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John Gerzema: O consumidor pós-crise

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    13 trilhões de dólares em riquezas
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    evaporaram ao longo dos últimos dois anos.
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    Questionamos o futuro do capitalismo.
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    Questionamos a indústria financeira.
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    Reparamos na indiferença do nosso governo.
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    Questionamos para onde estamos indo.
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    E no entanto, ao mesmo tempo, isso pode muito bem ser
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    um momento inovador na história americana,
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    uma oportunidade para os consumidores
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    efetivamente assumirem o controle e nos guiarem
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    a uma nova trajetória na América.
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    Estou chamando isso "O Grande Desenrolamento."
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    E a idéia é uma simples, simples idéia,
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    a saber, o fato de que o consumidor
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    mudou de um estado de ansiedade para ação.
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    Consumidores que representam 72%
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    do PIB da América efetivamente começaram,
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    assim como os bancos, e assim como as empresas,
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    a desalavancar, a desenrolar suas alavancagens,
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    na vida diária, removendo a si mesmos
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    dos compromissos e riscos
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    que se apresentam à medida que avançamos.
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    Assim, para entender isso, e vou destacar este ponto,
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    não se trata do consumidor batendo em retirada.
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    O consumidor está com o poder.
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    Para entender isso, precisamos contextualizar e observar
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    um pouco o que aconteceu no decorrer do último ano e meio.
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    Assim, se vocês estão por fora, este é um guia de estudo
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    do que aconteceu na economia. Certo?
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    (Risos)
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    Desemprego sobe. Valor dos imóveis cai. Bolsas caem.
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    Preços de commodities vão assim.
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    Se você for uma mãe tentando administrar um orçamento,
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    e o petróleo estava a 150 dólares o barril no verão passado,
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    e está em algum ponto entre 50 e 70,
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    você planeja férias? Como você faz compras?
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    Qual é sua estratégia em sua casa?
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    Será que o plano de recuperação vai funcionar? Temos a dívida pública, Detroit,
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    valorização das moedas, assistência médica, todas essas questões nos desafiando.
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    Você junta todas, mistura todas num cozido,
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    e você obtém a confiança do consumidor, que é basicamente uma bomba-relógio ligada.
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    De fato, vamos contextualizar e observar o que causou esta crise,
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    pois os consumidores, todos nós, em nossas vidas diárias,
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    efetivamente contribuímos com uma grande parte do problema.
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    Isso é o que eu chamo de paradoxo do 50-20.
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    Levamos 50 anos
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    para chegar às taxas de poupança atuais
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    de quase 10 por cento. 50 anos.
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    Vocês sabem o que foi isto aqui?
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    Isto foi a Segunda Guerra Mundial. Vocês sabem por que a poupança foi tão alta?
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    Não havia nada para comprar, a menos que vocês quisessem comprar rebites. Certo?
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    Porém, o que aconteceu ao longo dos últimos 20 anos --
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    nós passamos de uma poupança de 10 por cento para uma taxa negativa de poupança.
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    Porque nós abusamos. Nós compramos carros extra-grandes,
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    superdimensionamos tudo, compramos remédios para a síndrome de pernas inquietas.
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    Todas essas coisas juntas basicamente criaram
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    um fator com o qual os consumidores praticamente nos jogaram
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    de cabeça na crise que estamos enfrentando hoje.
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    A relação dívida sobre renda pessoal
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    basicamente passou de 65%
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    para 135% num período de aproximadamente 15 anos.
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    Assim os consumidores ficaram superalavancados.
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    E é claro que nossos bancos também ficaram, assim como nosso governo federal.
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    Este é um gráfico absolutamente chocante.
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    Ele mostra alavancagem, estimada de 1919 a 2009.
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    E o que vocês acabam vendo é todo o fenômeno
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    do fato que estamos atualmente
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    seguindo em frente e basicamente alavancando
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    a educação do futuro, as crianças do futuro em nossos lares.
