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Quatro formas de como podemos evitar uma seca catastrófica

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    A geração de nossos avós
    criou um incrível sistema
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    de canais e reservatórios
    que possibilitaram
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    às pessoas viverem em locais
    onde não havia muita água.
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    Por exemplo, durante a Grande Depressão,
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    eles criaram a Represa Hoover,
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    que por sua vez, criou o Lago Mead
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    e tornou possível para as cidades
    de Las Vegas, Phoenix
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    e Los Angeles fornecer água
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    para pessoas que viviam
    em locais tão secos.
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    No século 20, gastamos
    literalmente trilhões de dólares
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    na construção de infraestrutura
    para levar água até as cidades.
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    Em termos de desenvolvimento econômico,
    foi um grande investimento.
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    Mas, na última década,
    vimos os efeitos combinados
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    das mudanças climáticas,
    do crescimento populacional
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    e da competição por recursos hídricos,
    ameaçarem essas fontes hídricas vitais.
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    Esta imagem mostra a mudança
    no nível do Lago Mead,
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    que vem ocorrendo nos últimos 15 anos.
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    Podem ver que em torno do ano 2000,
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    o nível do lago começou a cair.
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    E foi caindo a uma velocidade tal,
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    que teria secado o influxo
    de água potável para Las Vegas.
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    A cidade tornou-se
    tão preocupada com isso,
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    que recentemente construíram uma nova
    estrutura de influxo de água potável
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    que foi chamada de "Terceiro Cano"
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    para puxar água das profundezas do lago.
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    Os desafios associados ao fornecimento
    de água para uma cidade moderna
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    não estão restritos ao sudoeste americano.
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    No ano de 2007, a terceira maior cidade
    da Austrália, Brisbane,
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    chegou ao ponto de lhe restarem
    apenas seis meses de água.
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    Um drama similar ocorre
    hoje em São Paulo, Brasil,
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    onde o reservatório principal da cidade
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    passou de completamente cheio em 2010,
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    para quase vazio hoje,
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    conforme a cidade se aproxima
    dos Jogos Olímpicos de 2016.
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    Para aqueles de nós que têm a sorte
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    de viver em uma das grandes
    cidades do mundo,
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    nunca realmente sofremos
    os efeitos de uma seca catastrófica.
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    Gostamos de reclamar dos banhos rápidos
    que precisamos tomar.
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    Gostamos que nossos vizinhos vejam
    nossos carros sujos e gramados marrons.
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    Mas nós nunca de fato enfrentamos
    a situação de abrirmos a torneira
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    e dela nada escorrer.
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    E isso porque, quando as coisas
    ficaram ruins no passado,
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    sempre foi possível
    expandir um reservatório
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    ou cavar mais alguns poços subterrâneos.
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    Bem, numa era em que todos os recursos
    hídricos estiverem reivindicados,
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    não será mais possível dependermos
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    dessa forma garantida
    de fornecimento de água.
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    Algumas pessoas imaginam que
    resolveremos o problema hídrico urbano
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    tomando água de nossos vizinhos rurais.
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    Mas essa é uma abordagem repleta
    de perigos políticos, jurídicos e sociais.
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    E mesmo se conseguirmos tomar a água
    de nossos vizinhos rurais,
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    estaremos apenas transferindo
    o problema para o próximo
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    e há uma boa chance
    de isso se voltar contra nós,
  • 2:53 - 2:55
    sob a forma de preços
    mais altos dos alimentos
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    e danos aos ecossistemas aquáticos
    já dependentes dessa água.
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    Eu acredito que há uma forma melhor
    de resolver nossa crise hídrica urbana
  • 3:04 - 3:08
    e acredito que isso se dá na abertura
    de quatro novas fontes locais de água,
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    que eu comparo a torneiras.
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    Se pudermos investir de forma inteligente
    nessas novas fontes de água
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    nos próximos anos,
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    podemos resolver
    nosso problema hídrico urbano
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    e diminuir as chances
    de algum dia nos depararmos
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    com os efeitos de uma seca catastrófica.
