Onde formar os médicos do mundo? Em Cuba.
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0:01 - 0:03Quero contar-vos
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0:03 - 0:07como 20 000 jovens fantásticos
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0:07 - 0:09de mais de 100 países
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0:09 - 0:11foram parar a Cuba
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0:11 - 0:14e estão a transformar a saúde
nas suas comunidades. -
0:15 - 0:18Noventa por cento deles
nunca teriam saído da sua terra -
0:18 - 0:22se não fosse uma bolsa
para estudar medicina em Cuba -
0:22 - 0:27e o compromisso de regressarem
ao locais como aqueles de onde tinham saído -
0:27 - 0:31— quintas, montanhas, guetos longínquos —
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0:31 - 0:34para serem médicos
de pessoas iguais a eles. -
0:34 - 0:36mostrarem do que eram capazes.
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0:36 - 0:38A Escola Médica Latino-Americana,
de Havana -
0:38 - 0:41é a maior escola de medicina do mundo
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0:41 - 0:45que já formou 230 000 jovens médicos,
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0:45 - 0:47desde o primeiro curso em 2005,
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0:47 - 0:50e há quase mais 10 000 em vias disso.
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0:51 - 0:53A sua missão?
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0:53 - 0:57Formar médicos para as pessoas
que mais precisam deles, -
0:57 - 0:59os mais de mil milhões de pessoas
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0:59 - 1:01que nunca viram um médico,
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1:01 - 1:05as pessoas que vivem e morrem
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1:05 - 1:07na situação de maior pobreza
jamais inventada. -
1:08 - 1:11Estes estudantes desafiam todas as normas.
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1:11 - 1:13São o maior risco da escola
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1:13 - 1:15e também a sua melhor aposta.
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1:15 - 1:19São recrutados entre os locais
mais pobres, mais degradados -
1:19 - 1:20do nosso planeta,
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1:20 - 1:22por uma escola que acredita
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1:22 - 1:24que eles podem vir a ser bons médicos
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1:24 - 1:26mas, sobretudo, os excelentes médicos
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1:26 - 1:29de que as suas comunidades
necessitam desesperadamente, -
1:29 - 1:32que eles exercerão medicina onde
a maior parte dos médicos não vai, -
1:32 - 1:35em locais que são pobres
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1:35 - 1:37e frequentemente perigosos.
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1:37 - 1:40Transportam antídotos
para venenos na mochila -
1:40 - 1:43ou percorrem bairros
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1:43 - 1:46infestados de drogas,
de gangues e de balas, -
1:46 - 1:48o terreno das suas terras natais.
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1:49 - 1:53A esperança é que eles irão ajudar`
a transformar o acesso aos cuidados, -
1:53 - 1:55a imagem da saúde em áreas empobrecidas,
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1:55 - 1:58e ainda a forma como a própria medicina
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1:58 - 2:00é aprendida e praticada.
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2:00 - 2:04E que eles venham a ser pioneiros
na nossa procura global -
2:04 - 2:07duma cobertura universal da saúde,
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2:07 - 2:09seguramente uma ordem mais elevada.
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2:10 - 2:14Duas grandes tempestades e esta noção
de "mostra do que és capaz" -
2:14 - 2:17levaram à criação da ELAM em 1998.
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2:18 - 2:21Os furacões Georges e Mitch
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2:21 - 2:25devastaram as Caraíbas
e a América Central, -
2:25 - 2:27deixando 30 000 mortos
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2:27 - 2:29e dois milhões e meio de desalojados.
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2:30 - 2:33Centenas de médicos cubanos
ofereceram-se para socorro ao desastre -
2:33 - 2:35mas, quando lá chegaram,
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2:35 - 2:38encontraram um desastre ainda maior:
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2:38 - 2:41comunidades inteiras
sem cuidados de saúde, -
2:41 - 2:43portas encerradas dos hospitais rurais
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2:43 - 2:45por falta de pessoal,
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2:45 - 2:47demasiados bebés a morrer
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2:47 - 2:50antes de completarem um ano.
