1 00:00:03,930 --> 00:00:06,300 A Arte... 2 00:00:06,300 --> 00:00:07,830 ...em questão. 3 00:00:09,700 --> 00:00:12,680 Uma refeição revigorante... 4 00:00:13,800 --> 00:00:17,220 ...ceifeiros entre os molhos de trigo... 5 00:00:18,280 --> 00:00:21,680 ...o campo a perder de vista. 6 00:00:25,180 --> 00:00:28,200 Um quadro de Pieter Bruegel ! 7 00:00:28,260 --> 00:00:32,020 Um momento de empatia pela vida do campo? 8 00:00:32,020 --> 00:00:35,680 ...ou o olhar condescendente do grande proprietário? 9 00:00:36,840 --> 00:00:39,760 A resposta parece simples: 10 00:00:39,760 --> 00:00:41,840 este quadro pertence a uma série 11 00:00:41,840 --> 00:00:47,700 feita por um citadino para outro citadino, rico mercador de Antuérpia... 12 00:00:55,660 --> 00:00:57,660 ...e os rostos avermelhados, 13 00:00:57,680 --> 00:00:58,680 abatidos, 14 00:00:58,680 --> 00:01:00,400 ou extenuados pelo trabalho 15 00:01:00,420 --> 00:01:04,360 denotam um mundo ao qual não se tem, verdadeiramente, desejo de pertencer. 16 00:01:04,800 --> 00:01:09,820 Então, o que é que o artista e o cliente vêm procurar nos camponeses? 17 00:01:09,960 --> 00:01:13,360 O prazer de olhar de cima as pequenas formigas trabalhadoras? 18 00:01:13,400 --> 00:01:16,840 ...e de zombar delas? 19 00:01:16,840 --> 00:01:20,820 ...ou consideram eles que estes camponeses são verdadeiramente interessantes? 20 00:01:20,820 --> 00:01:25,730 Episódio 10: Bruegel - "A Colheita". "A felicidade está no prado?" 21 00:01:29,200 --> 00:01:32,060 Parte 1. "O momento rural" 22 00:01:37,820 --> 00:01:41,800 Diante da lua pálida... 23 00:01:41,800 --> 00:01:45,860 ...as espigas de trigo brilham como ouro... 24 00:01:50,700 --> 00:01:53,880 Metodicamente ceifadas... 25 00:01:54,960 --> 00:01:56,840 ...reunidas... 26 00:01:56,880 --> 00:01:59,580 ...atadas... 27 00:01:59,620 --> 00:02:02,840 ...depois transportadas... 28 00:02:03,500 --> 00:02:07,260 ...como que cortadas por um geómetra... 29 00:02:07,320 --> 00:02:10,260 ...guiam o olhar para dois lugares: 30 00:02:10,280 --> 00:02:13,020 - de um lado, a vila... 31 00:02:13,040 --> 00:02:17,280 ...com as suas casas pegadas umas às outras, em redor do campanário: 32 00:02:18,040 --> 00:02:21,760 - do outro, um universo totalmente organizado pelo homem: 33 00:02:21,780 --> 00:02:23,780 bacias artificiais, 34 00:02:24,960 --> 00:02:26,740 castelo e aldeia, 35 00:02:28,020 --> 00:02:30,300 ponte com portagem, 36 00:02:31,400 --> 00:02:34,280 estradas sinuosas... 37 00:02:35,680 --> 00:02:38,280 A árvore, carregada de pesadas peras, 38 00:02:38,320 --> 00:02:42,760 é a própria imagem da fecundidade do trabalho e da Natureza. 39 00:02:42,840 --> 00:02:45,720 Os camponeses são as raízes: 40 00:02:45,760 --> 00:02:49,060 o cansaço e a dor do homem adormecido... 41 00:02:49,060 --> 00:02:53,240 ...encontra a sua compensação no apetite jovial dos comparsas: 42 00:02:53,240 --> 00:02:54,920 depois das papas de cereais, 43 00:02:54,920 --> 00:02:58,200 alegram-se a partir o pão e o queijo, 44 00:02:58,200 --> 00:03:00,380 à espera de saborear a sobremesa. 45 00:03:00,380 --> 00:03:04,100 Quase uma refeição de Senhores! 