Vou começar falando sobre o século XVII. Espero que ninguém ache isso desagradável. Eu - sabe, quando eu - depois que inventei a PCR, eu meio que precisava de uma mudança. Daí eu me mudei para La Jolla na Califórnia e aprendi a surfar. E comecei a morar na praia por muitos anos. E quando surfistas estão esperando por ondas, você provavelmente se pergunta, se nunca teve esta experiência: o que eles ficam fazendo? Sabe como é, às vezes há 10-15 minutos de pausa quando você está esperando por ondas. Eles geralmente falam sobre o século XVII. Sabe, eles são julgados injustamente. Pessoas acham que eles não são tão inteligentes assim. Certo dia, alguém sugeriu que eu lesse um livro. Era chamado -- era chamado "A Bomba de Ar," ou algo como "O Leviatã e a Bomba de Ar." Era um livro bem estranho sobre o século XVII. E pude perceber, que as raízes da minha linha de pensamento é o jeito natural de se pensar sobre as coisas. Sabe, nasci pensando deste jeito, e sempre fui um cientista mirim. Pois quando era para eu descobrir sobre algo, eu usava o método científico. Eu não fiquei surpreso, sabe, quando me disseram -- como um cientista deveria ser, pois eu já estava sendo um, meio que de brincadeira e tal. Mas eu não, -- nunca pensei que foi algo que tivesse que ser inventado e que foi de fato inventado apenas há 350 anos atrás. Sabe, a ciência meio que aconteceu na Inglaterra, na Alemanha e na Itália meio que ao mesmo tempo. E a história de como isso aconteceu, pensei, fora fascinante. Então vou falar um pouco disso, e o que exatamente cientistas presumidamente fazem. Então, vamos lá -- Charles I fora decapitado a certa altura no início do século XVII. Os ingleses armaram uma armadilha para Cromwell e mais um monte de republicanos, não os republicanos que tínhamos nos EUA. Eles mudaram o governo, e este não funcionou. E Charles II, o filho, fora reinstituído ao trono da Inglaterra. Ele estava muito nervoso, pois seu pai fora, decapitado por ser o rei da Inglaterra. Ele estava preocupado que as conversas que começaram a acontecer em lugares como bares e afins se tornassem -- num tipo de -- difícil de acreditar, mas as pessoas no século XVII na Inglaterra estavam começando a falar sobre filosofia e coisas do tipo em bares. Eles não tinham a TV, e nem jogos de futebol para assistir. Então eles ficavam bêbados, tomavam as ruas e brigavam sobre assuntos como por exemplo se era correto para Robert Boyle criar um instrumento chamado de bomba de vácuo. Agora, Boyle era amigo de Charles II, era um cristão nos finais de semana, mas nos dias de semana era cientista. (Risos) O que era -- naquele tempo era tipo, sabe, se fizesse algo assim -- bom, ele fez este aparelho, parecido com uma bomba de ar para bicicletas ao contrário que podia sugar todo o ar de dentro de -- vocês sabem o que é uma redoma de vidro? Uma dessas coisas, você levanta, abaixa, e possui vedação, e você pode ver dentro dela, e assim pode ver o que acontece dentro dela. O que ele estava tentando fazer era tirar todo o ar de dentro da câmara, e ver o que acontecia dentro dela. Acho que um de seus primeiros experimentos foi colocar um pássaro dentro dela. E gente daquela época, não entendia as coisas do jeito que entendemos hoje tipo, que ali dentro tinha um monte de tipos de moléculas, e que respiramos aquilo para um propósito e por aí vai. Assim como peixes não sabem muito sobre água, pessoas não sabiam muito sobre o ar. Então ambos começaram a experimentar com o aparato. Colocaram um pássaro dentro dele, removeram todo o ar, e o pássaro morreu. Então ele disse, hmm... Ele chamou isso de criar um -- eles não nomearam o aparato de bomba de vácuo na época. Agora chamamos de bomba de vácuo; ele nomeou-a apenas de vácuo. Certo? Imediatamente, ele entrou am apuros com o clero que disseram que era impossível para ele fazer um vácuo. Ah, uh -- (Risos) Aristóteles disse que a natureza abomina vácuos. Acho que foi uma tradução mal feita, provavelmente, mas o povo realmente seguia suas autoridades naqueles tempos. E daí, Boyle disse, pois bem. Eu faço vácuos