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Que realidade você está criando para si mesmo?

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    Quando Dorothy era uma garotinha,
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    era fascinada por seu peixinho dourado.
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    Seu pai explicava a ela que o peixe nada
    abanando rápido sua cauda
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    para se mover na água.
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    Sem hesitar, Dorothy respondeu:
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    “Sim, papai, e os peixes nadam
    para trás abanando suas cabeças”.
  • 0:16 - 0:18
    (Risos)
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    Em sua mente, era um fato
    verdadeiro como qualquer outro.
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    Peixes nadam para trás
    abanando suas cabeças.
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    Ela acreditava nisso.
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    Nossas vidas estão cheias
    de peixes nadando para trás.
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    Fazemos suposições e lógicas defeituosas.
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    Temos preconceitos.
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    Sabemos que nós estamos certos,
    e eles estão errados.
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    Nós tememos o pior.
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    Lutamos por uma perfeição inatingível.
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    Nós dizemos a nós mesmos
    o que podemos ou não fazer.
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    Em nossas mentes, peixes nadam
    ao contrário abanando suas cabeças
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    e nem sequer percebemos.
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    Eu vou contar cinco fatos sobre mim.
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    Um desses fatos não é verdadeiro.
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    Um: eu me graduei em Harvard aos 19 anos
    e com grau de honra em Matemática.
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    Dois: eu atualmente gerencio
    uma empresa de construção em Orlando.
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    Três: eu estrelei numa série de televisão.
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    Quatro: eu perdi minha visão
    para uma doença ocular genética rara.
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    Cinco: eu servi como assistente legal
    a dois juízes da Suprema Corte dos EUA.
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    Qual desses fatos não é verdade?
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    (Plateia responde indistintamente)
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    Na realidade, todos eles são verdadeiros.
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    Sim. É tudo verdade.
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    (Aplausos)
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    Neste ponto, a maioria das pessoas
    só se importa com a série de televisão.
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    (Risos)
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    Eu sei disso por experiência.
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    O programa era na NBC
    “Uma Galera do Barulho: Nova Geração”,
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    e interpretei Weasel Wyzell,
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    que era um típico personagem
    palerma e nerd no seriado,
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    e que foi um grande desafio de atuação
    para mim, como um menino de 13 anos.
  • 2:01 - 2:02
    (Risos)
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    Agora, vocês estão pensando
    no número quatro, minha cegueira?
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    Por que então?
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    Fazemos suposições sobre
    os chamados deficientes.
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    Como um cego, eu encaro
    suposições incorretas dos outros
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    sobre minhas habilidades todos os dias.
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    Contudo, meu ponto hoje
    não é sobre a minha cegueira.
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    É sobre a minha visão.
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    Ficar cego me ensinou a viver minha vida
    com olhos bem abertos.
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    Ela me ensinou a identificar
    aqueles peixes que nadam para trás,
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    criados por nossa mente.
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    Ficar cego os colocou em foco.
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    Qual é a sensação de enxergar?
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    É imediata e passiva.
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    Você abre seus olhos e aí está o mundo.
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    Ver para crer. A visão é verdade.
  • 2:45 - 2:46
    Certo?
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    Bem, era isso o que eu pensava.
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    Então, dos 12 aos 25 anos
    minhas retinas deterioraram gradualmente.
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    Minha visão tornou-se
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    um crescente e bizarro salão
    de carnaval de espelhos e ilusões.
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    O vendedor que eu estava aliviado
    de encontrar em uma loja,
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    era, na verdade, um manequim.
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    Ao inclinar para lavar as mãos,
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    de repente percebia que tocava
    um mictório, não uma pia,
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    quando meus dedos perceberam
    seu formato real.
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    Um amigo descrevia uma fotografia
    em minha mão,
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    e só assim eu podia enxergar
    a imagem retratada.
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    Objetos apareciam, transformavam-se
    e desapareciam na minha realidade.
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    Era difícil e desgastante enxergar.
