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Mae Jemison sobre ensinar arte e ciências junto

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    O que quero fazer hoje é passar
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    algum tempo falando de coisas que
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    meio que me deram um pouco de
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    angústia existencial, na falta de uma palavra melhor,
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    nos últimos anos, e
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    basicamente, essas 3 frases
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    contam o que está acontecendo.
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    "Quando Deus fez a cor púrpura,
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    Deus estava apenas se exibindo," Alice Walker
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    escreveu em "A Cor Púrpura," e
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    Zora Neale Hurston escreveu em
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    "Dust Tracks On A Road,"
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    "Pesquisa é uma curiosidade formalizada.
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    É cutucar e bisbilhotar com um objetivo."
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    E finalmente,
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    quando penso sobre o futuro próximo,
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    você sabe, nós temos essa atitude, bem,
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    o que acontece, acontece. Certo?
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    Então isso acompanha o Gato de Cheshire
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    dizendo, "Se você não se importa
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    onde quer chegar,
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    não faz diferença qual caminho que escolhe."
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    Mas eu acredito que faz diferença
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    que caminho escolhemos, e qual estrada pegamos,
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    porque quando penso sobre design num
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    futuro próximo, o que penso é nas mais
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    importantes questões, o que realmente
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    é crucial e vital é que precisamos
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    revitalizar as artes e as ciências
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    agora em 2002.
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    (Aplausos)
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    Se descrevermos o futuro próximo
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    como 10, 20, 15 anos a partir de agora,
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    isso significa que o que fazemos hoje
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    será criticamente importante,
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    porque no ano 2015,
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    e no ano 2020, 2025, o mundo,
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    nossa sociedade estará expandindo,
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    o conhecimento básico e as ideias abstratas,
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    das descobertas que fizemos hoje,
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    assim como todas essas coisas maravilhosas
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    que estamos escutando aqui nas conferências do TED
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    que nós tomamos como certas no mundo
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    de agora, eram conhecimento real
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    e ideias que surgiram
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    nas décadas de 50, 60 e 70.
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    Este é o substrato que estamos explorando
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    hoje, seja a Internet,
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    engenharia genética, scanners a laser,
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    mísseis guiados, fibra ótica, alta-definição
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    televisão, sensores, sensores remotos
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    do espaço e as maravilhosas
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    fotos com sensores remotos que vemos em
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    tecelagem 3D, programas de TV como Tracker,
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    e Enterprise, drives de gravação de CD,
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    tela plana, Alvin Ailey's Suite Otis cia de dança,
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    ou a canção de Sarah Jones "Your Revolution Will Not
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    Be Between These Thighs," a qual
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    foi banida pela FCC (Comissão Federal de Comunicação),
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    ou ska, e todas essas coisas
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    sem dúvida, e quase sem exceção,
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    são todas baseadas em ideias
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    e abstrações e criatividade
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    dos anos anteriores,
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    assim devemos nos perguntar,
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    com o que estamos contribuindo para este legado
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    agora? E quando penso nisso,
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    fico realmente preocupada. Para ser muito franca,
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    estou preocupada. Estou incrédula
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    que estamos fazendo muito de nada.
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    Estamos, em um sentido, falhando em agir
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    no futuro. Nós propositadamente,
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    conscientemente estamos atrasados.
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    Estamos ficando para trás.
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    Frantz Fanon, que era um psiquiatra
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    da Martinica, disse, "Cada geração
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    deve, de sua relativa obscuridade,
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    descobrir sua missão, e cumpri-la ou traí-la."
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    Qual é nossa missão? O que temos que
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    fazer? Eu acredito que nossa missão é
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    reconciliar, reintegrar
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    ciência e artes, porque agora
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    existe uma cisão
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    na cultura popular. Vocês sabem,
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    as pessoas têm essa ideia que a ciência
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    e as artes são realmente separadas.
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    Nós as pensamos como separadas
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    e coisas diferentes, e esta ideia foi
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    provavelmente introduzida séculos atrás,
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    mas está relamente se tornando crítica agora,
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    porque estamos tomando decisões sobre nossa
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    sociedade todos os dias,
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    se continuarmos pensando que as artes
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    são separadas das ciências,
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    e continuarmos pensando que é bonitinho dizer,
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    "Eu não entendo nada sobre esta aqui,
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    "Eu não entendo nada sobre esta outra",
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    aí teremos problemas.