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    Então se vocês olharem para isto no contexto de visualizar a recuperação,
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    o que podem ver é que se empilharem notas de dólar,
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    para começar, 360.000 dólares
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    é mais ou menos do tamanho de um homem de 1,63 m.
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    Mas se vocês empilham, vocês veem este espantoso, chocante valor de
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    dólares que foram colocados no sistema
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    para financiar e nos resgatar.
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    Assim, estes são os primeiros 315 bilhões.
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    Mas eu li este fato, outro dia, que um trilhão de segundos
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    equivale a 32 mil anos,
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    assim, se vocês pensam nisso, o contexto, a naturalidade
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    com a qual nós falamos sobre uma verba de recuperação de trilhão de dólares aqui, e um trilhão ali,
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    estamos empilhando a nós mesmos para uma alavancagem de longo prazo.
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    Apesar disso, os consumidores se mexeram.
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    Eles estão assumindo responsabilidades.
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    O que estamos vendo é uma retomada na taxa de poupança.
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    De fato, aconteceram 11 meses seguidos de poupança
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    desde o início da crise.
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    Estamos trabalhando para voltar àqueles 10 por cento.
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    Também, decisivamente, no quarto trimestre,
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    os gastos caíram ao nível mais baixo em 62 anos,
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    quase um declínio de 3,7 por cento.
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    A Visa agora informa que mais pessoas estão usando cartões de débito
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    do que estão usando cartões de crédito.
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    Assim, estamos começando a pagar pelas coisas com o dinheiro que temos.
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    E estamos começando a ser muito mais cuidadosos
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    sobre como economizamos e como investimos.
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    Mas essa não é na verdade a história toda.
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    Pois estes foram também tempos dramáticos de transformação.
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    E vocês precisam admitir, ao longo do último ano e meio,
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    os consumidores têm feito algumas coisas bastante estranhas.
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    Foi muito chocante, esse período que nós vivemos.
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    Se vocês levarem em conta que 80% de todos americanos
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    nasceram depois da Segunda Guerra Mundial,
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    essa é essencialmente a nossa Depressão.
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    E assim, como resultado, algumas coisas malucas aconteceram.
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    Vou dar-lhes alguns exemplos. Vamos falar de dentistas,
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    vasectomias, armas e ataques de tubarões. Certo?
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    (Risos)
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    Os dentistas informam molares,
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    vocês sabem, pessoas rangendo os dentes, chegando
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    e contando o fato de que estiveram com stress.
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    E assim há um aumento nas pessoas que precisam refazer suas obturações.
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    Armas, vendas de armas, de acordo com o FBI,
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    que faz os levantamentos, subiram quase 25% desde janeiro.
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    Vasectomias subiram 48%,
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    de acordo com o Instituto Cornell.
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    E finalmente, mas um ponto muito bom,
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    que espero não estar ligado ao último ponto que comentei,
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    é que os ataques de tubarões estão no nível mais baixo desde 2003.
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    Alguém sabe por quê?
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    Ninguém está indo às praias. Assim, há uma lado bom em tudo.
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    Mas sério, o que estamos vendo acontecer,
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    e a razão pela qual quero enfatizar que os consumidores não estão em retirada,
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    é que esta é uma tremenda oportunidade
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    para os consumidores, que nos levaram a esta recessão,
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    nos conduzirem diretamente para fora dela.
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    E com isso quero dizer que podemos passar do consumo irresponsável
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    para o consumo responsável. Certo?
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    Se vocês pensarem nas últimas três décadas,
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    os consumidores passaram de informados sobre o marketing nos anos 90,
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    a juntar todas essas surpreendentes ferramentas sociais e de busca nesta década,
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    mas a coisa que realmente os segurou foi a capacidade de discriminar.
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    Restringindo sua demanda, os consumidores podem efetivamente
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    alinhar seus valores com seus gastos,
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    e mobilizar o capitalismo e os negócios,
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    no sentido de não apenas crescer mas ser melhor.
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    Vamos explicar isso logo mais.
