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Sustenta Capão | Bruno Capão | TEDx Jardins City2.0

  • 0:09 - 0:15
    Podemos. Essa é uma palavra
    que um professor na faculdade
  • 0:15 - 0:19
    de Gestão Ambiental usava
    antes de começar as aulas,
  • 0:19 - 0:21
    E esse professor me marcou muito porque,
  • 0:21 - 0:25
    ele era o cara que mais me incentivava
  • 0:25 - 0:31
    e fomentava as discussões que eu causava
    durante o curso que eu fiz.
  • 0:32 - 0:35
    Quando me convidaram
    para falar nesse evento,
  • 0:35 - 0:39
    eu fiquei muito nervoso, só não mais
    do que, quanto eu estou agora
  • 0:39 - 0:41
    (Risos)
  • 0:44 - 0:45
    Por que eu fiquei nervoso?
  • 0:45 - 0:49
    Já falei algumas vezes
    para outras pessoas e etc,
  • 0:49 - 0:53
    só que esse momento aqui,
    é um pouco mais especial,
  • 0:53 - 0:56
    pelo fato de ser aqui em Pinheiros.
  • 0:56 - 0:59
    E eu vou contar o porquê
    um pouco mais a frente.
  • 1:00 - 1:03
    Outra coisa, do porquê do nervosismo,
  • 1:03 - 1:05
    é que já vem na minha cabeça,
  • 1:05 - 1:08
    quando o tema é: Cidades Sustentáveis
  • 1:08 - 1:12
    eu falei: "Nossa, cidades sustentáveis".
  • 1:12 - 1:13
    (Risos)
  • 1:13 - 1:15
    Olha o que é que eu pensei:
  • 1:15 - 1:20
    "O que eu vou falar? Se eu não tenho
    nenhum empreendimento tão sustentável,
  • 1:20 - 1:22
    se eu não tenho uma ecovila,
  • 1:22 - 1:28
    se eu não tenho nada
    dessa complexidade que envolve,
  • 1:28 - 1:30
    a palavra sustentabilidade".
  • 1:32 - 1:36
    O porquê, de novo,
    de eu ter ficado tão nervoso?
  • 1:37 - 1:41
    Porque eu sou ser humano,
    igual a todos vocês que estão aqui.
  • 1:41 - 1:44
    E como todo ser humano,
    eu também tenho hábitos.
  • 1:44 - 1:48
    E nós temos muitos hábitos.
  • 1:48 - 1:51
    Dentre os vários hábitos que a gente tem:
  • 1:51 - 1:54
    descartar bituca de cigarro,
    pela janela do carro,
  • 1:54 - 1:58
    lixo e latinha, fechar o ciclista,
  • 1:58 - 2:03
    que tanto contribui
    para humanizar a cidade.
  • 2:03 - 2:08
    Mas o motivo principal que me prendeu
    na questão da sustentabilidade,
  • 2:08 - 2:09
    quando eu fui convidado,
  • 2:09 - 2:12
    foi eu mesmo ter encaixotado
    meu pensamento,
  • 2:13 - 2:17
    Eu não me vi em um contexto
    de sustentabilidade,
  • 2:17 - 2:20
    apesar de promover a mesma.
  • 2:20 - 2:24
    Por que eu fiquei achando
    que tem que ser uma grande coisa,
  • 2:24 - 2:26
    tem que ser um grande empreendimento,
  • 2:26 - 2:29
    que tem que ter um grande sistema.
  • 2:29 - 2:34
    E olha o que o encaixotamento do
    pensamento faz com nós, seres humanos.
  • 2:37 - 2:38
    O quadrado.
  • 2:40 - 2:45
    Ele te enquadra
    e você não consegue sair dele.
  • 2:46 - 2:51
    Se você não começar a perceber
    que você está enquadrado,
  • 2:51 - 2:56
    no seu mundo, na sua fazenda,
    no seu apartamento,
  • 2:56 - 2:57
    seja lá, onde for,
  • 2:57 - 3:03
    na sua casinha, dentro
    do seu quadradinho pensando
  • 3:03 - 3:05
    só no seu mundo,
  • 3:05 - 3:10
    é dessa maneira que você vai agir
    com o outro: um quadrado.
  • 3:10 - 3:16
    E aí fica difícil de ter
    uma relação aberta e sincera.