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    Agora eu sei que ninguém no TED
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    pensa assim. Todos nós, já sabemos
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    que elas estão muito conectadas, mas eu vou
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    informá-los que algumas pessoas
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    do mundo lá fora, acreditem ou não,
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    acham que é elegante quando dizem,
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    "Você sabe, cientistas e ciência não é
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    criativa. Talvez cientistas sejam engenhosos,
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    mas eles não são criativos.
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    E aí temos essa tendência, os conselheiros de
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    carreira e várias pessoas que dizem coisas
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    como, "Artistas não são analíticos.
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    Eles são engenhosos, talvez,
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    mas não analíticos," e
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    quando estes conceitos estão subjacentes ao nosso ensino
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    e ao que pensamos sobre nosso mundo,
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    aí temos um problema, porque nós
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    dificultamos o apoio a tudo.
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    Ao aceitar essa dicotomia,
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    seja como brincadeira, quando
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    tentamos acomodar em nosso mundo,
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    e tentamos construir nossa base
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    para o mundo, nós estamos bagunçando o futuro,
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    porque, quem quer ser não criativo?
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    Quem quer ser ilógico?
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    Talento poderia correr em ambas as áreas
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    se você diz que tem que escolher uma.
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    Então eles vão para algo
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    em que pensam, "Bem, posso ser criativo
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    e lógico ao mesmo tempo."
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    Agora eu cresci nos anos 60 e devo admitir,
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    realmente, minha infância atravessou os 60,
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    e eu era uma quero-ser-hippie e eu sempre
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    ressenti o fato de que não era
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    velha o suficiente para ser hippie.
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    E eu sei que existem pessoas aqui, a
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    nova geração que quer ser hippie,
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    mas as pessoas falam sobre os anos 60 o tempo todo,
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    e eles falam sobre a anarquia
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    que era, mas quando penso sobre
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    os anos 60, o que tirei dele foi
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    que havia esperança no futuro.
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    Pensávamos que todo mundo poderia participar.
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    Existiam maravilhosas, incríveis ideias
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    que estavam sempre filtrando,
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    e muito do que é legal ou quente hoje
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    é realmente baseado em alguns desses conceitos,
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    seja ele, você sabe, pessoas tentando
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    usar a primeira diretiva de Star Trek
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    estar envolvido em coisas, ou novamente
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    tecelagem tridimensional e
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    o que eu lia sobre máquinas de fax nas minhas
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    revistas Weekly Reader, que tecnologia
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    e engenharia estavam apenas começando.
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    Mas os anos 60 me deixaram com um problema.
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    Vejam, eu sempre acreditei que iria
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    para o espaço, porque eu seguia tudo isso,
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    mas eu também amava as artes e as ciências.
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    Vejam, quando eu estava crescendo
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    como menina e como adolescente,
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    eu adorava criar e fazer roupas de cachorro
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    e queria ser uma designer de moda.
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    Eu fiz arte e cerâmica. Eu amava a dança.
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    Lola Falana. Alvin Ailey. Jerome Robbins.
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    E eu também seguia avidamente a Gemini
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    e os programas Apollo.
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    Eu tinha projetos de ciências e toneladas de livros
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    de astronomia. Eu fiz cálculo e filosofia.
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    Eu questionava sobre o infinito
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    e sobre a teoria do Big Bang.
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    E quando eu estava em Stanford,
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    eu me encontrei, em meu último ano,
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    fazendo licenciatura em engenheira química, metade dos colegas
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    pensava que eu era das ciências políticas e
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    da licenciatura em artes cênicas, o que era meio que
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    verdade porque eu era Presidente da União dos Estudantes Negros
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    Eu fiz licenciatura em algumas dessas áreas,
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    e me encontrei na reta final fazendo malabarismo
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    na separação de processos em engenharia química,
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    aulas de lógica, ressonância nuclear magnética
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    espectroscopia, e também produzindo
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    e coreografando uma produção de dança,
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    e eu tive que fazer a iluminação e o
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    trabalho de design, e estava tentando entender,
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    se iria para Nova York
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    e tentava me tornar uma dançarina profissional,
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    ou se iria para a faculdade de medicina?