46 00:03:04,100 --> 00:03:13,040 No entanto, esta imagem não é mais do que uma celebração geral da agricultura e dos seus gestos imemoriais: 47 00:03:13,080 --> 00:03:18,360 o tempo — "o verdadeiro tempo de ação e de mudança passa..." 48 00:03:19,340 --> 00:03:22,920 Estas formas curiosas, suspensas nos ares... 49 00:03:22,920 --> 00:03:28,000 ...são os frutos da macieira, abanada por este camponês... 50 00:03:28,000 --> 00:03:30,340 ...e que as crianças agarram. 51 00:03:32,320 --> 00:03:36,380 Aqui, ao pé de um outro apanhador de fruta, o tempo acelera: 52 00:03:36,380 --> 00:03:38,280 homens a perseguirem outros. 53 00:03:38,280 --> 00:03:43,060 Talvez intrusos, expulsos pelos guardas do castelo? 54 00:03:43,880 --> 00:03:47,160 Para outros, é o momento do lazer: 55 00:03:47,180 --> 00:03:49,980 - o banho dos monges é dividido por etapas: 56 00:03:49,980 --> 00:03:50,940 vestido, 57 00:03:50,960 --> 00:03:51,940 despido, 58 00:03:51,960 --> 00:03:52,980 descendo na água, 59 00:03:53,000 --> 00:03:54,560 sentindo a temperatura. 60 00:03:54,580 --> 00:03:56,320 preparando-se para mergulhar, 61 00:03:56,320 --> 00:03:58,400 nadando de traseiro para o ar 62 00:03:58,440 --> 00:04:01,080 ou erguendo os braços em triunfo. 63 00:04:02,100 --> 00:04:05,420 Para os aldeões, em seguida, em pleno jogo de atirar o pau: 64 00:04:05,460 --> 00:04:08,920 aquele que conseguir matar o ganso, fica com tudo. 65 00:04:08,940 --> 00:04:15,100 Um jogo que Hogarth condenará dois séculos mais tarde como um exemplo de crueldade. 66 00:04:15,960 --> 00:04:23,220 O momento exato, por fim, em que um homem faz necessidades diante da casa rural mais abastada. 67 00:04:23,220 --> 00:04:28,560 Este motivo, que se encontra nos "Provérbios" de Bruegel, é sinal de desprezo, 68 00:04:28,600 --> 00:04:30,400 como aqui, para o mundo... 69 00:04:30,440 --> 00:04:35,120 ou para a autoridade, representada pela forca. 70 00:04:36,360 --> 00:04:39,840 À primeira vista, esta paisagem desenha a sociedade das três ordens, 71 00:04:39,880 --> 00:04:44,700 que se vê imutável na ordem não menos imutável das estações: 72 00:04:45,300 --> 00:04:49,100 - a nobreza combate para assegurar a paz e a ordem na terra, 73 00:04:49,100 --> 00:04:53,020 - o clero reza para assegurar a segurança de todos no Além, 74 00:04:53,020 --> 00:04:58,080 - e o terceiro estado trabalha a fim de prover as necessidades terrestres. 75 00:04:58,600 --> 00:05:01,120 Mas aqui o castelo parece perdido, 76 00:05:01,120 --> 00:05:02,800 os monges não rezam 77 00:05:02,800 --> 00:05:05,000 e apenas os camponeses trabalham. 78 00:05:06,020 --> 00:05:14,520 O únicos? De todo! Ao longe, navios emblemáticos do grande comércio marítimo. 79 00:05:14,560 --> 00:05:17,480 Está aí a mudança fundamental do quadro: 80 00:05:17,480 --> 00:05:22,940 neste horizonte, que ultrapassa os limites do velho mundo feudal. 81 00:05:22,940 --> 00:05:26,280 Quem é, então, o verdadeiro herói do quadro? 82 00:05:26,300 --> 00:05:31,900 Os camponeses, no seu canto de terra, ou o mercador que domina o mundo? 83 00:05:36,730 --> 00:05:36,730 Parte 2: "O interesse e a distância" 84 00:05:37,360 --> 00:05:39,340 O mercador chama-se Jongelinck... 