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    Agora, tivessem vocês me dito,
    20 anos atrás,
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    que uma cidade moderna poderia existir
    sem um suprimento de água importada,
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    eu provavelmente os veria como
    sonhadores irrealistas e desinformados.
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    Mas minhas próprias experiências,
    trabalhando com algumas
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    das cidades mais carentes de água
    do mundo nas últimas décadas,
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    têm me mostrado que nós temos
    as tecnologias e a capacidade de gestão
  • 3:45 - 3:48
    para realmente nos livrarmos
    da importação de água,
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    e é sobre isso que quero
    conversar com vocês essa noite.
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    A primeira fonte de abastecimento
    de água local que precisamos desenvolver,
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    para resolver nosso
    problema hídrico urbano,
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    fluirá com a água da chuva
    que cai em nossas cidades.
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    Uma das grandes tragédias
    do desenvolvimento urbano
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    é que, conforme nossas cidades cresceram,
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    começamos a cobrir todas as superfícies
    com concreto e asfalto.
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    E quando o fizemos,
    tivemos que construir galerias pluviais
  • 4:13 - 4:16
    para expulsar a água que caía sobre
    as cidades antes que causasse inundações,
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    e isso é um desperdício
    de uma fonte vital de água.
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    Vou dar um exemplo.
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    Esta figura aqui mostra o volume de água
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    que poderia ser coletada
    na cidade de San Jose,
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    se pudessem aproveitar a água de chuva
    que caiu dentro dos limites da cidade.
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    Podem ver a partir da interseção
    da linha azul com a linha pontilhada
  • 4:36 - 4:41
    que, se San Jose pudesse captar metade
    da água que cai na cidade,
  • 4:41 - 4:43
    eles teriam água suficiente
    para durar o ano todo.
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    Agora, eu sei o que alguns de vocês
    devem estar pensando:
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    "A resposta para nosso problema é começar
    a construir grandes tanques
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    e anexá-los aos algerozes das calhas
    de nossos telhados,
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    aproveitamento pluvial."
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    Agora, essa é uma ideia que pode
    funcionar em alguns lugares.
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    Mas se vocês vivem onde chove
    principalmente no inverno
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    e a maior parte da demanda
    de água é no verão,
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    não é bem uma forma custo-efetiva
    de se resolver um problema de água.
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    E se vocês sofrerem uma seca
    que dure vários anos,
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    como a Califórnia vem sofrendo atualmente,
    simplesmente não há como construir
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    um tanque d'água grande o bastante
    para resolver seus problemas.
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    Eu acredito que há uma forma
    muito mais prática
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    para coletar as águas das chuvas
    que caem em nossas cidades,
  • 5:22 - 5:26
    que é capturá-las
    e deixá-las infiltrar no solo.
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    Afinal, muitas das nossas cidades estão
    sentadas em cima de um sistema natural
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    de armazenamento de água capaz
    de acomodar grandes volumes de água.
  • 5:34 - 5:38
    Por exemplo, historicamente,
    Los Angeles obteve
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    cerca de um terço do seu abastecimento
    de água de um enorme aquífero
  • 5:41 - 5:43
    que está subjacente
    ao vale de San Fernando.
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    Agora, ao olhar para a água
    que sai de seu telhado
  • 5:47 - 5:49
    e corre para seu gramado
    e escorre para a sarjeta,
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    vocês podem dizer a si mesmos:
    "Eu quero realmente beber essa água?"
  • 5:53 - 5:55
    Bem, a resposta é
    que vocês não querem bebê-la
  • 5:55 - 5:58
    até que seja tratada um pouco.
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    Então o desafio que enfrentamos
    na coleta de água urbana
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    está em capturar a água, limpá-la
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    e levá-la ao subsolo.
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    E é exatamente isso que a cidade
    de Los Angeles está fazendo,
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    com um novo projeto que eles estão
    construindo em Burbank, Califórnia.
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    Esta figura mostra o parque de águas
    pluviais que eles estão construindo
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    ligando uma série de sistemas de coleta
    de água de chuva, ou esgotos de chuva,
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    e desviando essa água para uma pedreira
    de cascalho abandonada.