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    Agora, minha mãe me ajudou a descobrir
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    o que fazer sobre isso. (Risadas)
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    Mas quando fui para o espaço,
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    quando fui para o espaço, levei um número
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    de coisas comigo. Levei um poster
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    de Alvin Ailey, com o qual vocês podem perceber
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    agora, que amo sua companhia de dança.
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    Um poster de Alvin Ailey com Judith Jamison
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    encenando a dança "Cry", dedicada a todas
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    as mulheres negras. Uma estátua Bundu,
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    que era da Sociedade de Mulheres
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    de Serra Leoa, e um certificado para
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    os alunos da Escola Pública de Chicago trabalharem
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    para melhorar a ciência e a matemática,
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    e pessoas me perguntaram,
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    "Por que você levou o que levou?"
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    E eu tinha que dizer,
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    "Porque isto representa a criatividade humana,
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    a criatividade que nos permitiu, que fomos
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    requisitados a ter para conceber e construir
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    e lançar no espaço o ônibus espacial, ela vem
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    da mesma fonte que a imaginação e
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    a análise necessária para esculpir a estátua Bundu,
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    ou a habilidade necessária para criar,
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    coreografar e atuar "Cry."
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    Cada uma delas é diferente
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    manifestações, encarnações, de criatividade,
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    avatares da criatividade humana,
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    e é isto que devemos reconciliar
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    em nossas mentes, como essas coisas se juntam.
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    A diferença entre artes e ciências
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    não é analítico versus intuitivo, certo?
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    E=MC ao quadrado requer
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    um salto intuitivo, e então você tem
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    que fazer a análise após.
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    Einstein disse, na verdade, " A mais bela
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    coisa que podemos experimentar é o mistério.
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    É a fonte de toda arte e ciência verdadeiras."
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    Dançar exige que nos expressemos e queiramos
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    expressar a alegria da vida, mas então você
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    deve descobrir, exatamente
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    que movimento fazer para garantir
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    que isso aconteça naturalmente?
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    A diferença entre arte e ciência
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    não é algo como construtivo versus
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    desconstrutivo, correto? Muitas pessoas
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    pensam a ciência como descontrutiva.
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    Você deve separar as coisas.
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    E sim, a física sub-atômica
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    é descontrutiva. Você literalmente tenta
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    separar átomos para entender
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    o que tem dentro deles. Mas escultura, a partir
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    do que eu entendo dos grandes escultores,
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    é desconstrutiva, porque você vê uma peça
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    e você remove o que não
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    precisa estar ali.
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    Biotecnologia é descontrutiva.
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    Arranjo orquestral é construtivo.
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    Então na verdade usamos técnicas construtivas
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    e descontrutivas em tudo.
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    A diferença entre ciência
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    e arte não é que elas
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    são lados diferentes de uma mesma moeda,
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    ou mesmo partes diferentes
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    do mesmo continuum, mas ao invés
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    elas são manifestações da mesma coisa.
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    Estados quantum diferentes de um átomo?
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    Ou talvez para ser mais século 21
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    eu poderia dizer que eles são ressonâncias
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    harmônicas diferente de uma super corda.
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    Mas deixemos isso de lado. (Risadas)
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    Eles vêm da mesma fonte.
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    A arte e a ciência são avatares da
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    criatividade humana. São nossa tentativa
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    como humanos de construir um entendimento
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    do universo, do mundo a nossa volta.
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    São nossa tentativa de influenciar coisas,
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    o universo interno à nós mesmos
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    e externo à nós.
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    As ciências, para mim, são manifestações
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    da nossa tentativa de expressar
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    ou compartilhar nosso entendimento,
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    nossa experiência, para influenciar o universo
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    externo a nós mesmos.
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    Não depende de nós como indivíduos.
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    É o universo, como experimentado
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    por todos, e as artes manifestam
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    nosso desejo, ou tentativa de compartilhar
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    ou influenciar outros através de nossas experiências
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    que são peculiares a nós como indivíduos.
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    Deixem-me dizer novamente de outra forma:
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    ciência provê o entendimento
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    de uma experiência universal, e
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    a arte provê um entendimento universal
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    de uma experiência pessoal.
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    Isto é o que temos que pensar,
  • 10:16 - 10:18
    que são todos parte de nós, eles são
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    todos parte de um continuum.
