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Celebrando o fracasso: Tim Baxter em TEDxLjubljana

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    Muito obrigado, senhoras e senhores.
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    Bem, o que eu quero falar hoje nesta breve palestra,
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    é uma pequena revolução social, eu espero.
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    Como podem ver na tela, minha palestra é sobre celebrar o fracasso.
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    E quando você fala fracasso, muito frequentemente, as pessoas simplesmente desligam.
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    Mas o que eu quero fazer é -- Eu quero sugerir hoje
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    que há fracassos úteis e fracassos não tão úteis.
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    E eu gostaria de tentar e ajudá-los a entender
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    como podemos administrar nosso fracassos-
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    Então vou começar com um pergunta muito simples.
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    A pergunta simples é: quem comete erros?
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    Absolutamente todos, seres humanos cometem erros.
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    Todos os seres humanos cometem erros.
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    Não há exceções.
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    Então se é inevitável para o ser humano cometer erros --
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    Por que é que cada errinho que cometemos
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    tendemos a superestimá-lo e vê-lo como um desastre?
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    Nós não podemos chegar lá, nós nunca chegaremos lá.
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    É como se um erro, um engano, uma falha significasse insucesso,
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    É como se em nossos cérebros, nós temos essa ideia de um espectro,
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    de um lado você tem o sucesso,
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    e do outro, o fracasso.
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    Mas o que eu quero sugerir é que não deve ser assim,
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    e se conseguirmos entender o fracasso,
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    e falhando bem, e criando uma nova cultura do bem fracassar,
  • 1:30 - 1:34
    então conseguiremos criar um melhor caminho para o sucesso.
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    Mas para fazer isso, infelizmente,
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    temos que fazer uma enorme mudança em nossas perspectivas.
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    É muito difícil. Não é fácil começar
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    pensando positivamente sobre fracassos.
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    Precisamos abraçar nossas falhas.
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    E o que tendemos a fazer é ignorá-las,
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    ou escondê-las, apenas fingindo que elas não estão acontecendo.
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    Se fazemos isso, não conseguimos extrair a informação
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    que vem dos erros,
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    e podemos obter essa informação
  • 2:00 - 2:03
    e usá-la bem em nosso caminho para o sucesso.
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    Basicamente, vou dar-lhes este ditado muito simpes
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    de Aldous Huxley, que eu gosto muito.
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    "Experiência não é o que te acontece.
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    É o que você faz com aquilo que te acontece."
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    Em outras palavras, precisamos usar o que nos acontece, aplicar o que acontece,
  • 2:19 - 2:21
    em vez de fingir que algo
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    que deu errado não aconteceu.
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    E quero começar mostrando-lhes que isto já existe
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    pegando uma indústria em particular que é fracasso-obsessiva.
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    Tudo que existe está ligado ao fracasso,
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    e é então parte de sua cultura.
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    Por quê? Bem, porque se não administrarem os pequenos erros
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    então infelizmente, o resultado será muito, muito devastador.
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    É a indústria nuclear.
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    Eles tem o registro de segurança mais seguro
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    de qualquer indústria e assim como
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    porque se eles cometem um erro grande, um desastre
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    muitas pessoas serão mortas em outros continentes,
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    e também será um desastre com efeitos de longo prazo.
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    E o quê eles tem feito?
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    Eles se tornaram obcecados com erros.
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    Eles começaram a entender que utilizando os erros
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    para parar desastres é a única forma de manter a segurança de absoluto alto padrão.
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    Vou apenas mostrar-lhes, muito rapidamente,
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    quatro resumos principais com os quais me deparei.
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    Primeiro, cada um é responsável for seus erros.
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    Cada um é responsável uma vez que é parte do processo.
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    Agora, uma vez que você entendeu que todos são responsáveis,
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    então fica fácil criar um ambiente aberto,
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    onde pessoas se comunicam abertamente
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    sobre o que deu certo, e também sobre o que deu errado.
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    Isso nos leva à terceira ideia, e a terceira ideia é o questionamento.
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    Não importa quem te diz para fazer algo.
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    Não importa com qual frequência o processo foi executado.
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    Você sempre pode perguntar a essa pessoa.
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    Se a ideia é tentar, entender e manter a segurança alta.
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    E finalmente, tudo que surgir,
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    especialmente os erros são compartilhados.
