Eu tenho aqui um copo vazio,

em frente a um papel azul e branco.

Se eu enchê-lo com água, o que vocês 
acham que acontecerá com as cores?

Será que continuarão as mesmas,
ou aparecerão de forma diferente?

Vamos ver o que vocês pensam.

Quem acha que as cores 
permanecerão as mesmas?

Quem acha que as cores 
aparecerão diferentes?

OK. A maioria de vocês está certa.

Algo vai acontecer, mas o quê?

Vamos verificar.

Este é um exemplo de como eu ensino 
física na minha classe, no caso, óptica.

Eu faço perguntas,
faço os alunos pensarem, preverem,

conversarem uns 
com os outros e explicar,

eu incentivo e inspiro a curiosidade,

e eles aprendem através da 
demonstração e de atividades.

Muitos alunos pensam que aprender física 
é como escalar um penhasco:

difícil, frustrante e sem fim.

(Risos)

Alguns deles ficam presos

e quando desistem, eles convertem
a energia potencial em energia cinética.

(Risos)

A física não tem que ser 
assustadora ou difícil.

A física não tem que ser 
chata ou cansativa.

Eu vejo a física como um enorme 
parque de diversões.

Eu gosto de física. Eu amo a física. 
Eu amo ensinar física.

Então, quero que meus alunos 
sintam a mesma vibração.

Podemos ensinar física com uma variedade 
de métodos e assim os alunos

terão uma compreensão mais profunda 
e se divertirão enquanto aprendem.

Meu nome é Kobi, Kobi Shvarzbord,

e eu sou professor de física há 16 anos.

Na minha escola,
25% dos alunos estudam física.

Isto é 300% maior que a média nacional.

Tenho aulas nas quais 
quase 50% são meninas.

É por isso que eu acredito

que o ensino da física deve ser 
emocionante e divertido.

O foco do ensino e aprendizagem fica 
no que realmente está sendo ensinado;

não no aluno ou no professor.

Eles estão envolvidos nas atividades.

Estou sempre em contato 
com outros professores,

trocando ideias
sobre a educação na física.

E a escola não é apenas
o meu local de trabalho.

Estar em aula, ensinar, é o que eu amo,

minha diversão, meu desafio,
minha aventura, minha inspiração.

Então, eu quero convidá-los
a dar uma olhada na minha sala de aula,

no meu parque de diversões, 
a Terra da Física.

Nós vamos começar agora.

Vamos resolver um problema da forma 
como eu me lembro de aprender física.

Dada a velocidade inicial de uma esfera

e a distância horizontal
desde o ponto de partida,

qual é a altura
acima do nível do lançamento,

que a bola passará durante seu movimento?

Podemos desenhar a bola. 
Aqui é a velocidade inicial.

Colocamos as coordenadas x, y, 
e escrevemos uma equação.

O componente x da posição 
é a velocidade inicial,

multiplicado por cos(teta), 
multiplicado pelo tempo.

Espere um minuto, eu acabei de dizer 
que podemos fazer isso de outro jeito.

Meus alunos têm a mesma tarefa, 
mas eles realmente a fazem.

Eles calculam para diferentes distâncias

até que altura

a bola sobe durante seu movimento,

e eles precisam anexar
um pequeno anel naquele ponto.

É um esforço de equipe. 
Eles levam isso muito a sério.

Após anexarmos todos os anéis,

lançamos a bola, cruzamos os dedos.

Oito anéis. Uma bola.

Será que vai passar por todos eles? 
Você tem que ver isso.

(Viva!)

(Aplausos)

A resposta dos alunos é incrível.

Veja como os alunos ficam 
animados com a física!

E eles nunca esquecem de postar
o "selfie" do nosso grupo no Facebook.

(Risos)

Existe alguma criança
que não gosta de doces?

E que tal ursinhos de goma?

Por que não usar ursinhos 
de goma em física?

Tipo, para fazer ondas.

Meus alunos construíram uma máquina 
de ondas simples, com ursinhos de goma.