  • 3:18 - 3:22
    Bom eu sou o Bruno, eu tenho 24 anos,
  • 3:22 - 3:24
    sou pai do Breno.
  • 3:25 - 3:27
    Meu nome artístico é Bruno Capão.
  • 3:28 - 3:31
    Mas meu nome original é Bruno Horácio.
  • 3:32 - 3:37
    Essa é a imagem de um morro.
    E por que eu trouxe essa imagem?
  • 3:37 - 3:42
    Que eu queria contar para vocês, um pouco
    que para mim ser quem eu sou hoje,
  • 3:42 - 3:44
    e fazer o que eu faço,
  • 3:44 - 3:46
    eu precisei sair lá do quadrado.
  • 3:47 - 3:52
    Precisei me encontrar
    e pensar um pouco diferente,
  • 3:52 - 3:54
    sobre mim, sobre meu entorno,
  • 3:54 - 3:56
    sobre minha história.
  • 3:57 - 4:04
    E essa saída do quadrado, para mim,
    por que que tem um significado importante
  • 4:04 - 4:07
    desse evento estar
    acontecendo em Pinheiros?
  • 4:07 - 4:12
    Tudo começou em 2007, quando eu fui pai.
  • 4:12 - 4:16
    Tive que virar homem
    assim da noite pro dia,
  • 4:16 - 4:20
    e ter responsabilidades que antes
    eu não imaginava ter tão cedo;
  • 4:20 - 4:23
    tudo muito precoce, né?
  • 4:23 - 4:24
    Falar essa palavra aqui --
  • 4:24 - 4:29
    e aí fala precoce, eu já me lembro:
    "Putz, fui pai com 17 anos",
  • 4:29 - 4:33
    mas não me arrependo, porque
    de alguma forma me impulsionou.
  • 4:33 - 4:38
    Eu arrumei um emprego, aqui embaixo,
    da Ponte da Cidade Universitária.
  • 4:39 - 4:42
    Eu era gari, nessa época.
  • 4:42 - 4:46
    Eu vinha do Capão, pegava o ônibus,
    atravessava a cidade,
  • 4:46 - 4:51
    e ia andando aqui pela Marginal,
    até embaixo da Ponte Cidade Universitária,
  • 4:51 - 4:56
    que é onde era o nosso
    ponto de encontro, era a base da empresa.
  • 4:56 - 4:59
    E o que a gente fazia nessa empresa?
  • 4:59 - 5:05
    Conservação e Limpeza Urbana das vias,
    dos logradouros, das praças,
  • 5:05 - 5:09
    então andei muito aqui
    pela região de Pinheiros.
  • 5:09 - 5:15
    E, esse fato, de estar limpando Pinheiros,
    depois voltar lá de tarde,
  • 5:15 - 5:17
    no outro dia de manhã,
    estar aqui de novo --
  • 5:17 - 5:24
    Esse circuito de vai e vem, me fez
    começar a pensar um pouco diferente,
  • 5:24 - 5:29
    sobre porquê lá tem algumas coisas
    e aqui não tem?
  • 5:30 - 5:33
    E aí eu sempre fiquei me questionando.
  • 5:33 - 5:36
    Como que eu posso fazer algo por isso?
  • 5:36 - 5:39
    Como que eu posso melhorar
    a minha realidade?
  • 5:39 - 5:43
    E eu me lembro bem quando criança,
    a gente morava em uma rua sem saída,
  • 5:43 - 5:48
    e eu ficava observando muito,
    o caminhão de lixo passar,
  • 5:49 - 5:54
    eu achava fantástico, e acho,
    e continuo achando, esse trabalho.
  • 5:54 - 5:58
    Você chega nos grandes eventos
    e você não vê ninguém cumprimentar
  • 5:58 - 6:01
    quem limpa, quem faxina --
  • 6:01 - 6:05
    É só Sr. de tal, fulano de tal,
    as autoridades.
  • 6:05 - 6:09
    Mas todo mundo esquece
    de quem atravessa a cidade
  • 6:09 - 6:11
    para manter isso aqui tudo funcionando.
  • 6:12 - 6:14
    Por que ninguém quer ficar
    em um ambiente sujo.
  • 6:14 - 6:17
    E nem todos querem pegar na vassoura.