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    Não são apenas ferramentas, não são apenas
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    ciências, você sabe, a matemática
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    e as coisas numéricas e estatísticas,
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    porque ouvimos, muito disso nesse
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    estágio, pessoas que falam sobre música
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    sendo matemática. Certo? As artes não apenas
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    usam argila, não são os únicos que usam argila,
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    luz e som em movimento.
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    Elas usam análise também.
  • 10:40 - 10:42
    Então as pessoas podem dizer, bem,
  • 10:42 - 10:44
    eu ainda prefiro intuitivo versus analítico
  • 10:44 - 10:46
    porque todo mundo quer fazer
  • 10:46 - 10:48
    aquela coisa de cérebro direito, cérebro esquerdo, certo?
  • 10:48 - 10:50
    Fomos todos acusados de ser
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    cérebro direito ou cérebro esquerdo a certa altura
  • 10:52 - 10:54
    do tempo, dependendo de quem
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    discordamos. (Risadas)
  • 10:56 - 10:58
    Vocês sabem, pessoas falam intuitivo, como
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    se fosse como estar em contato com a natureza,
  • 11:00 - 11:02
    em contato com você mesmo e relacionamentos.
  • 11:02 - 11:04
    Analítico: você coloca sua mente para trabalhar, e
  • 11:04 - 11:06
    vou lhes contar um segredinho. Vocês todos
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    sabem disso apesar, de às vezes as pessoas
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    usarem essa ideia de análise, as coisas são
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    fora de nós mesmos, para ser, digamos, que isto
  • 11:12 - 11:14
    é o que iremos elevar
  • 11:14 - 11:17
    como verdade, a ciência mais importante, certo?
  • 11:17 - 11:19
    E aí você tem os artistas, e vocês todos
  • 11:19 - 11:21
    sabem que isso é verdade também,
  • 11:21 - 11:24
    artistas dirão coisas sobre cientistas
  • 11:24 - 11:26
    porque eles dizem que são muito concretos,
  • 11:26 - 11:29
    que são desconectados do mundo.
  • 11:29 - 11:31
    Mas, até tivemos isso aqui no palco,
  • 11:31 - 11:33
    então não aja como se não soubesse
  • 11:33 - 11:35
    do que estou falando. (Risadas)
  • 11:35 - 11:37
    Temos pessoas falando sobre a Sociedade
  • 11:37 - 11:39
    da Terra Plana e dos arranjos florais, então existe
  • 11:39 - 11:41
    toda essa dicotomia que continuamos
  • 11:41 - 11:44
    a carregar, mesmo quando sabemos mais.
  • 11:44 - 11:47
    E pessoas dizem que devemos escolher um ou outro.
  • 11:47 - 11:49
    Mas seria realmente bobagem escolher
  • 11:49 - 11:51
    um dos dois, certo?
  • 11:51 - 11:53
    Intuitivo versus analítico?
  • 11:53 - 11:55
    Essa é uma escolha tola. É bobagem,
  • 11:55 - 11:57
    assim como tentar escolher entre
  • 11:57 - 11:59
    ser realístico ou idealístico.
  • 11:59 - 12:01
    Você precisa dos dois na vida. Porque pessoas
  • 12:01 - 12:03
    fazem isso? Vou apenas citar
  • 12:03 - 12:05
    um biologista molecular, Sydney Brenner,
  • 12:05 - 12:07
    que tem 70 anos e por isso pode dizer isto. Ele disse,
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    "É sempre importante distinguir
  • 12:09 - 12:11
    entre castidade e impotência."
  • 12:11 - 12:14
    Agora... (Risadas)
  • 12:14 - 12:17
    Gostaria de compartilhar com vocês
  • 12:17 - 12:20
    uma pequena equação, ok?
  • 12:20 - 12:23
    Como entender como a ciência
  • 12:23 - 12:25
    e a arte encaixam-se em nossas vidas
  • 12:25 - 12:27
    e o que está acontecendo e as coisas
  • 12:27 - 12:29
    que estamos falando aqui
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    na conferência de design, e isto é
  • 12:31 - 12:33
    uma pequena coisa que inventei, entendendo
  • 12:33 - 12:35
    que nossos recursos e nossa vontade
  • 12:35 - 12:37
    causam-nos adversidades.