Sim, vocês ouviram corretamente. 
Ursinhos de goma. Vocês têm que ver isso.

Preciso de dois voluntários, 
por favor, para me ajudar.

Obrigado,

obrigado.

Venha, você segura esse lado, 
e você pode segurar esse lado.

Esta é a diferença
que eu estava procurando.

Esta é uma atividade emocionante,

mas ao mesmo tempo,

ela lida com o conceito básico 
de ondas mecânicas

e o equívoco comum que os alunos 
têm sobre esse assunto.

Eles de fato medem a velocidade da onda

e chegam à conclusão

de que ela depende apenas
das propriedades da matéria.

Eles veem que a onda se move,

mas os ursinhos de goma 
ficam na mesma posição.

Um dos principais equívocos dos alunos.

Obrigado por me ajudar.

(Aplausos)

Após terminarmos a atividade,

e para ser honesto,
mesmo durante o experimento

eles comem os ursinhos de goma.

(Risos)

Então eles percebem que a física pode 
ser também saborosa e doce.

E eu não vou nem falar sobre a atividade 
de decaimento radioativo com M&Ms.

Como podem ver, a comida tem lugar 
especial na minha classe e coração.

(Risos)

Antes de terminarmos a nossa viagem, 
eu quero levá-los para longe.

Quero levá-los ao acelerador 
de partículas do CERN,

próximo à fronteira da França com a Suíça,

uma visita à vanguarda
da pesquisa em física.

Depois que participei de um programa
de professores do ensino médio no CERN,

por três semanas,
com professores de todo o mundo,

eu trouxe a física das partículas 
para minha sala de aula.

Meus alunos construíram 
um detector de partículas.

Eles puderam realmente ver a interação

entre as partículas de raios 
cósmicos e o detector.

Eles até jogam cartas
para entender o Modelo Padrão,

os blocos de construção 
básicos da matéria.

Esta atividade foi criada por um grupo 
de professores de diferentes países.

Mas o mais emocionante foi ter levado
meus alunos para visitar o CERN.

Lá, eles puderam ver o maior
e mais complexo instrumento

que já foi construído pela humanidade.

De fato, no CERN, eles podem ver
como a pesquisa em física é conduzida,

e encaram as principais perguntas 
que os físicos procuram hoje.

Porque há muito mais matéria
do que antimatéria no universo?

O que é a matéria escura?

O que há além do Modelo Padrão? 
A supersimetria, talvez?

Eles percebem que não sabemos tudo
e que não entendemos tudo.

Mas o principal para eles
é que compreendam que, talvez,

eles sejam os futuros cientistas 
que talvez descubram

a resposta para essas perguntas.

E se você não pode levar 
seus alunos ao CERN,

leve o CERN até seus alunos.

Agende uma visita virtual
ou uma videoconferência.

Eu não comecei ensinando assim.

Só depois de ensinar por muitos anos,

eu procurei fazer algo a mais.

Eu queria fazê-lo de forma diferente 
para os meus alunos.

Queria fazê-lo de forma mais tangível, 
emocionante, mais significativa para eles.

Eu quero que eles aprendam melhor, 
compreendam melhor,

e ao mesmo tempo,
divirtam-se e aproveitem.

Eu não criei todas essas atividades. 
Eu pesquisei e tive ajuda.

Professores, vocês só precisam 
querer encontrar

algumas atividades legais e emocionantes.

Está tudo lá fora. Pesquisem na internet.

Procurem outros professores
e troquem ideias com eles.

Torne-se membro de uma comunidade 
de aprendizagem de professores de física.

Tenha a coragem de começar
e faça isso em sala de aula.

Na minha aula, a física não é mais difícil, 
assustadora, ou chata.

Meus alunos sabem que a física está 
em tudo o que nos rodeia.

Até na minha camisa.

Então, veja, ensinar física 
de forma diferente

é "física-mente" possível!

Obrigado.

(Aplausos)