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A força e a fraqueza de ácidos e bases — George Zaidan e Charles Morton

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    Há ácidos e bases por toda a parte.
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    Usam-se para fabricar alimentos,
    sabões e detergentes,
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    fertilizantes e explosivos,
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    tintas, plásticos e pesticidas
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    e até papel.
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    O nosso estômago é muito ácido.
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    O nosso sangue é ligeiramente alcalino.
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    As nossas proteínas
    são feitas de aminoácidos
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    e as letras do código genético,
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    os A, os T, os C e os G,
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    são todas bases.
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    Provavelmente aprenderam
    como se comportam
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    os ácidos e as bases a nível molecular.
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    Provavelmente nunca vos ensinaram
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    que, há muito tempo,
    na Antiguidade grega,
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    antes de se conhecer a existência
    de átomos e de moléculas,
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    os ácidos e as bases eram definidos
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    pela forma como se comportavam.
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    Os ácidos sabiam a azedo
    e a metal enferrujado.
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    As bases eram escorregadias
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    e, de certa forma, podiam
    contrabalançar os ácidos.
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    Quando as moléculas
    dissolvidas em água interagem,
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    trocam duas moedas principais
    com o seu ambiente:
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    protões, também conhecidos
    por iões de hidrogénio,
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    e eletrões.
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    Consoante a forma como uma molécula
    é composta ou formada,
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    pode estar disposta a dar ou a aceitar
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    quer protões quer eletrões
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    com qualquer outro membro
    da comunidade.
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    Algumas moléculas são
    mais agressivas do que outras,
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    quando se trata de dar
    ou aceitar qualquer destas moedas.
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    Lembrem-se que os protões
    têm carga positiva
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    e os eletrões têm carga negativa.
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    Portanto, se uma molécula
    está disposta a ceder um protão,
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    a situação não é muito diferente
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    de estar disposta a aceitar um eletrão
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    — de qualquer modo,
    fica com menos carga negativa.
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    Outras moléculas estão dispostas
    a aceitar um protão
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    ou a ceder um eletrão.
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    Estas vão ficar com mais carga positiva.
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    Algumas substâncias são tão agressivas
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    para dar os seus protões
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    que, quando têm possibilidade,
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    todas as moléculas numa amostra
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    se desfazem de um protão,
    por vezes, até mais do que um,
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    para as moléculas de água que as rodeiam.
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    Chamamos-lhes ácidos fortes.
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    Entretanto, alguns compostos
    estão tão ansiosos
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    por receber um protão
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    que não ficam à espera,
    roubam um à água
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    que, habitualmente, tem dois protões,
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    mas é bastante generosa
    para se manter só com um.
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    Chamamos-lhes bases fortes.
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    Outros ácidos e bases não são tão fortes.
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    Podem dar alguns dos seus protões à água
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    ou aceitar alguns protões da água
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    mas, a maior parte das suas moléculas
    mantém-se exatamente na mesma.
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    Se os deixarmos isolados na água,
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    vão atingir um ponto de equilíbrio
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    em que talvez só uma em cem
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    ou uma em dez mil das suas moléculas
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    faça trocas com a água.
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    Como podem calcular,
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    chamamos fracos a esses ácidos e bases
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    mas não são fracos,
    no sentido vulgar da palavra.
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    O vinagre no tempero da salada,
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    que cheiramos por toda a sala,
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    é um ácido fraco.
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    O amoníaco que pulverizamos nos vidros
    para lhes dar mais brilho,
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    é uma base fraca.
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    Não é preciso muito
    para ser um agente ativo
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    na economia química.
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    A maior parte da química ácidos-bases
    desenrola-se na água
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    que atua ora como ácido ora como base,
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    aceitando depósitos
    e permitindo levantamentos
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    como um terminal de pagamento
    molecular, permanente.
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    Quando um cliente deposita protões
    — ou seja, um ácido —
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    e outro cliente retira protões
    — ou seja, uma base —
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    simultaneamente,
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    o efeito na conta da água
    pode cancelar tudo
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    e chamamos a isso a neutralização.
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    Há determinadas moléculas
    que se comportam
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    como ácidos ou bases, sem água,
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    mas isso é outra história.
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    Terminemos, saudando a água
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    como o banqueiro
    mais resistente e mais justo
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    para ácidos e bases.
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    Está sempre aberta a fazer negócio,
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    não cobra juros
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    e nunca penhora as moléculas
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    o que já não posso dizer dos... (bip).
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    Uá-uá
Title:
A força e a fraqueza de ácidos e bases — George Zaidan e Charles Morton
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/the-strengths-and-weaknesses-of-acids-and-bases-george-zaidan-and-charles-morton

O vinagre pode ter um cheiro intenso, mas sabiam que é um ácido fraco? na economia química, os ácidos cedem ativamente os seus protões enquanto as bases os recebem ativamente — mas umas são mais agressivas do que outras. George Zaidan e Charles Morton usam a moeda das partículas subatómicas para explicar este intercâmbio invisível.

Lição de George Zaidan e Charles Morton, animação de Karrot Animation

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
03:48

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