Inovadores H | Tom Moore | TEDxUFABC

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

Tom Moore apresenta o conceito de "Inovadores H", e todo o potencial inovador deste perfil que possui visão abrangente e interdisciplinar.

Tom Moore é CEO da Mandalah, uma consultoria de inovação consciente. Sua vida e carreira foram guiadas pelo seu interesse por inovação: artística, empresarial, onde quer que ela se manifeste.

Hoje em dia,

o conhecimento está
distribuído, está espalhado,

e a gente tem que ligar
com esse conhecimento,

pra ajudar no processo de inovação,

mas não é tão fácil,

porque há várias pesquisas,
vários estudos

que mostram exatamente esse raciocínio,

de que é melhor cocriar,
ter várias perspectivas,

ter várias disciplinas juntas;

você vai criar alguma coisa e ninguém
vai chegar nessa ideia sozinho,

mas junto você vai...

Esses estudos que explicam
exatamente assim,

na verdade, eles falam outra coisa:

que, quando você tem
várias pessoas, de várias disciplinas,

vários "backgrounds",
várias culturas diferentes,

é mais difícil criar.

Você vai ter problemas,
você vai ter conflitos,

porque pessoas têm
perspectivas diferentes, né?

Então, a questão, pra mim, é esta:

como a gente pode ter
os benefícios da cocriação,

colaboração, várias disciplinas,

sem o estresse, sem o pânico,
sem os problemas?

E minha ideia é propor
um perfil do inovador,

um tipo de pessoa que realmente pode criar

essa inovação que traz um valor social,

e esse nome é "Inovador H".

E você pode ver:
o "H" tem duas partes verticais

e uma horizontal

e, pra mim, cada uma
representa alguma coisa

desse perfil, dessa pessoa.

Bom, primeiro...

A primeira parte...

essa pessoa tem que ser
uma especialista em alguma coisa.

Pode ser ligado com
as capacidades que ela tenha,

pode ser ligado com o conhecimento
duma área específica,

mas os inovadores H têm,
nessa primeira parte...

Eles são especialistas em alguma coisa.

Por exemplo, eu fiz o projeto da GM;

então, eu tenho conhecimento
de mobilidade urbana,

mas pode ser qualquer coisa,

mas você tem que desenvolver
uma profundidade numa área.

Por quê?

Porque como indivíduo,

você tem que levar uma coisa diferente
dos outros pra mesa, pra criar junto.

Você tem que ter alguma coisa
diferente dos outros.

Segunda parte... Opa...

A segunda parte é: generalista.

Bom, você tem a primeira parte:

você é um especialista,

mas ser um especialista pode ser perigoso

porque, muitas vezes,
quando você é só especialista,

você tem uma visão assim.

Você tem que ser um pouco mais
aberto pra outras coisas.

Então, inovadores H são mais abertos.

Talvez eles tenham um conhecimento
bem profundo numa área,

mas eles sabem um pouco,
eles conhecem outras coisas também.

Talvez um inovador H não seja um designer,

mas ele tenha o conhecimento suficiente
para falar com um designer.

Então, ele tem essa capacidade
de falar com outras pessoas.

Ele tem outras capacidades também.

E a terceira parte.

Talvez o mais importante
seja essa parte humanista.

Ele tem que ter empatia pelas pessoas.

Ele tem que saber como falar com pessoas.

A inovação vem
das necessidades das pessoas.

Então, ele tem que ser capaz
de expressar emoção.

Ele tem que ter compaixão.
Ele tem que ter dedicação.

Mas essa parte é fundamental também:

realmente uma pessoa que pode ter
um relacionamento com outras pessoas,

que pode ficar perto de outras pessoas.

Sem essa parte humanista,

você pode ser um especialista, você pode
ser aberto e ter outras ideias também,

mas, sem essa parte humanista,

pra mim, ele não é um inovador H.

Inovadores H têm um propósito pessoal.

Eles estão ligados.

Eles sabem o que eles querem criar,

o que eles querem trazer pra o mundo,

e isso é fundamental.

Acho que, sem esse propósito,

você não vai ser um inovador H.

É isso: eu acho que inovadores H são
as pessoas que realmente têm um propósito,

que realmente querem fazer inovação,

mas não inovação criando novos produtos,

criando coisas de que
as pessoas não precisam,

mas realmente criando um valor social

e vivendo e deixando
um legado pra sociedade.

Obrigado, gente.

(Aplausos)