85 00:05:39,360 --> 00:05:44,100 ...e a série de estações é destinada à sala de jantar da sua casa de campo. 86 00:05:44,120 --> 00:05:47,380 Qual é o olhar que ele lança sobre estes camponeses? 87 00:05:47,420 --> 00:05:49,840 Não parecem ter grande confiança em nós. 88 00:05:49,860 --> 00:05:53,000 Dir-se-ia que o nosso olhar incomoda! 89 00:05:53,000 --> 00:05:55,920 E este motivo é ambíguo em Bruegel: 90 00:05:55,920 --> 00:06:03,380 em "Os Apicultores", os homens melhor equipados triunfam sobre o amador, apoderando-se do produto das colmeias. 91 00:06:03,440 --> 00:06:08,500 Aí, o ridículo é maior para camponês zombador que está prestes a cair no ribeiro 92 00:06:08,540 --> 00:06:13,200 do que para «o destruidor de ninhos» que corre riscos. 93 00:06:13,240 --> 00:06:19,320 O roubo em si pode ser divertido, como no caso deste jovem camponês — que representa o mundo — 94 00:06:19,340 --> 00:06:25,060 que corta a bolsa do sinistro misantropo no meio do campo. 95 00:06:25,060 --> 00:06:28,860 Para Bruegel e para o seu patrocinador, que praticam o "olhar sobranceiro" 96 00:06:28,920 --> 00:06:32,200 o roubo parece quase "legítimo". 97 00:06:32,200 --> 00:06:36,460 Talvez porque o mercador dispõe de uma visão de contabilidade: 98 00:06:36,460 --> 00:06:38,460 pode-se contar frutos e ramos 99 00:06:38,460 --> 00:06:41,180 assim como o número de bocas a alimentar 100 00:06:41,180 --> 00:06:43,900 pode-se, portanto, calcular o excedente! 101 00:06:44,520 --> 00:06:48,060 Mas a distância é marcada sobretudo pela maneira como Bruegel... 102 00:06:48,080 --> 00:06:50,720 ...joga com a representação dos corpos a trabalhar. 103 00:06:50,740 --> 00:06:53,580 Tal como nesta outra representação, 104 00:06:53,580 --> 00:06:57,400 onde os rostos desaparecem por trás de cargas e de jarros, 105 00:06:57,400 --> 00:06:59,640 as mulheres assemelham-se aos seus jarros, 106 00:06:59,640 --> 00:07:02,260 uma ânfora toma a forma humana, 107 00:07:02,260 --> 00:07:06,140 como se as personagens, de outro modo fortemente individualizadas, 108 00:07:06,140 --> 00:07:08,560 se tornassem a sua profissão. 109 00:07:08,580 --> 00:07:11,160 Uma profissão baseada no esforço e na habilidade, 110 00:07:11,180 --> 00:07:14,420 bem longe da agilidade de espírito de um Jongelinck. 111 00:07:14,460 --> 00:07:20,240 Grande apreciador de arte, ele encomendara duas outras séries para a sua casa, a Frans Floris. 112 00:07:20,260 --> 00:07:25,220 Uma, sobre as sete artes liberais, superiores porque elas se assemelham a um saber puro, 113 00:07:25,260 --> 00:07:28,400 não subordinado a um fim utilitário: 114 00:07:28,420 --> 00:07:30,860 - quatro artes ligadas às matemáticas: 115 00:07:30,880 --> 00:07:32,360 aritmética, 116 00:07:32,400 --> 00:07:33,640 geometria, 117 00:07:33,680 --> 00:07:34,860 música, 118 00:07:34,880 --> 00:07:36,120 astronomia; 119 00:07:36,480 --> 00:07:38,320 - três ligadas ao discurso: 120 00:07:38,320 --> 00:07:39,340 gramática, 121 00:07:39,400 --> 00:07:40,400 retórica, 122 00:07:40,420 --> 00:07:41,640 lógica. 123 00:07:43,680 --> 00:07:45,760 A outra série era sobre "Os doze trabalhos de Hércules", 124 00:07:45,760 --> 00:07:47,940 emblemas da força aristocrática. 