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    Com base no BrandAsset Valuator [Avaliador de Ativos de Marca -- N. do T.] da Y&R,
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    ferramenta proprietária da VML e da Young & Rubicam,
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    tentamos entender o que tem acontecido na crise
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    com o mercado consumidor.
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    Encontramos algumas coisas realmente interessantes.
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    Vamos passar por quatro mudanças de valores que constatamos
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    motivando novos comportamentos dos consumidores,
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    que indicam novos princípios administrativos.
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    O primeiro valor cultural que encontramos é esta tendência
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    para uma coisa que chamamos vida líquida.
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    Esse é o movimento dos americanos para definir seu sucesso
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    em possuir coisas, em ter liquidez,
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    pois quanto menos excesso vocês tiverem a sua volta,
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    mais ágeis e velozes vocês serão.
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    Como resultado, o consumo "déclassé" [desclassificado - N. do T.] está na moda.
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    Consumo déclassé é a idéia global de que gastar dinheiro
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    frivolamente faz você parecer meio fora-de-moda.
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    O princípio administrativo é "dólares e bom-senso."
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    Assim, vamos ver alguns exemplos desse
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    consumo declassé que cai fora desse valor.
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    Para começar, percebemos que alguma coisa deve estar acontecendo quando
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    P. Diddy promete que vai moderar suas jóias.
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    (Risos)
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    Mas, seriamente, também temos esse fenômeno
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    na Madison Avenue e em outros lugares
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    onde as pessoas estão efetivamente saindo das butiques de luxo
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    com sacos de papel ordinários, desses genéricos,
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    para esconder suas compras de marca.
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    Vemos a classe alta pechinchando na alta-moda hoje em dia.
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    Pechinchando artigos de luxo e imóveis de alto-nível.
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    Vemos também um relaxamento do ego,
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    e uma espécie de desmonte de artifícios.
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    Esta história é de um iate clube
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    que é basicamente de "colarinho azul". [trabalhador horista -- N. do T.]
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    Iate clube de "colarinho azul", no qual vocês se associam ao iate clube,
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    mas precisam trabalhar no estaleiro,
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    como uma espécie de condição de associação.
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    Também encontramos uma tendência no sentido de
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    turismo que é um pouco mais comedido. Certo?
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    Agroturismo, indo a vinhedos e indo a fazendas.
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    E então também vemos esse movimento progressivo de dólares e bom-senso.
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    O que os negócios podem fazer para conectar-se
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    com essas novas mentalidades é realmente interessante.
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    Algumas coisas que são inteligentes.
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    Uma é que a Frito-Lay percebeu essa coisa de liquidez
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    com seus consumidores.
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    Eles descobriram que os consumidores tinham mais dinheiro no começo do mês,
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    e menos no final do mês. Então, o que eles fizeram
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    foi começar a mudar as embalagens deles.
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    Embalagens maiores no começo do mês, embalagens menores
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    no final do mês.
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    Realmente interessante, também, foi o San Francisco Giants.
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    Eles acabam de introduzir preços dinâmicos.
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    Assim, eles consideram tudo, desde as disputas de arremessadores,
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    ao tempo, ao desempenho do time,
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    para estabelecer os preços para os consumidores.
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    Outro exemplo rápido desses tipos de mudanças é
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    a ascensão da Zynga.
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    A Zynga subiu pelo desejo do consumidor
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    de não se atrelar a custos fixos.
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    Novamente, este tema consiste em custos variáveis, vida variável.
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    Assim, os micro pagamentos tornaram-se muitos.
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    E ultimamente as pessoas estão usando o Hulu
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    efetivamente como um meio de se livrarem da conta da TV a cabo.
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    Assim, eis idéias realmente inteligentes
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    que estão dando certo e que o pessoal de marketing está começando a entender.
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    O segundo dos quatro valores
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    é esse movimento na direção da ética e do jogo honesto.
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    Vemos isso se desenrolar com empatia e respeito.
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    Os consumidores estão exigindo isso.
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    E, como resultado, as empresas precisam oferecer
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    não apenas valor, mas valores.