  • 6:18 - 6:21
    Mas, para pegar na coroa,
    tem que pegar na vassoura.
  • 6:21 - 6:22
    (Risos)
  • 6:23 - 6:28
    Essa imagem, é a imagem
    de um lixão, obviamente,
  • 6:28 - 6:34
    e eu trago ela para o nível local,
    porque, quando criança,
  • 6:34 - 6:36
    eu sonhava em ser lixeiro também,
  • 6:36 - 6:39
    ao ver os caras fazendo o trampo,
    eu achava fantástico,
  • 6:39 - 6:43
    e eu fui realizar esse sonho,
    depois de 2007, trabalhando aqui,
  • 6:43 - 6:48
    eu sai dessa empresa daqui, porque
    o salário era 390 reais, e eu já era pai,
  • 6:48 - 6:50
    então eu tinha que ganhar mais,
    eu pagava aluguel,
  • 6:50 - 6:55
    fui bater lá na porta da Coleta de Lixo;
    lá eles pagavam 800 reais,
  • 6:55 - 6:57
    então eu iria dobrar o salário.
  • 6:57 - 7:01
    Bati na porta, consegui fazer uma ficha,
  • 7:01 - 7:05
    depois fui e fiz a entrevista
    e passei na entrevista,
  • 7:05 - 7:08
    então virei um coletor de resíduo urbano.
  • 7:08 - 7:10
    Ninguém fala lixeiro, né?
  • 7:10 - 7:14
    Mentira! Fala lixeiro.
    Podem prestar atenção no Natal.
  • 7:14 - 7:18
    Quando vamos lá
    e [pedimos] a "caixinha do lixeiro",
  • 7:18 - 7:22
    e não é "caixinha do coletor de lixo".
    Dá mais trabalho falar isso tudo.
  • 7:22 - 7:26
    Então, é lixeiro, literalmente falando,
    também está no dicionário essa definição.
  • 7:26 - 7:28
    Lixeiro é quem coleta lixo.
  • 7:28 - 7:30
    Então, mas um paradigma que cai,
  • 7:30 - 7:35
    para a gente não ficar,
    se prendendo no quadrado.
  • 7:39 - 7:40
    Aqui sou eu,
  • 7:40 - 7:43
    trabalhando em uma das ruas do bairro,
  • 7:43 - 7:46
    durante um dia de coleta,
  • 7:47 - 7:51
    e eu também tenho um sonho,
    por que não?
  • 7:52 - 7:53
    Por que não ser lixeiro?
  • 7:53 - 7:57
    Por que que eu tenho que ser engenheiro?
    Por que tenho que ser um monte de coisas,
  • 7:57 - 8:02
    que outras pessoas falam
    que a gente de lá tem que ser?
  • 8:02 - 8:06
    Você tem que estudar, você tem que ser
    alguém na vida, tem que ser isso e aquilo.
  • 8:07 - 8:10
    A gente tem que ser quem a gente quer ser!
  • 8:11 - 8:14
    (Aplausos)
  • 8:17 - 8:20
    E foi isso que eu quis ser,
    durante esse período.
  • 8:20 - 8:23
    E eu fui ser, sabe,
  • 8:23 - 8:27
    então, quando eu consegui
    realizar esse sonho de ser lixeiro,
  • 8:27 - 8:30
    eu falei:
    "Agora posso sonhar outro sonho".
  • 8:30 - 8:33
    E fui começando a acumular vários sonhos,
  • 8:34 - 8:37
    e eu estou sonhando até hoje.
  • 8:37 - 8:38
    (Risos)
  • 8:38 - 8:42
    E claro que o que fomenta os sonhos,
    é a realização de cada sonho.
  • 8:42 - 8:46
    Todo empreendedor é aquele
    que busca realizar seus sonhos,
  • 8:46 - 8:50
    então, eu me sinto parte
    disso, desse movimento agora
  • 8:50 - 8:56
    porque consegui realizar esse sonho
    e outro que eu vou contar já já também.
  • 8:56 - 9:02
    Aqui já sou eu dando a oficina,
    para a rapaziada, meus vizinhos,
  • 9:02 - 9:07
    enfim, filhos de amigos,
    essa rapaziadinha que fica ociosa.
