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Este ж Marcos,
de Barcelona,
mas poderia ser qualquer
um, de qualquer lugar.
O que estр para acontecer
com ele ocorre diariamente,
em escritзrios e casas,
em todo o mundo.
SteriS+pitiKa
Apresentam:
THE LIGHTBULB CONSPIRACY
"A CONSPIRAК├O DA L┬MPADA"
Tambжm
conhecido como:
PYRAMIDS OF WASTE
"PirРmides de Lixo"
Uma peуa da
impressora falhou,
e o fabricante direciona
Marcos Я assistЖncia tжcnica.
O tжcnico farр um
diagnзstico prжvio,
mas dificilmente
valerр a pena.
Com certeza, serр difьcil
achar peуas para poder reparр-la.
Realmente, reparр-la
nсo sairр em conta.
Para reparр-la, custarр
uns 100 a 110 euros.
Temos impressoras a
partir de 39 euros.
Eu lhe aconselharia que
comprasse uma impressora nova.
Desta maneira,
eu compraria uma nova.
Nсo ж coincidЖncia os 3 atendentes
oferecerem uma impressora nova.
Se concordar, Marcos serр outra
vьtima da obsolescЖncia planejada,
o mecanismo secreto no coraусo
de nossa sociedade de consumo.
Nossa vida inteira parece
centrada em consumir coisas,
fazendo dьvidas comprando
coisas que nсo precisamos.
Nзs vivemos em uma sociedade
dominada pela economia crescente,
cuja lзgica nсo ж comprar porque
precisamos, mas apenas por comprar.
Se o consumidor nсo comprasse,
a economia nсo cresceria.
OBSOLESC╩NCIA PLANEJADA: o
desejo, por parte do consumidor,
de possuir algo um pouco mais
novo, um pouco antes do necessрrio.
Este filme vai revelar como
a obsolescЖncia planejada
moldou definiu nossas
vidas desde 1920,
quando fabricantes comeуaram
a encurtar a vida dos produtos,
para aumentar a demanda
por consumo.
Decidiu-se reduzir a vida Щtil
dos produtos para 1.000 horas.
Vamos descobrir como
projetistas e Engenheiros
tiveram que adotar novos
valores e objetivos.
Voltaram Яs pranchetas, e
criaram algo que fosse mais frрgil.
Eles programam estas
coisas, para que
quando terminemos de
pagar, estejam inЩteis.
USE E
DESCARTE!
Uma nova geraусo de consumidores
comeуou a desafiar os fabricantes.
╔ possьvel imaginar uma economia
viрvel sem obsolescЖncia planejada,
e sem o impacto ao meio ambiente?
A posteridade nunca vai nos
perdoar. Vсo nos acusar de
de jogar fora o estilo de vida das
pessoas dos paьses avanуados.
"A CONSPIRAК├O DA L┬MPADA"
"A histзria oculta da
obsolescЖncia planejada."
Bem-vindos a
Livermore, Califзrnia,
casa da mais antiga lРmpada
em funcionamento do mundo.
Meu nome ж Lynn Owens, e sou
diretor do "ComitЖ da LРmpada".
Foi em 1972 quando
descobrimos que a lРmpada
pendurada na estaусo de bombeiros
era uma lРmpada diferente.
A lРmpada na estaусo de bombeiros
funciona continuamente desde 1901.
Ironicamente, a lРmpada jр
sobreviveu a 2 cРmeras.
Em 2001, quando a lРmpada
completou 100 anos de idade,
o povo de Livermore deu uma
grande festa de aniversрrio,
ao estilo americano.
Se houvesse umas
200 pessoas ficarьamos felizes,
e aconteceu que 800 a 900
pessoas compareceram.
Achamos que ninguжm cantaria "feliz
aniversрrio" para uma lРmpada,
bem, achamos que
nсo, mas cantaram.
"Feliz aniversрrio querida lРmpada"
"Feliz aniversрrio para vocЖ"
Esta lРmpada era produzida em uma
cidade chamada Shelby, em Ohio,
em 1895, e montada por
moуas, cuja foto temos aqui,
e por estes cavalheiros, que
investiram na empresa.
O filamento foi inventado
por Adolphe Chaillet,
que o projetou para durar muito.
Como este filamento
dura tanto, eu nсo sei.
╔ um segredo dele,
que morreu com ele.
A fзrmula de Chaillet
para um filamento durрvel
nсo ж o Щnico segredo
na histзria das lРmpadas.
Um segredo muito maior ж
como as humildes lРmpadas
tornaram-se a primeira vьtima
da obsolescЖncia planejada.
A noite de Natal de
1924 foi um dia especial.
Em uma sala de
reuniшes em Genebra,
alguns empresрrios resolveram
criar um plano secreto.
Eles criaram o primeiro
cartel a nьvel mundial,
cujo objetivo era controlar
a produусo de lРmpadas,
e dividir o mercado
mundial entre eles.
Este cartel tinha o
nome de "Phoebus".
"Phoebus" incluьa os principais
fabricantes de lРmpadas
na Europa e EUA, e mesmo colЗnias
estrangeiras na ┴sia e ┴frica.
