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(Kelly) Meu primeiro objetivo foi minha carteira de motorista.
O segundo foi ir aos Estados Unidos,
na Disneylândia.
(Dan) E com certeza morar sozinha também?
e morar sozinha, sim.
Quando ela era mais nova,
Kelly Fitzgerald fez uma lista de objetivos.
Ter sua carteira de motorista
e dirigir eram os primeiros da lista.
"Vamos!"
e a outra era ter um bom trabalho
que eu gostasse muito.
Como uma secretária em um escritório.
Continuo buscando mas é dificil achar
(Dan) E o último objetivo?
Quero arrumar um namorado e ser feliz.
(Dan) Conseguir sua carteira de motorista
e comprar um carro
foi o sonho de Kelly Fitzgerald, de 31 anos,
desde pequena.
De acordo com nossas fontes,
ela é uma das duas pessoas em Nova Zelândia
com Síndrome de Down
que alcançou esse êxito.
como todas as outras coisas na vida dela.
Seus irmãos que a motivaram,
(Kelly) Meus irmãos e minha irmã tinham suas carteiras de motorista, sentia um pouco de inveja.
Então quando me tornei uma adolescente,
decidi tirar minha carteira de motorista.
- (Dan) Quem te ensinou a dirigir?
- Meu tio Fred.
- (Dan) É? Foi difícil?
- Eu estava um pouco nervosa.
- (Dan) Você estudou muito?
- Sim
(Dan) Como você fez?
Você tinha a cartilha de direção?
A cartilha de direção e... é.
A prova escrita foi legal, tipo, arrasei.
(homem) Ok Kelly, o que você quer fazer hoje?
(Dan) Kelly mora em um apartamento só cinco minutos de sua mãe.
Ela é a mais nova de cinco irmãos
e felizmente os seus três irmãos mais velhos
também vivem perto.
Se algo acontece com o meu carro,
sempre corro para o telefone e tipo,
"Você pode me ajudar?"
Acho que o recheio está homogêneo.
(Dan) Quando Kelly nasceu,
seus pais Edna e Bill não sabiam
o que esperar.
Vieram de famílias grandes,
tinham muitos afazeres,
e Kelly tinha que se adaptar.
(Edna) Bem, quando a trouxemos para casa,
claro, tudo era novo
e não sabíamos como levaríamos a situação.
(Dan) O médico aconselhou a eles
a mantê-la ativa e continuar com a vida.
Há trinta anos,
este tipo de comportamento dos pais
era considerado um pouco inconvencional.
- Você colocou o recheio agora de manhã?
- Sim.
Ele só disse para continuarmos a mantê-la ativa
e foi isso que fizemos.
Nunca fizemos nenhuma exceção para ela.
Ela teve que se adequar
e fazer o que todos faziam.
Vou querer um pedaço grande.
(Dan) Kelly sabe de suas dificuldades
e sabe como quer que os outros
a tratem.
Nasci com Síndrome de Down,
existe um cromossomo extra
em meu organismo.
Não há nada de errado comigo,
somos crianças e adultos normais.
Como vão os jogos de sinuca?
Sinuca bola 8?
- Sinuca bola 8? Ah, muito bem.
- É?
Tenho os meus dias bons e os dias ruins.
(Dan) Umas das atividades
que Kelly mais gosta é Bola 8.
Ela joga em um time num café.
Sua vez Kelly
(Edna) Ela aprendeu mesmo
quando tinha cinco anos,
e então só melhorou,
ela ama.
Qual é a próxima?
(Edna) Nunca inventamos desculpas para ela
Nunca dissemos,"Ah, ela tem Síndrome de Down,
mas ela quer juntar-se a nós. Acabamos de chegar
e pensávamos, se ela consegue,
nós a incentivávamos.
Bem, Kelly acabou de me surpreender.
Outro exemplo de que ela é capaz de fazer
e a maneira que ela resolverá
qualquer coisa que a vida lhe trouxer.
- Parabéns, Kelly! De três você ganhou duas?
- Sim
Legal! Isso aí.
Ela só espera que as pessoas a trate
como qualquer outra, e acho que muitas vezes
as pessoas deficientes não têm
a coragem de fazer isto.
Os pais de Kelly tiveram uma maneira diferente
de lidar com a situação.
E sua mãe Edna escreveu um livro
sobre a vida de Kelly, chamado
"Nascida para Vencer"
Quando sua mãe disse que escreveria o livro
sobre mim e tal, eu fiquei apreensiva...
primeiro fiquei em dúvida,
mas quando minha mãe me explicou
um pouco melhor
eu disse,
tipo "Está bem, pode fazer".
(Dan) No lançamento do livro de Edna,
Kelly fez um discurso.
Nasci com Síndrome de Down há 30 anos.
Minha vida tem sido boa.
Nunca me vi como uma pessoa com deficiência.
E escrevi o livro
para inspirar outros pais a fazerem
como nós fizemos,
e se eles puderem tirar uma ideia do livro,
para ajudar seu filho,
eu penso: "Isso era tudo que eu queria".
Quando eu era pequena,
foram meus irmãos e irmã que me ensinaram
muitas coisas.
Me tratavam como uma criança normal
e assim que eu me via.
Quando você tem um bebê
com Síndrome de Down,
você não sabe como as coisas serão.
Não sabíamos nada a respeito.
Então só tínhamos um pensamento,
ela era normal.
Apesar de tudo, a vida é boa.
Bons amigos, passatempos, trabalho
e muitas coisas para me manter ocupada.
(Dan) Como você se sente
quando a vê dirigindo
e quando vem visitá-la,
ela faz tudo sozinha?
ah, estou muito orgulhosa dela.
Mas estou orgulhosa de todos meus filhos,
e eu realmente não a enxergo diferente dos outros.
É difícil deixar as coisas acontecerem .
Só chegar e dizer: "Oi, estou aqui.
E só quero participar".
Muito obrigada por tudo.
(aplausos da audiência)
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