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    Você pode notar que isso é
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    do Instituto de Operações Nucleares.
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    O que isso significa?
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    É uma ideia de todo o setor.
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    Em outras palavras, não mantemos a informação para nós mesmos.
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    Compartilhamos com todos, todos os envolvidos.
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    Agora é bastante interessante.
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    Agora aonde está o link entre os erros e desastres?
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    Bem, para explicar, vou mostrar-lhes isso.
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    Esta é a pirâmide de acidente,
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    vem de um setor muito diferente, o setor de seguros.
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    Basicamente o setor de seguros tem sua base na falha.
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    Seu negócio advém da falha.
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    Esta pirâmide na tela, tem cerca de 100 anos de idade.
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    Ela tem sido atualizada. O que vêem, na tela
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    é de 2003, algo assim.
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    O que é importante não é exatamente o ano,
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    o que é importante é o relacionamento.
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    Vamos começar com as partes amarelas, ok
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    Vamos começar com primeiros socorros.
  • 5:07 - 5:09
    O que significa primeiros-socorros?
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    Significa que, de acordo com isto,
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    300 indivíduos vão receber bandangens, medicamento --
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    em outras palavras, eles machucaram seus dedos,
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    não estão se sentindo bem, da empresa, ok?
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    Então a empresa administra o medicamento, e o que for preciso e ajuda as pessoas.
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    Próximo de cima, 30 - acidentes graves.
  • 5:30 - 5:33
    Como as pessoas vêem acidentes graves?
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    Bem, geralmente significa que você
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    passou pelo menos 1 dia afastado do trabalho.
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    Mas, você pode imaginar, que uma ampla gama de acidentes.
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    Então poderia ser uma perna quebrada,
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    poderia ser uma doença séria, e assim por diante.
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    E infelizmente, 1 no topo, é fatalidade,
  • 5:49 - 5:52
    e fatalidade significa fatalidade.
  • 5:52 - 5:55
    Agora por que disso tudo, e por que em amarelo?
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    Bem, o amarelo representa incidentes relatados.
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    Em outras palavras, empresas olhando o número de acidentes.
  • 6:02 - 6:04
    Eles estão tentando entender, como podemos diminuir isso?
  • 6:04 - 6:06
    Como é possível diminuir isso?
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    Principalmente, os acidentes graves, e as fatalidades.
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    Podemos ter processos, podemos ter regras.
  • 6:14 - 6:16
    Mas como podemos realmente diminuí-los?
  • 6:16 - 6:17
    Como podemos fazer a diferença?
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    E a resposta é: números grandes na base,
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    Vamos dar uma olhada.
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    Vamos começar com o número maior, 300.000.
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    esses são os comportamentos de risco.
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    quer dizer, fazer algo --
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    quando você não deveria realmente fazê-lo.
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    Então você está cansado, está estressado,
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    não está concentrado.
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    E o próximo acima, 3.000.
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    Bem, esses são quase acidentes, quer dizer,
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    uma cadeia de comportamentos de risco, 1, 2, 3, 4.
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    Isso poderia ser um desastre se não fosse pela sorte.
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    Fomos sortudos de não termos tido um desastre.
  • 6:50 - 6:51
    OK, essa é a ideia!
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    E a ideia básica é que, se vamos administrar 3.000 e 300.000,
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    podemos reduzir realmente as coisas difíceis em amarelo.
  • 7:01 - 7:04
    Essa é a ideia, mas, e aqui está o grande mas.
  • 7:04 - 7:06
    Para ser capaz de administrar
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    números grandes na base, precisamos que pessoas nos digam.
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    Porque em branco está o não relatado.
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    São as pessoas mantendo os falhas para elas mesmas.
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    Agora pensei, ok, isso é interessante!
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    Isso é sobre indústrias!
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    Mas podemos aplicar isso para tudo, para a vida?
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    E constata-se, podemos!
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    Podemos aplicar esta pirâmide de acidente a tudo.
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    Então decidi aplicá-la em algo, um desastre que eu trouxe para vocês,
  • 7:33 - 7:35
    que é meu casamento, ok?
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    Agora, antes de darmos uma olhada no meu casamento,
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    nos termos da pirâmide de acidente,
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    Eu vou só perguntar, há alguém na platéia,
  • 7:43 - 7:46
    que já tenha terminhado com um relacionamento longo?