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    Eu reunia imagens
    fragmentadas e transitórias,
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    analisava conscientemente as pistas,
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    procurava por alguma lógica
    em meu caleidoscópio arruinado,
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    até que eu não pude ver mais nada.
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    Aprendi que o que vemos
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    não é a verdade universal.
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    Não é a realidade objetiva.
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    O que vemos é uma realidade
    única, pessoal e virtual
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    que é magistralmente
    construída pelo nosso cérebro.
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    Vou explicar um pouco
    de neurociência amadora.
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    O seu córtex visual ocupa
    cerca de 30% do seu cérebro.
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    Isso é comparado
    a cerca de 8% para o toque
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    e 2 à 3% para a audição.
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    A cada segundo, seus olhos
    podem enviar ao seu córtex visual
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    tanto quanto 2 bilhões de informações.
  • 4:14 - 4:18
    O resto do seu corpo pode enviar
    ao cérebro só 1 bilhão adicional.
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    Então, a visão é um terço
    do seu cérebro em volume
  • 4:23 - 4:27
    e pode reivindicar cerca de dois terços
    dos recursos de processamento do cérebro.
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    Não é surpresa, então que a ilusão
    de enxergar seja tão atraente.
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    Mas não se enganem sobre isso:
    visão é uma ilusão.
  • 4:34 - 4:36
    Aqui é onde fica interessante.
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    Para criar a experiência da visão,
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    seu cérebro faz referência
    à compreensão conceitual do mundo,
  • 4:41 - 4:45
    outros conhecimentos, suas memórias,
    opiniões, emoções, atenção mental.
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    Tudo isso e muito mais estão ligados,
    em seu cérebro até sua visão.
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    Estas ligações funcionam nos dois sentidos
    e geralmente ocorrem subconscientemente.
  • 4:55 - 4:56
    Então por exemplo:
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    o que você vê impacta como você se sente,
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    e a forma como você se sente pode
    literalmente mudar o que vê.
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    Numerosos estudos demonstram isso.
  • 5:05 - 5:06
    Se você for solicitado para estimar
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    a velocidade de caminhada de um homem
    em um vídeo, por exemplo,
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    sua resposta será diferente se te disserem
    para pensar em leopardos e tartarugas.
  • 5:15 - 5:18
    Uma colina parece mais íngreme
    se você acabou de se exercitar,
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    e um ponto de referência parece mais longe
    se você estiver usando uma mochila pesada.
  • 5:24 - 5:27
    Chegamos a uma contradição fundamental.
  • 5:28 - 5:33
    O que você vê é uma construção
    mental complexa de sua própria criação,
  • 5:33 - 5:34
    mas você a experimenta passivamente,
  • 5:34 - 5:37
    como uma representação direta
    do mundo ao seu redor.
  • 5:38 - 5:40
    Você cria a sua própria realidade,
    e você acredita nela.
  • 5:42 - 5:44
    Acreditei na minha até ela se despedaçar.
  • 5:45 - 5:47
    A deterioração dos meus olhos
    quebrou essa ilusão.
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    A visão é apenas uma maneira
    de moldar a nossa realidade.
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    Nós criamos nossas próprias realidades
    em muitas outras maneiras.
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    Vamos pegar o medo como apenas um exemplo.
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    Seus medos distorcem sua realidade.
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    Sob a lógica distorcida de medo,
    qualquer coisa é melhor do que o incerto.
  • 6:10 - 6:13
    O medo preenche o vazio a todo custo,
  • 6:13 - 6:15
    transferindo o que teme para o que sabe,
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    oferecendo o pior em troca da ambiguidade,
  • 6:18 - 6:20
    substituindo suposição por razão.
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    Os psicólogos têm um grande termo
    para isso: terrificar.
  • 6:23 - 6:24
    (Risos)
  • 6:24 - 6:25
    Certo?
  • 6:26 - 6:29
    O medo substitui
    o desconhecido com o terrível.
  • 6:30 - 6:32
    O medo é a autorrealização.
