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Usando o palavrão "f..." contra o câncer | Yael Cohen | TEDxVancouver

  • 0:12 - 0:14
    Vou começar com...
  • 0:14 - 0:15
    Se houver crianças na plateia,
  • 0:15 - 0:18
    é melhor tirá-las da sala agora.
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    Meu nome é Yael Cohen
  • 0:19 - 0:21
    e eu sou a fundadora
    do "Foda-se o Câncer".
  • 0:21 - 0:23
    É um movimento que anima a Geração Y
  • 0:23 - 0:26
    a atuar com seus pais
    sobre diagnóstico precoce.
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    Eu sei que a maioria de vocês já sabe,
  • 0:28 - 0:30
    mas nossa sociedade
    tem um grande problema.
  • 0:30 - 0:32
    É algo que afeta a todos nós.
  • 0:32 - 0:36
    Não faz discriminação
    de idade, raça, gênero,
  • 0:36 - 0:38
    ou mesmo afiliação política
  • 0:38 - 0:40
    e mata milhões de pessoas por ano.
  • 0:40 - 0:45
    Em 2008, 12 milhões de pessoas
    foram diagnosticadas,
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    5 milhões sobreviveram,
  • 0:47 - 0:51
    e para 7 milhões foi fatal.
  • 0:51 - 0:55
    Todos conhecemos
    o assassino aqui: a apatia.
  • 0:55 - 0:57
    Para todos os efeitos, curamos o câncer.
  • 0:57 - 1:01
    Noventa por cento dos cânceres são
    curáveis se descobertos no estágio um;
  • 1:01 - 1:03
    95% em alguns casos.
  • 1:03 - 1:06
    É uma taxa de eficácia notável
    mesmo para o melhor dos tratamentos.
  • 1:06 - 1:08
    É o mais perto de uma cura
    em anos. Obrigada.
  • 1:08 - 1:11
    Se fosse o resfriado comum,
    o consideraríamos curado.
  • 1:11 - 1:15
    Agora, isso não é para dizer que pesquisa
    não é importante e necessária
  • 1:15 - 1:18
    porque nem estaríamos nos 90% sem ela.
  • 1:18 - 1:22
    É só para dizer que detecção precoce
    é a melhor cura que temos no momento.
  • 1:22 - 1:24
    Então agora o problema se torna apatia.
  • 1:24 - 1:29
    A busca imediata é a cura da apatia,
    em vez da cura do câncer.
  • 1:29 - 1:31
    Sabemos que deveríamos estar
    checando câncer, mas não estamos.
  • 1:31 - 1:34
    Nosso obstáculo tem que ser
    superar nossa complacência
  • 1:34 - 1:36
    em prol de uma ação muito necessária.
  • 1:36 - 1:39
    Se 90% dos cânceres
    são curáveis no estágio um,
  • 1:39 - 1:42
    por que 50% ainda são fatais?
  • 1:42 - 1:44
    Não é mais só o câncer que podemos culpar.
  • 1:44 - 1:46
    Temos que olhar no espelho e perceber
  • 1:46 - 1:50
    que estamos ajudando esse monstro
    com nossa indiferença.
  • 1:50 - 1:51
    Minha história está longe de ser a única
  • 1:51 - 1:54
    mas estou em uma posição única
    para falar sobre isso
  • 1:54 - 1:58
    porque superei minha indolência
    cultural em prol de minha mãe.
  • 1:58 - 2:01
    Quando a mamografia de mamãe
    teve resultado anormal,
  • 2:01 - 2:03
    eu virei uma mulher possuída.
  • 2:03 - 2:06
    Eu li cada livro, blog e artigo
    em que eu pude por as mãos.
  • 2:06 - 2:10
    E depois do diagnóstico oficial,
  • 2:10 - 2:12
    após uma breve pausa
    para passar a tristeza,
  • 2:12 - 2:17
    eu voltei para a pesquisa e para arranjar
    o tratamento de minha mãe.
  • 2:17 - 2:19
    Pela primeira vez,
    vi minha mãe como mortal
  • 2:19 - 2:21
    e vi meu pai chorar.
  • 2:21 - 2:25
    É preciso tudo isso para se tomar
    uma atitude em nossa era apática?
  • 2:26 - 2:29
    Criei "Foda-se o Câncer"
    porque era algo que podia fazer.
  • 2:29 - 2:32
    Somos a geração da gratificação
    imediata e da desconfiança.
  • 2:32 - 2:35
    Se não podemos fazer algo
    ou ver algo sendo feito,
  • 2:35 - 2:37
    você vai ter trabalho
    para nos fazer acreditar.
  • 2:37 - 2:39
    Não sou pesquisadora,
    não posso contribuir assim,
  • 2:39 - 2:42
    nem posso levantar os bilhões
    de dólares para achar a cura.