  • 7:46 - 7:49
    Se você teve, simplesmente levante a mão, para que eu veja.
  • 7:49 - 7:51
    Fantástico! oh, apenas pessoas na frente aparentemente, não as de trás.
  • 7:51 - 7:53
    Ok, bom!
  • 7:53 - 7:57
    Então se você já rompeu com um relacionamento longo,
  • 7:57 - 7:59
    você pode brincar comigo, ok?
  • 7:59 - 8:02
    Os outros, vocês terão apenas que imaginar.
  • 8:02 - 8:03
    Então, vamos começar.
  • 8:03 - 8:05
    Minha pirâmide de acidente pessoal.
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    Comportamentos de risco, 300.000.
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    Uau, isto é muito.
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    Exemplos, bem, poderia ser beber cerveja diretamente da garrafa.
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    Poderia ser esquecer o aniversário da minha sogra.
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    Poderia ser pagar a conta de luz com atraso, então tenho que pagar juros.
  • 8:23 - 8:25
    Algo assim, ok?
  • 8:25 - 8:26
    Ótimo, próximo.
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    Quase acidentes, bem, esta é a sequência de comportamento de riscos,
  • 8:30 - 8:33
    onde basicamente, haveria uma grande discussão
  • 8:33 - 8:37
    se não fosse pela situação, então talvez por minha esposa e eu,
  • 8:37 - 8:41
    nos encontramos em um lugar público, em um teatro, então não podermos discutir.
  • 8:41 - 8:44
    Estamos na frente de meus pais. Esta é a ideia básica.
  • 8:44 - 8:45
    Vamos para o 300.
  • 8:45 - 8:47
    Bem, aqui é quando há discussões aos berros ok?
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    que é quando há uma diferença de opinião.
  • 8:51 - 8:53
    Eu acho que foi algo que eu disse.
  • 8:53 - 8:54
    Vamos ao 30.
  • 8:54 - 8:57
    30 eu sou colocado para fora de casa,
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    mas você também pode incluir, se quiser, batidas de porta, e assim por diante.
  • 9:02 - 9:04
    E finalmente, numero 1. Esta é a carta do advogado dela
  • 9:04 - 9:07
    dizendo: eu quero a separação, ok?
  • 9:07 - 9:11
    Então, eu pensei, bem --
  • 9:11 - 9:13
    Como é que isso aconteceu?
  • 9:13 - 9:16
    Quero dizer que nós não nos casamos para nos divorciarmos, certo?
  • 9:16 - 9:18
    Então o que houve?
  • 9:18 - 9:20
    E acontece que a melhor forma para mim,
  • 9:20 - 9:26
    para eu administrar esse desastre são exatamente as mesmas ideias
  • 9:26 - 9:29
    que a indústria nuclear teve.
  • 9:29 - 9:30
    Não é fantástico!
  • 9:30 - 9:34
    Cada um no relacionamento é responsável pelo processo.
  • 9:34 - 9:37
    Abertura significa comunicação aberta.
  • 9:37 - 9:40
    e dar feedback,
  • 9:40 - 9:43
    questionar o que seja é útil,
  • 9:43 - 9:44
    e finalmente aprendizado constante
  • 9:44 - 9:47
    de forma a ajudá-lo a chegar,
  • 9:47 - 9:50
    neste caso, a uma situação de sucesso.
  • 9:50 - 9:54
    Então, se é tão óbvio, por que nós não fazemos isso?
  • 9:54 - 9:58
    Bem, David Ledbetter falou sobre você ser o que você compartilha.
  • 9:58 - 10:00
    e um mundo interconectado,
  • 10:00 - 10:03
    há tanto potencial para compartilhamento.
  • 10:03 - 10:07
    Mas temos medo de compartilharmos informação.
  • 10:07 - 10:09
    Temos medo em relacionamentos,
  • 10:09 - 10:11
    ou em uma situação maior,
  • 10:11 - 10:13
    em organizações também.
  • 10:13 - 10:14
    Por que isto está acontecendo?
  • 10:14 - 10:19
    Bem, vou sugerir que essa é uma questão de tempo.
  • 10:19 - 10:25
    Há uma ideia básica que curto prazo é cada vez mais importante.
  • 10:26 - 10:28
    Em outras palavras, você está olhando apenas para o próximo trimestre.
