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Spencer Wells Monta a Árvore Genealógica da Humanidade

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    Jambo, bonjour, zdraveite, trayo: Estas são algumas das línguas
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    as quais tive oportunidade de falar nas últimas seis semanas
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    quando estive em cerca de 17 países nesta jornada que tenho feito
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    verificando vários aspectos do projeto que estamos conduzindo
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    e eu vou contar um pouco a respeito mais adiante
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    visitando alguns lugares realmente incríveis
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    Lugares como Mongólia, Camboja, Nova Guiné, Africa do Sul, Tanzânia duas vezes;
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    Eu estive aqui há um mês
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    ter a oportunidade de fazer uma volta ao mundo relâmpago como essa
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    é totalmente fantástico, por muitas razões.
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    Você vê umas coisas incríveis.
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    E você começa a comparar detalhes
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    Entre pessoas ao redor do mundo.
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    E o que você realmente leva disso,
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    O que você percebe a primeira vista,
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    Não é que somos todos um, apesar de que irei lhes falar disso,
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    Mas sim o quanto diferente nós somos.
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    Existe tanta diversidade ao redor do globo.
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    6000 mil línguas diferentes faladas por seis e meio bilhões de pessoas,
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    de diferentes cores, formas, tamanhos.
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    Caminhar em uma grande cidade, é como uma viajem dessas,
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    E você fica espantado com a diversidade na espécie humana.
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    Como nós explicamos tal diversidade?
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    Bem, é sobre isso que vamos falar hoje.
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    sobre como estamos usando as ferramentas da genética,
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    especialmente da genética populacional, para explicar como nos geramos esta diversidade,
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    E quanto tempo isso levou.
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    Agora, o problema da diversidade Humana,
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    como qualquer grande questão cientifica,
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    como você explica uma questão como essa,
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    você pode quebrar em questões menores.
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    E você pode esmiuçar estas pequenas questões.
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    A primeira é na verdade uma questão de origens.
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    Nós todos compartilhamos uma origem comum, de fato?
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    e supondo que sim, e esta é a premissa
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    Todo mundo, nesta sala, se perguntaria - Quando foi isso?
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    Quando nos originamos como uma espécie?
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    Durante quanto tempo nos fomos divergentes um do outro?
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    A segunda questão tem relação com a anterior, um pouco diferente.
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    Se todos derivamos de uma origem comum,
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    Como viemos a ocupar todos os cantos do globo,
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    E neste processo criarmos toda esta diversidade,
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    os diferentes modos de vida, as diferentes aparências
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    as diferentes línguas ao redor do mundo.
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    Bem, a questão de origem, assim como muitas outras questões de biologia,
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    parecem ter sido respondidas por Darwin um século atrás.
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    Em "The Descent of Man", ele escreveu,
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    "em cada grande região do mundo os mamíferos existentes
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    estão intimamente relacionados às espécies extintas na mesma região.
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    É, portanto, provável que a África foi habitada por macacos extintos,
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    intimamente aliado aos gorilas e chimpanzés.
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    Estas espécies são agora a conexão mais próxima com o Homem,
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    de certa forma, é mais provável que nossos antigos progenitores
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    tenham vivido no continente Africano do que em qualquer outro lugar."
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    Então terminamos, podemos ir para casa, encerramos a questão da origem.
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    Bom, não mesmo. Porque Darwin estava falando de nossos ancestrais distantes,
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    Nossa comum descendência com os macacos.
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    E é bastante claro que os macacos se originaram no continente africano.
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    Eles aparecem nos registros fósseis de 23 milhões de anos.
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    A África era, de fato, desconectada das outras massas de terra na época,
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    Devido ao deslocamento das placas tectônicas, flutuando no Oceano Indico
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    Chocou-se com a Eurásia a 16 milhões de anos atrás,
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    Foi então que tivemos o primeiro êxodo africano, como chamamos.