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2:50 - 2:53Que aconteceria quando esses médicos
cubanos se fossem embora? -
2:54 - 2:57Faltavam médicos para tornar
os cuidados sustentáveis, -
2:57 - 2:58mas de onde é que eles viriam?
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2:58 - 3:01Onde é que iriam praticar?
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3:01 - 3:05Em Havana, o "campus"
duma antiga academia naval -
3:05 - 3:08foi entregue ao Ministério Cubano da Saúde
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3:08 - 3:12para ser a Escola Médica Latino-Americana,
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3:12 - 3:14a ELAM.
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3:14 - 3:17Ofereceram propinas, pensão completa
e uma pequena quantia, -
3:17 - 3:21a centenas de estudantes dos países
mais fustigados pelas tempestades. -
3:22 - 3:24Enquanto jornalista em Havana,
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3:24 - 3:27assisti à chegada dos
primeiros 97 nicaraguanos -
3:27 - 3:29em março de 1999,
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3:29 - 3:32que se instalaram em dormitórios
mais ou menos renovados -
3:32 - 3:35e que ajudaram os professores
a varrer as salas de aula -
3:35 - 3:39e a transportar as secretárias,
as cadeiras e os microscópios. -
3:40 - 3:42Nos anos seguintes
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3:42 - 3:44os governos de todas as Américas
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3:44 - 3:47pediram bolsas para os seus estudantes.
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3:47 - 3:49O Black Caucus do Congresso dos EUA
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3:49 - 3:52pediu e recebeu centenas de bolsas
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3:52 - 3:54para jovens dos EUA.
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3:55 - 3:59Atualmente, entre os 23 000 estudantes
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3:59 - 4:02há médicos formados, de 83 países
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4:02 - 4:05nas Américas, em África e na Ásia.
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4:05 - 4:09As inscrições aumentaram para 123 países.
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4:11 - 4:13Mais de metade dos estudantes são raparigas.
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4:13 - 4:14Provêm de 100 grupos étnicos,
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4:14 - 4:16falam 50 idiomas diferentes.
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4:16 - 4:19A diretora da OMS, Margaret Chan disse:
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4:20 - 4:23"Desta vez, por serem pobres, mulheres,
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4:23 - 4:26"ou duma população indígena,
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4:26 - 4:28"vocês têm uma vantagem especial,
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4:28 - 4:31"uma ética que faz desta escola
uma escola especial". -
4:32 - 4:36Luther Castillo vem
de San Pedro de Tocamacho -
4:36 - 4:39na costa atlântica das Honduras.
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4:39 - 4:41Ali não há água corrente,
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4:41 - 4:43não há eletricidade.
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4:43 - 4:46Para chegar à aldeia, temos
que caminhar durante horas -
4:46 - 4:50ou correr o risco de ir
numa camioneta, como eu fiz, -
4:50 - 4:52enfrentando as vagas do Atlântico.
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4:53 - 4:57Luther era uma das 40 crianças tocamacho
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4:57 - 4:59que começaram a frequentar
a escola secundária, -
4:59 - 5:02filhos e filhas dum povo indígena negro
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5:02 - 5:04conhecido por garifuna,
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5:04 - 5:07que são 20% da população hondurenha.
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5:07 - 5:11Os cuidados de saúde mais próximos
estavam afastados a uns quilómetros fatais. -
5:13 - 5:16Luther tinha que caminhar
três horas todos os dias -
5:16 - 5:18até à escola secundária.
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5:18 - 5:20Só havia 17 a fazer esse percurso.
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5:20 - 5:22Só cinco entraram na faculdade,
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5:22 - 5:24e só um na universidade.
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5:24 - 5:26Luther, na ELAM,
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5:26 - 5:29com o primeiro grupo de
garifunas formados . -
5:30 - 5:33Só dois médicos garifunas o precederam
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5:33 - 5:36em toda a história das Honduras.
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5:36 - 5:39Agora são 69, graças à ELAM.
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5:42 - 5:45Grandes problemas
precisam de grandes soluções, -
5:45 - 5:49alimentadas por grandes ideias,
imaginação e ousadia, -
5:49 - 5:52mas também soluções que funcionem.
