Já viram aquelas mensagens que saltam na tela do seu computador e dizem: "Atualização de software disponível. Você quer instalá-la agora?" Nossos computadores usam programas para processar muita informação. E os programadores sabem que, usando programas falhos, temos resultados falhos. Por isso temos o processo de atualização nos computadores. Seu subconsciente funciona da mesma forma. Nosso subconsciente processa até 40 milhões de unidades de informação a cada segundo. Para poder processar toda essa informação, nosso subconsciente escolhe programas. E estamos escolhendo esses programas desde a infância. E agora, adultos, podemos estar funcionando com os mesmos programas e tendo resultados bagunçados. Quem quer atualizar a programação do seu subconsciente? Eu descobri como atualizar o meu e quero compartilhar isso com vocês. Quero que brinquem comigo um instante. Todo mundo, cruzem os braços. Bom, agora olhem para baixo. Vejam qual braço ficou por cima. Descruzem e cruzem novamente, com o outro braço por cima. Como se sentem? É estranho, desconfortável. Esta pessoa aqui está assim: "Meu braço não faz isso". (Risos) Isso que vocês estão sentindo, na ciência, se chama "dissonância cognitiva". A dissonância cognitiva afirma que não podemos manter duas ideias conflitantes, sem desconforto. Nosso cérebro não consegue manter duas ideias conflitantes sem desconforto. Podem descruzar os braços. Não quero que fiquem o tempo todo de braços cruzados. O que sentiram aí foi a sensação de programas conflitantes. A dissonância cognitiva é uma das coisas que nos dá a oportunidade de atualizar nossa programação subconsciente. A outra coisa é esta: quando se trata de comunicação, existem três partes principais. As palavras que falamos e a entonação dessas palavras. Já tiveram problemas por causa da entonação da sua voz? Sim, tem mensagens nela. A terceira parte são os nossos gestos ou nossa linguagem corporal. Assim, quando não sabemos qual mensagem estamos dando com nossa linguagem corporal, quando não concordam com nossas palavras, as pessoas vão ignorar as palavras que elas ouvem, e acreditar nos gestos que veem, porque nosso subconsciente entende a diferença entre essas duas mensagens. Mas como nosso cérebro pode mandar duas mensagens diferentes ao mesmo tempo? Porque é o subconsciente que controla a maior parte da nossa linguagem corporal. Lembrem-se, nosso subconsciente funciona com programas. Nosso subconsciente ou todo nosso cérebro tenta conservar energia. Nosso cérebro quer conservar energia e sabe que é mais fácil manter o programa atual do que adotar um novo. Assim, quando juntamos essas duas ideias, temos acesso à atualização da programação do nosso subconsciente. Vou explicar contando como era minha vida pouco tempo atrás. Apenas seis anos atrás, eu estava numa situação, digamos, muito difícil. Tentei interagir com as pessoas e descobri que elas são muito argumentativas, imprevisíveis e difíceis de conviver. Isso não era legal, e decidi que todo mundo no planeta era mau. Simplesmente era assim. Cheguei ao ponto em que mandava as crianças ao colégio de manhã e me escondia dentro de casa. Não abria a porta e não atendia o telefone porque, independentemente de quanto eu tentasse, o resultado que eu obtinha não equivalia ao esforço que eu fazia para interagir com pessoas. Sentia-me travada. Estava assim e via as pessoas tendo oportunidades, mas não conseguia uma para mim. Apesar de, na minha vida, ter trabalhado como engenheira de simulação de voos e explosivos, esse foi o momento da minha vida no qual mudei e comecei a estudar comunicação e linguagem corporal. Quando entendi essas duas partes que acabo de relatar, comecei a perceber que me davam a opção de mudar a forma como eu interagia com as pessoas. Comecei a colocar isso em prática, porque queria entender