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    Os macacos que partiram naquele tempo acabaram no Sudoeste da Ásia,
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    E se tornaram os Gibões e os Orangotangos.
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    E aqueles que permaneceram na África
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    evoluíram para os gorilas, chipanzés e nós.
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    Então sim, se você esta falando de ancestrais comuns com os macacos
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    Esta claro olhando para os registros fosseis, nós começamos aqui.
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    Mas esta não é realmente a minha pergunta.
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    Estou perguntando a respeito de nossos acestrais Humanos,
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    Coisas que nós reconheceríamos ser como nós
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    Se elas estivessem aqui nesta sala.
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    se elas estivessem olhando por cima dos seus ombros,
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    Você não iria pular assim, e sobre nosso ancestral Humano?
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    porque se nós formos longe o bastante,
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    Nos compartilhamos ancestrais com cada criatura viva na Terra.
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    DNA nos liga a todos, então compartilhamos ancestrais com a barracuda.
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    Bactérias e cogumelos, se voltar o suficiente, mais de um bilhão de anos.
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    O que realmente queremos saber é sobre a descendência humana.
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    Como nós estudamos isso?
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    Bem, historicamente isso tem sido estudado pela paleoantropologia,
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    escavando o solo,
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    e largamente na base da morfologia,
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    a forma que as coisas tem, geralmente formas de Crânio, dizendo,
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    "Esse se parece um pouquinho mais com a gente, então deve ser nosso ancestral.
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    Eu devo descender diretamente desse."
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    O campo da paleoantropologia, eu argumentaria,
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    nos da inúmeras possibilidades sobre nossa descendência,
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    Mas isso não nos da as probabilidades que queremos como cientistas.
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    O que quero dizer com isso?
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    Você esta olhando um grande exemplo aqui.
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    Esta três espécies extintas de hominideos, potenciais ancestrais humanos.
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    potenciais ancestrais humanos.
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    Tudo escavado logo a oeste daqui in Olduvai Gorge pela Família Leakey.
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    E eles estão datados de períodos muito próximos.
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    Da esquerda para a direita temos Homo erectus, Homo habilis,
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    e Australopitecos, -- agora chamado de Paranthropus boisei,
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    o Robusto australopithecine. Três espécies extintas, mesmo lugar, mesmo tempo.
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    Não posso ter os três simultâneamente como ancestrais diretos.
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    Com qual destes três caras eu realmente tenho parentesco?
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    Possibilidades de descendência, não as são probabilidades que realmente procuramos.
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    Bem, uma abordagem diferente tem sido observar a morfologia em humanos
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    usando o único dado que as pessoas tinham em mãos -- até bem recentemente-
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    novamente, largamente a forma do crânio.
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    A primeira pessoa a fazer isso sistematicamente foi Lineu,
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    "Carl von Linne" um botânico suíço,
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    que no século 18 decidiu ele mesmo,
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    classificar cada organismo vivo no planeta.
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    Você acha que tem um trabalho duro?
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    e ele fez realmente um bom trabalho.
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    Ele classificou aproximadamente 12.000 espécies em Systema Naturae.
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    Ele na verdade cunhou o termo Homo Sapiens - que significa homem sábio em Latim
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    Mas observando a diversidade humana ao redor do mundo, ele disse,
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    bem, você sabe, nós parecemos vir em discretas subespécies
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    ele falou sobre Africanos e Americanos e Asiaticos e Europeus,
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    e uma classe descaradamente racista que ele nomeou de monstrosus,
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    Que basicamente incluía todo mundo que ele não gostava,
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    Incluindo o imaginário popular como elfos.
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    É fácil desconsiderar isso como talvez o bem intencionado,
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    mas definitivamente equivocado esforço de um cientista do século 18
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    Trabalhando na era pré-Darwiniana.
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    Exceto, se você considerar antropologia física
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    recente, de 20 ou 30 anos atrás, em muitos casos você teria aprendido
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    basicamente a mesma classificação da humanidade.