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    A água que é capturada na pedreira
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    é passada lentamente através
    de uma zona úmida artificial
  • 6:30 - 6:33
    e, em seguida, vai para aquele campo ali
  • 6:33 - 6:35
    e se infiltra no solo,
  • 6:35 - 6:37
    reabastecendo os aquíferos
    de água potável da cidade.
  • 6:38 - 6:41
    E no processo de passagem pela zona úmida,
  • 6:41 - 6:43
    e infiltração do solo,
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    a água encontra micróbios que vivem
    sobre as superfícies das plantas
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    e as superfícies do solo,
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    o que purifica a água.
  • 6:50 - 6:53
    E se a água não estiver
    limpa o suficiente para beber
  • 6:53 - 6:55
    depois de passar por processo
    de tratamento natural,
  • 6:55 - 6:57
    a cidade pode tratá-la novamente
  • 6:57 - 6:59
    quando eles bombearem a água
    de volta dos aquíferos,
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    antes de distribuí-la para o povo beber.
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    A segunda torneira que precisamos abrir
    para resolver o problema de água urbano
  • 7:07 - 7:10
    fluirá com as águas que saem de nossas
    estações de tratamento de esgoto.
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    Muitos de vocês devem estar familiarizados
    com o conceito de água reciclada.
  • 7:15 - 7:17
    Já devem ter visto sinais como esse
  • 7:17 - 7:20
    que lhes dizem que o jardim,
    a mediana da rodovia
  • 7:20 - 7:23
    e o campo de golfe local
    estão sendo regados com água
  • 7:23 - 7:26
    proveniente de uma estação
    de tratamento de esgoto.
  • 7:26 - 7:29
    Fazemos isso já há umas duas décadas.
  • 7:29 - 7:31
    Mas o que nossa experiência
    vem nos mostrando
  • 7:31 - 7:35
    é que esta abordagem é muito
    mais cara do que esperávamos.
  • 7:36 - 7:39
    Porque, uma vez construídos os primeiros
    sistemas de reciclagem de água
  • 7:39 - 7:43
    próximos da estação de tratamento,
    temos de construir redes de tubulação
  • 7:43 - 7:45
    mais longas para levar
    aquela água até o local destinado.
  • 7:46 - 7:48
    E isso se torna proibitivo
    em termos de custo.
  • 7:49 - 7:50
    O que estamos vendo
  • 7:50 - 7:54
    é que uma solução muito mais custo-efetiva
    e prática para a reciclagem da água
  • 7:54 - 7:57
    é transformar a água de esgoto
    tratada em água potável
  • 7:57 - 7:59
    através de um processo de duas etapas.
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    Na primeira etapa deste processo,
    a água é pressurizada
  • 8:02 - 8:05
    e passa através de uma membrana
    de osmose reversa:
  • 8:05 - 8:07
    uma membrana plástica fina e permeável
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    que permite a passagem
    de moléculas de água,
  • 8:10 - 8:15
    mas prende e retém os sais,
    os vírus e compostos orgânicos
  • 8:15 - 8:17
    que podem estar presentes
    na água de esgoto.
  • 8:17 - 8:19
    Na segunda etapa do processo,
  • 8:19 - 8:22
    adicionamos uma pequena quantidade
    de peróxido de hidrogénio
  • 8:22 - 8:25
    e iluminamos a água com luz ultravioleta.
  • 8:25 - 8:28
    A luz ultravioleta separa
    o peróxido de hidrogénio
  • 8:28 - 8:31
    em duas partes chamadas
    radicais hidroxila,
  • 8:31 - 8:35
    e esses radicais hidroxila são formas
    muito potentes de oxigênio
  • 8:35 - 8:37
    que decompõem a maioria
    dos compostos orgânicos.
  • 8:38 - 8:41
    Após a água passar por esse
    processo de dois estágios,
  • 8:41 - 8:43
    é seguro bebê-la.
  • 8:43 - 8:44
    Eu sei,
  • 8:44 - 8:47
    eu estudo água reciclada
  • 8:47 - 8:50
    usando todas as técnicas de medição
    conhecidas pela ciência moderna
  • 8:50 - 8:52
    pelos últimos 15 anos.