Eles alterariam as patentes,
controlariam a produусo
e, sobretudo,
aumentariam o consumo.
Seria bem melhor para as
empresas se suas lРmpadas
fossem compradas
mais frequentemente,
porque lРmpadas de longa duraусo
sсo uma desvantagem econЗmica.
No inьcio, os fabricantes buscavam
maior vida Щtil para as lРmpadas.
Em 1871, experiЖncias levaram Я
produусo de uma pequena lРmpada,
que atingiu enorme durabilidade.
O filamento, sob condiушes normais,
apresenta grande estabilidade...
A primeira lРmpada
comercial de Thomas Edison,
vendida em 1881,
durava 1.500 horas.
Em 1924, quando o cartel
Phoebus foi criado,
fabricantes anunciavam, orgulhosos,
lРmpadas de atж 2.500 horas,
e aumentavam ainda mais a
longevidade de suas lРmpadas.
Phoebus decidiu limitar a vida
Щtil das lРmpadas em 1.000 horas.
Em 1925, eles nomearam um grupo
chamado "ComitЖ das 1.000 horas",
que iria
tecnicamente reduzir o tempo
que uma lРmpada
incandescente iria durar.
80 anos mais tarde, Helmut HШge,
um historiador de Berlim,
descobriu provas das
atividades do comitЖ,
escondidas nos documentos
internos dos fundadores do cartel,
como Philips na Holanda,
Osram na Alemanha,
e Compagnie des Lampes na Franуa.
Aqui temos um documento
do cartel, que diz:
A vida mжdia de
lРmpadas para uso geral
nсo deve ser garantida,
publicada ou oferecida
por outro valor que
nсo seja 1.000 horas.
Definiусo da
vida Щtil das lРmpadas.
Sob pressсo do cartel, as
empresas membros fizeram
experimentos para criar
uma lРmpada mais frрgil,
que se adequasse ao novo
padrсo de 1.000 horas.
A produусo de lРmpadas foi
monitorada cuidadosamente,
para garantir que os membros
do cartel obedecessem.
Uma das formas foi montar um
suporte com vрrias prateleiras,
nas quais amostras de lРmpadas
tiradas da produусo eram ligadas,
para que a Osram pudesse registrar
o quanto cada uma delas durava.
Os membros enfrentavam
uma grande burocracia.
Auditorias eram
feitas mensalmente,
para ver se a produусo nсo
estava "fora dos padrшes".
RELATМRIO MENSAL DE VIDA ┌TIL
(6 MESES)
Aqui temos uma
lista de multas de 1929.
Era quantos Francos Suьуos as
empresas tinham que pagar,
por exemplo, quando a vida da
lРmpada fosse de 1.500 horas.
Multas da fрbrica australiana:
1.654 horas = multa de 13.680,00
└ medida que o plano progredia,
a vida Щtil das lРmpadas caьa.
Em apenas 2 anos, caiu de 2.500
horas para menos de 1.500 horas.
Em 1940,
o cartel atingiu seu objetivo.
1.000 horas tornou-se o padrсo
de vida Щtil para lРmpadas.
Eu vejo como isso era
tentador em 1932.
Na жpoca, a sustentabilidade
nсo era nem levada em questсo,
pois nсo acho que eles
considerassem que o planeta tinha
recursos finitos, pois era
uma жpoca de abundРncia.
Ironicamente, a lРmpada sempre foi
um sьmbolo de idжias e inovaусo,
e acabou sendo o melhor
exemplo da obsolescЖncia planejada.
Nas dжcadas que se seguiram,
inventores criaram dЩzias
de projetos de lРmpadas, incluindo
um que durava 100.000 horas.
Nenhum deles chegou ao mercado.
Oficialmente,
Phoebus nunca existiu,
embora seus traуos sempre
tenham estado por aь.
A estratжgia usada foi
constantemente mudar os nomes.
Usaram "Cartel Internacional
de Eletricidade", e depois outros.
Na verdade esta idжia,
como instituiусo, ainda existe.
Em Barcelona, Marcos nсo seguiu os
conselhos de trocar sua impressora.
Ele estр determinado a consertр-la,
e encontrou alguжm na internet
que descobriu o que realmente
ocorria com a sua impressora.
Este ж o "segredinho sujo" das
impressoras jato de tinta.
Tentei imprimir um documento, e ela
disse que uma peуa tinha pifado.
Entсo, eu decidi tentar
consertar por conta prзpria.
AlЗ, Marcos.
Recebi sua mensagem.
Marcos contatou o
autor do vьdeo.
Hр algo embaixo do reservatзrio
de tinta da impressora.
Para funcionar, ela tem que limpar
constantemente os cabeуotes,
e faz isso esfregando os cabeуotes
em um pedacinho de esponja.
Hр um tempo predefinido de
vida Щtil desta esponja,
apзs o qual a impressora diz que
estр saturada e nсo funciona mais.
A justificativa ж que nсo querem
que vaze tinta sobre a sua mesa.
Mas acho que a questсo vai alжm.
Ela foi projetada para falhar.
A obsolescЖncia planejada
apareceu ao mesmo tempo
que a produусo em massa
e a sociedade de consumo.