  • 12:37 - 12:39
    Nosso entendimento é nossa ciência, nossa arte,
  • 12:39 - 12:41
    nossa religião, como vemos o universo
  • 12:41 - 12:43
    a nossa volta, nossos recursos, nosso dinheiro,
  • 12:43 - 12:45
    nosso trabalho, nossos minerais, nossas coisas
  • 12:45 - 12:47
    que estão por aí no mundo e que temos
  • 12:47 - 12:49
    que trabalhar.
  • 12:49 - 12:51
    Mas mais importante, existem a nossa vontade.
  • 12:51 - 12:53
    Esta é nossa visão, nossas aspirações
  • 12:53 - 12:55
    do futuro, nossas esperanças, nossos sonhos,
  • 12:55 - 12:57
    nossas lutas e nossos medos.
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    Nossos sucessos e nossos fracassos influenciam
  • 12:59 - 13:01
    o que fazemos com tudo isso, e para mim,
  • 13:01 - 13:03
    design e engenharia, habilidade e
  • 13:03 - 13:05
    trabalho hábil, são as coisas que funcionam
  • 13:05 - 13:07
    para chegar ao nosso resultado,
  • 13:07 - 13:10
    que é nossa qualidade humana de vida.
  • 13:10 - 13:12
    Onde você quer que o mundo esteja?
  • 13:12 - 13:14
    E adivinhe só?
  • 13:14 - 13:16
    Independente de como olhamos para isso, seja
  • 13:16 - 13:18
    olhando arte e ciências como algo separado
  • 13:18 - 13:20
    ou diferente, ambas são influenciadas
  • 13:20 - 13:22
    agora e ambas estão com problemas.
  • 13:22 - 13:24
    Eu fiz um projeto chamado S.E.E.ing (vendo) o Futuro:
  • 13:24 - 13:26
    Ciência, Engenharia e Educação, e
  • 13:26 - 13:28
    estava olhando sobre como lançar uma luz
  • 13:28 - 13:30
    mais efetiva no uso dos fundos governamentais.
  • 13:30 - 13:32
    Temos vários cientistas em todos os estágios
  • 13:32 - 13:34
    de suas carreiras. Eles vieram do Colégio Dartmouth
  • 13:34 - 13:36
    onde eu estava ensinando, e eles
  • 13:36 - 13:38
    falaram sobre isso como teólogos e financistas,
  • 13:38 - 13:40
    sobre quais são os problemas dos fundos
  • 13:40 - 13:42
    públicos para a pesquisa de ciência e engenharia?
  • 13:42 - 13:44
    O que tem de mais importante sobre isso?
  • 13:44 - 13:46
    Existem algumas ideias que emergiram disso
  • 13:46 - 13:48
    Eu acho que temos alguns paralelos realmente interessantes
  • 13:48 - 13:50
    com as artes. A primeira coisa que eles disseram foi
  • 13:50 - 13:52
    que as circunstâncias em que nos encontramos
  • 13:52 - 13:54
    hoje nas ciências e engenharia que
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    nos tornou líderes é muito diferente
  • 13:56 - 13:59
    dos anos 40, 50 ou 60
  • 13:59 - 14:01
    e 70 quando emergimos
  • 14:01 - 14:03
    como líderes mundiais, porque não estamos mais
  • 14:03 - 14:05
    em competição com o fascismo, com
  • 14:05 - 14:07
    o estilo soviético de comunismo, a por sinal,
  • 14:07 - 14:09
    aquela competição não era apenas militar,
  • 14:09 - 14:11
    ela incluía competição social
  • 14:11 - 14:13
    e competição política também,
  • 14:13 - 14:15
    que nos permitiu olhar para o espaço
  • 14:15 - 14:17
    como uma daquelas plataformas para provar
  • 14:17 - 14:20
    que nosso sistema social era melhor.
  • 14:20 - 14:22
    Outra coisa que eles falaram foi sobre
  • 14:22 - 14:24
    a infraestrutura que apoia as ciências
  • 14:24 - 14:26
    que está se tornando obsoleta. Olhamos para
  • 14:26 - 14:29
    universidade e colégios, pequenos, comunidades de
  • 14:29 - 14:31
    tamanho médio por todo o país,
  • 14:31 - 14:34
    seus laboratórios estão se tornando obsoletos,
  • 14:34 - 14:36
    e é lá que treinamos a maioria dos nossos
  • 14:36 - 14:38
    trabalhadores em ciências e nossos pesquisadores,
  • 14:38 - 14:40
    e nossos professores, por sinal,
  • 14:40 - 14:42
    e tem também a mídia que não
  • 14:42 - 14:44
    suporta a disseminação de nada mais
  • 14:44 - 14:46
    do que as mais mundanas e fúteis das informações.