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    Cada vez mais, os consumidores estão observando a cultura da empresa,
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    observando a conduta delas no mercado.
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    Assim, o que vemos com empatia e respeito, um bocado de coisas auspiciosas
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    que saíram desta recessão.
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    E vou dar-lhes alguns exemplos.
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    Um deles é o movimento em favor das comunidades e vizinhanças,
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    e maior ênfase em seus vizinhos como seus sistemas de suporte.
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    Também um maravilhoso subproduto de uma coisa ruim,
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    que foi o desemprego, é um crescimento no
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    trabalho voluntário que foi notado em nosso país.
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    Também vemos o fenômeno --
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    alguns de vocês podem ter "filhos bumerangue" --
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    esses são "alunos bumerangue,"
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    em que as universidades estão efetivamente se reconectando aos ex-alunos
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    para ajudá-los com empregos, compartilhar habilidades e retreinamento.
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    Também falamos sobre caráter e profissionalismo.
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    Tivemos esse milagre no Rio Hudson em New York, vocês sabem, em janeiro.
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    E de repente Sully [o nome do piloto -- N. do T.] tornou-se um nome da moda no Babycenter.
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    (Risos)
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    Assim, do ponto de vista de valor e valores,
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    o que as empresas podem fazer é conectar-se de muitas maneiras diferentes.
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    A Microsoft está fazendo uma coisa maravilhosa.
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    Eles estão efetivamente se comprometendo a retreinar dois milhões de americanos em tecnologia de informação (TI):
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    usando a sua infraestrutura existente para fazer uma coisa boa.
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    Outra empresa realmente interessante é a Gore-Tex.
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    A Gore-Tex tem como fundamento a responsabilidade pessoal
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    de seus gerentes e funcionários,
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    a tal ponto que eles têm uma espécie de aversão à ideia de chefes.
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    Mas eles também enfatizam o fato de que
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    seus executivos, todos os relatórios de despesas deles,
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    são colocados na intranet da empresa para todos verem.
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    Transparência completa.
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    Pense duas vezes antes de pedir aquela garrafa de vinho.
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    A terceira das quatro leis do consumismo pós-crise
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    é sobre um modo de vida durável.
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    Estamos vendo em nossos dados que os consumidores estão percebendo
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    que isto é uma maratona e não uma prova de velocidade.
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    Eles estão procurando. E estão em busca de maneiras de extrair valor
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    de cada uma das compras que eles fazem.
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    Testemunhem o fato de que os americanos estão ficando com seus carros
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    por mais tempo do que jamais aconteceu antes.
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    9,4 anos, na média, em março. Um recorde.
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    Também observamos o fato de que as bibliotecas tornaram-se
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    um importante recurso para a América.
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    Vocês sabiam que 68% dos americanos
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    agora andam com um cartão de biblioteca?
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    A maior porcentagem de todos os tempos na história de nossa nação.
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    E então, o que vocês também notam nessa tendência é
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    a acumulação do conhecimento.
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    A educação continuada está na moda.
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    Tudo está ficado em melhoria, e treinamento,
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    e desenvolvimento e ir para a frente.
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    Vemos também um enorme movimento "Faça Você Mesmo".
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    Fiquei fascinado ao descobrir que 30%
  • 10:55 - 10:58
    de todas as casas na América são efetivamente construídas pelos proprietários.
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    Isso inclui cabanas e coisas assim. Mas 30%...
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    Assim, as pessoas estão colocando as mãos na massa. Elas estão arregaçando as mangas.
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    Elas querem essas habilidades.
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    Observamos isso com o fenômeno de criar no quintal
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    galinhas e patos. E quando a gente calcula os custos,
  • 11:10 - 11:12
    eles indicam que isso não funciona, mas o princípio está lá,
  • 11:12 - 11:16
    o fundamento disso é ser sustentável e cuidar de si mesmo.
  • 11:16 - 11:18
    E então vemos a via elevada em New York,
  • 11:18 - 11:20
    uma excelente prática de reformulação
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    da infraestrutura existente para uma coisa boa, que é
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    um parque novinho em New York.