O dilema dos produtos
serem feitos para durarem menos
ж parte do padrсo que comeуou
com a Revoluусo Industrial,
quando as novas mрquinas
produziram bens muito mais baratos,
o que foi зtimo para
os consumidores,
mas nсo havia mercado para
tantas mрquinas e tanta produусo.
No inьcio de 1928, uma
revista influente alertava
que "um produto que nсo estraga
ж uma tragжdia para os negзcios".
De fato, a produусo em massa tornou
vрrios bens largamente disponьveis.
Os preуos caьram,
e muita gente
comeуou a comprar por
prazer, e nсo por necessidade.
A economia atingia seu auge.
MERCADO DE AКНES QUEBRA
COMEКA O P┬NICO
Em 1929, a sociedade de
consumo emergente parou,
quando Wall Street quebrou e jogou
os EUA em uma profunda recessсo.
"O desemprego atinge
proporушes alarmantes".
"Em 1933, um quarto da forуa de
trabalho estava sem emprego."
As pessoas nсo mais procuravam por
bens, mas por trabalho e comida.
De Nova York, veio uma proposta
radical para renovar a economia.
Bernard London,
um famoso corretor de imзveis,
sugeriu terminar com a
depressсo fazendo
a obsolescЖncia planejada
compulsзria por lei.
Era a primeira vez que o
conceito era colocado por escrito.
Pela proposta de Bernard London,
todos os produtos teriam
uma vida Щtil prж-definida,
ao final da qual seriam
considerados "legalmente mortos".
Os consumidores os entregariam
a uma agЖncia governamental,
onde seriam destruьdos.
Ele tentava chegar a um equilьbrio
entre o capital e o trabalho,
onde sempre haveriam
mercado para novos produtos.
Sempre haveria demanda para o
trabalho, e lucro para o capital.
Bernard London acreditava que
com a obsolescЖncia compulsзria,
a indЩstria se
manteria produzindo,
as pessoas se manteriam consumindo,
e todos teriam empregos.
Giles Slade foi a Nova York para
investigar a pessoa atrрs da idжia.
Ele queria descobrir se a
obsolescЖncia de Bernard London
se tratava apenas de lucros, ou
se tentava ajudar os desempregados.
Eu tenho uma foto de
Bernard London...
Dorothea Weitzner lembra-se de
ter encontrado Bernard London
nos anos 30,
durante um evento familiar.
Nсo me diga qual deles ж.
- Ok.
Oh, que interessante...
Sim, definitivamente,
ele parece intelectual.
VocЖ encontrou Bernard
London em 1933...
Quando eu tinha uns 16 ou 17 anos.
Meu pai tinha um
grande Cadillac,
que era do tamanho de um Zeppelin.
Minha mсe estava dirigindo,
como uma "chauffeur".
Papai estava na frente,
e o Sr. e Sra. London estavam atrрs
da grande limusine. Papai disse
que o Sr. London ia explicar
sua filosofia para mim.
Era um homem interessante.
E ele me disse, em poucas
palavras, qual era a sua idжia
para reduzir a depressсo, pois
estрvamos em uma bagunуa econЗmica,
que era pior do que hoje.
Ele era obcecado por sua idжia,
como um artista
obcecado por sua pintura.
Ele na verdade sussurrava
para mim, no ouvido,
com receio de que sua
teoria fosse muito radical.
Na verdade, a proposta de
Bernard London foi ignorada,
e obsolescЖncia obrigatзria por lei
nunca foi colocada em prрtica.
20 anos mais tarde, nos anos 1950,
a idжia ressurgiu,
mas com uma mudanуa crucial: ao
invжs da obsolescЖncia forуada,
os consumidores seriam
seduzidos por ela.
"OBSOLESC╩NCIA PLANEJADA: o
desejo, por parte do consumidor,
de possuir algo um pouco mais novo,
um pouco melhor,
um pouco antes do necessрrio."
Certamente, nзs nos EUA...
Esta era a voz de
Brooks Stevens,
o apзstolo da obsolescЖncia
planejada nos EUA pзs-guerra.
Este exuberante
designer industrial
criou de tudo, de utilidades
domжsticas a carros e trens,
sempre com a
obsolescЖncia planejada em mente.
No espьrito da жpoca, os
projetos de Brooks Stevens
transmitiam
velocidade e modernidade,
e atж mesmo a sua
casa era diferente.
Esta ж a casa que meu pai projetou,
e onde eu cresci.
Quando ela foi construьda,
nos subЩrbios,
todos achavam que seria
a nova rodoviрria,
porque ela nсo se parecia
com uma casa tradicional.
Uma das coisas mais
importantes que meu pai
sempre cuidava em um produto era
que deveria haver uma mensagem.
Ele detestava produtos
que nсo diziam nada,
ou que nсo criassem algum desejo no
consumidor que inspirasse a compra.
Ao contrрrio da abordagem
europжia do passado,
onde eles tentavam criar
os melhores produtos
e fazЖ-los durarem para sempre,
como quando compravam um casaco
e casavam com ele e
eram enterrados com ele,
e nunca tinham a
chance de renovр-lo,
a abordagem nos EUA ж fazer o
consumidor INfeliz com o produto
que foi usado por um tempo,
deixando-o para o mercado de usados
e comprando um produto mais
novo, com um visual renovado.