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    Raças humanas que de acordo com antropologistas físicos de 30, 40 anos atrás--
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    Carlton Coon é o melhor exemplo--
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    Vinham divergindo uma da outra -- isso foi na era pós-Darwiniana --
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    por mais de um milhão de anos desde o tempo do Homo erectus.
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    Mas baseados em que dados?
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    Muito pouco, muito pouco, morfologia e muita adivinhação
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    Bem, o que vou falar hoje,
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    o que falarei agora, é uma nova abordagem do problema.
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    Ao invés de de adivinhar sobre nossos ancestrais,
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    desenterrando coisas, possíveis acestrais,
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    e dizendo isso com base na morfologia,
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    Que nós ainda não compreendemos completamente.
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    Não conhecemos as causas genéticas por traz desta variação morfológica.
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    O que precisamos é virar o problema de cabeça para baixo.
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    Porque a questão real é um problema genealógico.
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    Ou uma questão genealógica.
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    O que estamos tentando fazer e criar a Árvore Genealógica da Humanidade.
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    E como qualquer genealogista dirá --
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    Todo mundo tem um parente, ou mesmo você,
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    já tentou construir sua Árvore Genealógica?
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    Você começa no presente com o parentesco que tem certeza.
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    Você e seus irmãos, tem pais em comum.
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    Você e seus primos, tem avós em comum.
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    Você vai gradualmente mais e mais ao passado,
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    adicionando parentescos cada vez mais distantes.
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    mas eventualmente, não importa quanto seja bom e cavar registros da Igreja,
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    e tudo mais, você chega ao que os genealogistas chamam de muro.
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    Um ponto além do qual você nada mais sabe sobre seus ancestrais,
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    E você entra neste escuro e misterioso reino que chamamos história,
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    cujo caminho temos que experimentar quase intuitivamente.
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    quem foram aquelas pessoas que vieram antes?
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    Não temos registros escritos, bem, na verdade temos.
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    Escrito em nosso DNA, nosso código genético.
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    Temos um documento histórico que nos traz de volta no tempo
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    Aos mais remotos dias de nossa espécie, e isso é o que estudamos.
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    uma rápida introdução sobre DNA.
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    Eu imagino que nem todos na audiência são geneticistas.
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    é uma longa, molécula linear, uma versão codificada
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    de como fazer outra copia de você. Sua planta
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    É composto por quatro subunidades: A,C,G e T, como chamamos.
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    é a sequência destas subunidades que cria aquela planta de você.
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    Qual seu comprimento? Bem são bilhões de subunidades em comprimento.
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    Um genoma haplóide. Temos duas cópias de todos os nossos cromossomos.
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    Um genoma haplóide tem em torno de 3.2 bilhão de nucleotídeos em comprimento.
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    e a coisa toda, se você somar,
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    ultrapassa seis bilhões de nucleotídeos em comprimento.
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    Se você pegar todo o DNA de uma célula de seu corpo
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    e esticá-lo, chegará a dois metros de comprimento.
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    Se você pegar o DNA de todas as células do seu corpo
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    e esticar, você teria o percurso daqui a lua ida e volta,
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    milhares de vezes, é um bocado de informação.
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    Copiar este molécula de DNA e passá-la adiante, é trabalho duro.
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    Pense no maior livro que possa imaginar, Guerra e Paz.
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    agora multiplique por 100.
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    imagine-se fazendo um cópia a mão.
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    trabalhando direto até tarde da noite,
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    sendo muito cuidadoso, você esta tomando café
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    e prestando atenção, mas ocasionalmente,
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    Uma vez que esta copiando a mão,
  • 8:54 - 8:56
    você poderá cometer um pequeno erro de transcrição.
  • 8:56 - 9:00
    Substituir um I por um E ou um C por um T.
  • 9:00 - 9:04
    O mesmo ocorre com nosso DNA ao ser passado por gerações.
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    Isso não acontece muito. Temos um excelente corretor ortográfíco.