  • 14:46 - 14:48
    Existe a pseudo-ciência, círculos em plantações,
  • 14:48 - 14:50
    autópsia de alienígenas, casas mal-assombradas,
  • 14:50 - 14:53
    ou desastres. E é isto o que vemos.
  • 14:53 - 14:55
    E isto não é realmente a informação
  • 14:55 - 14:57
    que você necessita para atuar no seu dia a dia
  • 14:57 - 14:59
    para descobrir como participar nesta
  • 14:59 - 15:01
    democracia e determinar o que está acontecendo.
  • 15:01 - 15:03
    Eles também disseram que existe uma mudança
  • 15:03 - 15:05
    na mentalidade corporativa. Ao passo que
  • 15:05 - 15:07
    o dinheiro do governo sempre esteve lá
  • 15:07 - 15:09
    para a pesquisa básica em ciência e engenharia,
  • 15:09 - 15:11
    Também contamos com algumas empresas para fazer
  • 15:11 - 15:13
    alguma pesquisa básica, mas o que acontece
  • 15:13 - 15:15
    agora é que as empresas estão colocando mais energia
  • 15:15 - 15:17
    no desenvolvimento de produtos de curta-duração
  • 15:17 - 15:19
    do que fazem na engenharia pesquisa básica
  • 15:19 - 15:22
    de engenharia e de ciência.
  • 15:22 - 15:25
    E educação não está acompanhando.
  • 15:25 - 15:28
    Na escola básica e secundária, as pessoas estão retirando
  • 15:28 - 15:30
    os laboratórios molhados. Eles acham que colocar um computador
  • 15:30 - 15:32
    na sala vai substituir
  • 15:32 - 15:34
    a real mistura de ácidos,
  • 15:34 - 15:36
    que estamos plantando batatas.
  • 15:36 - 15:38
    E o financiamento do governo está diminuindo
  • 15:38 - 15:40
    os gastos e eles estão dizendo,
  • 15:40 - 15:42
    vamos deixar as empresas assumirem,
  • 15:42 - 15:44
    e isto não é verdade. O financiamento do Governo
  • 15:44 - 15:46
    deveria ao menos fazer coisas como reconhecer
  • 15:46 - 15:48
    o custo-benefício das pesquisas em ciência básica
  • 15:48 - 15:50
    e engenharia. Temos que saber
  • 15:50 - 15:52
    que temos uma responsabilidade
  • 15:52 - 15:54
    como cidadãos globais deste mundo.
  • 15:54 - 15:56
    Temos que olhar para a educação
  • 15:56 - 15:58
    de humanos. Temos que construir nossos recursos
  • 15:58 - 16:00
    hoje para ter a certeza que eles serão treinados
  • 16:00 - 16:02
    que eles entendem a importância
  • 16:02 - 16:04
    destas coisas, e nós temos que apoiar
  • 16:04 - 16:06
    a vitalidade da ciência, e isso não significa
  • 16:06 - 16:08
    que tudo tenha que ter uma coisa
  • 16:08 - 16:10
    que funcione sozinha, ou como sabemos
  • 16:10 - 16:12
    exatamente o que está acontecendo para ter esse resultado,
  • 16:12 - 16:14
    mas nós apoiamos a vitalidade e a
  • 16:14 - 16:16
    curiosidade intelectual que vai junto,
  • 16:16 - 16:18
    e se você pensar sobre estes paralelos
  • 16:18 - 16:20
    às artes, a competição
  • 16:20 - 16:22
    com o Balé Bolshoi impulsionou
  • 16:22 - 16:24
    o Joffrey e o Balé de Nova York
  • 16:24 - 16:26
    a se tornarem melhores.
  • 16:26 - 16:28
    Infraestruturas de museus, teatros,
  • 16:28 - 16:30
    salas de cinema por todo o país
  • 16:30 - 16:32
    estão desaparecendo. Temos mais
  • 16:32 - 16:34
    estações de televisão com menos a assistir,
  • 16:34 - 16:37
    temos mais dinheiro para gastar na
  • 16:37 - 16:40
    reescrita de velhos programas de televisão
  • 16:40 - 16:42
    em filmes.