  • 6:32 - 6:34
    Quando enfrentar uma grande necessidade
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    de olhar fora de si mesmo
    e pensar criticamente,
  • 6:36 - 6:39
    o medo bate em retirada
    no fundo da sua mente,
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    encolhendo e distorcendo
    o seu ponto de vista,
  • 6:41 - 6:43
    afetando sua capacidade
    de pensamento crítico
  • 6:43 - 6:46
    com uma enchente de emoções perturbadoras.
  • 6:46 - 6:49
    Quando você encontra
    uma oportunidade atraente para agir,
  • 6:49 - 6:51
    o medo te deixa sem ação,
  • 6:51 - 6:56
    e te convida a assistir passivamente
    suas profecias se realizarem.
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    Quando eu fui diagnosticado
    com a minha doença cegante,
  • 7:00 - 7:04
    tinha certeza de que a cegueira
    arruinaria minha vida.
  • 7:04 - 7:07
    Cegueira era uma sentença de morte
    para a minha independência.
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    Era o fim de conquistas para mim.
  • 7:11 - 7:15
    Cegueira significava que eu
    iria viver uma vida banal,
  • 7:15 - 7:16
    pequena e triste,
  • 7:16 - 7:18
    e provavelmente solitária.
  • 7:18 - 7:19
    Eu sabia.
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    Era uma ficção criada
    por meus medos, mas eu acreditei.
  • 7:25 - 7:27
    Era uma mentira,
    mas era a minha realidade,
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    assim como os peixes que nadam para trás,
    na mente da pequena Dorothy.
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    Se eu não tivesse enfrentado
    a realidade do meu medo,
  • 7:34 - 7:36
    eu a teria vivido.
  • 7:36 - 7:37
    Estou certo disso.
  • 7:40 - 7:42
    Então como deixar seus olhos
    da vida bem abertos?
  • 7:43 - 7:45
    É uma disciplina aprendida.
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    Pode ser ensinada, pode ser praticada.
  • 7:49 - 7:51
    Vou resumir muito brevemente.
  • 7:52 - 7:54
    Mantenha-se responsável
  • 7:54 - 7:56
    por cada momento, cada pensamento,
  • 7:56 - 7:57
    cada detalhe.
  • 7:58 - 8:00
    Veja além dos seus medos.
  • 8:00 - 8:02
    Reconheça suas suposições.
  • 8:02 - 8:03
    Canalize sua força interna.
  • 8:03 - 8:06
    Silencie seu crítico interno.
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    Corrija suas ideias erradas
    sobre sorte e sucesso.
  • 8:09 - 8:13
    Aceite suas fortalezas e suas fraquezas,
    e compreenda as diferenças.
  • 8:14 - 8:15
    Abra seu coração
  • 8:15 - 8:17
    para as suas bênçãos abundantes.
  • 8:17 - 8:20
    Seus medos, suas críticas,
  • 8:20 - 8:22
    seus heróis, seus vilões,
  • 8:22 - 8:25
    eles são as suas desculpas,
  • 8:25 - 8:27
    racionalizações, atalhos,
  • 8:27 - 8:29
    justificativas, a sua rendição.
  • 8:30 - 8:33
    Eles são ficções que você
    percebe como realidade.
  • 8:34 - 8:36
    Escolha ver através deles.
  • 8:36 - 8:38
    Opte por deixá-los ir.
  • 8:38 - 8:41
    Você é o criador de sua realidade.
  • 8:42 - 8:45
    Com esse empoderamento vem
    a responsabilidade completa.
  • 8:46 - 8:52
    Escolhi sair do túnel do medo e entrar
    em terreno desconhecido e indefinido.
  • 8:52 - 8:55
    Escolhi construir ali uma vida abençoada.
  • 8:56 - 8:58
    Longe de estar sozinho,
  • 8:58 - 9:01
    compartilho minha linda vida com Dorothy,
  • 9:01 - 9:03
    minha linda esposa,
  • 9:03 - 9:05
    com os nossos trigêmeos,
    que chamamos os Tripskys,
  • 9:05 - 9:06
    (Risos)
  • 9:06 - 9:08
    e com a mais recente adição à família,
  • 9:08 - 9:10
    a doce bebê Clementine.