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    Mas quando isso ocorre e estas mudanças são passadas adiante
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    Através de gerações, elas se tornam marcas de descendência.
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    Você compartilha uma marca com alguém,
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    Isso significa que vocês compartilham um ancestral no passado.
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    A primeira pessoa a ter aquela mudança em seu DNA.
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    Foi olhando para estes padrões de variação genética,
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    o padrão destas marcas em pessoas de todo o mundo,
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    e estimando as épocas em que elas ocorreram ao longo da História,
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    que conseguimos criar a árvore genealógica da Humanidade.
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    Estas são duas peças de DNA que usamos largamente em nosso trabalho.
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    DNA Mitocondrial, traçando uma linha hereditária puramente maternal.
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    Você herda seu mtDNA de sua mãe e da mãe de sua mãe.
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    Assim por diante até a primeira mulher.
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    O Cromossomo Y, aquele que faz do homem um homem,
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    Traça uma linha hereditária puramente paternal.
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    Todos nesta sala, todo o mundo,
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    cai numa linhagem em algum ponto destas árvores.
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    Agora, mesmo estas sendo versões simplificadas das verdadeiras árvores
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    são ainda um pouco complicadas, vamos simplificar.
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    Vire-as de lado, combine-as de modo a parecerem uma árvore
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    com a raiz para baixo e os ramos para cima.
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    então qual é a mensagem?
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    Bem, o que fica claro
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    é que as mais profundas linhagens na árvore de nossa família
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    são encontradas na Africa entre os Africanos.
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    Isso significa que africanos têm acumulado
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    esta diversidade mutacional por muito tempo.
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    isso significa que nos originamos na Africa. Está escrito em nosso DNA.
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    Cada peça de DNA tem mais diversidade na África que em qualquer outro lugar.
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    Em algum ponto no passado um subgrupo de Africanos
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    deixou o continente Africano e populou o resto do mundo.
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    Agora, desde quando compartilhamos esta herança?
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    Desde milhões de anos atrás, o que podemos suspeitar
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    olhando para esta incrível variação ao redor do mundo?
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    Não, o DNA nos conta uma estória bem clara.
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    Todos compartilhamos um único ancestral nós últimos 200.000 anos,
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    A Eva mitocondrial, talvez tenham ouvido sobre ela - na África.
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    Uma mulher Africana que deu origem a toda a diversidade mitocondrial que existe hoje.
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    O que é ainda mais incrível,
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    é que se você considerar o cromossomo Y,
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    A parte masculina da estória, o Adão,
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    viveu há, no máximo, 60.000 anos atrás.
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    Trata-se de apenas 2.000 gerações humanas.
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    Um piscar de olhos em termos de evolução.
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    Isso nos diz que estávamos todos ainda na África nesta época.
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    Foi, portanto, um homem Africano que deu origem
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    A toda diversidade existente do cromossomo Y.
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    foi há apenas 60.000 anos
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    que começamos a gerar toda esta incrível diversidade ao redor do mundo.
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    Um estória incrível.
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    Todos nós somos efetivamente parte de uma família Africana.
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    bem, isso parece tão recente. Porque não começamos a partir antes?
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    Porque o homo erectus evoluiu em espécies separadas,
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    ou subespécies, ao invés de raças humanas mundo afora?
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    Porque parece que deixamos a África há tão pouco tempo?
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    Bem, essa é uma boa pergunta. Aquele grande "Por que"
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    Especialmente em genética e no estudo da história eles sempre aparecem.
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    Aqueles que são difíceis de responder.
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    Então quando tudo mais falhar, fale sobre o tempo.
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    Como andava o clima da terra há 60.000 anos?
  • 12:09 - 12:12
    Bem, nós estávamos na pior parte da era do gelo.
  • 12:12 - 12:15
    A última era do gelo começou a cerca de 120.000 anos atrás
  • 12:15 - 12:19
    Ela oscilou e realmente acelerou somente há 70.000 anos.