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5:52 - 5:57A faculdade da ELAM não tinha
uma base experimental para os orientar, -
5:57 - 5:59por isso aprendeu à sua custa,
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5:59 - 6:02por erros e tentativas, à
medida que avançava. -
6:03 - 6:07Nem mesmo os estudantes mais brilhantes
dessas comunidades pobres -
6:07 - 6:09estavam bem preparados academicamente
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6:09 - 6:11para seis anos de formação médica.
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6:11 - 6:15Por isso, foi instituído
um curso de ciências, como ponte. -
6:15 - 6:16Depois havia o idioma:
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6:16 - 6:19havia mapuches, quechuas,
guaranis, garifunas, -
6:19 - 6:21povos indígenas
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6:21 - 6:24que aprendiam espanhol
como segunda língua, -
6:24 - 6:26ou haitianos que falavam crioulo.
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6:26 - 6:28Portanto o espanhol passou a fazer parte
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6:28 - 6:31do currículo pré-pré-medicina.
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6:33 - 6:36Mesmo assim, em Cuba,
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6:36 - 6:39a música, a comida, os aromas,
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6:39 - 6:41quase tudo era diferente,
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6:41 - 6:45portanto a faculdade tornou-se
numa família, o lar ELAM. -
6:46 - 6:49As religiões variavam
desde as crenças indígenas -
6:49 - 6:52até ao iorubá, ao muçulmano
e ao evangélico cristão. -
6:53 - 6:57Abranger a diversidade
tornou-se um modo de vida. -
6:57 - 7:00Porque é que tantos países
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7:00 - 7:02pediram essas bolsas de estudo?
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7:02 - 7:06Primeiro, não têm médicos suficientes
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7:06 - 7:10e, onde os há, a sua distribuição
é distorcida contra os pobres, -
7:10 - 7:12porque a nossa crise global de saúde
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7:12 - 7:15é alimentada por uma crise
de recursos humanos. -
7:15 - 7:19Há falta de quatro a sete milhões
de trabalhadores da saúde -
7:19 - 7:21só para satisfazer as
necessidades básicas. -
7:21 - 7:23Este problema é por toda a parte.
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7:23 - 7:26Os médicos concentram-se nas cidades.
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7:26 - 7:29onde só vive metade da população mundial.
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7:29 - 7:30Mas, dentro das cidades,
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7:30 - 7:34não é nos bairros degradados
nem no sul de L.A. -
7:35 - 7:36Aqui nos Estados Unidos da América,
-
7:36 - 7:39onde temos uma reforma
dos cuidados de saúde, -
7:39 - 7:41não temos os profissionais
de que precisamos. -
7:41 - 7:44Em 2020, faltar-nos-ão
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7:44 - 7:47cerca de 45 000 médicos
de cuidados primários. -
7:48 - 7:50E nós também fazemos parte do problema.
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7:50 - 7:53Os Estados Unidos da América
são o importador número um -
7:53 - 7:55de médicos dos países em desenvolvimento.
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7:57 - 8:00A segunda razão por que
os estudantes afluem a Cuba -
8:00 - 8:02é o relatório de saúde da ilha,
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8:02 - 8:05que assenta em sólidos cuidados primários.
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8:05 - 8:07Uma comissão da revista médica The Lancet
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8:07 - 8:10classifica Cuba entre os países
de rendimento médio -
8:10 - 8:12que melhor desempenho têm na saúde.
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8:12 - 8:14A organização Save the Children
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8:14 - 8:17considera Cuba como o melhor país
na América Latina para se ser mãe. -
8:19 - 8:21Cuba tem uma esperança de vida semelhante
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8:21 - 8:25e uma mortalidade infantil
mais baixa do que os EUA, -
8:25 - 8:27com poucas diferenças,
-
8:27 - 8:29embora gaste por pessoa
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8:29 - 8:32menos de um vigésimo
do que nós gastamos na saúde, -
8:32 - 8:34aqui nos EUA.
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8:34 - 8:37Academicamente, a ELAM é difícil,
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8:37 - 8:40mas formam-se 80% dos seus alunos.
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8:40 - 8:42Os assuntos são conhecidos
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8:42 - 8:44— ciências básicas e clínicas —
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8:44 - 8:46mas há diferenças importantes.
