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Format: Layer, Start, End, Style, Name, MarginL, MarginR, MarginV, Effect, Text
Dialogue: 0,0:00:06.76,0:00:09.24,Default,,0000,0000,0000,,Imaginemos que o cérebro \Nera capaz de se reiniciar,
Dialogue: 0,0:00:09.24,0:00:14.41,Default,,0000,0000,0000,,substituindo as suas células danificadas\Npor células novas e melhoradas.
Dialogue: 0,0:00:14.41,0:00:16.66,Default,,0000,0000,0000,,Parece algo digno de ficção científica,
Dialogue: 0,0:00:16.66,0:00:20.94,Default,,0000,0000,0000,,porém esta é uma realidade possível,\Nactualmente em investigação.
Dialogue: 0,0:00:20.94,0:00:24.50,Default,,0000,0000,0000,,Poderão, um dia, os nossos cérebros \Nrepararem-se a si próprios?
Dialogue: 0,0:00:24.50,0:00:28.32,Default,,0000,0000,0000,,É sabido que as células embrionárias\Nde cérebros jovens em desenvolvimento
Dialogue: 0,0:00:28.32,0:00:30.34,Default,,0000,0000,0000,,produzem neurónios novos,
Dialogue: 0,0:00:30.34,0:00:33.78,Default,,0000,0000,0000,,as unidades microscópicas\Nque compõem o tecido cerebral.
Dialogue: 0,0:00:33.78,0:00:39.24,Default,,0000,0000,0000,,Esses neurónios recém-gerados migram\Npara zonas do cérebro em desenvolvimento,
Dialogue: 0,0:00:39.24,0:00:43.13,Default,,0000,0000,0000,,fazendo com que este se organize\Nem diferentes estruturas.
Dialogue: 0,0:00:43.13,0:00:44.44,Default,,0000,0000,0000,,Até há pouco tempo,
Dialogue: 0,0:00:44.44,0:00:50.04,Default,,0000,0000,0000,,julgava-se que a produção celular \Nparava abruptamente após este crescimento,
Dialogue: 0,0:00:50.04,0:00:52.79,Default,,0000,0000,0000,,o que levava a que se concluísse\Nque doenças neurológicas,
Dialogue: 0,0:00:52.79,0:00:54.98,Default,,0000,0000,0000,,como o Alzheimer ou a doença de Parkinson,
Dialogue: 0,0:00:54.98,0:00:59.76,Default,,0000,0000,0000,,e acidentes cerebrais danosos, \Ncomo AVCs, eram irreversíveis.
Dialogue: 0,0:00:59.76,0:01:01.62,Default,,0000,0000,0000,,No entanto, descobertas recentes
Dialogue: 0,0:01:01.62,0:01:06.60,Default,,0000,0000,0000,,revelam que um cérebro adulto\Ncontinua a produzir novas células
Dialogue: 0,0:01:06.60,0:01:09.46,Default,,0000,0000,0000,,em pelo menos três zonas especializadas.
Dialogue: 0,0:01:09.46,0:01:12.42,Default,,0000,0000,0000,,Este processo, designado neurogénese,
Dialogue: 0,0:01:12.42,0:01:16.08,Default,,0000,0000,0000,,envolve células cerebrais específicas,\Nas células estaminais nervosas,
Dialogue: 0,0:01:16.08,0:01:17.92,Default,,0000,0000,0000,,assim como células progenitoras,
Dialogue: 0,0:01:17.92,0:01:22.25,Default,,0000,0000,0000,,que originam novos neurónios \Nou substituem os anteriores.
Dialogue: 0,0:01:22.25,0:01:25.21,Default,,0000,0000,0000,,As três regiões onde\Na neurogénese foi identificada
Dialogue: 0,0:01:25.21,0:01:29.35,Default,,0000,0000,0000,,são o giro denteado, envolvido\Nna aprendizagem e na memória,
Dialogue: 0,0:01:29.35,0:01:33.94,Default,,0000,0000,0000,,a zona sub-ventricular, que pode \Nfornecer neurónios ao bulbo olfactivo
Dialogue: 0,0:01:33.94,0:01:36.86,Default,,0000,0000,0000,,para estabelecer comunicação \Nentre o nariz e o cérebro,
Dialogue: 0,0:01:36.86,0:01:40.17,Default,,0000,0000,0000,,e o corpo estriado, que auxilia\No controlo do movimento.
Dialogue: 0,0:01:40.17,0:01:43.99,Default,,0000,0000,0000,,Os cientistas ainda não compreendem \Nna totalidade qual o papel
Dialogue: 0,0:01:43.99,0:01:47.62,Default,,0000,0000,0000,,desempenhado pela neurogénese\Nem cada uma destas regiões,
Dialogue: 0,0:01:47.62,0:01:51.99,Default,,0000,0000,0000,,ou o porquê de possuírem esta capacidade,\Nque está ausente no resto do cérebro,
Dialogue: 0,0:01:51.99,0:01:56.74,Default,,0000,0000,0000,,porém, a mera presença de um mecanismo \Nque gera novos neurónios no cérebro adulto
Dialogue: 0,0:01:56.74,0:01:59.60,Default,,0000,0000,0000,,abre-nos um mundo de possibilidades.
