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ChildLine/ChildFinance | Jeroo Billimoria | TEDxHamburg

  • 0:08 - 0:10
    Olá, boa tarde.
  • 0:11 - 0:14
    Como ele já disse,
    o meu nome é Jeroo Billimoria
  • 0:14 - 0:17
    e o que eu gosto de fazer
    é começar organizações,
  • 0:17 - 0:21
    porque penso que cada um de nós
    pode fazer algo para mudar o mundo.
  • 0:22 - 0:25
    Portanto, aqui podem
    observar duas coisas,
  • 0:25 - 0:28
    a Child Helpline International
    e a Aflatoun.
  • 0:29 - 0:31
    Eu criei seis organizações
  • 0:31 - 0:34
    e irei partilhar convosco
    um pouco do que foi o meu percurso
  • 0:35 - 0:39
    e colocar-vos também
    algumas questões, se puder ser.
  • 0:40 - 0:43
    Comecei muito cedo, na verdade
    comecei quando tinha 16 anos,
  • 0:43 - 0:47
    altura em que discuti com a minha mãe
    e iniciei a minha primeira organização.
  • 0:48 - 0:51
    É algo que todos fazemos
    quando somos adolescentes, certo?
  • 0:51 - 0:55
    E isso foi basicamente para ensinar
    capacidades matemáticas aos estudantes,
  • 0:55 - 0:59
    para que eles não chumbassem na escola,
    e foi aí que tudo começou.
  • 1:00 - 1:03
    Depois, claro, fui para o estrangeiro,
    estudei, isso tudo,
  • 1:03 - 1:06
    e estava a trabalhar
    com crianças de rua na Índia.
  • 1:06 - 1:10
    Elas diziam que queriam um local
    onde pudessem telefonar 24 horas por dia,
  • 1:10 - 1:14
    e não no horário mais conveniente
    aos nossos assistentes sociais.
  • 1:14 - 1:15
    Porque eles diziam
  • 1:15 - 1:18
    "Todos vocês ganham dinheiro
    à nossa custa"
  • 1:18 - 1:20
    "mas nunca estão lá
    quando precisamos de vocês."
  • 1:20 - 1:24
    Era essa basicamente a queixa deles.
    Por isso é assim que funcionamos.
  • 1:24 - 1:26
    Quando telefonámos para lá
    pela primeira vez
  • 1:27 - 1:31
    e abordei as Autoridades da Telecom,
    entre outros, eles disseram:
  • 1:31 - 1:35
    "Uma linha telefónica para crianças de rua?
    E quem o vai gerir? Pessoal qualificado?"
  • 1:35 - 1:37
    E eu respondi:
    "Serão as crianças a geri-lo".
  • 1:37 - 1:40
    E eles acharam que eu era doida,
    portanto recusaram,
  • 1:40 - 1:43
    e o Governo não nos atribuiu
    um número gratuito.
  • 1:43 - 1:47
    Voltámos a tentar e desta vez dissemos:
    "Sejamos espertos".
  • 1:47 - 1:50
    Mas eu estava a dar aulas
    no Instituto de Arte
  • 1:50 - 1:53
    e não arranjei estudantes nem
    investigadores para trabalhar,
  • 1:53 - 1:55
    por isso reunimos
    um grupo de crianças de rua
  • 1:55 - 1:58
    e fizemos o primeiro estudo
  • 1:58 - 2:02
    sobre a razão que leva as crianças de rua
    a querer ter uma linha telefónica de apoio.
  • 2:03 - 2:06
    Depois pegámos neste estudo,
  • 2:06 - 2:11
    apresentámo-lo
    ao Diretor Geral da Telecom,
  • 2:11 - 2:13
    e conseguimos um número gratuito.
  • 2:13 - 2:16
    Hoje em dia
    dizem que se fez história.
  • 2:16 - 2:19
    A ChildLine India é um projeto
    do Governo da Índia
  • 2:19 - 2:22
    e faz parte
    do Sistema de Proteção Infantil.