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    Então, o que as marcas podem fazer, e as empresas,
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    é pagar dividendos aos consumidores,
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    ser uma marca que permanece,
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    oferece transparência, promete que vai estar lá mesmo depois da venda de hoje.
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    Um exemplo perfeito disso é a Patagonia.
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    As Crônicas das Pegadas Ecológicas da empresa Patagonia
  • 11:38 - 11:41
    incluem e rastreiam cada um dos produtos que eles fazem,
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    e demonstram a vocês responsabilidade social,
  • 11:43 - 11:45
    e ajudam vocês a entenderem a ética
  • 11:45 - 11:47
    que está por trás dos produtos que eles fazem.
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    Outro grande exemplo é a Fidelity.
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    Em vez de recompensar com devoluções instantâneas de dinheiro em suas compras com cartão de crédito ou débito,
  • 11:52 - 11:54
    trata-se de recompensas depositadas numa poupança incentivada
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    para ser usada em educação.
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    Ou a interessante empresa SunRun.
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    Eu adoro essa empresa. Eles criaram um contrato coletivo com os consumidores
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    em que eles colocam painéis solares nas casas
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    e criam um serviço baseado nos consumidores,
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    no qual a eletricidade que eles geram é basicamente
  • 12:09 - 12:11
    injetada de volta no mercado.
  • 12:11 - 12:13
    Assim, é uma parceria orientada aos consumidores.
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    Então, o quarto tipo de consumismo pós-crise que observamos
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    é esse movimento da volta ao rebanho.
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    Ele tem uma importância incrível no momento.
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    A confiança não pode ser parcelada, como todos nós sabemos.
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    Trata-se agora de conectar-se às suas comunidades,
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    conectando-se às suas redes sociais.
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    Em meu livro, falei do fato de que 72%
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    das pessoas confiam no que outras pessoas dizem
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    sobre uma marca ou uma empresa, versus 15% na publicidade.
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    Assim, a esse respeito,
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    o consumismo cooperativo realmente decolou.
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    Isso se baseia em consumidores trabalhando juntos
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    para conseguir o que eles querem obter do mercado.
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    Vamos ver alguns exemplos rápidos.
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    O movimento artesanal é enorme.
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    Tudo se baseia em produtos e serviços produzidos localmente,
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    sustentando as vizinhanças locais,
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    sejam queijos, vinhos ou outros produtos.
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    Também a aparição de moedas locais.
  • 12:58 - 13:00
    Reconhecendo que é difícil conseguir financiamentos neste ambiente,
  • 13:00 - 13:02
    vocês estão fazendo negócios com as pessoas em que confiam,
  • 13:02 - 13:04
    em seus mercados locais.
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    Assim, esse crescimento dessa espécie de dinheiro local
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    é outro fenômeno realmente interessante.
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    E então fizeram um relatório recente
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    que eu achei fascinante.
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    Eles realmente começaram, em algumas comunidades nos Estados Unidos,
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    começaram a publicar o consumo de eletricidade das pessoas.
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    E o que eles descobriram foi que quando isso foi colocado a disposição para conhecimento público,
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    o consumo de eletricidade das pessoas nessas comunidades caiu.
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    Então nós também vemos a idéia do "clube-da-vaca,"
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    que é todo esse fenômeno dos consumidores
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    se organizando juntos
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    para comprar carne de fazendas orgânicas
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    que eles sabem que são seguras e controladas da maneira que eles querem que sejam controladas.
  • 13:37 - 13:39
    E então existe este outro movimento realmente interessante
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    que aconteceu na Califórnia, que se baseia em "bandos de cenoura."
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    A coisa tradicional seria boicotar, não é verdade?
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    Vocês usam uma vara? Bem, por que não usar uma cenoura?
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    Então esses são consumidores se organizando, reunindo seus recursos,
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    para incentivar as empresas a fazerem o bem.
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    E daí vemos o que as empresas podem fazer.