125 00:07:48,680 --> 00:07:54,300 O certo é que estas séries parecem infinitamente mais convencionais e estereotipadas: 126 00:07:54,300 --> 00:07:58,100 são alegorias pesadas que um nouveau riche poderia colecionar 127 00:07:58,100 --> 00:08:00,960 para imitar um qualquer príncipe iluminado. 128 00:08:01,980 --> 00:08:04,940 Porque é que se tem a impressão de que é para estes rudes camponeses 129 00:08:04,940 --> 00:08:07,960 que se olha com o interesse mais autêntico? 130 00:08:10,360 --> 00:08:12,300 Parte 3: "O espírito dos camponeses" 131 00:08:13,340 --> 00:08:17,460 Antes de Bruegel, os camponeses pareciam eternos fantoches: 132 00:08:17,500 --> 00:08:24,220 Nestas Natividades, eles ficam no limiar do espaço sagrado — um estábulo! 133 00:08:24,240 --> 00:08:26,720 Diante dos seus rostos morenos e grosseiros, 134 00:08:26,720 --> 00:08:31,500 ...a Virgem resplandece, branca e delicada. 135 00:08:32,440 --> 00:08:35,960 Neste Livro de Horas, eles opõem-se à vida aristocrática, 136 00:08:35,980 --> 00:08:40,500 num mundo limitado pelo majestoso castelo senhorial. 137 00:08:41,140 --> 00:08:46,320 Para os aristocratas, os banquetes, a caça e o amor cortês ! 138 00:08:46,320 --> 00:08:50,000 Para os camponeses, as tarefas ! 139 00:08:51,120 --> 00:08:57,720 Em Bruegel, no século seguinte, pelo contrário, é o trabalho dos camponeses que é monumentalizado... 140 00:08:57,760 --> 00:09:02,980 ...enquanto que a aristocracia é exposta como frívola e insignificante. 141 00:09:03,340 --> 00:09:06,840 Nos outros quadros das estações, a impressão confirma-se: 142 00:09:06,840 --> 00:09:09,060 o mundo dilatou-se, 143 00:09:09,060 --> 00:09:12,560 as orgulhosas fortalezas são mais distantes, 144 00:09:12,580 --> 00:09:17,340 e, paradoxalmente, o mundo rural tornou-se interessante. 145 00:09:17,360 --> 00:09:19,100 Porquê? 146 00:09:19,140 --> 00:09:23,620 Talvez porque a elite burguesa — no centro dos grandes negócios do mundo — 147 00:09:23,620 --> 00:09:27,980 inveja secretamente os horizontes limitados do camponês? 148 00:09:29,080 --> 00:09:33,920 Enquanto os barcos são esmagados na tempestade para grande desgosto de um investidor... 149 00:09:33,960 --> 00:09:37,200 ...a vida no campo prossegue o seu curso... 150 00:09:39,320 --> 00:09:42,200 ...sem negligenciar o espírito da ficção e do jogo: 151 00:09:42,680 --> 00:09:47,660 basta uma coroa de papel, duas grandes almofadas e um colar de vaca... 152 00:09:47,680 --> 00:09:50,900 ...para convencer a criança a ser um rei mago, 153 00:09:50,920 --> 00:09:56,180 e uma flauta aos adultos para parodiar uma cena de sedução pastoral. 154 00:09:57,580 --> 00:10:03,560 Aqui, dois observadores de aparência citadina, são intercalados entre esta figura desenvolta 155 00:10:03,560 --> 00:10:07,340 e uma alegre dança realizada diante da sinistra forca... 156 00:10:07,340 --> 00:10:10,880 ...forca que encontramos neste outro painel das estações. 157 00:10:10,880 --> 00:10:14,040 Embora a execução do condenado ainda seja recente... 158 00:10:14,060 --> 00:10:18,420 o prazer dominante é o de contemplar a manada de vacas gordas... 159 00:10:18,460 --> 00:10:23,160 ...regressar à agradável aldeia onde as crianças brincam. 