o tempo todo! Seja quer o que seja o que mata o pássaro -- eu vou chamar de vácuo. E os religiosos disseram se Deus quisesse que fizesse um -- Deus está em tudo, esta era uma das regras deles, que Deus está em tudo. E num vácuo -- não há nada no vácuo, então Deus não poderia estar lá. Então a igreja proibiu que criasse o vácuo. E Boyle disse, "vocês estão brincando." Se quiserem chamá-lo de "sem Deus" que o chamem de sem Deus. mas este não é meu trabalho, não é meu interesse. Religião para mim, só no final de semana. E -- o que estou tentando descobrir aqui é o que acontece quando removemos tudo de algum compartimento. E ele executou vários destes pequenos experimentos. Ele fez um, com uma pequena roda, como uma ventoinha, que era conectada com folga para que girasse no próprio eixo. Tinha outra ventoinha do lado oposto Que ele tinha como -- Bem, o jeito que eu teria o feito seria com uma banda de borracha, e com umas pás feitas destes de kits de madeira. Eu sei exatamente como ele o fez; eu vi os desenhos do projeto. São duas ventoinhas, uma delas que ele podia manuseá-la de fora do vidro depois de ter criado o vácuo, e dái ele descobriu que se ele tirasse todo o ar de dentro, uma ventoinha não seria mais capaz de fazer a outra girar, certo? Algo não estava mais presente, sabe. Engraçado, É estranho pensar que alguém teve que fazer um experimento para mostrar isso, mas era esta a ciência daqueles tempos. Pois bem, haviam grandes discussões sobre o aparato nos bares e nos cafés e tal. E Charles II começou a não gostar desta falação toda. Ele estava meio que dizendo, olha, você deve manter isso -- vamos criar um lugar especial para que se possa fazer estes experimentos para que o povo não se preocupe -- sabe, Nõs não queremos -- nós não queremos gente brava comigo de novo. Pois -- sabe como que é: o povo começa a falar de religião e ciência e tal, e foi assim que meu pai entrou em apuros. Então, Charles disse, eu vou dar-lhe a verba disponibilizar um local, e podem reunir-se neste local, mas não falem de religião aqui. E Boyle aceitou a proposta. Ele disse, OK, nós vamos começar a nos reunir desta forma. E qualquer um que queira comparecer e fazer ciência está convidado -- tudo isso na mesma época em que Isaac Newton estava começando a criar muitas coisas interessantes. E todo tipo de gente poderia participar da Sociedade Real, assim entitulado o novo "clube". Você tinha que ir muito bem vestido. Não era com o TED. Era o único pré-requisito, que você parecesse um grã-fino, e assim as portas estariam abertas. Não era necessário ser sócio. E daí, eles apareciam e executavam experimentos -- Qualquer um com um experimento, que era uma palavra nova na época, e para demonstrar um princípio, deveria fazê-lo no palco, para que todos pudessem assistir. E assim era feito -- o mais importante era que, você não poderia supostamente falar sobre as causas finais, por exemplo. E Deus estava fora das conversas. A natureza da realidade em sí não estava em pauta. Você não podia falar sobre a natureza absoluta de nada. Não podia falar sobre nada que não pudesse ser demonstrado. Então se alguém podia ver, você podia dizer: é assim que tal máquina funciona, isso é o que fazemos e aqui está o que acontece. E ao ver o que acontecia, era aceitável generalizar, e dizer, "certamente estes resultados se repetirão todas as vezes que fizermos tal experimento". E aí começaram a criar regras. Por exemplo, toda vez que existe um vácuo, você verá que uma ventoinha não girará a outra, se a única conexão entre as ventoinhas era o que estava lá antes do vácuo. Este tipo de coisa. Velas não funcionam no vácuo, portanto, provavelmente faiscadores também não. Não é verdade; faiscadores funcionam sim, mas eles não sabiam disso; Eles não tinha faiscadores. Mas, eles -- (Risos) -- você podia criar regras, mas elas tinham que se relacionar apenas ao que conseguiu demonstrar. E a maioria das demonstrações eram visuais mesmo. Se você fizesse um experimento no palco, e ninguém pudesse vê-lo mas pudessem escutá-lo, provavelmente pensariam