  • 10:28 - 10:30
    O que está acontecendo no próximo trimestre
  • 10:30 - 10:32
    não estamos olhando adiante o suficiente.
  • 10:32 - 10:37
    E o imediatismo permeia a sociedade.
  • 10:37 - 10:38
    Mas isto é um problema,
  • 10:38 - 10:40
    porque basicamente, neste ponto,
  • 10:40 - 10:42
    de onde a inovação está vindo?
  • 10:42 - 10:45
    De onde o aprendizado está vindo?
  • 10:45 - 10:48
    De onde a apresentação de iniciativa está vindo?
  • 10:48 - 10:51
    Basicamente, senhoras e senhores, muito frequentemente é visto
  • 10:51 - 10:55
    que foram pagos para não cometerem erros.
  • 10:55 - 10:58
    Mas vocês sabem, se você é pago para não cometer erros
  • 10:58 - 11:00
    então como vamos seguir adiante?
  • 11:00 - 11:02
    Como é possível?
  • 11:02 - 11:05
    E uma correlação para não cometer erros,
  • 11:05 - 11:09
    senhoras e senhores, infelizmente, é a cultura da culpa.
  • 11:09 - 11:13
    A cultura da culpa é quando há um erro há um dedo apontando.
  • 11:13 - 11:15
    É sua culpa.
  • 11:15 - 11:17
    E então o que nós podemos fazer é
  • 11:17 - 11:19
    colocar a responsabilidade em outra pessoa.
  • 11:19 - 11:23
    Podemos atribuir os problemas para uma pessoa.
  • 11:23 - 11:25
    Mas isso significa que os problemas desapareceram?
  • 11:25 - 11:28
    Provavelmente não, provavelmente não.
  • 11:30 - 11:33
    O que tudo isso causou, senhoras e senhores,
  • 11:33 - 11:36
    se eu cometo um erro, provavelmente é melhor para mim
  • 11:36 - 11:39
    calar, ficar quieto,
  • 11:39 - 11:42
    e isto cria máscaras.
  • 11:42 - 11:43
    E o que as máscaras fazem?
  • 11:43 - 11:48
    Bem, as máscaras criam o potencial para desastres sistêmicos.
  • 11:48 - 11:51
    Esta é a fatalidade no topo.
  • 11:51 - 11:53
    Vou dar-lhes alguns exemplos.
  • 11:53 - 11:57
    1986, este é um desastre tecnológico.
  • 11:57 - 12:01
    Desastre do ônibus espacial Challenger.
  • 12:01 - 12:06
    Logística, como o aeroporto internacional de Denver
  • 12:06 - 12:10
    sistema de manuseio automático de bagagem.
  • 12:10 - 12:14
    Custou mais de meio milhão de dólares acima do orçamento.
  • 12:14 - 12:18
    Ele falhou em entregas por 10 anos, e finalmente, parou.
  • 12:18 - 12:21
    Um pouco mais recente desastre ambiental
  • 12:21 - 12:25
    que surgiu do horizonte de águas profundas.
  • 12:25 - 12:27
    Todos esses são desastres sistemicos
  • 12:27 - 12:29
    mas talvez o maior,
  • 12:29 - 12:31
    é algo que estamos vivendo exatamente agora,
  • 12:31 - 12:33
    que é a crise financeira.
  • 12:33 - 12:34
    O que vocês vêem na tela,
  • 12:34 - 12:38
    é a capa da revista the Economist.
  • 12:38 - 12:42
    Mas minha pergunta para vocês é: de que ano vocês acham que ela é?
  • 12:42 - 12:44
    2008? 2010?
  • 12:46 - 12:50
    Não, na verdade, infelizmente, é de novembro de 1997.
  • 12:50 - 12:53
    Vocês vêem, nós não somos muito bons em aprender com os erros.
  • 12:53 - 12:57
    Nós temos meio que a tendência de esquecê-los, ignorá-los.
  • 12:57 - 13:00
    Deixe-me tentar e colocar tudo junto, em síntese.
  • 13:00 - 13:05
    Bem, em um mundo perfeito, tudo estaria certo,
  • 13:05 - 13:08
    e nós entenderíamos, e isso seria maravilhoso.
  • 13:08 - 13:10
    Mas não vivemos em um mundo perfeito!
  • 13:10 - 13:12
    Vamos pegar o oposto.
