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Como detectar uma supernova - Samantha Kuula

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    Neste instante,
    em algum lugar do universo,
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    uma estrela acabou de explodir.
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    Lá se foi outra.
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    Na verdade, uma supernova ocorre
    a cada segundo no universo observável
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    e, em média, há uma a cada 25 a 50 anos
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    em uma galáxia com o tamanho
    e a idade da Via Láctea.
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    Entretanto, nós nunca conseguimos
    ver uma acontecer
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    desde o seu início violento.
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    Claro, como poderíamos?
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    Em uma das centenas de bilhões
    de estrelas próximas
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    poderíamos observar a supernova
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    que destruiria a superfície estelar.
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    Os nossos melhores telescópios
    precisariam estar focalizados
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    na estrela correta,
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    exatamente no instante correto,
    para obtermos dados significativos.
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    Deve-se dizer que as chances de isso
    ocorrer são astronomicamente pequenas.
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    Mas e se pudéssemos nos antecipar
    a uma supernova
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    antes que sua luz chegasse até nós?
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    Isto pode parecer impossível.
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    Afinal, nada pode ser
    mais veloz do que a luz, certo?
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    Até onde sabemos, sim.
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    Mas, em uma corrida, não importa ser veloz
    se você entra em um desvio
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    enquanto alguém segue em frente
    em direção à reta de chegada.
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    Exatamente por essa razão,
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    os fótons não vencem a corrida
    da supernova até a Terra.
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    Os neutrinos vencem.
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    Eis o porquê.
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    Há dois tipos de supernova.
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    O tipo 1 é quando uma estrela acumula
    tanta matéria de outra vizinha,
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    que inicia uma reação nuclear
    em cadeia e a faz explodir.
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    No tipo 2, a estrela esgota
    seu combustível nuclear,
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    de modo que as forças gravitacionais
    que a comprimem
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    superam as forças da mecânica quântica
    que atuam para expandi-la,
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    e o núcleo estelar sofre um colapso
    sob a ação do seu próprio peso
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    em um centésimo de segundo.
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    Embora os limites externos da estrela
    não sejam afetados pelo colapso do núcleo,
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    as regiões internas aceleram
    pelo vácuo a dentro,
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    chocam-se com o núcleo
    e voltam iniciando a explosão.
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    Em ambos os cenários,
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    a estrela expele
    uma quantidade inigualável de energia,
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    bem como uma grande quantidade de matéria.
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    Na verdade, todos os átomos
    mais pesados do que o níquel,
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    inclusive elementos como o ouro e a prata,
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    formam-se apenas nas reações de supernova.
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    Nas supernovas do tipo 2,
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    cerca de 1% da energia consiste de fótons,
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    que nós conhecemos como luz,
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    ao passo que 99%
    são irradiados como neutrinos,
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    as partículas elementares
    que são conhecidas
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    por raramente interagir
    com seja lá o que for.
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    Vindas do núcelo estelar,
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    a matéria que explode
    leva dezenas de minutos, ou até horas,
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    ou em casos raros, vários dias
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    para atingir a superfície da estrela
    e escapar através dela.
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    Contudo, os neutrinos,
    graças à sua não interatividade,
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    seguem um caminho muito mais direto.
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    No momento em que há mudança visível
    na superfície da estrela,
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    os neutrinos têm várias horas de vantagem
    à frente dos fótons.
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    Eis por que os astrônomos e físicos
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    foram capazes de organizar
    um projeto chamado SNEWS,
  • 3:19 - 3:22
    Sistema de Alerta Prévio de Supernova.
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    Quando os detectores espalhados pelo mundo
    captam uma erupção de neutrinos,
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    eles enviam mensagens
    para um computador central em Nova Iorque.
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    Se vários detectores receberem
    sinais semelhantes dentro de dez segundos,
  • 3:33 - 3:37
    SNEWS disparará um sinal de alerta
    que uma supernova está iminente.
  • 3:37 - 3:40
    Com a ajuda de informações
    de distância e direção
  • 3:40 - 3:42
    dos detectores de neutrinos,
  • 3:42 - 3:45
    astrônomos amadores e cientistas
  • 3:45 - 3:47
    varrerão os céus e trocarão informações
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    para identificar rapidamente
    a supernova galáctica
  • 3:50 - 3:55
    e apontar os maiores telescópios
    do mundo naquela direção.
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    A última supernova que enviou
    neutrinos detectáveis à Terra foi em 1987,
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    nos limites da Nebulosa da Tarântula,
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    na grande Nuvem de Magalhães,
    uma galáxia próxima.
  • 4:07 - 4:13
    Seus neutrinos atingiram a Terra
    cerca de três horas antes da luz visível.
  • 4:13 - 4:16
    Pode ocorrer outra a qualquer momento,
    e quando isto acontecer,
  • 4:16 - 4:21
    SNEWS lhe dará a oportunidade de ser
    um dos primeiros a testemunhar algo
  • 4:21 - 4:25
    que humano algum jamais havia visto.
Title:
Como detectar uma supernova - Samantha Kuula
Description:

Veja a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/how-to-detect-a-supernova-samantha-kuula

Neste instante, em algum lugar do universo, uma estrela acabou de explodir. Na verdade, uma supernova ocorre a cada segundo no universo observável. Apesar disso, nunca conseguimos ver uma supernova no seu início violento. Será possível detectá-la bem no seu início? Samantha Kuula dá detalhes da ciência que governa o sistema de alarme de uma supernova.

Lição de Samantha Kuula, animação de Nick Hilditch.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:42

Portuguese, Brazilian subtitles

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