  • 12:19 - 12:21
    muitas evidências a partir de núcleos sedimentados
  • 12:21 - 12:24
    tipos de pólem, isótopos de oxigênio e assim por diante.
  • 12:24 - 12:27
    Nos chegamos ao pico da última era glacial há 16.000 anos,
  • 12:27 - 12:31
    basicamente, de 70.000 anos para cá é que as coisas ficaram difíceis mesmo.
  • 12:31 - 12:36
    Ficou muito frio, o hemisfério norte criou enormes placas de gelo.
  • 12:36 - 12:40
    New York, Chicago, seattle, todas embaixo de uma camada de gelo.
  • 12:40 - 12:45
    Maior parte da Grã bretanha, toda a Escandinávia, cobertas por quilômetros de gelo.
  • 12:45 - 12:48
    então a Africa é o continente mais tropical do planeta--
  • 12:48 - 12:52
    Aproximadamente 85% dele fica entre Câncer e Capricórnio.
  • 12:52 - 12:54
    E não esta coberto de geleiras,
  • 12:54 - 12:56
    a não ser nas altas montanhas do Oeste.
  • 12:56 - 12:59
    Então o que houve ali? Não estávamos cobertos de gelo na Africa.
  • 12:59 - 13:02
    Ao invés disso a Africa estava em uma seca naquele tempo.
  • 13:02 - 13:04
    Este é um mapa paleoclimatológico
  • 13:04 - 13:07
    de como seria a Africa entre 60.000 e 70.000 anos atrás,
  • 13:07 - 13:11
    reconstruído a partir de todas as evidências sobre as quais já falei.
  • 13:11 - 13:15
    A razão disso é que o gelo suga a umidade da Atmosfera.
  • 13:15 - 13:19
    A Antártica éra praticamente um deserto, a precipitação é mínima.
  • 13:19 - 13:21
    Então o mundo todo estava secando.
  • 13:21 - 13:25
    O nível dos mares estava descendo e a Africa virando um deserto.
  • 13:25 - 13:28
    O Saara era muito maior do que é hoje.
  • 13:28 - 13:31
    O habitat dos humanos foi reduzido a uns poucos pontos.
  • 13:31 - 13:33
    Comparado ao que temos hoje.
  • 13:33 - 13:35
    A evidência dos dados genéticos
  • 13:35 - 13:38
    diz que população humana há 70.000 anos,
  • 13:38 - 13:41
    caiu a menos de 2.000 indivíduos.
  • 13:41 - 13:45
    Estávamos praticamente extintos, estávamos por um fio.
  • 13:45 - 13:48
    E derrepente algo aconteceu. Uma grande ilustração disso...
  • 13:48 - 13:50
    Veja estas ferramentas de pedra.
  • 13:50 - 13:54
    As da esquerda são da Africa a cerca de um milhão de anos.
  • 13:54 - 13:57
    As da direita foram feitas pelos Neanderthal, nossos primos distantes,
  • 13:57 - 13:59
    não nossos ancestrais diretos, vivendo na Europa.
  • 13:59 - 14:03
    São datadas de entorno de 50.000 a 60.000 anos.
  • 14:03 - 14:06
    Agora, correndo o risco de ofender algum paleoantropologista
  • 14:06 - 14:09
    ou um físico antropologista na audiência,
  • 14:09 - 14:14
    basicamente não há muita diferença entre estes dois grupos de ferramentas.
  • 14:14 - 14:17
    As da esquerda são muito similares às da direita.
  • 14:17 - 14:21
    Tivemos um período de longa estagnação cultural de um milhão de anos atrás
  • 14:21 - 14:23
    até 60.000 ou 70.000 anos atrás.
  • 14:23 - 14:25
    O estilo das ferramentas não mudou muito
  • 14:25 - 14:27
    A evidência é que nosso modo de vida
  • 14:27 - 14:29
    Não mudou muito naquele período.