Brooks Stevens
viajava pelos EUA
promovendo a
obsolescЖncia planejada e,
discurso apзs discurso, sua
teoria virou a moda do momento.
"VALORIZANDO OS
ESTILISTAS DA AM╔RICA"
Homens e mulheres, juntos,
melhoraram o visual das coisas.
Fervorosamente deram atenусo ao
que ж novo e bonito, e avanуado.
Design e marketing
seduziram os consumidores
a sempre desejarem os
Щltimos modelos.
Meu pai nunca desenhou um produto
para intencionalmente falhar,
ou tornar-se obsoleto por
alguma razсo funcional
em um curto perьodo de tempo.
A obsolescЖncia planejada ficava
sempre a critжrio do consumidor.
Ninguжm forуava o
consumidor a entrar numa loja
e comprar um produto.
Ele fazia isso por
vontade e escolha prзprias.
Liberdade e felicidade
atravжs do consumo ilimitado.
O modo de vida americano dos
anos 1950 tornou-se a base
da sociedade de consumo
que conhecemos hoje.
Sem a obsolescЖncia planejada,
este lugar nсo existiria.
Nсo haveriam produtos, nem
indЩstrias, nem designers,
nem arquitetos, nem vendedores,
nem faxineiros,
nem guardas de seguranуa,
nenhum emprego.
De quanto em quanto tempo
vocЖs trocam de celulares?
18 meses.
- Uma vez por ano.
Atualmente,
a obsolescЖncia planejada
ж parte intrьnseca do currьculo das
escolas de Engenharia e design.
Boris Knuff ensina o conceito
de "ciclo de vida dos produtos",
um eufemismo moderno para
obsolescЖncia planejada.
Eu comprei para
vocЖs algumas coisas.
Uma frigideira, um saleiro,
uma camisa, outra camisa...
Os estudantes aprendem a
projetar para um mundo
dominado por um Щnico objetivo:
compras freqЧentes e repetitivas.
Vou passar isto, e vocЖ
vсo me dizer o que acham,
quanto tempo levarсo para
estragar, qual serр sua vida Щtil?
Os designers devem entender a
empresa para a qual trabalham.
A empresa decide,
por um modelo de negзcios,
o quсo freqЧente querem que
troquemos os produtos oferecidos.
Portanto, esta aula ж voltada aos
designers, e eles tЖm que entender
e projetar os produtos desta
forma, para cumprir exatamente
a estratжgia do cliente
para o qual eles trabalham.
A obsolescЖncia planejada foi a
base do crescimento econЗmico
que o mundo ocidental
viveu desde os anos 1950.
Desde entсo, crescimento tem sido o
objetivo sagrado de nossa economia.
A lзgica da sociedade nсo ж
crescer para atender a demanda,
mas crescer pelo prazer de crescer.
Um crescimento sem limites,
que sз ж justificado pelo
crescimento ilimitado do consumo.
Serge Latouche ж um crьtico
da sociedade de consumo,
e escreveu bastante
sobre os seus mecanismos.
Os 3 fundamentos sсo publicidade,
obsolescЖncia planejada e crжdito.
Durante a Щltima geraусo,
nossa vida resume-se a consumir
coisas e contrair dьvidas
para comprar coisas que nсo
precisamos, o que nсo tem sentido.
Crьticos da sociedade de
consumo apontam que ela ж
insustentрvel a longo prazo,
por se basear em uma contradiусo.
Quem pensa que crescimento infinito
ж compatьvel com um planeta finito
ou ж louco, ou ж economista...
O problema ж que todos nзs
nos tornamos economistas hoje.
Por que um produto ж
criado a cada 3 minutos
em algum lugar do mundo?
Isto ж necessрrio?
Acho que muitas pessoas vЖem que
as coisas precisam mudar,
quando os polьticos dizem
que comprar, ou consumir,
ж a melhor forma
de movimentar a economia.
Nesta sociedade de consumo, todos
nзs estamos sentados em um carro
que nсo tem mais piloto e estр
correndo a toda velocidade,
e vai acabar batendo em uma
parede ou caindo em um precipьcio.
Lendo os manuais de serviуo
de vрrias impressoras,
Marcos descobriu que a
vida Щtil de muitas delas
ж definida pelos
Engenheiros desde o inьcio.
VIDA ┌TIL DO PRODUTO
18.000 pрginas / 5 anos de uso
Eles conseguem isso colocando
um chip dentro da impressora.
Este ж um chip, uma EEPROM, que
guarda o nЩmero de impressшes,
e quando chega a determinado valor,
bloqueia a impressora e ela pрra.
"O HOMEM DO TERNO BRANCO"
Como os Engenheiros se sentem ao
desenhar produtos para falharem?
Este dilema ж abordado em um
filme britРnico de 1951,
onde um jovem quьmico inventa
um fio que dura para sempre.
Ele acredita que um grande
progresso foi atingido.