que era uma aberração. Realidade era o que se podia ver. Essa não era uma regra explícita da Sociedade, mas acredito eu que era parte dela. Se pessoas ouvissem vozes, e não pudessem ver de onde vêm e associá-las a alguém, a pessoa provavelmente não existiria. A ideia principal era que só se podia -- só se podia falar naquele lugar de coisas que tinham alguma base experimental. Não importava o que Thoma Hobbes, que era o fisólofo residente, diria sobre o fato, porque as causas finais não estavam em pauta. Então o que acontecia ali, bem no meio do século XVII, foi que, o que hoje é meu campo de trabalho -- ciência, a ciências experimentais-- estava se separando, de uma maneira física, porque começávamos a praticá-la em lugares específicos, e isso foi algo fantástico que aconteceu. Ciência sempre foi entrelaçada com teologia, e filosofia, e -- e -- e a matemática, que na verdade não é uma ciência. Mas a ciência experimental foi ligada a todas estas coisas. E a parte da matemática e a parte da ciência baseada em experimentos estava se desligando da filosofia. E de outras coisas também -- e nunca mais voltamos atrás. Tem sido tão legal desde então. Quero dizer, que simplesmente desembaraçamos algo que estava impedindo tecnologia de ser desenvolvida. E, todos nesta sala -- agora, isso tudo apenas 350 anos atrás. Lembrem-se, isso é pouco tempo. Fora a 300 mil anos provavelmente que a maioria de nós, os ancestrais da maioria de nós aqui vieram da África e viraram para a esquerda. Os que viraram para direita, há alguns na tradução japonesa. Mas isso aconteceu há muito tempo atrás, comparados a 350 curtos anos atrás. Mas nestes 350 anos, passamos por muitas mudanças. De fato, todos neste auditório provavelmente, especialmente se você pegou seu kit do TED -- sei que alguns de vocês nao pegaram seus kits -- mas se pegaram, todos neste auditório carregam consigo, ou em seus quartos, algo que 350 atrás, reis teriam declarado guerra para obter. Quero dizer, se você pensar o grau de importância -- se você tem um sistema de GPS e não existem satélites, ele será inútil. Mas -- mas, se alguém tivesse um GPS no século XVII algum rei teria organizado um exército e partido em sua busca, sabe. Se tal pessoa -- Platéia: E para o ursinho de pelúcia do TED? Kary Mullis: Eles poderiam ter ido para a guerra sim pela ursinho. Mas -- todos nós temos coisas. Quero dizer, cidadãos hoje tem coisas que reis teriam declarado guerra para obtê-las. E isso a só 350 anos. Não muitos fazendo isso antigamente. Sabe, das pessoas notáveis pode-se quase que ler tudo sobre as vidas delas. sobre aqueles que são realmente importantes, que criaram avanços, sabe. E, quero dizer isso tudo, tudo isso nasceu da separação do que chamamos de ciência hoje, das outras coisas. E quando eu era criança, eu nasci com esta ideia de que se você quiser aprender algo sobre algo -- talvez porque papai não era dos mais presentes, e minha mãe não sabia muito de ciência, mas eu pensava que se quisesse saber algo sobre as coisas, eu tinha que criar - fazer um experimento. Eu tinha -- Eu tinha uma tendência natural para a ciência e para criar experimentos. Eu pensava que todos pensavam assim. Eu pensava que qualquer um com meio cérebro pensaria assim. Não é verdade. Digo, há muitas pessoas -- Eu fui um do cientistas que -- arrumou confusão uns dias atrás no jantar numa discussão sobre pós-modernismo. Não foi de propósito, sabe -- Onde está aquele senhora? Platéia: Aqui. (Risos) Kary Mullis: não imaginei aquilo como uma briga, mas sim como uma calorosa discussão. Não levei para o lado pessoal, mas -- Eu pensei-- eu ingenuamente pensava, até o dia que aprendi sobre o século 17 surfando, sempre achava que era assim que as pessoas pensavam, e todos o faziam assim, e todos reconheciam a realidade através do que podiam ver, ou tocar ou escutar. Mudando de assunto, quando eu era criança -- eu, por exemplo, tinha -- Eu tinha um livrinho vindo de Fort Sill, Oklahoma -- Isso foi na época que o pai de George Dyson, começara a fazer testes nucleares e começara a pensar