  • 2:42 - 2:45
    Mas posso ensinar as pessoas
    a curar 90% dos cânceres.
  • 2:45 - 2:48
    Encontre-os no estágio um.
  • 2:48 - 2:51
    Percebi que se posso tornar a cura
    do câncer algo ativo em vez de passivo,
  • 2:51 - 2:53
    nós podemos ter uma chance.
  • 2:53 - 2:56
    Pra mim isso é ótimo,
    devolve o poder às nossas mãos
  • 2:56 - 3:01
    e nos fornece um chamado à ação,
    o que nossa geração adora.
  • 3:01 - 3:03
    Agora, eu não sei se foi
    uma resposta emocional
  • 3:03 - 3:06
    ou necessidade de controle
    em uma situação de impotência
  • 3:06 - 3:08
    mas algo me motivou a tomar uma atitude.
  • 3:08 - 3:12
    E enquanto eu criava campanhas
    para sacudir a complacência das pessoas
  • 3:12 - 3:15
    eu tinha que perguntar:
    por que eu superei minha apatia?
  • 3:15 - 3:17
    O que funciona?
  • 3:17 - 3:19
    Para mim, há três razões
    pelas quais as pessoas
  • 3:19 - 3:21
    escolhem superar sua indiferença,
  • 3:21 - 3:23
    sem uma ordem em particular.
  • 3:23 - 3:27
    A primeira razão pela qual as pessoas
    optam por agir é o ego.
  • 3:27 - 3:31
    Nós, como toda criança,
    achamos que sabemos mais que nossos pais.
  • 3:31 - 3:34
    Mas pela primeira vez na história,
    podemos mesmo saber.
  • 3:34 - 3:36
    Isso se deve a um crescimento exponencial
  • 3:36 - 3:38
    em tecnologia e educação
  • 3:38 - 3:40
    e à partilha de informação
    que ocorre hoje.
  • 3:40 - 3:43
    Posso avisar minha mãe que houve
    um terremoto seis segundos atrás
  • 3:43 - 3:46
    devido ao Twitter, enquanto ela
    tem que esperar o jornal das seis.
  • 3:46 - 3:49
    Esse senso de conhecimento
    sem precedentes se traduz
  • 3:49 - 3:51
    em um senso de responsabilidade.
  • 3:51 - 3:53
    Responsabilidade para aprender mais
  • 3:53 - 3:55
    sobre o que importa
    e ainda mais para ensinar.
  • 3:55 - 3:58
    Ensinamos nossos pais
    mais que qualquer outra geração,
  • 3:58 - 4:02
    seja sobre gordura "trans", ou TiVo,
    ou que jeans "skinny" nem sempre cai bem,
  • 4:02 - 4:06
    por que não lhes ensinamos
    algo que lhes pode salvar a vida?
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    Para superar nossa apatia, devemos
    usar esta responsabilidade
  • 4:09 - 4:11
    e galvanizá-la em uma mudança
    realmente positiva,
  • 4:11 - 4:14
    ao ensinarmos nossos pais.
  • 4:15 - 4:19
    Outra razão pela qual escolhemos agir é
    por causa do marketing.
  • 4:19 - 4:22
    Isso não é tão corporativo
    e capitalista quanto parece.
  • 4:22 - 4:24
    Acho que mesmo Marx aprovaria isso.
  • 4:24 - 4:26
    E isso porque marketing
    é uma ferramenta valiosa
  • 4:26 - 4:28
    em motivar as pessoas a agir.
  • 4:28 - 4:30
    Um bom marketing toca
    o jeito como pensamos,
  • 4:30 - 4:32
    agimos e escolhemos viver,
  • 4:32 - 4:35
    e faz as pessoas entenderem
    por que isso lhes diz respeito.
  • 4:35 - 4:37
    A linguagem não ortodoxa e interativa
  • 4:37 - 4:39
    de nossas campanhas nos permitiu atingir
  • 4:39 - 4:41
    um público que está ficando mais e mais
  • 4:41 - 4:42
    indiferente ao ruído da mídia
  • 4:42 - 4:44
    que os rodeia diariamente,
  • 4:44 - 4:46
    particularmente no âmbito
    sem fins lucrativos.
  • 4:46 - 4:50
    Estamos tão cansados hoje em dia
    de causas sobre câncer, aids, pobreza
  • 4:50 - 4:52
    e um milhão de outras causas
    disputando a atenção.
  • 4:52 - 4:54
    Como se destacar na multidão?
  • 4:54 - 4:56
    Campanhas significativas que ressoam
  • 4:56 - 4:59
    e fazem da detecção precoce algo pessoal.
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    Que outra coisa estimularia uma população,
    de outra forma apática, a agir?