  • 2:23 - 2:26
    Já recebemos dois milhões
    de telefonemas de crianças,
  • 2:26 - 2:29
    e estamos espalhados
    por 80 distritos do país,
  • 2:29 - 2:34
    e tendo por base esses telefonemas,
    provenientes da ChildLine India,
  • 2:34 - 2:37
    temos agora uma política governamental
  • 2:37 - 2:40
    na qual o Governo
    foi forçado a reconhecer
  • 2:40 - 2:43
    a quantidade de exigências existentes
    para os serviços de proteção.
  • 2:44 - 2:48
    De um orçamento de um crore
    — que vale aproximadamente $250 000 —
  • 2:48 - 2:53
    eles dão agora 100 crores integrados
    no esquema de Proteção Infantil,
  • 2:53 - 2:54
    com ligação a essa política.
  • 2:55 - 2:57
    Portanto foi isto que aconteceu,
  • 2:57 - 2:59
    e só foi possível porque houve
    crianças com muita coragem
  • 2:59 - 3:02
    que se disponibilizaram
    para fazer qualquer coisa.
  • 3:02 - 3:06
    Da ChildLine India,
    — que é onde o meu coração permanece —
  • 3:06 - 3:09
    avançámos para a
    Child Helpline International,
  • 3:09 - 3:10
    que é o que vocês veem ali.
  • 3:11 - 3:13
    Muitos países
    começaram a questionar-nos
  • 3:13 - 3:16
    sobre as linhas de apoio
    de crianças para crianças.
  • 3:16 - 3:19
    A Alemanha tem uma linha de apoio
    consolidada,
  • 3:19 - 3:22
    que já está operacional
    há quase 25 anos,
  • 3:22 - 3:24
    que é de quem nós sabemos...
  • 3:24 - 3:28
    Mas não existem linhas de ajuda
    em países em desenvolvimento,
  • 3:28 - 3:32
    porque todos afirmam que as telecoms
    não podem funcionar neles,
  • 3:32 - 3:35
    mesmo quando a ChildLine India
    provou o contrário.
  • 3:35 - 3:39
    Portanto resolvemos assumir
    este desafio a nível global.
  • 3:40 - 3:45
    A Child Helpline International
    encontra-se em 150 países.
  • 3:45 - 3:49
    Temos linhas de apoio para a vida
    em mais de 110 países
  • 3:49 - 3:54
    e damos resposta anualmente a cerca de
    14 a 18 milhões de chamadas e contactos.
  • 3:54 - 3:58
    Temos ajudado por ano
    mais de um milhão de crianças
  • 3:58 - 4:01
    que foram vítimas
    de diferentes formas de abuso.
  • 4:01 - 4:04
    Basicamente,
    se olharem para esta história,
  • 4:04 - 4:08
    o que eu penso ser o mais importante
    é que qualquer um de vocês,
  • 4:08 - 4:11
    qualquer um de vocês,
    pode ter uma ideia.
  • 4:11 - 4:14
    Basta seguir o vosso coração
    e o vosso sonho.
  • 4:15 - 4:16
    É fácil!
  • 4:17 - 4:20
    Vão em frente e concretizem-no!
  • 4:21 - 4:24
    Poderão trabalhar com muitas pessoas.
  • 4:24 - 4:25
    Como se pode comprovar.
  • 4:26 - 4:29
    Depois de tornarmos global
    a Child Helpline,
  • 4:29 - 4:31
    desde a sua criação,
  • 4:31 - 4:35
    demos resposta
    a mais de 55 milhões de pedidos,
  • 4:35 - 4:37
    o que significa mais
    de 500 milhões de chamadas,
  • 4:37 - 4:40
    e ajudámos milhões e milhões de crianças.
  • 4:40 - 4:42
    Mas eu continuei a dizer a mim mesma:
  • 4:42 - 4:44
    "Não preciso de ser complacente".
  • 4:44 - 4:48
    "Qual é a causa dos problemas?
    Porque é que as crianças fogem?"
  • 4:48 - 4:52
    "Porque são elas maltratadas em casa?