sobre foguetes nucleares e tal. Eu estava querendo fazer meus próprios foguetinhos. E eu sabia que sapos -- sapinhos -- tinham sonhos de serem astronautas, igual a gente. E eu -- (Risos) Eu estava a procura de um sistema de propulsão que fizesse um foguete de 1,30m subir a uns 3km de altura. E este era meu objetivo. Eu queria que ele saisse do meu campo de visão e que o pequeno paraquedas voltasse com o sapinho. E, eu -- peguei o livrinho de Fort Sill, Oklahoma, onde há uma base de mísseis. Eles enviavam estes livrinhos para apaixonados por foguetes, e lá estava escrito nunca aqueça uma mistura de perclorato de potássio e açúcar. (Risos) Sabe, isso é chamado de "pista". (Risos) Daí não teve jeito, fui tentar conseguir um pouco de perclorato e açúcar, para aquecê-los. Seria interessante ver o que eles não querem que eu faça, e o que isso vai fazer -- e como funcionará. E não tínhamos -- bom, minha mãe ficava de olho no quintal de uma janela do segundo andar, onde ela ficava passando roupas ou algo do tipo. Ela tava só olhando mesmo, para que se pegasse fogo em algo por exemplo ela iria nos alertar para ter cuidado com os olhos. Essa era a mamãe -- Assim, aquilo era o pior que poderia acontecer com a gente. E por isso pensava, enquanto meus olhos continuarem intactos ... Eu não vou me preocupar com o fato que mexer com estes químicos é proibido. Eu os manusearei cuidadosamente, mas vou fazê-lo. É igual a tudo que é proibido: é só fazer atrás da garagem. (Risos) Daí eu fui na farmácia e tentei comprar um pouco de perclorato e não era nenhum absurdo na época pra uma criança ir numa farmácia e comprar produtos químicos. Hoje em dia, é só "não senhora", pode mostrar seus sapatos. E -- (Risos) Mas eles nao tinham perclorato, e perguntei, que tipos de sais ou potássio você tem? E ele tinha nitrato de potássio. Eu disse, deve funcionar do mesmo jeito, seja o que isso for. Certamente tem haver com foguetes pois estava no manual. Então fui fazer os experimentos. E comecei com pequeninas quantidades de nitrato de potássio e açúcar, que eram abundantes e disponíveis, e eu os misturei em proporções diferentes, E tentava acender a mistura. Só pra ver o que acontecia, quando misturados. E eles queimavam. Queimavam devagar, mas fazia um cheiro gostoso, comparado a outros combustíveis que tinha tentado, que tinham enxofre na composição. Este cheirava como doce, açúcar queimado. E daí comecei a tentar derreter os materiais. E então derreti e criei uma mistura como um xarope, marrom. E então esfriou e endureceu como pedra, e quando acendia-se aquilo, voava pra todo lado. Uma pequena porção do xarope frio endurecido -- era só atear fogo e ela dançava pelo quintal inteiro. E daí pensei, aí está o que vai levar o sapinho ao espaço. (Risos) Daí comecei a fazer o foguete -- poxa, o pai de George tinha muita ajuda. Eu tinha só meu irmão. Eu levei uns, imagino, uns seis meses pra finalmente resolver todos os detalhes. Há muitos detalhes involvidos para se fazer um foguete que realmente vai funcionar, mesmo com o combustível em mãos. Mas dá pra fazer, sabe -- você faz os experimentos, e escreve coisas às vezes, faz observações, e devagarzinho se constrói uma teoria de como isso funciona. Eu estava seguindo as regras. Eu não sabia que elas existiam, eu era um cientista nato, imagino, ou uma versão retrô de cientistas de antigamente, sei lá. Então, nós enfim conseguimos ter um foguete que consistentemente levaria um sapo até perder de vista e voltasse com ele vivo. E nós -- Nós não estávamos nem um pouco com medo. Deveríamos, pois ele fazia um monte de fumaça e fazia um barulhão, e era poderoso, sabe. E de vez em quando, eles explodiam. Eu não me preocupava, por sinal sobre uma eventual explosão causar o fim do mundo. Eu não sabia da lista das 10 coisas das quais deveríamos ter medo -- Por sinal, Eu poderia ter pensando, que era melhor não mexer com isso porque eles falam que não. Melhor pedir permissão pro governo. Se tivesse esperado por isso, Eu nunca teria -- o sapo teria morrido. Bem, eu falo disso porque é uma boa