  • 9:07 - 9:08
    Então eu já --
  • 9:08 - 9:14
    quando em 2010 depois de já
    ter trabalhado meio período
  • 9:14 - 9:19
    na empresa de coleta de lixo, eu recebi
    uma oportunidade de cursar uma faculdade,
  • 9:19 - 9:23
    de fazer esse curso e eu aceitei na hora.
  • 9:23 - 9:27
    A única contrapartida que eu tinha,
    era de multiplicar o conhecimento
  • 9:27 - 9:30
    aprendido no curso,
  • 9:30 - 9:32
    no entorno do meu bairro, onde eu morava.
  • 9:32 - 9:38
    E essa foi a forma que eu encontrei,
    de multiplicar o conhecimento.
  • 9:39 - 9:43
    E foi muito legal por que
    durante essas atividades,
  • 9:43 - 9:47
    eu recebia muito feedback deles,
  • 9:47 - 9:50
    "Por que nós não fazemos isso?"
    "Por que nós não fazemos aquilo?"
  • 9:50 - 9:54
    Teve um que falou: "Por que nós
    não fazemos coleta seletiva no bairro?"
  • 9:54 - 9:57
    E eu vendo isso, eu pude perceber,
  • 9:57 - 10:01
    como que eu estava
    de alguma forma interferindo,
  • 10:01 - 10:04
    nos sonhos e nos pensamentos
    desses moleques que hoje
  • 10:04 - 10:06
    já são um pouco maiores,
  • 10:06 - 10:10
    os sonhos já aumentaram
    também, mas isso é bom.
  • 10:11 - 10:15
    Durante uma dessas oficinas,
    com essa rapaziada,
  • 10:15 - 10:19
    teve um dia que eu puxei do Youtube,
    o filme do lixo extraordinário,
  • 10:19 - 10:24
    o documentário, e foi fantástico.
    Nós assistimos o filme --
  • 10:25 - 10:28
    Eu vi o filme, me identifiquei
    muito com a história do Tião,
  • 10:28 - 10:34
    porque, poxa, ele cresceu
    dentro daquele cenário
  • 10:34 - 10:37
    e conseguiu transformar a vida
    de muitas pessoas no Gramacho,
  • 10:37 - 10:41
    a partir da vivência dele
    no lixo, dentro do lixão.
  • 10:41 - 10:45
    "Lixo é tudo aquilo
    que não tem aproveitamento".
  • 10:45 - 10:47
    Uma frase dele.
  • 10:47 - 10:51
    E sabe o que aconteceu?
    Eu falei: "Preciso conhecer esse cara".
  • 10:52 - 10:55
    E nessas andanças, assistindo palestras,
    recebendo convites
  • 10:55 - 10:58
    pra participar de encontros,
  • 10:58 - 11:01
    uma pessoa me deu um convite
    pra ir ver a palestra dele.
  • 11:01 - 11:03
    Eu fui lá e vi.
  • 11:04 - 11:06
    Peguei o contato,
    depois mandei um e-mail,
  • 11:06 - 11:08
    achando que ele nunca ia responder.
  • 11:08 - 11:10
    O cara era o Tião,
    viajando para caramba.
  • 11:11 - 11:13
    E aí, depois de 2 meses,
    ele me mandou um e-mail,
  • 11:13 - 11:16
    "Estou aqui na Av. Paulista,
    venha me buscar,
  • 11:16 - 11:18
    quero conhecer sua comunidade e tal".
  • 11:18 - 11:20
    E eu falei: " Fantástico!
    Realizei mais um sonho."
  • 11:22 - 11:24
    E então foram vindo mais sonhos.
  • 11:25 - 11:28
    Esta é uma foto muito especial,
  • 11:28 - 11:31
    eu estou ali atrás,
    não dá para ver direito --
  • 11:31 - 11:35
    Essas pessoas foram pessoas
    que me marcaram,
  • 11:35 - 11:38
    não pelo fato de eu estar na universidade,
  • 11:38 - 11:41
    mas o fato, de eu estar
    convivendo com essas pessoas,
  • 11:41 - 11:44
    e de poder estar "trocando"
    com essas pessoas.
  • 11:44 - 11:49
    Eu acho que essa conexão
    que é feita, com realidades diferentes,
  • 11:49 - 11:54
    ela pode causar algum choque no início,
    mas depois ela fica tranquila e suaviza.