    O que está a acontecer?"
  • 4:52 - 4:54
    Mesmo com a crise económica,
  • 4:54 - 4:56
    todos falam sobre os milhões
    que se perderam,
  • 4:56 - 4:59
    os milhares de milhões
    de resgates financeiros,
  • 4:59 - 5:01
    pacotes de salvamento,
    toda essa panóplia.
  • 5:01 - 5:05
    Mas a verdade
    é que ninguém fala das crianças,
  • 5:05 - 5:08
    que são as mais afetadas.
  • 5:09 - 5:13
    Com a crise, mais crianças
    sofreram abusos em casa,
  • 5:13 - 5:17
    mais crianças foram forçadas
    a abandonar a escola,
  • 5:17 - 5:21
    mais crianças são incapazes
    de pagar os custos do ensino básico
  • 5:21 - 5:24
    e verifica-se um aumento
    da má alimentação nas famílias.
  • 5:24 - 5:28
    Esta é uma consequência nas crianças
    da macroeconomia.
  • 5:29 - 5:32
    Portanto a questão
    — não apenas com a crise,
  • 5:32 - 5:34
    mas mesmo quando abordo
    as crianças de rua — a questão é:
  • 5:35 - 5:37
    "Porque é que elas fogem de casa?"
  • 5:37 - 5:40
    Elas fogem de casa
    porque não têm oportunidades em casa.
  • 5:40 - 5:42
    Pôs-se então a seguinte questão:
  • 5:42 - 5:46
    "Como trabalhar
    para criar uma sociedade"
  • 5:46 - 5:50
    "em que todas as crianças
    se sintam capazes?"
  • 5:51 - 5:54
    Deste modo, a pergunta que coloco,
  • 5:54 - 5:56
    e que penso que algumas
    das minhas crianças aprenderam,
  • 5:56 - 6:00
    é que o que eles precisam na verdade
    é de saber gerir o dinheiro!
  • 6:01 - 6:04
    E aqui vou fazer uma pausa
    e perguntar-vos:
  • 6:04 - 6:07
    Quantos de vocês começaram
    a poupar quando eram miúdos?
  • 6:08 - 6:09
    Levantem a mão.
  • 6:10 - 6:11
    A maioria de vocês.
  • 6:12 - 6:16
    Quantos de vocês, que têm filhos,
    os ensinam a poupar,
  • 6:16 - 6:17
    ou os vossos primos?
  • 6:17 - 6:21
    Quem tem filhos, ensina-os a poupar.
  • 6:22 - 6:25
    O que acontece numa família
    que nunca aprendeu a poupar?
  • 6:26 - 6:28
    Resolvem os seus problemas?
  • 6:28 - 6:32
    Seja na Alemanha, nos Estados Unidos
    ou na Índia rural.
  • 6:33 - 6:34
    O que acontece?
  • 6:35 - 6:39
    Não há ninguém que possa ensinar
    as crianças sobre poupanças,
  • 6:39 - 6:41
    que lhes fale
    sobre o que é um investimento,
  • 6:41 - 6:45
    que lhes mostre o que é acreditar
    e ter uma escolha.
  • 6:45 - 6:47
    E isso é o que a Aflatoun faz.
  • 6:48 - 6:52
    A Aflatoun ensina as crianças
    a acreditar em si mesmas.
  • 6:52 - 6:55
    Haveria muito a dizer-vos
    sobre a Aflatoun,
  • 6:55 - 7:00
    mas prefiro fazer uma pausa
    e pedir-lhes que passem um filme,
  • 7:00 - 7:04
    feito pela Aflatoun
    com as nossas crianças.
  • 7:04 - 7:07
    Por isso, vou afastar-me
    para que possam ver o filme,
  • 7:07 - 7:10
    que mostra bem
    aquilo que a Aflatoun realmente é.