história, e fui instruído pra contar histórias de minha vida, eu ia falar sobre a noite que conheci minha esposa, mas isso seria pessoal demais, certo? Então, vou falar de algo mais que não é pessoal. Digo que, processos são ciência. Assim, começa-se com uma ideia, e ao invés de pesquisar a respeito, pesquisar sobre todos os experts no assunto -- as vezes eu faço isso, se vou escrever uma tese ou algo assim, se você quer saber quem também já trabalhou na ideia. Mas no processo cientítico, pega-se uma ideia -- como a ideia que tive uma noite que eu poderia amplificar DNA com dois oligonucleotídeos, e assim poderia copiar infitinamente pedaços de DNA bem, o processo criativo para isso aconteceu por 20 minutos enquanto eu dirigia, sim, falei da ideia pra alguns de meus colegas, mas se tivesse escutado os caras, todos biologistas moleculares -- eu teria abandonado a ideia. Se eu tivesse ido procurar aprovação de algum expert que iria me dizer se funcionaria ou não, ele provavelmente diria que não. Porque os resultados eram tão fantásticos que se funcionassem mudariam a forma na qual todos praticavam a biologia molecular. Ninguém quer que um químico intrometido mexa nas coisas deles e faça mudanças. E se for ao expert, e não se deve fazê-lo -- nem sempre você tem a resposta que quer escutar. Mas eu sabia, que se fosse ao laboratório eu poderia tentar fazê-lo funcionar. E daí eu seria o expert, a autoridade, e daí posso dizer, eu sei que funciona, porque bem aqui neste tubo de ensaio é onde aconteceu, e aqui, neste gel, tem uma faixinha que sei que é DNA, e ele era o DNA que eu queria amplificado, então aí está! Então realmente funciona. É assim que funciona a ciência. E a próxima pergunta é, como posso melhorar isso agora? E daí você descobre formas cada vez melhores de fazê-lo. mas sempre trabalha-se a partir de fatos, que você tornou disponíveis na execução de outros experimentos: coisas feitas no palco. Nada de falcatruas por sinal. É tudo -- deve-se ser muito honesto com o trabalho, se ele realmente vai funcionar. É impossível fabricar resultados, e basear outros experimentos em resultados inventados. Então a honestidade é crucial. E eu sou basicamente, alguém honesto. Tenho uma memória ruim, e desonestidade me colocaria em enrascadas, então eu vivo naturalmente com honestidade e naturalmente com curiosidade, e isso leva ao tipo de ciência que faço. Agora, vejamos.... Tenho mais um 5 minutos, né? Nem todos cientistas falam tanto. Sabe, muito aconteceu -- (Risos) Muito aconteceu desde que Isaac Newton e tudo aquilo começou. Uma destas coisas aconteceu na época da segunda guerra um pouco antes, e certamente um pouco depois, o governo sacou que cientistas não eram tão doidos assim que escondem-se em torres de marfim e fazem coisas ridículas com um tubo de ensaio. CIentistas, fizeram acontecer a segunda guerra possível, como a conhecemos. Eles fizeram máquinas mais rápidas. FIzeram armas maiores para derrubar armas rápidas. E fizeram remédios para os pilotos se eles se quebrassem no processo. Faziam de tudo -- e finalmente fizeram uma bomba gigante para acabar com tudo, certo? E daí todo mundo parou um pouco pra respirar e disseram: temos que investir nestes caras, pois quem tiver mais destes caras trabalhando, dominará seus campos de atuação, ao menos no campo militar, e provavelmente em todos os campos da economia. E eles se envolveram, e as instituições científicas e industriais nasceram, e delas vieram muitos cientistas que entraram no jogo pelo dinheiro, porque de repente estava disponível. E estes caras não era garotinhos curiosos fazendo sapos ir para o espaço. São as mesmas pessoas que posteriormente viraram médicos, por exemplo, por ter tanto dinheiro em jogo. E depois, todos viraram empresários -- Assim, há tempos e modas diferentes nas escolas, uma hora é assim: quer ter sucesso, seja um cientista. Hoje em dia, não. Quer ser rico, seja um empresário. Muitos entraram para a ciência por dinheiro, poder e viagens. Na época em que viajar era fácil. E estas pessoas não acham -- Eles -- Eles não