformar vocês, garanto.
-
17:21 - 17:24Ao longo dos anos,
temos sido muito generosos -
17:24 - 17:26com as outras paisagens do nosso país,
-
17:26 - 17:29cobrindo-as com nosso orgulho,
-
17:29 - 17:32considerando-as lugares que nos definem:
-
17:32 - 17:35o Grand Canyon, Yosemite, Yellowstone.
-
17:35 - 17:37Usamos esses parques
e essas áreas naturais -
17:37 - 17:40como faróis e como bússolas culturais.
-
17:41 - 17:45Infelizmente, o Everglades
normalmente fica fora dessa história. -
17:46 - 17:48Mas creio que seja
tão icônico e emblemático -
17:48 - 17:52de quem somos como país
quanto qualquer um desses parques. -
17:53 - 17:55É só um tipo diferente de natureza.
-
17:56 - 17:58Mas estou confiante,
-
17:58 - 18:00porque, finalmente, talvez
estejamos mudando de opinião: -
18:00 - 18:03o que outrora era considerado
um pântano improdutivo, -
18:03 - 18:05hoje é considerado patrimônio mundial.
-
18:05 - 18:08É uma área úmida
de importância internacional. -
18:09 - 18:12Percorremos um longo caminho
nos últimos 60 anos. -
18:12 - 18:16Com o maior e mais ambicioso projeto
de recuperação de uma área úmida, -
18:16 - 18:20os olhos do mundo se voltam
para nós, o Estado Ensolarado. -
18:20 - 18:22Porque, se conseguirmos
curar esse sistema, -
18:22 - 18:27ele vai se tornar um ícone da recuperação
de áreas úmidas do mundo inteiro. -
18:28 - 18:31Mas cabe a todos nós decidir a qual legado
-
18:31 - 18:33queremos hastear nossa bandeira.
-
18:34 - 18:38Dizem que o Everglades
é o nosso maior teste. -
18:38 - 18:41Se passarmos, conseguiremos
conservar o planeta. -
18:42 - 18:43Adoro essa citação,
-
18:43 - 18:45porque é um desafio, é um estímulo.
-
18:45 - 18:47Vamos conseguir? Vamos fazer?
-
18:47 - 18:50Temos de conseguir; temos o dever.
-
18:50 - 18:52Mas o Everglades não é apenas um teste,
-
18:52 - 18:54é também uma dádiva,
-
18:54 - 18:56e, afinal, é nossa responsabilidade.
-
18:57 - 18:59Obrigado.
-
18:59 - 19:01(Aplausos)
- Title:
- Fotos deslumbrantes do ameaçado Everglades
- Speaker:
- Mac Stone
- Description:
-
Durante séculos, as pessoas consideraram os pântanos e as áreas úmidas obstáculos a serem evitados. Mas, para o fotógrafo Mac Stone, que documenta histórias da vida selvagem no Everglades, na Flórida, o pântano não é um estorvo, mas um tesouro nacional. Através de suas fotografias deslumbrantes, Stone lança uma nova luz sobre uma natureza selvagem negligenciada, antiga e importante. Seu conselho é: saia e veja você mesmo. "Faça isto: ponha seus pés na água", ele diz. "Prometo que o pântano vai lhe transformar."
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 19:15
Maricene Crus approved Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Maricene Crus accepted Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Maricene Crus edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades | ||
Raissa Mendes edited Portuguese, Brazilian subtitles for Stunning photos of the endangered Everglades |