"FIO ETERNO ASSUSTA
A IND┌STRIA T╩XTIL"
Mas nem todos ficam
contentes com sua descoberta.
E logo ele se encontra ameaуado,
e nсo sз pelos fabricantes,
mas tambжm pelos trabalhadores,
temendo por seus empregos.
Isto ж realmente
interessante, e me lembra
algo que realmente aconteceu
na indЩstria tЖxtil.
Em 1940, a gigante quьmica
duPont anuncia a chegada
de uma revolucionрria
fibra sintжtica: o NYLON.
As mulheres comemoraram as
meias de longa duraусo.
Mas a alegria teve vida curta...
Meu pai trabalhou na duPont antes e
depois da guerra, na divisсo Nylon.
Ele me contou a histзria sobre
quando o Nylon apareceu,
e eles tentaram
usр-lo em meias.
Pediram aos homens da sua divisсo
para levar as meias para casa
para que suas esposas e
namoradas testassem.
Meu pai trouxe para minha mсe, e
ela ficou maravilhada com o produto
porque ele era muito resistente.
Os quьmicos da duPont tinham tudo
para se orgulhar de seu feito,
pois atж os homens testemunhavam
a robustez das meias.
O problema era que elas duravam
demais. As mulheres estavam muito
felizes pelo fato de
que elas nсo rasgavam.
Infelizmente,
isso significava que
a empresa que produzia as meias
nсo iria vendЖ-las em quantidade.
A duPont deu novas instruушes ao
pai de Nicols Fox e seus colegas.
Mandou os homens da sua
divisсo de volta Яs pranchetas,
para que fizessem as
fibras mais fracas,
e inventassem algo que
fosse mais frрgil
e que rasgasse, para que as
meias nсo durassem tanto.
Os mesmos quьmicos que usaram seus
talentos para criar o nylon durрvel
tiveram que se ajustar
e fazЖ-lo mais frрgil.
Os fios indestrutьveis
desapareceram das fрbricas,
assim como no filme.
Precisamos controlar esta
descoberta. Completamente.
Pagamos o dobro do seu contrato.
- Um quarto de milhсo...
Para suprimi-la?
- Sim.
Como os quьmicos da
duPont se sentiram
ao deliberadamente reduzir
a vida de um produto?
Deve ser frustrante
para os Engenheiros
ter que usar seus talentos
para fazer um produto inferior
apзs trabalhar tanto para
fazer um produto bom,
mas de uma certa forma,
visto de fora,
esse ж o trabalho deles.
Fazer mais forte, fazer mais fraco,
este era o trabalho deles.
Engenheiros enfrentam um
problema жtico complicado.
Esta confrontaусo com a
obsolescЖncia planejada faz
com que examinem seus mais
bрsicos conceitos жticos.
Hр uma escola conservadora
que acredita em fazer
um produto permanente,
que nunca estrague.
E hр uma nova geraусo de
Engenheiros voltada ao mercado,
que estр claramente
interessada em fazer
o produto mais
descartрvel possьvel.
E este debate termina com a nova
geraусo de Engenheiros vencendo.
"A MORTE DE UM VENDEDOR"
A obsolescЖncia planejada
nсo afeta apenas Engenheiros.
A frustraусo do
consumidor comum ж mostrada
no clрssico filme de Arthur Miller,
"A morte de um vendedor"
Assim como Willy Lomax,
tudo o que os consumidores podem
fazer ж reclamar, impotentes.
Uma vez na vida, eu gostaria de
ter algo que nсo quebrasse.
Estamos sempre correndo atrрs. Nem
bem pagamos o carro e ele jр pifou.
E o refrigerador... consome
correias como um manьaco.
Eles programam estas coisas,
para que quando
terminemos de pagar,
estejam inЩteis.
Poucos consumidores sabem que,
do outro lado da cortina de ferro,
nos paьses do bloco oriental,
havia toda uma economia
sem obsolescЖncia planejada.
A economia comunista nсo era
guiada pelo livre mercado,
mas centralizada pelo Estado.
Era ineficiente, e atormentada
pela falta crЗnica de recursos.
Num sistema assim, obsolescЖncia
planejada nсo fazia sentido.
Na antiga Alemanha Oriental, a
mais eficiente economia comunista,
normas oficiais estipulavam
que refrigeradores e
mрquinas de lavar deveriam
funcionar por 25 ANOS!
Esta geladeira eu comprei em 1985
na Alemanha Oriental. Tem 25 anos.
A lРmpada tem a mesma idade. Nunca
foi trocada, e tambжm tem 25 anos!
Em 1981, uma fрbrica de
lРmpadas de Berlim Oriental
lanуou uma lРmpada
de longa duraусo.
Eles a levaram a uma
feira internacional,
Я procura de
compradores do Ocidente.
Quando a Alemanha
Oriental, em 1981, apresentou
esta lРmpada em uma
feira em Hannover,
nossos colegas do Oeste disseram:
VocЖs vсo nos deixar desempregados.
E nзs, Engenheiros da Narva,
respondemos: "Pelo contrрrio,
economizando recursos e nсo
desperdiуando tungstЖnio,
nзs vamos manter os
empregos de todos."