  • 16:42 - 16:44
    Temos financiamentos corporativos agora que,
  • 16:44 - 16:46
    quando vão para algumas empresas, quando
  • 16:46 - 16:48
    vão para o apoio das artes, quase que exige
  • 16:48 - 16:50
    que seu produto faça parte do quadro
  • 16:50 - 16:53
    que o artista faz, e temos
  • 16:53 - 16:55
    estádios que são nomeados vários vezes
  • 16:55 - 16:57
    pelas corporações.
  • 16:57 - 16:59
    Em Houston, estamos tentando descobrir
  • 16:59 - 17:01
    o que fazer com aquele estádio da Enron.
  • 17:01 - 17:03
    (Risadas) E belas artes e educação
  • 17:03 - 17:05
    nas escolas estão desaparecendo, e temos
  • 17:05 - 17:07
    um governo que parece estar tirando as tripas
  • 17:07 - 17:09
    do NEA e outros programas,
  • 17:09 - 17:11
    para que possamos realmente parar e pensar,
  • 17:11 - 17:13
    o que estamos tentando fazer
  • 17:13 - 17:15
    com a ciências e as artes?
  • 17:15 - 17:17
    Existe uma necessidade de revitalizá-las.
  • 17:17 - 17:19
    Temos que prestar atenção nisso. Eu quero apenas
  • 17:19 - 17:21
    contar-lhes rapidamente o que estou fazendo.
  • 17:21 - 17:27
    (Aplausos)
  • 17:27 - 17:29
    Quero contar-lhes o que tenho feito
  • 17:29 - 17:33
    um pouquinho desde... que senti essa necessidade
  • 17:33 - 17:35
    meio que de integrar algumas ideias
  • 17:35 - 17:37
    que venho tendo há algum tempo.
  • 17:37 - 17:40
    Uma das coisas que descobri foi que
  • 17:40 - 17:42
    ´que existe uma necessidade de reparar
  • 17:42 - 17:44
    a dicotomia entre a mente e o corpo
  • 17:44 - 17:46
    também. Minha mãe sempre me disse,
  • 17:46 - 17:48
    você tem que ser observadora, saiba o que
  • 17:48 - 17:50
    está acontecendo na sua mente e no seu corpo,
  • 17:50 - 17:52
    e como dançarina eu tinha essa tremenda
  • 17:52 - 17:54
    fé na minha habilidade de conhecer meu corpo,
  • 17:54 - 17:56
    assim como eu sabia como sentir as cores.
  • 17:56 - 17:58
    Aí fui para a escola de medicina, e
  • 17:58 - 18:00
    esperava-se que eu continuasse
  • 18:00 - 18:02
    o que a máquina dizia sobre o corpo.
  • 18:02 - 18:04
    Vocês sabem, você poderia fazer perguntas
  • 18:04 - 18:06
    aos pacientes e algumas pessoas lhe diriam,
  • 18:06 - 18:08
    "Não, não, não escute o que
  • 18:08 - 18:10
    o paciente diz." Nós conhecemos aquele paciente
  • 18:10 - 18:12
    agora e entendemos seu corpo melhor,
  • 18:12 - 18:14
    mas hoje em dia estamos tentando separá-lo
  • 18:14 - 18:16
    dessa ideia. Temos que reconciliar
  • 18:16 - 18:18
    o conhecimento do paciente de seu corpo
  • 18:18 - 18:20
    com as medições dos médicos.
  • 18:20 - 18:22
    Tivemos algumas conversas
  • 18:22 - 18:24
    sobre como medir emoções e fazer com que máquinas
  • 18:24 - 18:26
    descubram, para não nos
  • 18:26 - 18:28
    fazer parecer doidos. Certo?
  • 18:28 - 18:30
    Não, não devemos medir,
  • 18:30 - 18:32
    Não devemos usar máquinas
  • 18:32 - 18:34
    para medir a raiva no trânsito e só então
  • 18:34 - 18:36
    fazer algo para evitar isso.
  • 18:36 - 18:38
    Talvez possamos ter máquinas nos ajudando
  • 18:38 - 18:40
    a reconhecer que temos raiva no trânsito e
  • 18:40 - 18:42
    então precisamos saber como controlar isto
  • 18:42 - 18:44
    sem as máquinas. Temos até que
  • 18:44 - 18:46
    ser capazes de reconhecer isto sem as máquinas.