  • 14:29 - 14:34
    mas então, 50, 60, 70 mil anos atrás, naquela região,
  • 14:34 - 14:37
    todos os demônios se libertaram, a Arte apareceu.
  • 14:37 - 14:40
    As ferramentas de pedra se tornaram muito mais elaboradas.
  • 14:40 - 14:42
    A evidência é que os humanos desenvolveram técnicas para obtenção de alimento,
  • 14:43 - 14:45
    de acordo com a época do ano
  • 14:45 - 14:48
    O tamanho da população começou a aumentar.
  • 14:48 - 14:50
    Provávelmente de acordo com o que muitos linguistas acreditam,
  • 14:50 - 14:54
    a linguagem moderna, linguagem sintática -- sujeito, verbo, objeto --
  • 14:54 - 14:58
    que usamos para transmitir idéias complexas, como faço agora, surgiram naquela época.
  • 14:58 - 15:02
    Nos tornamos muito mais sociais, nossos relacionamentos expandiram.
  • 15:02 - 15:07
    Esta mudança de comportamento nos habilitou sobreviver as piores condições na África,
  • 15:07 - 15:11
    e nos ajudaram a expandir ao redor do globo.
  • 15:12 - 15:15
    Nós estivemos falando aqui sobre casos de sucesso Africanos.
  • 15:15 - 15:18
    Bem, você quer conhecer o melhor caso de sucesso Africano?
  • 15:18 - 15:21
    Olhe no espelho, é você. A razão de você estar vivo hoje
  • 15:21 - 15:25
    é a evolução do seu cérebro ocorrida na Africa,
  • 15:25 - 15:28
    provavelmente algum lugar próximo de onde estamos agora.
  • 15:28 - 15:31
    em torno de 60.000, 70.000 anos atrás,
  • 15:31 - 15:34
    Nos possibilitando não só sobreviver na África, mas nos expandir além da África.
  • 15:34 - 15:37
    Nas primeiras migrações ao longo da costa sul da Ásia,
  • 15:37 - 15:39
    deixando a África ha 60.000 anos atrás,
  • 15:39 - 15:43
    Chegando rápido na Austrália cerca de 50.000 anos atrás
  • 15:43 - 15:45
    Logo em seguida pra o Oriente Médio.
  • 15:45 - 15:47
    Estes teriam sido os "savannah Hunters".
  • 15:47 - 15:49
    Assim, aqueles de vocês que irão nas excursões pós conferência,
  • 15:49 - 15:51
    verão como realmente são as Savanas.
  • 15:51 - 15:53
    Elas são basicamente depósitos de carne.
  • 15:53 - 15:56
    Pessoas se especializaram em matar animais,
  • 15:56 - 15:59
    caçando os animais naquelas Savanas "frigorífico", subindo,
  • 15:59 - 16:03
    Seguindo as pastagens em direção ao Oriente Médio 45.000 anos atrás,
  • 16:03 - 16:05
    durante uma das raras fases úmidas no Saara
  • 16:05 - 16:08
    migrando para o oeste, seguindo as pastagens,
  • 16:08 - 16:10
    porque estavam adaptados a este tipo de ambiente.
  • 16:10 - 16:12
    E quanto eles chegaram a Ásia Central,
  • 16:12 - 16:15
    eles encontram uma estepe, uma super rodovia.
  • 16:15 - 16:17
    Uma auto-estrada de pastagens.
  • 16:17 - 16:19
    As pastagens naquele tempo, isso foi durante a última era do gelo,
  • 16:19 - 16:22
    Estendiam-se desde a Alemanha até a Coréia,
  • 16:22 - 16:24
    e todo o continente estava aberto a eles,
  • 16:24 - 16:26
    entrando na Europa a cerca de 35.000 anos.
  • 16:26 - 16:28
    E por fim um grupo pequeno migrando
  • 16:28 - 16:32
    através do pior clima imaginável, a Sibéria,
  • 16:32 - 16:34
    dentro do Circulo Ártico durante a última era do gelo,
  • 16:34 - 16:38
    a temperatura era -70, -80 e até -100,
  • 16:38 - 16:42
    migrando para as Américas, chegando aquela fronteira final.