  • 9:11 - 9:13
    Do que você tem medo?
  • 9:14 - 9:16
    Que mentiras você diz a si mesmo?
  • 9:17 - 9:19
    Como você enfeita sua verdade
    e escreve suas próprias ficções?
  • 9:20 - 9:23
    Que realidade você está criando
    para si mesmo?
  • 9:24 - 9:27
    Em sua carreira e vida pessoal,
    em seus relacionamentos,
  • 9:27 - 9:29
    e dentro do seu coração e alma,
  • 9:29 - 9:32
    seus peixes que nadam para trás
    te fazem muito mal.
  • 9:33 - 9:37
    Eles te custam a perda de oportunidades
    e não realização de seu potencial,
  • 9:37 - 9:40
    e geram insegurança e desconfiança
  • 9:40 - 9:43
    enquanto você procura
    realização e afinidade.
  • 9:44 - 9:47
    Instigo vocês a procurá-los por aí.
  • 9:47 - 9:52
    Helen Keller disse que a única coisa
    pior do que ser cego
  • 9:52 - 9:54
    é poder enxergar, mas não ter visão.
  • 9:55 - 9:59
    Para mim, ficar cego
    foi uma profunda bênção,
  • 9:59 - 10:01
    porque a cegueira me deu visão.
  • 10:02 - 10:04
    Espero que vocês possam ver o que eu vejo.
  • 10:04 - 10:05
    Obrigado.
  • 10:06 - 10:08
    (Aplausos)
  • 10:21 - 10:24
    Bruno Giussani: Isaac, antes que deixe
    o palco, só uma pergunta.
  • 10:24 - 10:28
    Esta é uma plateia de empresários,
    de criadores, de inovadores.
  • 10:28 - 10:31
    Você é o CEO de uma empresa na Flórida,
  • 10:31 - 10:34
    e muitos devem estar se perguntando,
  • 10:34 - 10:36
    como é ser um CEO cego?
  • 10:36 - 10:40
    Que tipo de desafios específicos
    você tem, e como você os supera?
  • 10:40 - 10:43
    Isaac Lidsky: Bem, o maior desafio
    se tornou uma bênção.
  • 10:43 - 10:45
    Eu não recebo feedback visual das pessoas.
  • 10:46 - 10:48
    (Risos)
  • 10:48 - 10:50
    BG: Que barulho é esse aí? IL: Sim.
  • 10:50 - 10:54
    Por exemplo, em reuniões
    com minha equipe de liderança,
  • 10:54 - 10:56
    não vejo expressões faciais ou gestos.
  • 10:58 - 11:01
    Eu aprendi a solicitar
    muitos feedbacks verbais.
  • 11:01 - 11:05
    Basicamente, eu forço as pessoas
    a me dizer o que pensam.
  • 11:06 - 11:08
    E a respeito disso,
  • 11:08 - 11:12
    tornou-se, como eu disse, uma bênção
    para mim pessoalmente e para a empresa,
  • 11:12 - 11:15
    porque nos comunicamos
    num nível muito mais profundo,
  • 11:15 - 11:17
    evitamos ambiguidades,
  • 11:18 - 11:24
    e o mais importante: minha equipe sabe
    que o que eles pensam realmente importa.
  • 11:27 - 11:29
    BG: Isaac, obrigado por vir ao TED.
    IL: Obrigado, Bruno.
  • 11:29 - 11:32
    (Aplausos)
Title:
Que realidade você está criando para si mesmo?
Speaker:
Isaac Lidsky
Description:

Realidade não é algo que você percebe, é algo que você cria em sua mente. Isaac Lidsky aprendeu essa profunda lição em primeira mão, quando circunstâncias inesperadas da vida concederam reflexões valiosas. Nesta palestra introspectiva e pessoal, ele nos desafia a deixar de lado desculpas, suposições e medos, e a aceitar a enorme responsabilidade de sermos os criadores de nossa própria realidade.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
11:46
  • i complete this translation. I can submit to whoever is dealing with the PT-BR translation.

Portuguese, Brazilian subtitles

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