  • 7:10 - 7:12
    (Filme)
  • 7:26 - 7:27
    ♪ Eu sou a Aflatoun
  • 7:30 - 7:32
    ♪ Sou uma bola de fogo
  • 7:33 - 7:35
    ♪ Venho do espaço
  • 7:35 - 7:37
    ♪ De muito longe
  • 7:37 - 7:39
    ♪ Pois venho
  • 7:42 - 7:43
    ♪ Eu sou a Aflatoun
  • 7:46 - 7:48
    ♪ Gosto de brincar
  • 7:49 - 7:53
    ♪ Vivo numa criança
    e dou-lhe força
  • 7:54 - 7:55
    ♪ Pois dou
  • 7:58 - 8:02
    ♪ Gosto de ensinar os jovens
    sobre os seus direitos
  • 8:02 - 8:06
    ♪ Ensino-os a poupar e a gastar
    e sobre as empresas
  • 8:06 - 8:08
    ♪ Eles descobrem os seus poderes
  • 8:09 - 8:11
    ♪ É para isso que eu sirvo
  • 8:15 - 8:16
    ♪ Separar ficção de factos
  • 8:17 - 8:18
    ♪ Explorar, pensar
  • 8:19 - 8:21
    ♪ Investigar e agir
  • 8:23 - 8:24
    ♪ Mudar o mundo
  • 8:25 - 8:29
    ♪ É a nossa escolha
    enquanto rapaz e rapariga da Aflatoun
  • 8:31 - 8:32
    ♪ Conheço os meus direitos
  • 8:33 - 8:35
    ♪ E de como eles me podem levar longe
  • 8:35 - 8:37
    ♪ Mas também conheço bem
    os meus deveres
  • 8:37 - 8:40
    ♪ Sou uma criança capaz!
  • 8:43 - 8:45
    ♪ Eu sou a Aflatoun
  • 8:47 - 8:50
    ♪ Sei quem sou
  • 8:50 - 8:52
    ♪ A chama que arde tão brilhante
  • 8:53 - 8:56
    ♪ Arde em mim também
    pois arde
  • 8:59 - 9:01
    ♪ Eu sou a Aflatoun
  • 9:04 - 9:06
    ♪ Poupo moedas e coisas
  • 9:06 - 9:09
    ♪ Coisas que têm valor
  • 9:10 - 9:12
    ♪ Estão a salvo comigo
    pois estão
  • 9:16 - 9:19
    ♪ A Aflatoun ajuda-me a planear
    as minhas coisas
  • 9:19 - 9:21
    ♪ Portanto quando toca aos recursos
  • 9:22 - 9:23
    ♪ Terei o suficiente
  • 9:23 - 9:25
    ♪ Sou extremamente feliz
  • 9:26 - 9:28
    ♪ Está no meu bairro!
  • 9:32 - 9:34
    ♪ Separar ficção de factos
  • 9:34 - 9:36
    ♪ Explorar, pensar
  • 9:36 - 9:38
    ♪ Investigar e agir
  • 9:40 - 9:42
    ♪ Mudar o mundo
  • 9:42 - 9:46
    ♪ É a nossa escolha
    enquanto rapaz e rapariga da Aflatoun
  • 9:48 - 9:50
    ♪ Conheço os meus direitos
  • 9:50 - 9:52
    ♪ E como eles me podem levar longe
  • 9:52 - 9:54
    ♪ Mas também conheço bem
    os meus deveres
  • 9:54 - 9:57
    ♪ Sou uma criança capaz!
  • 10:00 - 10:02
    ♪ Separar ficção de factos
  • 10:02 - 10:04
    ♪ Explorar, pensar
  • 10:04 - 10:07
    ♪ Investigar e agir
  • 10:08 - 10:10
    ♪ Mudar o mundo
  • 10:11 - 10:15
    ♪ É a nossa escolha
    enquanto rapaz e rapariga da Aflatoun
  • 10:16 - 10:18
    ♪ Conheço os meus direitos
  • 10:19 - 10:20
    ♪ E como eles me podem levar longe
  • 10:21 - 10:23
    ♪ Mas também conheço bem
    os meus deveres
  • 10:23 - 10:26
    ♪ Sou uma criança capaz!