  • 16:42 - 16:46
    Uma estória incrível, é tudo começou na África.
  • 16:46 - 16:48
    As mudanças que nos permitiram fazer isso,
  • 16:48 - 16:51
    A evolução deste cérebro altamente adaptável que carregamos conosco,
  • 16:51 - 16:53
    Nos permitindo modernizar a cultura.
  • 16:53 - 16:56
    Nos permitindo desenvolver a diversidade
  • 16:56 - 16:59
    que vemos em uma jornada relâmpago como esta em que estive.
  • 17:00 - 17:04
    Agora, esta estória que lhes contei é literalmente uma viagem relâmpago
  • 17:04 - 17:09
    de como nós populamos o mundo, da grande andança paleolítica da nossa espécie.
  • 17:09 - 17:11
    Esta é a estória que contei anos atrás
  • 17:11 - 17:15
    no meu livro, "The journey of Man", e um filme que fizemos de mesmo nome.
  • 17:15 - 17:18
    Quando estávamos terminando aquele filme --
  • 17:18 - 17:20
    foi uma co-produção com a National Geographic --
  • 17:20 - 17:23
    Comecei a conversar com o pessoal da NG sobre este trabalho.
  • 17:23 - 17:27
    Ele ficaram empolgados com o filme. Eles gostaram, mas disseram,
  • 17:27 - 17:29
    Sabe, nós reconhecemos isso como
  • 17:29 - 17:33
    a nova onda no estudo da origem humana, de onde todos viemos.
  • 17:33 - 17:38
    Usando o DNA para mapear as migrações ao redor do mundo.
  • 17:38 - 17:40
    você sabe, o estudo da origem humana esta de certa forma em nosso DNA,
  • 17:40 - 17:42
    e queremos levar isso ao próximo nível.
  • 17:42 - 17:44
    Então o que você quer fazer a seguir,
  • 17:44 - 17:46
    O que é uma grande pergunta feita pela national Geographic.
  • 17:46 - 17:50
    Eu disse, bem, eu tenho este esboço aqui.
  • 17:50 - 17:54
    É um esboço mal acabado de como migramos pelo planeta.
  • 17:54 - 17:57
    E é baseado em amostras que tomamos de alguns milhares de pessoas
  • 17:57 - 17:59
    Você sabe, um punhado de pessoas ao redor do mundo,
  • 17:59 - 18:03
    estudamos poucos marcadores genéticos, e existem muitas lacunas neste mapa.
  • 18:03 - 18:05
    Nós apenas conectamos os pontos. O que precisamos fazer
  • 18:05 - 18:09
    é incrementar nossa amostra em uma ordem de magnitude ou mais.
  • 18:09 - 18:13
    Centenas de milhares de amostras de pessoas ao redor do mundo.
  • 18:13 - 18:16
    E este foi o nascimento do projeto genográfico.
  • 18:16 - 18:19
    O projeto lançado em Abril de 2005.
  • 18:19 - 18:23
    Ele tem 3 componentes principais.Ciência é obviamente grande parte.
  • 18:23 - 18:26
    A pesquisa de campo ao redor do mundo com povos indígenas.
  • 18:26 - 18:29
    Pessoas que têm vivido no mesmo lugar por um longo tempo.
  • 18:29 - 18:31
    Retêm uma conexão com o local onde vivem
  • 18:31 - 18:33
    que a maioria de nós já perdeu.
  • 18:34 - 18:36
    Tenho ancestrais de todo o Norte da Europa.
  • 18:36 - 18:39
    eu vivo na costa leste da América do Norte, quando não estou viajando.
  • 18:39 - 18:42
    Eu sou um "indígena" de onde? De nenhum lugar. Meus genes estão todos misturados.