  • 8:52 - 8:54
    Detectamos algumas substâncias químicas
  • 8:54 - 8:56
    capazes de escapar à primeira
    etapa do processo,
  • 8:56 - 8:58
    mas quando chegamos na segunda etapa,
  • 8:58 - 9:00
    o processo de oxidação avançada,
  • 9:00 - 9:03
    raramente vemos quaisquer
    substâncias químicas presentes.
  • 9:03 - 9:06
    E isso se dá em contraste marcante
    com o fornecimento de água
  • 9:06 - 9:09
    que tomamos por garantido
    e do qual bebemos o tempo todo.
  • 9:10 - 9:12
    Há uma outra maneira
    de se reciclar a água.
  • 9:12 - 9:16
    Esta é uma zona úmida de tratamento,
    recentemente construída
  • 9:16 - 9:18
    no Rio Santa Ana no sul da Califórnia.
  • 9:18 - 9:22
    A zona úmida de tratamento recebe
    água de uma parte do Rio Santa Ana,
  • 9:22 - 9:26
    que durante o verão é composto quase
    inteiramente de águas de esgoto,
  • 9:26 - 9:29
    efluentes de cidades como
    Riverside e San Bernardino.
  • 9:29 - 9:31
    A água chega em nossa
    zona úmida de tratamento,
  • 9:31 - 9:34
    é exposta à luz solar e a algas
  • 9:34 - 9:36
    que decompõem os compostos orgânicos,
  • 9:36 - 9:40
    removem os nutrientes
    e inativam os patógenos aquáticos.
  • 9:40 - 9:42
    A água é devolvida ao Rio Santa Ana,
  • 9:42 - 9:44
    desce até Anaheim,
  • 9:44 - 9:47
    é retirada em Anaheim
    e infiltrada no solo,
  • 9:47 - 9:50
    e se torna a água potável
    da cidade de Anaheim,
  • 9:50 - 9:54
    completando a viagem
    dos esgotos do condado de Riverside
  • 9:54 - 9:57
    até o suprimento de água potável
    do condado de Orange.
  • 9:58 - 10:01
    Vocês podem achar que essa ideia
    de beber água de esgoto
  • 10:01 - 10:05
    é um tipo de fantasia
    futurista ou incomum.
  • 10:05 - 10:09
    Bem, na Califórnia, já reciclamos
    cerca de 150 bilhões de litros por ano
  • 10:09 - 10:13
    de água de esgoto através do processo
    de tratamento avançado de duas etapas,
  • 10:13 - 10:14
    do qual eu falei.
  • 10:14 - 10:17
    Isso é água o suficiente para suprir
    cerca de um milhão de pessoas
  • 10:17 - 10:19
    fosse essa sua única fonte de água.
  • 10:20 - 10:25
    A terceira torneira que precisamos
    abrir não será de fato uma torneira,
  • 10:25 - 10:26
    será um tipo de torneira virtual,
  • 10:26 - 10:29
    será a conservação da água
    que conseguirmos fazer.
  • 10:29 - 10:33
    E é do lado de fora que precisamos
    pensar em conservação
  • 10:33 - 10:36
    porque na Califórnia e outras
    cidades americanas modernas,
  • 10:36 - 10:39
    cerca de metade do nosso uso da água
    acontece fora de casa.
  • 10:40 - 10:41
    Na situação de seca atual,
  • 10:41 - 10:43
    vimos que é possível
  • 10:43 - 10:46
    nossos gramados e nossas
    plantas sobreviverem
  • 10:46 - 10:48
    com cerca de metade do uso de água.
  • 10:48 - 10:51
    Portanto, não é preciso
    pintar o concreto de verde
  • 10:51 - 10:54
    colocar grama sintética, comprar cactos.
  • 10:54 - 10:58
    Podemos ter paisagens californianas
    usando detectores de umidade do solo,
  • 10:58 - 11:00
    controladores de irrigação inteligentes
  • 11:00 - 11:03
    e ter belas vistas verdes
    em nossas cidades.