Os compradores do Ocidente
rejeitaram a lРmpada.
Em 1989, o muro de
Berlim foi derrubado,
a fрbrica foi fechada, e a
lРmpada parou de ser produzida.
Hoje, ela sз pode ser vista
em exposiушes e museus.
20 anos apзs a queda
do muro de Berlim,
o consumismo cresce no
Leste tanto quanto no Oeste.
Mas hр uma diferenуa. Na era
da internet, os consumidores
estсo prontos para lutar contra
a obsolescЖncia planejada.
O primeiro movimento
importante que fizemos
foi o filme contra o iPod.
Eu estava completamente quebrado
apзs comprar um iPod por US$ 500,
e 8 meses depois, talvez 12 meses
depois, a sua bateria morreu.
Eu liguei para a Apple,
pedindo para trocarem a bateria,
e a polьtica deles na жpoca mandava
os usuрrios comprarem um novo.
VocЖ deve comprar um novo.
- Mas a Apple nсo oferece...
...a Apple nсo oferece uma
bateria nova para o iPod?
Nсo.
Nсo era a bateria ter
morrido que me irritava,
porque no meu celular Nokia,
a bateria morre e eu compro uma
nova, e mesmo em meu laptop Apple,
quando a bateria morre,
pode-se trocр-la.
Mas no iPod, que era caro,
quando a bateria morria, vocЖ
tinha que trocр-lo inteiro.
Entсo, meu irmсo teve a idжia
de fazer um filme sobre isso.
Usamos um gabarito tipo
stencil e spray e marcamos
todos os anЩncios de iPod
que achamos na cidade.
"A BATERIA DO IPOD N├O PODE SER
TROCADA E DURA SМ 18 MESES."
Nзs colocamos o vьdeo em nosso site
"segredinhodoipod.com"
Nas primeiras 6 semanas,
5,6 milhшes de visualizaушes.
E o site era
absolutamente simples.
Uma advogada de San Francisco,
Elizabeth Pritzker, soube do vьdeo,
e junto com seus associados,
decidiu processar a Apple
pela vida Щtil da
bateria do iPod.
Meio sжculo apзs o
caso das lРmpadas,
a obsolescЖncia planejada
seria julgada de novo.
Quando comeуamos este litьgio,
2 anos apзs o inьcio do iPod,
a Apple jр havia vendido
3 milhшes de iPods nos EUA.
Muitos dos usuрrios dos
3 milhшes de iPods estavam tendo
problemas com as baterias.
E queriam processar.
Um deles era Andrew Westley.
Nзs selecionamos, entre os
consumidores que nos ligaram,
pessoas que fossem representativos
em uma aусo de classe.
A "aусo de classe" ж um
dispositivo interessante nos EUA,
onde um pequeno grupo de
pessoas toma o lugar
de um grande grupo para
apresentar-se perante o tribunal.
Meu papel neste caso
era representar milhares,
ou talvez dezenas de
milhares de pessoas.
O caso ficou conhecido como
"Westley versus Apple".
Quando meus amigos e
famьlia souberam
deste grande processo, acharam que
eu havia me tornado um "radical".
Quem era eu para um processo
destes, e quem seria o prзximo?
Em dezembro de 2003,
Elizabeth Pritzker entrou com o
caso na Corte de San Mateo,
a apenas algumas
quadras da sede da Apple.
Nзs pedimos Я Apple
a documentaусo tжcnica
sobre a vida Щtil da
bateria do iPod,
e recebemos uma montanha
de dados tжcnicos sobre
o projeto da bateria, sobre os
testes, e descobrimos daь que
o tipo da bateria de lьtio que era
empregada no iPod foi projetada,
desde o inьcio, para ter um
perьodo de vida Щtil muito curto.
Eu realmente acredito
que o projeto do iPod
foi intencionalmente feito para
ter uma obsolescЖncia planejada.
Apзs alguns meses de tensсo,
as partes chegaram a um acordo.
A Apple fez um recall nas baterias,
e estendeu a garantia para 2 anos.
Aos reclamantes,
foi oferecida uma compensaусo.
Uma coisa que me irrita
pessoalmente ж que a Apple
se auto-promove como uma empresa
jovem, moderna e de vanguarda,
e para uma empresa assim, nсo
ter uma boa polьtica ambiental
que permita aos usuрrios retornar
os produtos para adequada
reciclagem ж contra-produtivo,
vai contra a imagem divulgada.
A obsolescЖncia planejada produz
um fluxo constante de lixo,
que ж enviado a paьses do terceiro
mundo, como Gana, na ┴frica.
Jр fazem 8 a 9 anos desde que eu
notei lotes e lotes de containeres
chegando neste paьs
com lixo eletrЗnico.
Eram computadores e
televisшes obsoletos,
que ninguжm mais queria
nos paьses desenvolvidos.
O envio de lixo eletrЗnico a
paьses do terceiro mundo
ж proibido por leis
internacionais,
mas as empresas usam
um truque simples:
elas declaram o lixo como
"produtos de segunda mсo".