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8:47 - 8:51Primeiro, a formação saiu
da sua torre de marfim -
8:51 - 8:53e passou para aulas clínicas e bairros,
-
8:53 - 8:57o tipo de locais em que a maior parte
destes alunos vai exercer. -
8:57 - 9:01Claro que também têm
aulas teóricas e visitas a hospitais -
9:01 - 9:05mas a aprendizagem com base na comunidade
começa logo no primeiro dia. -
9:06 - 9:10Segundo, os estudantes tratam
o paciente no seu todo, -
9:10 - 9:11espírito e corpo,
-
9:11 - 9:14no contexto das suas famílias,
das suas comunidades -
9:14 - 9:16e da sua cultura.
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9:16 - 9:19Terceiro, aprendem saúde pública:
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9:19 - 9:22avaliar a água potável
dos pacientes, a habitação, -
9:22 - 9:25as condições sociais e económicas.
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9:25 - 9:28Quarto, ensinam-lhes
-
9:28 - 9:31que uma boa entrevista ao paciente
-
9:31 - 9:33e um cuidado exame clínico
-
9:33 - 9:36fornecem a maior parte
das pistas para o diagnóstico, -
9:36 - 9:39poupando tecnologias
dispendiosas para confirmação. -
9:40 - 9:43E, por último, ensinam-lhes
vezes sem conta -
9:43 - 9:45a importância da prevenção,
-
9:45 - 9:47em especial quando as doenças crónicas
-
9:47 - 9:50paralisam os sistemas de saúde
no mundo inteiro. -
9:52 - 9:55Esta aprendizagem pela prática
-
9:55 - 9:58também é acompanhada
por uma abordagem em equipa, -
9:58 - 10:00assim como trabalhar em equipas,
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10:00 - 10:02como orientá-las,
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10:02 - 10:04com uma dose de humildade.
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10:05 - 10:08Depois da formatura, estes médicos
partilham os seus conhecimentos -
10:08 - 10:10com auxiliares de enfermagem, parteiras,
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10:10 - 10:12trabalhadores da saúde da comunidade.
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10:12 - 10:14Ajudam-nos a serem melhores
naquilo que fazem, -
10:14 - 10:16— mas não os substituem —
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10:16 - 10:19a trabalhar com xamãs
e curandeiros tradicionais. -
10:22 - 10:24Os formandos da ELAM:
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10:24 - 10:27Estarão a sair-se bem
desta experiência audaciosa? -
10:29 - 10:31Dezenas de projetos dão-nos um vislumbre
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10:31 - 10:33do que eles são capazes de fazer.
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10:33 - 10:35Vejam os graduados garifuna.
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10:35 - 10:38Não só voltaram à sua terra para trabalhar
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10:38 - 10:39mas organizaram a comunidade
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10:39 - 10:43para construir o primeiro
hospital indígena das Honduras. -
10:44 - 10:45Com a ajuda de um arquiteto,
-
10:45 - 10:49os residentes ergueram-no
literalmente do chão. -
10:50 - 10:52Os primeiros pacientes
atravessaram as portas -
10:52 - 10:54em dezembro de 2007.
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10:55 - 10:57Desde então, o hospital já recebeu
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10:57 - 11:00quase um milhão de visitas de doentes.
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11:00 - 11:02O governo está a prestar atenção,
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11:02 - 11:05considerando o hospital como um modelo
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11:05 - 11:07da saúde pública rural nas Honduras.
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11:10 - 11:14Os graduados da ELAM são inteligentes,
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11:14 - 11:16fortes e dedicados.
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11:17 - 11:20Haiti, janeiro de 2010.
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11:21 - 11:23O sofrimento.
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11:23 - 11:27Pessoas sepultadas
sob 30 milhões de toneladas de escombros. -
11:27 - 11:29Esmagador.
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11:29 - 11:31Trezentos e quarenta médicos cubanos
-
11:31 - 11:34já estavam há muito no terreno.
-
11:34 - 11:36Havia mais a caminho
mas eram necessários muitos mais. -
11:36 - 11:39Na ELAM, os estudantes
trabalharam dia e noite -
11:39 - 11:42para contactar 4000 graduados.