  • 10:36 - 10:39
    Se fosse professora de liceu
    ou de uma universidade,
  • 10:39 - 10:42
    perguntaria na mesma:
    "O que estava no filme?"
  • 10:42 - 10:44
    "Quais foram as mensagens
    que estávamos a comunicar?"
  • 10:44 - 10:47
    Ainda tenho sete minutos,
    portanto posso perguntar.
  • 10:47 - 10:48
    (Risos)
  • 10:49 - 10:53
    Qual a principal mensagem da Aflatoun,
    segundo o filme?
  • 10:55 - 10:56
    (Audiência): Sou uma criança capaz.
  • 10:56 - 10:58
    Sim, és uma criança capaz.
  • 10:59 - 11:01
    Mais ideias?
  • 11:02 - 11:02
    Não?
  • 11:03 - 11:04
    (Audiência): Aprender é divertido.
  • 11:04 - 11:06
    Aprender é divertido.
  • 11:06 - 11:07
    Mais ideias?
  • 11:08 - 11:10
    (Audiência): Poupar dinheiro..
  • 11:10 - 11:11
    Poupar dinheiro.
  • 11:11 - 11:14
    Esse é um dos principais objetivos
    ensinados pela Aflatoun.
  • 11:14 - 11:16
    Ensina muita coisa.
  • 11:16 - 11:21
    Ensina-nos a acreditar em vocês,
    ensina-nos a poupar dinheiro,
  • 11:21 - 11:25
    recursos, água, eletricidade, tudo.
  • 11:25 - 11:28
    E ensina-nos
    a ser empreendedores,
  • 11:28 - 11:30
    para podermos
    seguir os nossos sonhos.
  • 11:30 - 11:32
    É isso que ensina.
  • 11:32 - 11:34
    A Aflatoun é a bola de fogo
  • 11:34 - 11:39
    que une aproximadamente
    800 000 crianças
  • 11:39 - 11:42
    em 40 países por todo o mundo.
  • 11:42 - 11:46
    Quando começámos
    com a Aflatoun todos diziam:
  • 11:47 - 11:51
    "Não vamos financiar isto.
    Ensinar as crianças a poupar é mau."
  • 11:52 - 11:54
    Não estou a brincar, é verdade!
  • 11:54 - 11:56
    E eu: "Mas vocês
    não ensinam os vossos filhos?"
  • 11:56 - 11:59
    "Sim, mas ensinar
    crianças a poupar é mau."
  • 11:59 - 12:04
    Nenhuma ONG estava disposta a colaborar
    e nenhum doador queria financiar-nos.
  • 12:05 - 12:09
    Desta forma, numa primeira fase,
    eu e o meu marido dissemos:
  • 12:09 - 12:13
    "Certo, vamos financiar isto
    com todo o nosso dinheiro."
  • 12:13 - 12:16
    Não éramos ricos, mas dissemos:
    "Vamos em frente."
  • 12:16 - 12:17
    E assim construímo-la.
  • 12:17 - 12:20
    Em 2008, lançámos uma campanha.
  • 12:21 - 12:26
    No ano passado, tínhamos
    cerca de 560 000 crianças a poupar.
  • 12:26 - 12:29
    Agora tenho uma questão
    para vos pôr.
  • 12:29 - 12:34
    Quanto acham que estas 560 000
    crianças pouparam o ano passado?
  • 12:34 - 12:39
    A maioria delas vem de famílias
    com um rendimento inferior a $1 por dia.
  • 12:39 - 12:43
    Quanto? Tentem adivinhar.
    Quanto pensam que elas pouparam?
  • 12:43 - 12:44
    Coletivamente.
  • 12:44 - 12:47
    Lembrem-se, são famílias com um
    rendimento inferior a $1 por dia.
  • 12:47 - 12:49
    (Audiência): Um milhão.
  • 12:49 - 12:50
    Mais.
  • 12:51 - 12:53
    Tem razão, 2,6 milhões!
  • 12:53 - 12:55
    Foi o que elas pouparam.