Mais de 80% do lixo
eletrЗnico que chega em Gana
ж totalmente sem conserto,
e lotes inteiros de containeres
sсo abandonados em
lixшes por todo o paьs.
Estamos em um lixсo em
Agbogbloshie, e no passado tьnhamos
um lindo rio chamado Odaw, que
fazia vрrios meandros nesta рrea.
Antigamente, era um rio
riquьssimo em peixes,
e havia uma escola nсo
muito longe daqui,
de onde as crianуas vinham
jogar futebol e brincar no rio.
Os pescadores organizavam corridas
de barcos, eu me lembro muito bem.
Mas agora estр tudo acabado,
jр era.
E isto me deixa muito,
muito triste. E furioso.
Hoje, nсo hр crianуas
brincando aqui apзs as aulas.
Ao invжs disso, filhos de famьlias
pobres vЖm aqui para catar metais.
Elas queimam a capa plрstica
dos fios dos computadores
para levar o
metal de dentro.
O que sobra ж quebrado
pelas crianуas menores,
que procuram por quaisquer
resquьcios de metal
que tenham passado
pelos mais velhos.
As empresas que enviam
este lixo dizem que
"estamos tentando quebrar a
barreira digital entre
a Europa, EUA e o resto da ┴frica,
como Gana",
mas a realidade ж que
estes computadores
que eles mandam para cр
simplesmente nсo funcionam.
Nсo hр sentido em
receber lixo eletrЗnico
se nсo ж aproveitрvel, ainda mais
quando nсo foi produzido aqui
e o paьs ж usado
como a lixeira do mundo.
O lixo que por tanto tempo foi
escondido de nossas vistas
estр agora voltando a nossas
vidas de uma forma inevitрvel.
A "economia do descartрvel"
estр nos afogando,
porque nсo hр mais espaуo
fьsico para colocar o lixo.
Eu acho que,
com o passar dos anos,
nзs vamos descobrir que
o planeta em que vivemos
nсo pode sustentar
isso para sempre.
Hр limite dos recursos naturais e
das fontes de energia disponьveis.
A posteridade nunca vai nos
perdoar. O futuro vai nos acusar
de ter desperdiуado atitudes,
de ter jogado fora
o estilo de vida dos
paьses avanуados.
Pessoas de todo o
mundo comeуaram a lutar
contra a
obsolescЖncia planejada.
Mike Anane estр lutando a
partir do lado recebedor.
Ele resolveu comeуar
coletando informaушes.
Eu comecei a ver o origem
das etiquetas de patrimЗnio.
Esta aqui diz "AMO Center
Nordvest Sjaeland". ╔ da Dinamarca.
Esta ж da Alemanha.
Fрcil de ver.
Westminster College
(EUA)
Apple. Apple nсo ж melhor... ╔ uma
empresa que alega ser ecolзgica.
Montes de produtos
Apple sсo largados aqui.
Meu banco de dados contжm as
etiquetas de patrimЗnio,
os endereуos e telefones
das empresas proprietрrias
do lixo eletrЗnico que
ж largado em Gana.
Mike Anane pretende
transformar estas informaушes
em evidЖncias
para um processo.
Nзs temos que fazer algo,
algo punitivo.
Nзs temos que
processar as pessoas
para que parem de
mandar lixo para Gana.
Marcos estр na
internet de novo,
procurando uma forma de aumentar
a vida de sua impressora.
Ele descobriu um site russo
que oferece um software grрtis
para impressoras com
os chips contadores.
O programador atж mesmo explica
as suas motivaушes pessoais.
Isto ж feito a
partir do projeto.
Nсo ж assim que se
faz negзcios.
Nсo ж bom nem para o usuрrio,
nem para o meio-ambiente.
Entсo, eu procurei e achei uma
forma de fazer um software simples
que permita aos usuрrios
resetarem o contador.
Marcos nсo sabe o
que esperar,
mas baixou o
programa assim mesmo.
De uma pequena
vila na Franуa,
John Thackara luta contra
a obsolescЖncia planejada
ajudando as pessoas a
compartilhar projetos e idжias.
Idжias que vЖm de
todo o mundo.
Em paьses pobres, as coisas
sсo reparadas naturalmente.
A noусo de jogar algo fora
sз porque nсo funciona mais
ж vista como algo desprezьvel
e impensрvel pelas pessoas.
Na ═ndia, hр uma palavra,
"jugaad",
que descreve esta tradiусo
de consertar as coisas,
nсo importa a
complexidade delas.
Eu tento encontrar pessoas que
estejam fazendo algo real no mundo,
ao invжs de apenas falarem ou
fazerem declaraушes abstratas
sobre quсo ruins as coisas estсo,
e que devem mudar.
Uma desta pessoas ж
Warner Philips,
descendente da dinastia
dos fabricantes de lРmpadas.
Eu me lembro do meu
avЗ me levando
a uma das fрbricas da Philips,
em Eindhoven,
me mostrando como as
lРmpadas era fabricadas.
Era muito, muito legal.
Quase 100 anos apзs a
criaусo do cartel das lРmpadas,
Warner Philips segue a tradiусo
familiar com outra filosofia.
Ele produz uma lРmpada de LED,
que dura 25 anos.