  • 5:05 - 5:10
    Outra razão pela qual escolhemos agir
    é porque algo nos faz rir.
  • 5:10 - 5:12
    Agora, isto soa simples, e é.
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    Se rimos de algo é mais fácil falar disso,
  • 5:14 - 5:16
    o que é o primeiro passo para a ação.
  • 5:16 - 5:18
    O humor é importante
    para mim pessoalmente
  • 5:18 - 5:21
    e é por isso que nossas campanhas usam
    o humor para engajar.
  • 5:21 - 5:24
    Para minha família,
    rir é o melhor remédio.
  • 5:24 - 5:26
    É nosso laço, nosso amor, nossa terapia.
  • 5:26 - 5:30
    E durante o tratamento
    de minha mãe, não foi exceção.
  • 5:30 - 5:32
    Explosões infecciosas de risadas
    eram algo comum.
  • 5:32 - 5:34
    Mas, fora a minha simpatia pelo humor,
  • 5:34 - 5:38
    ele tem sido bastante eficaz
    em botar as pessoas para conversar
  • 5:38 - 5:41
    Uma piada interna no serviço
    é que fomos criados para não falar
  • 5:41 - 5:44
    de nossas funções corporais e não xingar.
  • 5:44 - 5:46
    Bem, foda-se, vamos fazer os dois.
  • 5:46 - 5:48
    Porque a maior parte
    dos sinais precoces de câncer
  • 5:48 - 5:52
    são aparentemente benignos
    e muito embaraçosos.
  • 5:52 - 5:57
    Se você não der risada de algo,
    é provável que você não fale dele.
  • 5:57 - 6:00
    Eu tenho certeza de que você
    não vai falar de seus gases
  • 6:00 - 6:02
    ou sua dificuldade de urinar
    com os amigos,
  • 6:02 - 6:05
    mas muitos compartilham
    o bronzeamento artificial da Snooki,
  • 6:05 - 6:06
    mas vocês não deveriam.
  • 6:06 - 6:09
    Ou que seus seios aumentarem
    não é sempre algo bom.
  • 6:09 - 6:12
    Ou que seu pênis pode crescer,
    mas suas bolas não.
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    Quando você perdeu seu senso
    de humor, você perdeu tudo.
  • 6:15 - 6:18
    Para superar a apatia
    temos que ter interesse
  • 6:18 - 6:20
    e estar engajados,
    o que é permitido pelo humor.
  • 6:20 - 6:24
    E também para interagir com o câncer
    em um nível diferente.
  • 6:24 - 6:26
    A detecção precoce não é
    um bicho de sete cabeças.
  • 6:26 - 6:29
    É conhecer seu histórico familiar,
    seus fatores de risco
  • 6:29 - 6:31
    e os mais precoces
    sinais de alerta de câncer
  • 6:31 - 6:33
    e então saber como falar com seu médico,
  • 6:33 - 6:37
    e quais testes diagnósticos
    específicos pedir.
  • 6:37 - 6:40
    Mas sabendo que 90% dos cânceres
    são curáveis no estágio um,
  • 6:40 - 6:43
    o que você faria ao sair daqui hoje?
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    Vamos liderar a mudança ao por um fim
    nos diagnósticos de câncer tardios
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    assim como houve mudanças
    de paradigma quando falamos
  • 6:51 - 6:53
    em beber e dirigir, tabagismo
    e aquecimento global.
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    Vamos mudar o foco
    de como pensamos o câncer.
  • 6:55 - 6:57
    De algo que você espera ter
    e reza por uma cura
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    para algo que você procura ativamente
    e o encontra quando ele é mais curável.
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    Então, se você não mudar nada
    para impedir o câncer
  • 7:05 - 7:07
    e se você lembrou que 90%
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    dos cânceres são curáveis no estágio um.
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    Essa é nossa cura foda.
  • 7:13 - 7:17
    (Aplausos)
Title:
Usando o palavrão "f..." contra o câncer | Yael Cohen | TEDxVancouver
Description:

Yael Cohen administra uma instituição que ela fundou em 2009 quando sua mãe foi diagnosticada com câncer. Estupefata ao descobrir que mais de 90% dos cânceres são curáveis no primeiro estágio, Cohen percebeu que o diagnóstico precoce é nossa única cura no momento e que precisaríamos procurar o câncer em vez de somente encontrá-lo. Seu movimento é voltado para a Geração Y em um esforço para engajá-los no importante diálogo sobre o diagnóstico precoce, com um claro chamado à ação para se envolver, engajar e educar seus pais. O movimento busca criar uma geração que põe um FIM ao diagnóstico de câncer em estágio tardio.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
07:30

Portuguese, Brazilian subtitles

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