  • 13:12 - 13:17
    Eu faço algo, isso não dá certo, e eu não entendo o porquê.
  • 13:17 - 13:19
    E provavelmente, eu não quero entender o porquê,
  • 13:19 - 13:24
    porque o fracasso é tão ruim. Então eu simplesmente a esqueço!
  • 13:24 - 13:30
    Pressäo de curto prazo nos faz sentir
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    que o que surge agora é a resposta.
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    Em outras palavras, você é bem sucedido, mas não é importante
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    como ou porque você é bem sucedido.
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    E muito frequentemente, curto prazo significa que você teve sorte.
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    Bem, isso é bom para o resultado imediato.
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    Mas há um problema. O problema é --
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    você não sabe como repetir isso, e provavelmente o que está fazendo é,
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    está plantando as sementes para um eventual desastre.
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    Então o que vou sugerir nesta tarde
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    é por que não pensar que os erros de curtos prazos
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    são uma importante parte do aprendizado
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    para se alcançar o objetivo geral?
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    Em outras palavras, mudando, movendo desta ideia
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    de sucesso - insucesso,
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    para porque somos bem sucedidos ou mal-sucedidos.
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    Esta é a ideia básica.
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    Então, deixe-me juntar tudo.
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    O que eu aprendi com o fracasso?
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    Eu aprendi estas coisas aqui.
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    Primeiro, a boa falha significa aprendizado,
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    especialmente com feedback difícil.
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    Na verdade, se consegui tirar algo de um feedback difícil
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    essa geralmente é a informação mais importante.
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    Segundo, se você foca muito a curto prazo
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    na maneira como vê as coisas,
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    você provavelmente está criando, sem saber,
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    a base para um desastre de longo prazo.
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    Terceiro, responsabilização não significa punir pessoas,
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    significa compreender que você é parte do processo.
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    E finalmente, se nós conseguimos criar uma cultura da não culpa
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    basicamente, automaticamente teremos mais abertura.
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    Então em outras palavras,
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    surgem muito mais informações.
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    Agora, eu não posso fazer isso sozinho.
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    Eu não posso sozinho criar uma cultura do bem falhar.
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    Eu preciso de alguns ativistas.
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    E pensei em começar com 600 pessoas hoje, ok?
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    E eu sei que vocês estão ocupados hoje.
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    Então, à partir de amanhã, senhoras e senhores,
  • 15:21 - 15:24
    vamos todos começar a bem falhar.
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    Muito obrigado!
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    (Aplausos)
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    Anfitrião: Agora, Tim, eu tenho uma pergunta.
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    Estamos na Europa, sociedade ocidental
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    e a maioria de seus exemplos, nuclear e tudo mais,
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    são oriundos desta sociedade, desta cultura.
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    Essa messagem se aplica em outras culturas?
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    TB: Sim, esta é uma pergunta muito boa!
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    Em termos de curto-prazo.,
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    essa é a ideia se se olhar apenas para os três próximos meses,
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    representa bem a ideia do mundo ocidental.
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    Mas a ideia do acobertamento é mundial.
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    Está ligada a quanta informação
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    representa poder se você o retêm ou compartilha.
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    Mas vamos dizer o que está permeando tudo.
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    Então, em outras palavras, o que existe entre as culturas,
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    é a ideia de embaraço e vergonha,
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    que mudam de cultura para cultura.
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    Então, em culturas orientais,
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    vergonha seria parecer mal em frente ao grupo
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    enquanto que geralmente na ocidental --
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    o sentimento de vergonha seria.
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    Eu não consigo fazer algo - o indivíduo,
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    Então sim, a ideia básica.
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    Mas como poderíamos mudar isso
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    isso vai mudar de cultura para cultura.
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    Anfitrião: OK, muito obrigado! Tim Baxter.
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    (Aplausos)
Title:
Celebrando o fracasso: Tim Baxter em TEDxLjubljana
Description:

Tim Baxter fala sobre a ‘Celebração do Fracasso’ e como atitudes imediatistas estão criando uma cultura de culpa, então, em vez de aprender com os erros, nós os ignoramos, rejeitamos ou os escondemos.
Sua sugestão é criar uma contra-cultura do "Bem falhar" para não apenas prevenir desastres sistêmicos mas também promover a inovação e a iniciativa.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
16:37

Portuguese, Brazilian subtitles

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