Celulares que nos tocam | Fabian Hemmert | TEDxBerlin

Fabian Hemmert, um estudante de doutorado, responde a pergunta: "Como podemos tornar conteúdo digital palpável para os seres humanos?" Ele mostra três maneiras de trazer vida aos celulares.

Esta palestra foi dada em um evento TEDx, que usa o formato de conferência TED, mas é organizado de forma independente por uma comunidade local. Para saber mais visite http://ted.com/tedx

Sou um doutorando e isso significa
que tenho uma pergunta.

E eu gostaria de compartilhar
esta pergunta com vocês.

Como podemos tornar os conteúdos digitais
palpáveis para nós, seres humanos?

Porque veja bem, por um lado,
há o mundo digital

e sem dúvida muitas coisas
estão acontecendo lá agora.

E para nós humanos não é completamente
material, não está de fato lá, é virtual.

Por outro lado, nós, humanos,
vivemos em um mundo físico.

É rico, o gosto é bom,
parece bom, cheira bem.

Então a pergunta é: como trazer
as coisas do digital para o físico?

Esta é minha pergunta.

Se olharmos para o iPhone com o seu toque
e o Wii com a sua atividade física,

podemos ver a tendência,
está ficando físico.

E a pergunta é: e agora?

Tenho três opções que gostaria de mostrar.

A primeira é a massa.

Como humanos somos sensíveis ao local
em que um objeto pesa em nossa mão.

Assim, poderíamos usar isso em celulares?

Deixe-me mostrar o peso
deslocando o celular.

É um celular em forma de caixa
que tem um peso de ferro dentro

que podemos deslocar
e podemos sentir onde está pesado.

Então o que podemos fazer com ele
é mudarmos o centro gravitacional dele.

Por exemplo, podemos ampliar
o conteúdo digital com massa física.

Então, movemos o conteúdo no visor.

Mas também podemos sentir onde está
apenas a partir do peso do dispositivo.

Isto é algo que podemos fazer.

Outra coisa para a qual
isto é bom é a navegação.

Ele pode orientá-los pela cidade.

Pode dizer pelo seu peso:
"Certo, vá para a direita.

Vá em frente. Vira aqui para esquerda".

E o bom disso é que não temos que olhar

no dispositivo o tempo todo,
temos os olhos livres para ver a cidade.

Então, isso é bom.

A massa é a primeira coisa.

A segunda coisa é a forma.

Também somos sensíveis à forma
dos objetos que temos em nossas mãos.

Se eu baixar um e-book que tem 20 páginas,
bem que poderia ser fino, certo?

Mas se ele tem 500 páginas,
quero sentir que Harry Potter é grosso.

(Risos)

Então deixe-me mostrar
o celular que muda de forma.

De novo, é uma caixa em forma de celular.

E este pode mudar de forma.

A propósito, tenho ele aqui.
Podemos brincar mais tarde.

Vamos ver se podemos brincar com a forma.

Por exemplo, pode ser fino no bolso,
que é como queremos que seja.

Mas então, se o segurarmos, ele pode
se inclinar e ficar grosso em cima

enquanto afina para baixo.

Movemos o punho, ele se ajusta.

Também é útil se quisermos colocá-lo
na cabeceira para assistir a um filme.

Vamos ver como ele se parece.

Usem como um despertador.

Ele para em pé, é bastante simples.

Outra coisa é que às vezes,
quando vemos coisas no celular,

elas são maiores que o próprio celular.

Nesse caso, como este mapa aqui,
é maior do que a tela do celular.

A forma do celular poderia dizer: "Certo,
fora da tela, bem aqui, há mais conteúdo.

Você não pode ver, mas está lá."

E podemos sentir
porque é mais espesso na borda.

A forma é a segunda coisa.

A terceira coisa opera
em um nível diferente.

Como humanos nós somos sociáveis,
somos empáticos e isso é ótimo.

Isso não seria uma maneira
de tornar os celulares mais intuitivos?

Pense em um hamster no bolso.

Podemos sentir o que está fazendo.
Não temos que verificar.

Deixe-me mostrar o celular vivo.

Certo, então, mais uma vez,
celular em forma de caixa.

Mas este tem respiração
e batimento cardíaco.

E parece muito orgânico.

(Risos)

E você pode dizer que está relaxado agora.

Oh, agora chamada perdida?
Uma nova chamada?

Nova namorada, talvez?

Muito excitante.

(Risos)

Como podemos acalmá-lo?

Damos um tapinha atrás das orelhas
e tudo fica bem novamente.

Então, isso é muito intuitivo
e é isso que queremos.

Então, o que vimos são três maneiras
de tornar o digital palpável para nós.

Acho que tornarmos isso físico
é uma boa maneira de fazermos isso.

O que há por trás disso
é uma proposta, ou seja,

não que os humanos fiquem muito
mais técnicos no futuro,

mas que a tecnologia
fique um pouco mais humana.

(Aplausos)