-
11:43 - 11:46Em consequência, chegaram
centenas ao Haiti, -
11:46 - 11:50oriundos de 27 países, do Mali no Saará
-
11:50 - 11:53a Santa Lucia, Bolívia, Chile e EUA.
-
11:55 - 11:58Falavam facilmente
uns com os outros em espanhol, -
11:58 - 12:00e atendiam os pacientes em crioulo,
-
12:00 - 12:03graças aos estudantes de
medicina haitianos -
12:03 - 12:05que acorreram da ELAM de Cuba.
-
12:05 - 12:07Muitos permaneceram lá meses,
-
12:07 - 12:09mesmo durante a epidemia de cólera.
-
12:09 - 12:12Centenas de graduados haitianos
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12:12 - 12:15tiveram que apanhar os cacos,
-
12:15 - 12:16ultrapassar o seu desespero,
-
12:16 - 12:18e assumir o encargo
-
12:18 - 12:21de montar um novo sistema
de saúde pública no Haiti. -
12:22 - 12:25Hoje, com a ajuda
de organizações e de governos -
12:25 - 12:27da Noruega a Cuba, ao Brasil,
-
12:27 - 12:30foram construídos dezenas
de novos centros de saúde, -
12:30 - 12:32com as respetivas equipas e, em 35 casos,
-
12:32 - 12:35chefiados por graduados da ELAM.
-
12:37 - 12:38Mas a história haitiana
-
12:38 - 12:41também ilustra alguns
dos maiores problemas -
12:41 - 12:43que muitos países enfrentam.
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12:43 - 12:45Reparem:
-
12:45 - 12:50Havia 748 graduados haitianos
em 2012, quando surgiu a cólera. -
12:51 - 12:54Quase metade trabalhava
no setor de saúde pública, -
12:54 - 12:57mas um quarto deles estavam desempregados
-
12:57 - 13:00e 110 já tinham saído do Haiti.
-
13:02 - 13:05Portanto, no melhor dos cenários,
-
13:05 - 13:07estes graduados estão a prestar serviço
-
13:07 - 13:10e a reforçar os sistemas de saúde pública,
-
13:10 - 13:12onde muitas vezes são
os únicos médicos que existem. -
13:13 - 13:16No pior dos casos,
não há lugares suficientes -
13:16 - 13:18no setor de saúde pública,
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13:18 - 13:20onde são tratadas as pessoas mais pobres.
-
13:20 - 13:23Não há suficiente vontade política,
não há recursos suficientes, -
13:23 - 13:25não há nada de nada
-
13:25 - 13:28— o que há a mais são os pacientes
sem quaisquer cuidados. -
13:29 - 13:32Os graduados também enfrentam
a pressão das famílias -
13:32 - 13:34desesperadas com as dificuldades
por que passam. -
13:34 - 13:37Portanto, quando não há
empregos no setor público, -
13:37 - 13:39estes novos médicos passam
para a atividade privada -
13:39 - 13:43ou vão para o estrangeiro
para mandar dinheiro para casa. -
13:44 - 13:47Pior ainda, nalguns países,
-
13:47 - 13:50as sociedades médicas influenciam
os órgãos de acreditação -
13:50 - 13:52para não reconhecerem o diploma da ELAM,
-
13:52 - 13:55com receio de que esses graduados
lhes roubem os lugares -
13:55 - 13:58ou lhes reduzam o número
de pacientes e de receitas. -
13:59 - 14:01Não é uma questão de competência.
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14:01 - 14:04Aqui, nos EUA,
o Conselho Médico da Califórnia -
14:04 - 14:07acreditou a escola,
depois duma inspeção rigorosa. -
14:08 - 14:10Os médicos estão a sair-se bem
-
14:10 - 14:12quanto à grande aposta de Cuba,
-
14:12 - 14:13entrando para as autarquias
-
14:13 - 14:16e sendo aceites em residências
altamente respeitadas, -
14:16 - 14:20desde Nova Iorque
a Chicago e ao Novo México. -
14:20 - 14:22Um grupo de duzentos
-
14:22 - 14:25que voltam aos EUA cheios de energia
-
14:25 - 14:27mas também descontentes.