160 00:10:26,500 --> 00:10:30,620 No "Inverno", enfim, encontra-se este paralelismo entre o jogo do artista 161 00:10:30,620 --> 00:10:33,240 que oculta as cabeças dos cães enregelados, 162 00:10:33,260 --> 00:10:37,620 para criar um bouquet quase abstrato de caudas encaracoladas 163 00:10:37,640 --> 00:10:44,820 ...e o jogo da patinagem, que faz aparecer nestes aldeões uma humanidade bem maior do que no trabalho: 164 00:10:44,820 --> 00:10:46,920 entre os que ficam à margem 165 00:10:46,940 --> 00:10:48,880 e os reis da patinagem... 166 00:10:48,920 --> 00:10:51,680 ...há tímidas tentativas... 167 00:10:51,700 --> 00:10:54,180 ...cooperação... 168 00:10:54,220 --> 00:10:55,780 ..."pequenos dramas" 169 00:10:55,780 --> 00:10:57,420 ...falhanços... 170 00:10:57,480 --> 00:10:59,580 ...e imprevistos. 171 00:11:01,320 --> 00:11:06,160 A diferença entre Jongelinck e um camponês não é, portanto, uma diferença de natureza, 172 00:11:06,180 --> 00:11:08,860 como a que opunha o servo ao senhor, 173 00:11:08,860 --> 00:11:12,180 mas uma diferença de horizonte. 174 00:11:14,000 --> 00:11:17,660 Jongelinck possuía um último quadro de Bruegel: 175 00:11:17,660 --> 00:11:19,660 a "Torre de Babel"... 176 00:11:19,680 --> 00:11:23,140 ...representada como uma cidade flamenga contemporânea. 177 00:11:24,120 --> 00:11:28,140 Sem dúvida que ela é uma condenação do orgulho humano. 178 00:11:28,740 --> 00:11:35,680 Mas ela marca também a aparição de um fosso entre os sonhos de uma elite citadina, que observa o horizonte... 179 00:11:35,680 --> 00:11:38,280 ...adora construir... 180 00:11:38,280 --> 00:11:40,280 ...correr riscos... 181 00:11:41,860 --> 00:11:44,580 ...e a massa que permanece agarrada ao que conhece, 182 00:11:44,620 --> 00:11:47,120 cravada no seu pequeno pedaço de terra. 183 00:11:49,420 --> 00:11:56,700 A série das "Estações" traduz então, ao mesmo tempo, um sentimento de proximidade e de distância: 184 00:11:57,580 --> 00:12:03,300 proximidade daquele que vê no camponês uma forma de infância da humanidade... 185 00:12:03,300 --> 00:12:08,240 ...com a qual é bom voltar a ligar-se. 186 00:12:08,280 --> 00:12:15,780 Distância do mercador de elite, manifestando a superioridade daquele que sabe olhar os horizontes longínquos... 187 00:12:18,740 --> 00:12:27,800 ...contestando o controlo da terra reivindicado por uma aristocracia hedonista e decadente. 188 00:12:39,517 --> 00:12:44,750 Este é já o útimo episódio da série 1. Desejam mais episódios? 189 00:12:44,750 --> 00:12:50,917 Mais informações em: www.canal-educatif.fr 190 00:12:50,917 --> 00:12:55,250 Escrito e realizado por: 191 00:12:55,250 --> 00:12:59,517 Produzido por: 192 00:12:59,517 --> 00:13:03,784 Consultor científico: 193 00:13:03,784 --> 00:13:08,084 Financiamento e apoio público: 194 00:13:08,084 --> 00:13:12,350 Voz-off: 195 00:13:12,350 --> 00:13:16,650 Montagem e videografismo: 196 00:13:16,650 --> 00:13:20,917 Pós-produção/Som: 197 00:13:20,917 --> 00:13:25,250 Seleção musical: 198 00:13:25,250 --> 00:13:29,517 Música: 199 00:13:29,517 --> 00:13:33,784 Agradecimentos: Tradução de: Isabel Vaz Belchior 200 00:13:33,784 --> 00:13:35,784 Um filme do CED