  • 18:42 - 18:45
    Mas há pessoas que retêm aquela ligação com os ancestrais
  • 18:45 - 18:48
    que nos permitem contextualizar os resultados do DNA.
  • 18:48 - 18:50
    É este o foco da pesquisa de campo,
  • 18:50 - 18:52
    os centros que criamos ao redor do mundo.
  • 18:52 - 18:55
    10 deles, Qualificados geneticistas populacionais.
  • 18:55 - 18:58
    mas adicionalmente, queríamos abrir este estudo a todos ao redor do mundo.
  • 18:58 - 19:02
    Com que freqüência você participa de um grande projeto científico?
  • 19:02 - 19:04
    O Projeto Genoma Humano, ou uma exploração a Marte.
  • 19:04 - 19:06
    Neste caso você pode.
  • 19:06 - 19:10
    Você pode acessar nosso site, nationalgeografic.com/genographic.
  • 19:10 - 19:13
    Pode comprar um Kit e testar seu próprio DNA.
  • 19:13 - 19:16
    E ainda pode enviar os resultados à base de dados,
  • 19:16 - 19:18
    E nos dizer um pouco do seu passado genealógico,
  • 19:18 - 19:22
    ter estes dados analisados como parte deste esforço científico.
  • 19:22 - 19:26
    Este é um empreendimento sem fins lucrativos, todo o dinheiro que levantamos,
  • 19:26 - 19:29
    após cobrirmos os custos de fazer e enviar os kits,
  • 19:29 - 19:31
    retorna ao projeto.
  • 19:31 - 19:33
    A maior parte vai para o que chamamos fundo legado.
  • 19:33 - 19:37
    uma entidade de caridade, que faz doações
  • 19:37 - 19:39
    que distribui recursos para grupos indígenas ao redor do mundo
  • 19:39 - 19:43
    Para projetos culturais e educacionais de iniciativa deles.
  • 19:43 - 19:45
    eles se inscrevem neste fundo para vários tipos de projetos
  • 19:45 - 19:47
    vou mostrar-lhes alguns exemplos.
  • 19:47 - 19:50
    Então como esta indo o projeto? Obtivemos cerca de 25.000 amostras
  • 19:50 - 19:52
    coletadas de indígenas ao redor do mundo.
  • 19:52 - 19:55
    A coisa mais impressionante foi o interesse do publico.
  • 19:55 - 19:58
    210.000 pessoas solicitaram os Kits
  • 19:58 - 20:00
    desde o início há dois anos,
  • 20:00 - 20:03
    o que resultou em torno de 5 milhões de dólares,
  • 20:03 - 20:06
    a maioria disso, ao menos a metade, é reinvestida no fundo legado.
  • 20:06 - 20:10
    Acabamos de entregar o primeiro donativo em torno de 500.000 dólares.
  • 20:10 - 20:13
    Projetos ao redor do mundo documentando poesia em Serra Leoa,
  • 20:13 - 20:16
    Preservando técnicas de tecelagem em Gaza,
  • 20:16 - 20:19
    revitalizando línguas no Tajiquistão, etc, etc.
  • 20:19 - 20:22
    Então o projeto esta indo bem, muito bem,
  • 20:22 - 20:26
    e eu insisto que chequem o site e prestigiem este espaço.
  • 20:26 - 20:28
    Muito Obrigado a todos
  • 20:28 - 20:30
    (Aplausos)
Title:
Spencer Wells Monta a Árvore Genealógica da Humanidade
Speaker:
Spencer Wells
Description:

Toda humanidade compartilha alguns traços comuns de DNA, passados a nós por nossos ancestrais Africanos. O Geneticista Spencer Wells Fala sobre como seu projeto Genográfico para demonstrar como nós - apesar de nossa diversidade - estamos realmente conectados.

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Video Language:
English
Team:
closed TED
Project:
TEDTalks
Duration:
20:30
Alexandre Ceccon added a translation

Portuguese, Brazilian subtitles

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