são sempre verdadeiros. Não há nada nos contratos deles, que torna-se vantagem dizer a verdade. Estou falando de gente que dizem que são membros de um comitê por exemplo, chamado de Painel intergovernamental para Mudanças Climáticas. E eles têm estas mega reuniões em que tentam descobrir como vamos continuar a provar que o planeta está ficando mais quente, quando na verdade o contrário é real na sensação da maioria. Se você medir mesmo as temperaturas de um período -- temperaturas tem sido medidas muito cuidadosamente por 50, 60 anos. Por mais tempo estão sendo medidas mas de formas bem legais, precisas, dados tem sido catalogados por 50 ou 60 anos, e o fato é, que a temperatura não subiu. A temperatura média subiu minimamente, porque as temperaturas à noite nas estações de medição subiram um pouco. Mas há uma explicação lógica para tal. É que as estações foram construídas fora das cidades, onde aeroportos ficavam, e agora a cidade chegou lá, e tem concreto pra todo lado e eles chamam isso de efeito da linha do horizonte. E a maioria de pessoas responsáveis que medem temperatura notam que deve-se isolar o instrumento de medição desde efeito. E ainda assim, como os prédios esquentam durante o dia, eles acabam deixando tudo um pouco aquecido à noite. Assim a temperatura está, digamos, arrastando-se pra cima. E deveria. Mas não muito. Não como o cara que teve a ideia que estamos nos fritando aqui no planeta. Na verdade, ele não pensava desta forma. O nome dele é Sven Arrhenius. Um Sueco, que disse, que se dobrarmos o nível de CO2 na atmosfera, o que desconfiava que poderia acontecer -- isso em 1900 -- a temperatura subiria cerca de 3 graus celsius, ele calculou. Ele pensava que a Terra era, como um corpo completamente insulado, com nada dentro dela, sério, só energia entrando, energia saindo. Então ele inventou essa teoria, e disse que isso seria bom, pois teriam uma época de plantio maior na Suécia, e é claro, surfistas adoraram acharam uma ideia legal, porque a água dos oceanos é gelada às vezes, -- mas muita gente depois começou a achar que isso seria ruim. Mas claro, ninguém conseguiu demonstrar isso, certo? As temperaturas, como foram medidas e se pode encontrar estas informações na internet, basta ir nos registros da NASA, e nos registros da agência de clima e tempo, e você mesmo poderá constatar que as temperaturas noturnas, medidas na superfície do planeta subiram um pouquinho só. Então limitando-se a tirar a média com os dados diurnos, parece que a temperatura subiu 0,5 graus celsius neste século. Mas o fato é que, o que estava subindo eram as temperaturas noturnas; as diurnas não subiram. Então, a teoria de Arrhenius -- e o que todos os que apoiam o aquecimento global diriam, sim, claro que elas tinham que subir de dia também, se a causa é o efeito estufa. Agora, o povo gosta de coisas assim, que tem nomes coisas que podem visualizar, certo? Mas não gostam de coisas como, melhor dizendo, eles não se empolgam tanto com coisas como as provas, como o que seria prova do aumento da força da circulação tropical dos anos 90. A prova é uma pesquisa que saiu agora em fevereiro e provavelmente a maioria de vocês desconhece. "Evidência de Grande Variabilidade Decenal nos Totais Energéticos Radiativos do Meio Tropical ." Perdão. Estas pesquisas foram publicadas pela NASA e alguns cientistas de Columbia, e Viliki e mais um monte de outros, como Princeton. E estas pesquisas foram publicadas na revista Science, em primeiro de fevereiro. E a conclusão de ambas pesquisas, assim como os comentários editoriais da revista, com descrições destas pesquisas, resumidamente, é que nossas teorias sobre aquecimento global estão completamente erradas. Digo, o que estes caras estão fazendo, e é isso que -- o pessoal da NASA tem dito por um tempão. Eles dizem que se você medir as temperaturas atmosféricas, elas não estão subindo -- não mesmo. Estamos observando-as cuidadosamente por 20 anos, de satélites, e não estão subindo. E nesta pesquisa, eles mostram algo ainda mais incrível, o que eles chamam de radiação -- bem, não vou entrar em detalhes, pois é bem complicado, mas não tão complicado assim como eles fariam você pensar usando as palavras que usam nestas pesquisas. No fim, eles dizem, que o sol gera certa quantidade de energia; sabemos o quanto é isso, ela desce à Terra, e a Terra devolve uma certa quantidade. Quando ela se aquece, ela gera energia mais vermelha -- como infravermelho, como o calor gerado pela luz infravermelha. Esta história toda de aquecimento global -- esta porcaria, na verdade, é que -- e se -- há CO2 em excesso na atmosfera, o calor que está tentando escapar não teria como escapar. Mas o calor que está vindo do sol, na faixa de 350 nanômetros, atravessa diretamente o CO2. Então o aquecimento acontece, mas nada é dissipado. Estes caras mediram isso tudo. Você pode falar sobre tudo isso, escrever teses enormes, e conseguir recursos públicos pra fazê-lo, mas estes caras mediram tudo, e descobriram que nos últimos 10 anos -- por isso chamam a pesquisa de decenal -- que a anergia -- que o nível do que eles chamam de "desequilíbrio" está muita acima do que eles esperavam. Esta quantidade de desequilíbrio -- melhor dizendo, o calor que entra e não sai que teríamos se dobrássemos o CO2, não está nem próximo disso. Mas se acontecesse, em 2025 mais ou menos, de termos o dobro de C02 que tínhamos em 1900, eles dizem que o total energético aumentaria por mais ou menos -- um watt por centímetro quadrado a mais estaria entrando do que saindo. Então o planeta deveria esquentar mesmo. E descobriram neste estudo -- nestas duas pesquisas por dois times diferentes -- que 5,5 watts por metro quadrado tem entrado desde 1998, 1999, e o planeta não esquentou. Então a teoria do aquecimento está errada -- reduzida a nada. Estas pesquisas deveriam ter sido chamadas, "O Fim do Fiasco do Aquecimento Global". Eles estão preocupados, e pode-se notar que suas conclusões nas pesquisas têm várias considerações, porque eles estão rebatendo grandes laboratórios apoiados por bastante dinheiro e por pessoas com medo. E imagine, e se eles dissessem, sabe de uma coisa? Não existe mais este problema de aquecimento global, então nós podemos -- eles estão pagando por isso. Se você iniciar um pedido de verba com uma ideia assim e dizer, obviamente o aquecimento global não aconteceu... se eles realmente dissessem isso. Eu tô fora. (Risos) Eu levantarei também, e -- (Risos) (Aplausos) Eles deveriam dizer isso. Eles tiveram que ser cautelosos. O que estou dizendo é que, e você pode ficar maravilhado, porque o editor da revista Science, que não é nenhum ignorante, e ambos os times profissionais qualificados, tiveram a mesma conclusão e no final de suas pesquisas eles têm que dizer: o que sempre pensamos fora que o modelo de circulação global que previmos que a Terra vai ficar super aquecida está totalmente errado. Está errado por uma larga margem. E não por uma margem pequena. Eles -- interpretaram mal o fato de que na Terra existem alguns mecanismos funcionando que ninguém sabia a respeito, porque o calor chega até aqui e ela não se aquece. O planeta é fantástico mesmo sabe, é grande e horrível -- e grande e fantástico, e faz um monte de coisas que não sabemos nada a respeito. A razão que falei sobre isso tudo, OK, aqui está a forma como a ciência deve ser -- às vezes ciência é feita por outros motivos, ou apenas curiosidade. E existem muitas coisas, como o aquecimento global, e o buraco na camada de ozônio e tal, e várias outras situações publicas cientíticas, que se você se interessa por elas, então deve se aprofundar nos detalhes, e ler pesquisas, como a "Alta Variabilidade Decenal na..." Você tem que descobrir o que estas palavras significam. Pois se você só escutar estes caras que estão inflando estas situações, e ganhando muito dinheiro com isso, estará mal informado, e preocupado com as coisas erradas. Lembre das 10 coisas que vão te pegar. Uma delas -- (Risos) Colisão com asteróides é a teoria com a qual realmente concordo. Sério, temos que ficar ligados nos asteróides. Ok. Obrigado por me receber aqui. (Aplausos)