  • 18:46 - 18:48
    O que me preocupa muito
  • 18:48 - 18:50
    é como fortaleceremos nossa autoconsciência
  • 18:50 - 18:53
    como humanos, como organismos biológicos?
  • 18:53 - 18:55
    Michael Moschen falou sobre como ensinar
  • 18:55 - 18:57
    e aprender a sentir com meus olhos,
  • 18:57 - 19:00
    a ver com minhas mãos.
  • 19:00 - 19:03
    Temos todo tipo de possibilidade para usar
  • 19:03 - 19:05
    nossos sentidos, e isto
  • 19:05 - 19:07
    é o que devemos fazer.
  • 19:07 - 19:09
    Isto é o que eu quero fazer, é tentar usar
  • 19:09 - 19:12
    a bioinstrumentação, esse tipo de coisa
  • 19:12 - 19:14
    para ajudar nossos sentidos naquilo que fazemos,
  • 19:14 - 19:17
    e este é o trabalho que venho fazendo agora
  • 19:17 - 19:19
    na empresa chamada BioSentient Corporation.
  • 19:19 - 19:21
    Eu descobri que tenho que fazer essa propaganda, porque
  • 19:21 - 19:23
    sou uma empreendedora, porque empreendedores
  • 19:23 - 19:25
    dizem que alguém que faz
  • 19:25 - 19:27
    o que quer fazer porque não está quebrada
  • 19:27 - 19:29
    o suficiente e precisam ter um emprego real.
  • 19:29 - 19:31
    (Risadas) Mas este é o trabalho que estou fazendo
  • 19:31 - 19:33
    com BioSentient Corporation tentando descobrir
  • 19:33 - 19:35
    como integrar estas coisas.
  • 19:35 - 19:37
    Deixem-me terminar dizendo que
  • 19:37 - 19:40
    minha questão pessoal sobre design no futuro
  • 19:40 - 19:42
    é realmente sobre integração, pensar sobre
  • 19:42 - 19:45
    isto intuitivo e isto analítico.
  • 19:45 - 19:49
    As artes e as ciências não são separadas.
  • 19:49 - 19:51
    Lição de física da escola para deixar a
  • 19:51 - 19:53
    vocês. Professores de física no colégio costumam
  • 19:53 - 19:55
    segurar uma bola. Ela diz que esta bola
  • 19:55 - 19:57
    tem energia em potencial, mas nada
  • 19:57 - 19:59
    irá acontecer com ela, não pode fazer nenhum trabalho
  • 19:59 - 20:01
    até que eu a deixe cair e ela mude de estado.
  • 20:01 - 20:04
    Eu gosto de pensar que ideias são energia em potencial.
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    Elas são realmente maravilhosas, mas nada
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    irá acontecer até que arrisquemos
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    colocá-la em ação.
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    Esta conferência está cheia
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    de ideias maravilhosas.
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    Gostamos de compartilhar várias coisas
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    com as pessoas, mas nada irá acontecer
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    até que arrisquemos colocar essas ideias em ação.
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    Precisamos revitalizar as artes e as ciências
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    de hoje, precisamos assumir a responsabilidade
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    para o futuro. Não podemos nos esconder dizendo
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    é apenas para o lucro das empresas,
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    ou é apenas negócio, ou eu sou um artista
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    ou um acadêmico.
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    Aqui é como julgamos o que você está fazendo.
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    Eu falei sobre o equilíbrio entre
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    intuitivo, analítico.
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    Fran Lebowitz, minha cínica favorita,
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    disse 3 perguntas
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    de grande preocupação, agora irei
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    adicioná-las ao design, são elas,
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    "É atrativo?"
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    Isso é intuitivo.
  • 20:54 - 20:57
    "É divertido?" Isto é analítico.
  • 20:57 - 20:59
    "E ele sabe o seu lugar?"
  • 20:59 - 21:02
    O equilíbrio. Muito obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
Mae Jemison sobre ensinar arte e ciências junto
Speaker:
Mae Jemison
Description:

Mae Jemison é astronauta, médica, colecionadora de arte, dançarina... Ao contar histórias de sua própria educação e de seu tempo no espaço, ela convida educadores a ensinar ambos, artes e ciências, intuição e lógica, como um -- para criar ousados pensadores.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
21:04
Christine Veras added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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