  • 11:04 - 11:06
    A quarta e última torneira
    que precisamos abrir
  • 11:06 - 11:09
    para resolver nosso
    problema hídrico urbano,
  • 11:09 - 11:11
    fluirá com água do mar dessalinizada.
  • 11:11 - 11:15
    Agora, eu sei que já devem ter ouvido
    falar sobre dessalinização da água do mar:
  • 11:15 - 11:20
    "Ótimo de se fazer para quem tem
    bastante petróleo, pouca água
  • 11:20 - 11:22
    e não se importa com a mudança climática."
  • 11:22 - 11:26
    Dessalinização de água do mar requer muita
    energia, não importa como você a coloque.
  • 11:26 - 11:29
    Mas essa caracterização da dessalinização
  • 11:29 - 11:32
    como impraticável está
    completamente ultrapassada.
  • 11:32 - 11:35
    Nós fizemos um enorme progresso
    na dessalinização de água
  • 11:35 - 11:36
    nas últimas duas décadas.
  • 11:37 - 11:39
    Esta imagem lhes mostra
  • 11:39 - 11:43
    a maior usina de dessalinização
    de água do mar no ocidente,
  • 11:43 - 11:45
    atualmente sendo construída
    ao norte de San Diego.
  • 11:45 - 11:48
    Comparada com a usina de dessalinização
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    construída em Santa Barbara, há 25 anos,
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    esta estação de tratamento utilizará
    cerca de metade da energia
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    para produzir um galão de água.
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    Mas só porque a dessalinização tornou-se
    menos demandante em termos de energia
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    não significa que devemos começar
    a construir essas usinas em todo lugar.
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    Entre as diferentes opções que temos,
    é provavelmente a que mais demanda energia
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    e potencialmente danosa ao meio ambiente
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    dentre as opções para a criação
    de fontes de água local.
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    Então é isso.
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    Com estas quatro fontes de água,
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    podemos nos afastar da dependência
    de água importada.
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    Através de uma mudança na forma como
    tratamos nossos gramados e propriedades,
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    podemos reduzir o uso de água
    fora de casa em cerca de 50%,
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    aumentando assim
    o abastecimento de água em 25%.
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    Podemos reciclar a água
    que chega aos esgotos,
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    aumentando assim nosso
    abastecimento de água em 40%.
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    E podemos completar o que falta
    através de uma combinação
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    de coleta de água de chuva
    e dessalinização da água do mar.
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    Então, vamos criar uma fonte de água
  • 12:47 - 12:51
    capaz de resistir a qualquer desafio
  • 12:51 - 12:53
    que a mudança climática
    nos apresente nos próximos anos.
  • 12:53 - 12:57
    Criemos um abastecimento de água
    que utilize fontes locais
  • 12:57 - 13:01
    e deixe mais água no meio ambiente
    para peixes e para comida.
  • 13:02 - 13:07
    Criemos um sistema hídrico condizente
    com nossos valores ambientais.
  • 13:07 - 13:10
    Façamos isso por nossos
    filhos e nossos netos
  • 13:10 - 13:13
    e digamos a eles que esse é o sistema
  • 13:13 - 13:15
    de que eles devem cuidar no futuro
  • 13:15 - 13:19
    porque é a nossa última chance de criar
    um novo tipo de sistema hídrico.
  • 13:19 - 13:21
    Muito obrigado pela sua atenção.
  • 13:21 - 13:24
    (Aplausos)
Title:
Quatro formas de como podemos evitar uma seca catastrófica
Speaker:
David Sedlak
Description:

Conforme os padrões climáticos do mundo continuam a se alterar de forma imprevisível, locais onde a água potável já fora um dia abundante, logo podem ter seus reservatórios secos e seus lençóis freáticos esgotados. Nesta palestra, o engenheiro civil e ambiental David Sedlak compartilha quatro soluções práticas para a contínua crise hídrica urbana. Seu objetivo: modificar nosso abastecimento de água para fontes novas e locais e criar um sistema capaz de resistir a qualquer desafio que a mudança climática venha a nos apresentar nos próximos anos.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
13:37

Portuguese, Brazilian subtitles

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