  • 12:55 - 12:58
    E como, conseguem imaginar?
  • 12:58 - 13:01
    As crianças pouparam 2,6 milhões.
  • 13:02 - 13:06
    E abriram 5000 empresas.
  • 13:07 - 13:10
    Empresas para iniciar pecuária.
  • 13:10 - 13:13
    A criança comprava uma galinha
    com as suas poupanças.
  • 13:13 - 13:16
    Porquê? Para que ele ou ela
    tivessem dinheiro para ir à escola.
  • 13:16 - 13:20
    Poupam dinheiro, ficam com a galinha,
    apanham os ovos,
  • 13:20 - 13:22
    têm rendimento e podem comer.
  • 13:23 - 13:26
    Nalgumas escolas, as criança
    pegaram em sacos de juta
  • 13:26 - 13:29
    e plantaram batatas nos recreios.
  • 13:29 - 13:32
    Outras pegaram em lixo e fizeram fitas.
  • 13:33 - 13:38
    Outras ainda decidiram que havia
    espaço suficiente para plantar arroz,
  • 13:38 - 13:41
    portanto fizeram campos de arroz
    em pequenos trechos de terra
  • 13:41 - 13:43
    e isso tornou-se parte do projeto.
  • 13:43 - 13:47
    Outros abriram cantinas escolares.
    E ziliões de outras coisas.
  • 13:47 - 13:53
    Por isso, tudo o que quero dizer é que
    se formos capazes de educar crianças,
  • 13:53 - 13:58
    elas têm o poder e a capacidade
    de se tornarem os agentes da mudança.
  • 13:58 - 14:01
    E é este o objetivo da Aflatoun.
  • 14:01 - 14:05
    Por isso é isto que fazemos,
    é nisto que acreditamos
  • 14:05 - 14:07
    e é isto que tentamos alcançar.
  • 14:07 - 14:10
    Nove em cada dez vezes,
    quando iniciamos algo,
  • 14:10 - 14:12
    ninguém está disposto
    a acreditar em nós,
  • 14:12 - 14:15
    e haveria muito a dizer
    sobre os "nãos" que recebemos.
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    Mas há algumas pessoas
    dispostas a investir em nós.
  • 14:19 - 14:21
    E penso que essas pessoas
    são mais corajosas
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    do que pessoas como eu,
    que começam coisas.
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    Penso que ali o Bart concordará.
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    Porque quando se começa algo,
    tudo bem.
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    Mas são os investidores que dizem:
    "Acreditamos em vocês, vamos avançar".
  • 14:32 - 14:37
    Isso significa que cada um de vocês,
    que está sentado nesta sala,
  • 14:37 - 14:42
    tem a capacidade de ser um investidor
    e de ser a mudança,
  • 14:42 - 14:45
    de fazer parte de um movimento
    que necessitamos.
  • 14:45 - 14:48
    Para que as nossas crianças
    não vivam uma crise financeira,
  • 14:48 - 14:52
    para que as nossas crianças
    possam ver um futuro
  • 14:52 - 14:53
    e tal como o filme disse:
  • 14:53 - 14:56
    "Sejam crianças capazes e cidadãos."
  • 14:56 - 14:58
    A mudança não está em mim,
    está em vocês.
  • 14:58 - 15:01
    Espero que o possamos fazer.
    Muito obrigada.
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    (Aplausos)
Title:
ChildLine/ChildFinance | Jeroo Billimoria | TEDxHamburg
Description:

Esta palestra foi feita num evento local TEDx, produzido independentemente das Conferências TED.

Estariam dispostos a financiar um projecto em que crianças gerem uma linha telefónica de apoio a crianças? Sabem quantas ONG apoiaram Jeroo Billimoria no seu projecto de ensinar as crianças a poupar dinheiro e a serem capazes? O êxito dos seus projectos mostra que tipo de projectos podem desenvolver-se se investirmos no entusiasmo, na criatividade e, sobretudo, nas crianças.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDxTalks
Duration:
15:03

Portuguese subtitles

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