  • 11:55 - 11:59
    Aqui é uma ação que eu fiz no metrô,
  • 11:59 - 12:01
    lá na estação do Capão.
  • 12:02 - 12:04
    Quando eu ia para a escola,
    eu tinha pressa e então,
  • 12:04 - 12:07
    eu precisei fazer essa
    ação e funcionou,
  • 12:07 - 12:08
    melhorou o fluxo do metrô.
  • 12:08 - 12:10
    (Risos)
  • 12:10 - 12:13
    (Aplausos)
  • 12:16 - 12:20
    Hoje nós temos um lugar nas reuniões
    de encontro trimestral com o metrô,
  • 12:20 - 12:25
    para dar sugestões e melhorar;
    eu sou o representante da Linha Lilás.
  • 12:26 - 12:30
    E aqui está o grande sonho
    que está sendo realizado,
  • 12:30 - 12:36
    está sendo construído com várias mãos,
    uma delas é a do chefe que está aqui,
  • 12:36 - 12:37
    meu irmão, José Carlos.
  • 12:37 - 12:39
    (Aplausos)
  • 12:43 - 12:48
    Esse é o nosso negócio social,
    e é com esse projeto, com essa ideia,
  • 12:48 - 12:53
    com esse modelo de negócio,
    que nós queremos causar uma mudança
  • 12:53 - 12:54
    no território.
  • 12:56 - 12:58
    Aqui estão algumas fotos.
  • 13:00 - 13:04
    Certamente muitos de vocês
    já ouviram falar no Capão Redondo.
  • 13:05 - 13:10
    Mas também certamente, tirando a gente
    que é de lá, talvez não mais de 10,
  • 13:10 - 13:12
    já tenham ido lá.
  • 13:12 - 13:18
    Então deixo o convite, para que possamos
    colocar esse novo "pergaminho",
  • 13:19 - 13:23
    fazer essa " raspagem",
    desconstruir essa ponte,
  • 13:24 - 13:29
    que foi construída apenas pra segregar,
    esse "apartheid" que existe,
  • 13:29 - 13:32
    nós não podemos aceitar ele mais,
  • 13:32 - 13:34
    e que esse evento não fique no evento,
  • 13:34 - 13:37
    que nós possamos, de fato, c
  • 13:37 - 13:40
    olocar em prática tudo o que foi falado
    no primeiro período,
  • 13:40 - 13:44
    esse é o convite que eu faço,
    vou encerrar minha fala já,
  • 13:44 - 13:48
    com essa frase, em homenagem
    ao Instituto Projeto Sonhar.
  • 13:48 - 13:52
    Estamos montando uma rede no Capão
    Redondo, com vários empreendedores,
  • 13:52 - 13:57
    com várias pessoas que estão
    querendo mudar a realidade de lá.
  • 13:58 - 14:01
    Na verdade, a realidade lá já mudou,
  • 14:01 - 14:06
    porque hoje lá tem Escola de Notícia,
    tem engenheiro,
  • 14:07 - 14:10
    tem também arquiteto,
    tem gestor ambiental,
  • 14:11 - 14:17
    e nós estamos se conectando para poder
    fazer essa ponte, mas uma ponte que una,
  • 14:17 - 14:20
    que conecte e não mais que segregue.
  • 14:21 - 14:23
    Essa é a reflexão que eu queria deixar.
  • 14:24 - 14:25
    Muito obrigado.
  • 14:25 - 14:28
    (Aplausos)
Title:
Sustenta Capão | Bruno Capão | TEDx Jardins City2.0
Description:

Capão Redondo é um bairro na periferia de São Paulo onde Bruno mora e trabalha. Nesta palestra, ele convida a construir pontes e derrubar as barreiras entre os bairros e as pessoas.

Bruno Capão cursou gestão ambiental e foi convidado a participar de um workshop na Romênia com jovens do mundo todo com o tema “A partir do lixo”. Está envolvido em diversos projetos de micro-empreendedorismo e gestão socioambiental comunitárias com foco em reciclagem. Cofundou com o irmão José Carlos o Ateliê Sustenta Capão, um espaço gourmet sustentável no coração de Capão Redondo. (www.capaodemel.com.br)

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Video Language:
Portuguese, Brazilian
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
14:41

Portuguese, Brazilian subtitles

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