-
14:28 - 14:29Conforme exprimiu um graduado:
-
14:29 - 14:33"Em Cuba, somos treinados para
dispensar cuidados de qualidade -
14:33 - 14:35"com recursos mínimos.
-
14:35 - 14:37"Por isso, quando vejo todos
os recursos que aqui temos, -
14:37 - 14:39"e vocês me dizem que isso não é possível,
-
14:39 - 14:41"sei que não é verdade.
-
14:41 - 14:45"Eu não só vi que funciona,
como eu próprio fiz o trabalho". -
14:47 - 14:49Os graduados da ELAM,
-
14:49 - 14:53alguns daqui mesmo em D.C. e em Baltimore,
-
14:53 - 14:56vieram de entre os mais pobres dos pobres
-
14:56 - 14:58oferecer saúde, educação
-
14:58 - 15:01e uma voz às suas comunidades.
-
15:01 - 15:03Fizeram o pesado trabalho inicial.
-
15:04 - 15:06Agora é preciso
que vocês façam a vossa parte -
15:06 - 15:09para apoiar esses 23 000 e mais ainda.
-
15:09 - 15:11Todos nós
-
15:11 - 15:14— fundações, imprensa,
diretores de residências, -
15:14 - 15:17empresários, politicos, toda a gente —
-
15:17 - 15:19precisamos de atuar.
-
15:20 - 15:22Temos que fazer muito mais globalmente,
-
15:22 - 15:24dar oportunidade a estes novos médicos
-
15:24 - 15:26de provar o seu valor.
-
15:27 - 15:28Precisam de poder fazer
-
15:28 - 15:31os exames de licenciatura dos seus países.
-
15:31 - 15:34Precisam de postos de trabalho
no setor da saúde pública -
15:34 - 15:36ou em centros de saúde
sem fins lucrativos -
15:36 - 15:39para pôr em prática
a sua formação e o seu compromisso. -
15:40 - 15:41Precisam da oportunidade
-
15:41 - 15:44de serem os médicos
de que os pacientes precisam. -
15:47 - 15:49Para avançar,
-
15:49 - 15:52podemos ter que voltar atrás,
-
15:52 - 15:56ao pediatra que batia
à porta da minha família -
15:56 - 15:59no lado sul de Chicago,
quando eu era miúda, -
15:59 - 16:01que fazia visitas ao domicílio,
-
16:01 - 16:03que era um funcionário público.
-
16:04 - 16:06Isto não são ideias assim tão novas
-
16:06 - 16:08sobre o que deve ser a medicina.
-
16:08 - 16:11O que é novo é a maior dimensão
-
16:11 - 16:14e as caras dos próprios médicos:
-
16:14 - 16:17um graduado da ELAM será
mais provavelmente uma médica -
16:17 - 16:19do que um médico.
-
16:19 - 16:22Na Amazónia, no Peru ou na Guatemala,
-
16:22 - 16:25um médico indígena.
-
16:25 - 16:27Nos EUA, um médico de cor
-
16:27 - 16:30que fala espanhol fluentemente.
-
16:30 - 16:34Ela tem uma boa formação,
podemos confiar nela, -
16:34 - 16:36e tem a cara e a cultura dos seus doentes.
-
16:37 - 16:41Sem dúvida que merece o nosso apoio
-
16:41 - 16:45porque, quer seja de metro,
de mula ou de canoa, -
16:45 - 16:48ela está a ensinar-nos
a mostrar do que somos capazes. -
16:50 - 16:53(Aplausos)
- Title:
- Onde formar os médicos do mundo? Em Cuba.
- Speaker:
- Gail Reed
- Description:
-
Grandes problemas precisam de grandes soluções, inspiradas por grandes ideias, imaginação e ousadia. Nesta palestra, a jornalista Gail Reed descreve uma grande solução digna de nota: a Escola Médica Latino-Americana de Havana, que forma médicos globais para prestar serviço nas comunidades locais que mais precisam deles.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDTalks
- Duration:
- 17:08
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