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Porque é que não usamos apenas energia solar? — Alexandros George Charalambides

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    Temos boas razões para mudar
    totalmente para a energia solar.
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    Em muitos casos é mais barata,
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    e evidentemente mais sustentável
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    do que a dependência pelas
    habituais fontes de energia
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    que usam recursos como o carvão
    que um dia se há-de esgotar.
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    Porque é que não substituímos
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    estas fontes tradicionais
    pela energia solar?
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    Porque há um fator que torna
    imprevisível a energia solar:
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    a cobertura das nuvens.
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    Quando os raios de sol
    se dirigem para a Terra,
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    alguns deles são absorvidos
    pela atmosfera da Terra.
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    Outros são refletidos para o espaço.
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    Os restantes chegam à superfície da Terra.
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    Chamamos "radiação direta"
    aos que não são desviados.
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    Chamamos "radiação difusa"
    aos que são defletidos pelas nuvens
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    E aos raios que são refletidos
    por uma superfície,
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    como um edifício próximo,
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    antes de chegarem
    ao sistema de energia solar,
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    chamamos "radiação refletida".
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    Mas antes de examinarmos
    como as nuvens afetam
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    os raios do sol
    e a produção de eletricidade,
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    vejamos como funcionam
    esses sistemas de energia solar.
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    Primeiro, temos torres solares.
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    São formadas por uma torre central
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    rodeada por um campo enorme de espelhos
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    que seguem o caminho do sol
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    e concentram apenas os raios diretos
    num único ponto da torre,
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    como uma espécie de mergulhador ansioso.
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    O calor gerado por esses raios
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    é tão grande que pode
    ser usado para ferver água
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    produzindo vapor que alimenta
    uma turbina tradicional,
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    que gera eletricidade.
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    Mas, quando falamos
    de sistemas de energia solar,
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    normalmente estamos
    a falar de fotovoltaicos,
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    ou painéis solares,
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    que são os sistemas mais usados
    para gerar energia solar.
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    Nos painéis solares,
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    os fotões dos raios de sol
    atingem a superfície do painel,
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    e os eletrões libertam-se
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    provocando uma corrente elétrica.
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    Os painéis solares podem
    utilizar todos os tipos de irradiação,
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    enquanto as torres solares
    só podem utilizar a radiação direta.
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    É aqui que as nuvens
    se tornam importantes
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    porque, consoante o seu tipo
    e localização em relação ao sol,
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    podem aumentar ou diminuir
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    a quantidade de eletricidade produzida.
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    Por exemplo, até algumas nuvens cúmulos
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    em frente do sol,
    podem reduzir quase a zero
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    a produção de eletricidade
    nas torres solares
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    por causa desta dependência
    dos raios diretos.
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    Nos painéis solares, estas nuvens também
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    reduziriam a produção de energia,
    embora não tanto
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    porque os painéis solares
    podem usar todos os tipos de radiações.
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    No entanto, tudo isto depende
    do posicionamento exato das nuvens.
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    Devido à reflexão,
    ou a um fenómeno especial
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    chamado "dispersão de Mie",
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    os raios de sol podem ser
    concentrados pelas nuvens
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    para criar um aumento
    de mais de 50%
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    na irradiação solar
    que chega a um painel solar.
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    Se não se tiver em conta
    esse possível aumento
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    o painel solar pode ficar danificado.
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    Porque é que isso é importante?
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    Vocês não gostariam que esta lição parasse
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    só porque passou uma nuvem
    por cima do painel no vosso telhado.
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    Nas torres solares, usam-se
    enormes tanques de sal fundido ou óleo
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    para armazenar o calor em excess
    e usá-lo quando for preciso.
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    É assim que se resolve o problema
    da irradiação solar flutuante
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    para equilibrar
    a produção de eletricidade.
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    Mas, no caso dos painéis solares,
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    não há atualmente nenhum modo
    aceitável de armazenar a energia extra.
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    É aí que entram
    as centrais de energia tradicionais
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    porque corrigem quaisquer flutuações
    nestas instalações de energia solar.
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    A eletricidade extra de fontes tradicionais
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    tem que estar sempre disponível.
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    Porque é que as instalações
    de energia tradicionais
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    não são apenas usadas como reforço,
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    em vez de nós dependermos delas
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    como a nossa principal fonte de energia?
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    Porque é impossível que um empregado,
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    numa central a carvão ou nuclear,
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    abra ou feche uma torneira
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    para produzir mais eletricidade ou menos,
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    consoante quantas nuvens haja no céu.
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    O tempo de resposta seria demasiado lento.
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    Em vez disso,
    para equlibrar estas flutuações,
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    as centrais de energia tradicionais
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    estão sempre a produzir
    eletricidade extra.
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    Nos dias de céu limpo,
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    essa eletricidade extra
    pode ser desperdiçada,
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    mas quando prevalece um céu nublado,
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    é ela que preenche o buraco.
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    É disso que dependemos
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    para um abastecimento
    constante de energia.
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    Por isso, muitos investigadores
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    estão interessados em prever o movimento
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    e a formação das nuvens
    através de imagens por satélite
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    ou câmaras que estão viradas para o céu,
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    para maximizar a energia
    das instalações de energia solar
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    e minimizar o desperdício de eletricidade.
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    Se pudermos concretizar isso,
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    poderão apreciar este vídeo
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    alimentado apenas pelos raios de sol,
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    qualquer que seja o tempo.
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    Mas, se o sol estiver a brilhar,
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    podem sentir-se tentados
    a sair para o exterior
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    e partir para uma observação
    diferente das nuvens.
Title:
Porque é que não usamos apenas energia solar? — Alexandros George Charalambides
Speaker:
Alexandros Charalambides
Description:

Vejam a lição completa: http://ed.ted.com/lessons/why-aren-t-we-only-using-solar-power-alexandros-george-charalambides

A energia solar é mais barata e mais sustentável do que as nossas centrais de energia atuais alimentadas a carvão. Então, porque é que não fazemos a mudança? Os verdadeiros culpados aqui são as nuvens, que tornam difícil o controlo da energia solar. Alexandros George Charalambides explica como as torres solares e os painéis solares criam eletricidade e como os cientistas estão a tentar criar um sistema que possa funcionar mesmo sob um céu nublado.

Lição de Alexandros George Charalambides, animação de Ace & Son Moving Picture Co., LLC.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TED-Ed
Duration:
04:43

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