Dialogue: 0,0:01:59.60,0:02:04.66,Default,,0000,0000,0000,,Estaremos perante o mecanismo que fará\Ncom que o cérebro repare as suas cicatrizes
Dialogue: 0,0:02:04.66,0:02:07.88,Default,,0000,0000,0000,,semelhante a como uma nova camada de pele\Ncresce sob uma ferida,
Dialogue: 0,0:02:07.88,0:02:11.89,Default,,0000,0000,0000,,ou uma fractura óssea se sara a si mesma?
Dialogue: 0,0:02:11.89,0:02:13.78,Default,,0000,0000,0000,,Eis o ponto da situação.
Dialogue: 0,0:02:13.78,0:02:18.05,Default,,0000,0000,0000,,Certas proteínas e moléculas\Ncapazes de simular estas proteínas
Dialogue: 0,0:02:18.05,0:02:20.14,Default,,0000,0000,0000,,podem ser administradas no cérebro
Dialogue: 0,0:02:20.14,0:02:23.08,Default,,0000,0000,0000,,para incitar células estaminais\Nnervosas e células progenitoras
Dialogue: 0,0:02:23.08,0:02:26.60,Default,,0000,0000,0000,,a produzirem mais neurónios\Nnestas três zonas.
Dialogue: 0,0:02:26.60,0:02:28.74,Default,,0000,0000,0000,,O método ainda precisa\Nde ser aperfeiçoado
Dialogue: 0,0:02:28.74,0:02:31.16,Default,,0000,0000,0000,,para que a reprodução celular\Nseja mais eficiente
Dialogue: 0,0:02:31.16,0:02:33.08,Default,,0000,0000,0000,,e um maior número de células sobreviva.
Dialogue: 0,0:02:33.08,0:02:36.42,Default,,0000,0000,0000,,Contudo, pesquisas indicam que \Nas células progenitoras destas zonas
Dialogue: 0,0:02:36.42,0:02:40.02,Default,,0000,0000,0000,,são capazes de migrar para locais\Nonde tenha ocorrido uma lesão
Dialogue: 0,0:02:40.02,0:02:43.20,Default,,0000,0000,0000,,e gerar aí novos neurónios.
Dialogue: 0,0:02:43.20,0:02:45.31,Default,,0000,0000,0000,,Uma outra abordagem\Npossível e promissora
Dialogue: 0,0:02:45.31,0:02:48.31,Default,,0000,0000,0000,,é o transplante de células\Nestaminais nervosas humanas,
Dialogue: 0,0:02:48.31,0:02:51.84,Default,,0000,0000,0000,,de cultivo em laboratório, \Npara tecido danificado,
Dialogue: 0,0:02:51.84,0:02:53.76,Default,,0000,0000,0000,,tal e qual como fazemos com a pele.
Dialogue: 0,0:02:53.76,0:02:55.67,Default,,0000,0000,0000,,Actualmente, estão a ser feitos testes
Dialogue: 0,0:02:55.67,0:03:00.82,Default,,0000,0000,0000,,para apurar se as células transplantadas\Nse podem dividir, diferenciar
Dialogue: 0,0:03:00.82,0:03:06.15,Default,,0000,0000,0000,,e conseguir dar origem a novos neurónios\Nnuma zona de lesão cerebral.
Dialogue: 0,0:03:06.15,0:03:07.34,Default,,0000,0000,0000,,Foi também descoberto
Dialogue: 0,0:03:07.34,0:03:10.40,Default,,0000,0000,0000,,que possivelmente seremos capazes\Nde condicionar outras células,
Dialogue: 0,0:03:10.40,0:03:13.74,Default,,0000,0000,0000,,tais como os astrócitos \Ne os oligodendrócitos
Dialogue: 0,0:03:13.74,0:03:18.65,Default,,0000,0000,0000,,a comportarem-se como células estaminais\Nnervosas para gerarem neurónios também.
Dialogue: 0,0:03:18.65,0:03:22.99,Default,,0000,0000,0000,,Assim, daqui a umas décadas, conseguirão\Nos nossos cérebros auto-reparar-se?
Dialogue: 0,0:03:22.99,0:03:24.72,Default,,0000,0000,0000,,Não podemos afirmá-lo com certeza,
Dialogue: 0,0:03:24.72,0:03:29.07,Default,,0000,0000,0000,,mas esta premissa tornou-se numa das \Nmaiores metas da medicina regenerativa.
Dialogue: 0,0:03:29.07,0:03:31.85,Default,,0000,0000,0000,,O cérebro humano possui \N100 mil milhões de neurónios
Dialogue: 0,0:03:31.85,0:03:37.76,Default,,0000,0000,0000,,e ainda hoje tentamos desvendar \Na arquitectura desta placa-mãe biológica.
Dialogue: 0,0:03:37.76,0:03:44.48,Default,,0000,0000,0000,,Porém, a constante investigação nesta área\Nacerca-nos aos poucos do botão Reiniciar.