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    Essa é a oportunidade de ser um organizador da comunidade.
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    Vocês precisam perceber que não podem brigar e controlar isto.
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    Você precisam realmente organizá-lo.
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    Vocês precisam amarrar isso. Vocês precisam dar-lhe significado.
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    E existem muitos exemplos interessantes aqui
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    que nós vemos.
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    Primeiro, é simplesmente o fato de que
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    o Zagat efetivamente mudou
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    e diversificou-se de classificar restaurantes,
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    e entrou efetivamente na avaliação da assistência médica.
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    Então, quais as credenciais do Zagat?
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    Bem, eles têm muitas. Porque é a rede de pessoas deles. Certo?
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    Assim isso se torna uma força muito efetiva para eles
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    para tornar a marca deles mais elástica.
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    Então vejam o fenômeno do Kogi.
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    Este Kogi não existe. É um trailer móvel. Certo?
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    É um trailer que muda de lugar em Los Angeles. E a única maneira de encontrá-lo
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    é pelo Twitter.
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    Ou vejam o Momversations da Johnson & Johnson's.
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    Um blog fenomenal que foi construído.
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    No qual a J&J está aproveitando
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    o poder das mamães blogueiras,
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    permitindo que elas criassem um fórum
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    onde elas podem comunicar e podem se conectar.
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    E também tornou-se um extremamente valioso
  • 14:57 - 15:00
    tipo de receita de publicidade da J&J.
  • 15:00 - 15:02
    Isso além do fato de que vocês encontram
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    trabalhos fenomenais de presidentes de empresas
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    desde a Ford até a Zappos, conectando pelo Twitter,
  • 15:06 - 15:08
    criando um ambiente aberto,
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    permitindo que os funcionários deles sejam parte do processo,
  • 15:11 - 15:13
    em vez de se esconderem atrás de paredes.
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    Vocês veem essa força ascendente numa espécie de
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    transparência total e abertura que as empresas estão começando a adotar.
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    Tudo porque os consumidores estão exigindo isso.
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    Assim, quando vemos isso e consideramos o quadro todo,
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    o que eu acredito é que a crise que existe hoje
  • 15:25 - 15:27
    é definitivamente real.
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    Ela foi tremendamente poderosa para os consumidores.
  • 15:30 - 15:33
    Mas, ao mesmo tempo, esta é também uma tremenda oportunidade.
  • 15:33 - 15:35
    E o caractere chinês para crise
  • 15:35 - 15:38
    é realmente o mesmo lado da mesma moeda.
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    Crise é igual a oportunidade.
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    O que estamos vendo com os consumidores agora mesmo
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    é a possibilidade de que eles efetivamente
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    nos conduzam para fora desta recessão.
  • 15:46 - 15:48
    Assim, acreditamos que o gasto orientado por valores
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    vai forçar o capitalismo a ser melhor.
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    Ele vai provocar inovações.
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    Ele vai produzir produtos mais duráveis. Ele vai
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    criar serviços ao consumidor melhores e mais intuitivos.
  • 15:57 - 16:00
    Ele vai nos dar a oportunidade de conectar com empresas
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    que compartilhem os valores que nós compartilhamos.
  • 16:02 - 16:04
    Assim, quando olhamos para trás e saímos para isso
  • 16:04 - 16:06
    e vemos o início dessas tendências
  • 16:06 - 16:08
    que estamos vendo em nossos dados,
  • 16:08 - 16:10
    vemos um quadro esperançoso para o futuro da América.
  • 16:10 - 16:12
    Muito obrigado.
  • 16:12 - 16:14
    (Aplausos)
Title:
John Gerzema: O consumidor pós-crise
Speaker:
John Gerzema
Description:

John Gerzema diz que existe um lado bom na crise financeira recente -- a oportunidade de mudanças positivas. Falando no TEDxKC, ele identifica quatro mudanças culturais importantes provocando novos comportamentos dos consumidores e mostra como os negócios estão evoluindo para compatibilizar-se com o consumo consciente.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
16:14
Durval Castro added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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