Proteусo ambiental e negзcios
nсo sсo dois mundos diferentes.
Sustentabilidade ж a melhor
forma para construir um negзcio.
E a Щnica forma para
fazer isto, eu acredito,
ж considerar no custo
real do produto
os recursos que foram
usados, a energia consumida
e os custos
indiretos de transporte.
O setor de transportes
e o preуo dos fretes,
sem falar que o petrзleo nсo ж
renovрvel ou substituьvel,
eu diria que o preуo dos fretes
serр multiplicado por 20 ou 30.
Se vocЖ considerar tudo isso
em cada produto fabricado,
haveria enorme incentivo aos
fabricantes e empresрrios
em todo o mundo para fazer
produtos que durassem para sempre.
A luta contra a obsolescЖncia
planejada sз pode ser atingida
repensando a Engenharia e
produусo dos bens de consumo.
Um novo conceito, chamado
"DO BERКO AO BERКO"
afirma que, se as fрbricas
funcionassem como a natureza,
a prзpria obsolescЖncia planejada
se tornaria obsoleta.
Meio ambiente sempre ж ligado a
economia e reduусo de desperdьcio.
Mas a natureza nсo economiza nada
para fazer uma cerejeira florescer.
A natureza produz abundantemente,
mas as flores que caem,
folhas mortas e outros materiais
descartados nсo sсo desperdiуados.
Eles se transformam em nutrientes
para outros organismos. Um ciclo.
A natureza nсo produz nenhum
lixo, apenas nutrientes.
Braungart acredita que a indЩstria
pode imitar este ciclo da natureza.
Ele provou que isto ж
possьvel ao reprojetar
o processo de produусo de
uma empresa tЖxtil suьуa.
Imagine um tecido como
este num sofр ou uma cadeira.
╔ uma decoraусo tсo tзxica que deve
ser tratada como material perigoso.
Braungart descobriu que centenas
de produtos altamente tзxicos
eram rotineiramente
usados na fрbrica.
Para a produусo de
novos tecidos,
Braungart e sua equipe as reduziu a
36 substРncias biodegradрveis.
Mas com materiais biodegradрveis,
vocЖ pode atж comЖ-la.
╔ sз picar e comer
no cafж da manhс.
Em uma sociedade que produz lixo,
os produtos sempre serсo problemas.
Mas se os fabricantes
usarem os componentes corretos,
os produtos usados podem
se transformar em algo novo.
Para os mais radicais crьticos
da obsolescЖncia planejada,
reformar a produусo
nсo ж suficiente.
Eles querem que repensemos todo o
sistema econЗmico e nossos valores.
Uma revoluусo real requer
uma mudanуa cultural,
mudanуa de paradigmas e
mudanуa de mentalidade.
Esta revoluусo ж chamada
"DECRESCIMENTO".
Serge Latouche viaja
dando conferЖncias
explicando como chegar
a isso na sociedade.
A adequaусo ж um slogan
provocativo, que vai derrubar o
discurso que considera crescimento
compatьvel com sustentabilidade.
Ele marca a necessidade
de mudar nossa lзgica.
A maior mensagem do "decrescimento"
ж reduzir o impacto ambiental,
o lixo, o excesso de produусo
e o consumismo.
Reduzindo o consumo e a produусo,
nзs terьamos mais tempo livre
para desenvolver outros tipos de
riqueza nсo destrutiva,
como por exemplo,
a amizade e o conhecimento.
Nзs cada vez mais
confiamos nos objetos
para nos dar o senso de
auto-estima e identidade.
Isso em parte ж conseqЧЖncia
do rompimento com coisas
que antes nos identificavam,
como entrosamento na comunidade,
ou a relaусo com a terra,
ou mesmo
relaушes sociais que foram
substituьdas pelo consumismo.
Se a felicidade fosse dependente
de nossos nьveis de consumo,
nзs deverьamos ter chegado
Я felicidade absoluta,
porque consumimos 26 vezes
mais do que nos tempos de Marx.
Mas todos os estudos mostram que as
pessoas nсo estсo mais felizes,
porque a felicidade ж
sempre subjetiva.
Crьticos do "decrescimento" temem
que isso destrua a economia moderna
e nos leve de volta
Я Idade da Pedra.
Retornar a uma sociedade
sustentрvel e ecolзgica
nсo ж voltar Я Idade da Pedra,
mas apenas Я Franуa de 1960.
╔ bem menos do que a
Idade da Pedra.
Uma sociedade nсo-consumista
realiza a visсo de Gandhi, que diz:
"O mundo ж grande o suficiente para
satisfazer a necessidade de todos,
mas sempre serр pequeno demais para
satisfazer a ganРncia individual."
Marcos estр instalando o
software russo em seu computador.
O software faz com que o contador
da impressora volte a zero.
E a impressora
imediatamente desbloqueia.
Para saber mais sobre os termos
empregados, consulte a Wikipedia.
Procure por "Cradle to Cradle"
e por "Degrowth".
Adote atitudes concretas que
preservem o meio ambiente.
Traduусo, revisсo e sincronismo:
SteriS+pitiKa 29.05.2012
- FIM -
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