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Consegues resolver o enigma do vírus? — Lisa Winer

  • 0:08 - 0:11
    A tua equipa de investigação
    encontrou um vírus pré-histórico
  • 0:11 - 0:13
    preservado no "permafrost"
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    e isolou-o para estudo.
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    Depois de uma longa noite de trabalho,
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    estás a fechar o laboratório
    quando ocorre um súbito tremor de terra
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    que deita abaixo a eletricidade.
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    Quando os geradores de emergência
    começam a trabalhar,
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    um alarme confirma os teus piores receios:
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    os frascos de amostras
    estão todos partidos.
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    O vírus, por enquanto, está contido
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    mas, a não ser que o destruas,
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    os respiradouros que em breve se vão abrir
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    desencadearão uma praga mortal
    lançada pelo ar.
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    Sem hesitação, agarras
    no teu fato protetor
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    e preparas-te para salvar o mundo.
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    O laboratório é um complexo
    de 16 salas, num quadrado de 4 x 4,
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    com uma entrada no canto noroeste
    e uma saída a sudeste.
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    Cada sala está ligada às adjacentes
    por uma câmara de vácuo
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    e o vírus espalhou-se
    por todas as salas, exceto a entrada.
  • 1:03 - 1:06
    Para o destruir tens que entrar
    em todas as salas contaminadas
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    e acionar o interruptor de emergência
    de autodestruição.
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    Mas há um problema.
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    Como o sistema de segurança
    está ativado,
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    depois de entrares na sala contaminada
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    não podes sair sem ativares o interruptor
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    e, depois de fazeres isso,
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    não podes voltar a essa sala.
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    Começas a traçar num bloco
    todos os caminhos possíveis
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    mas nenhum deles parece
    levar-te à saída
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    sem falhar, pelo menos, uma sala.
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    Como podes destruir o vírus
    em todas as salas contaminadas
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    e sobreviver para contar a história?
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    Detém-te aqui, se quiseres
    resolvê-lo sozinho.
  • 1:46 - 1:47
    Resposta em: 3
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    Resposta em 2:
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    Resposta em: 1
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    Se o teu primeiro instinto
    é tentar um grafo
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    dos possíveis movimentos numa grelha,
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    captaste a ideia certa.
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    Este enigma está relacionado
    com o problema do caminho hamiltoniano
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    assim chamado segundo
    William Rowan Hamilton,
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    um matemático irlandês do século XIX.
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    O desafio do problema do caminho
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    é descobrir se um determinado grafo
    tem um caminho hamiltoniano.
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    É um caminho que visita apenas uma vez
    todos os pontos que contém.
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    Este tipo de problema,
    classificado como NP-complete,
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    é extremamente difícil
    quando o grafo é muito grande.
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    Embora qualquer solução proposta
    seja facilmente verificável,
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    não temos uma fórmula ou atalho fiáveis
    para a encontrar,
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    ou para determinar se ela existe.
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    Nem sequer temos a certeza
    se os computadores
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    podem encontrar essa solução fiável.
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    Este enigma acrescenta uma nova versão
    ao problema do caminho hamiltoniano
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    na medida em que temos que começar
    e acabar em pontos específicos.
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    Mas, antes que gastes
    uma tonelada de papel,
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    tens que saber que não é possível
    um verdadeiro caminho hamiltoniano
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    com estes dois pontos extremos,
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    porque as salas formam uma grelha
    com um número par de salas de cada lado.
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    Em qualquer grelha com esta configuração,
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    um caminho hamiltoniano que começa
    e termina em cantos opostos, é impossível.
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    Eis uma forma de perceber porquê.
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    Considera um tabuleiro de damas
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    com um número par
    de quadrados de cada lado
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    Todos os caminhos possíveis
    alternarão entre o preto e o branco.
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    Estas grelhas também vão ter
    um número par de quadrados
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    porque o produto de um número par
    por um número par é sempre par.
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    Por isso, um caminho hamiltoniano
    numa grelha com um lado par
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    que comece num quadrado preto
    terá que acabar num quadrado branco.
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    E um caminho que comece num branco
    terá que acabar num quadrado preto.
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    No entanto, em qualquer grelha
    com lados pares,
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    os cantos opostos têm a mesma cor,
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    por isso, é impossível começar e acabar
    um caminho hamiltoniano em cantos opostos.
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    Parece que estás com pouca sorte,
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    a não ser que olhes
    para as regras com atenção
  • 3:57 - 4:00
    e repares numa exceção importante.
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    É verdade que, depois de acionares
    o interruptor numa sala contaminada,
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    ela é destruída e não podes voltar atrás.
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    Mas há uma sala que não foi contaminada
    — a entrada —
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    Isso significa que podes sair de lá
    sem acionar o interruptor
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    e voltar lá depois de teres destruído
    uma destas duas salas.
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    A sala do canto pode ter sido contaminada
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    com a abertura da câmara de vácuo,
    mas não faz mal
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    porque podes destruir a entrada
    depois da segunda visita.
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    Este regresso dá-te quatro opções
    para um caminho com êxito
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    e um conjunto de opções semelhante
    se destruíres esta sala primeiro.
  • 4:37 - 4:38
    Parabéns!
  • 4:38 - 4:43
    Impediste uma epidemia
    de proporções apocalípticas
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    mas, depois de tão angustiante episódio,
    precisas de uma pausa.
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    Talvez devas aceitar
    aquela oferta de trabalho
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    para seres caixeiro-viajante.
Title:
Consegues resolver o enigma do vírus? — Lisa Winer
Speaker:
Lisa Winer
Description:

Vejam a lição completa em: http://ed.ted.com/lessons/can-you-solve-the-virus-riddle-lisa-winer

A tua equipa de investigação encontrou um vírus pré-histórico preservado no pergelissolo ("permafrost") e isolou-o para estudo. Depois de uma noite de trabalho, estás a fechar o laboratório quando ocorre um súbito tremor de terra que parte todos os frascos de amostras. Serás capaz de destruir o vírus antes que se abram os respiradouros e desencadeiem uma praga mortal espalhada pelo ar? Lisa Winer mostra como é.

Lição de Lisa Winer, animação de Artrake Studio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
05:13
Isabel Vaz Belchior edited Portuguese subtitles for Can you solve the virus riddle?
Margarida Ferreira approved Portuguese subtitles for Can you solve the virus riddle?
Margarida Ferreira edited Portuguese subtitles for Can you solve the virus riddle?
Isabel Vaz Belchior accepted Portuguese subtitles for Can you solve the virus riddle?
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