por que algumas pessoas conseguiam entender essas coisas, mas eu não. Deixem-me ensinar um pouco sobre linguagem corporal para que possam entender o que está acontecendo aqui. Quando alguém se sente fraco, se me sinto fraca, vou usar linguagem corporal fraca e fechada, meus ombros descem, cruzo os braços, olho para baixo, talvez até coloque o peso em uma das pernas, porque me sinto fraca. Em contraste, quando alguém se sente forte, sua linguagem corporal se abre; pode deixar os braços para baixo, ao lado, seus ombros sobem, seu queixo sobe, ele sorri, o peso fica distribuído em ambas as pernas. Agora lembrem-se, na minha vida, nessa fase, eu me sentia fraca, mas queria ser forte. Então decidi que ia entender isso. Olhei ao meu redor para as pessoas bem-sucedidas. Olhei para as celebridades, para os donos de negócio, olhei para as pessoas ao meu redor que tinham relacionamentos fortes e poderosos; e percebi que as pessoas bem-sucedidas não se comportavam como eu. Eu me vi desta forma: como me sentia fraca e tinha medo das pessoas com as quais interagia, frequentemente eu cruzava os braços. Deixava os braços cruzados com frequência e, se alguém me perguntasse por quê, eu dizia: "Porque não tenho onde colocar as mãos quando não estou usando-as. Não quero que fiquem aí penduradas. Vou cruzar os braços". Mas, quando observava essas pessoas bem-sucedidas, quando não estavam usando as mãos, colocavam-nas ao lado. Decidi que ia tentar isso. Se pudessem estar dentro do meu cérebro nesta época, teria sido muito divertido, porque, enquanto andava por aí, havia uma dissonância dentro da minha mente, porque o programa antigo estava dizendo: "Pessoas não são seguras". Mas eu estava escolhendo enviar a mensagem de que me sentia forte, confortável e aberta com as pessoas. Então eu dizia: "Minhas mãos vão ficar aqui, quando eu não as estiver usando". Não significa que eu andava por aí assim, isso seria muito estranho, mas significa que, quando não estava usando as mãos, as colocava assim. Aí meu subconsciente dizia: "É mais confortável cruzar os braços". Eu dizia: "Não, quero meus braços aqui". "Cruze", "Aqui", "Cruze", "Aqui", "Cruze", "Aqui". Era assim na minha mente. Depois de um tempinho, meu subconsciente decidiu: "Quer saber? Vai ser mais fácil adotar esse programa novo e parar de discutir com ela". E comecei a me sentir diferente. As pessoas à minha volta começaram a perceber. Podem sentir isso comigo agora. Alguns de vocês podem ter ouvido falar deste termo científico: "gravidade". Já ouviram falar? Ela nos puxa para baixo muito bem e, ao longo do dia, ela gosta de puxar nossos ombros e nosso queixo para baixo. Todos vocês, deixem seu queixo e seus ombros descerem. Como se sentem? As pessoas me dizem que se sentem cansadas, sobrecarregadas, deprimidas. Agora, ao contrário, coloquem os ombros para cima e o queixo um pouco mais para cima. Como se sentem? Vocês se sentem poderosos, tipo: "Estou acordada, consigo fazer isso". Acabam de sentir a diferença em mudar ou escolher um novo programa. Em 2009, um estudo foi publicado no "European Journal of Social Psychology", no qual pediram para as pessoas preencherem uma autoavaliação e elas fizeram esta autoavaliação ou em uma postura derrubada ou em uma postura boa. Aquelas com boa postura se deram notas mais altas. Por fim sua vó estava certa, ela era bem inteligente, sempre dizia para você manter boa postura. É uma oportunidade de sentir-se diferente por dentro. Foi uma das coisas que fiz para mudar minha programação. Posso compartilhar mais duas? O que percebi em mim mesma... não, vamos falar de vocês por um instante. Quando se trata de linguagem corporal, reparo sempre em linguagem corporal e já trabalhei com milhares de pessoas. Descobri que a maioria das pessoas usa uma linguagem corporal que afasta. Elas afastam, aí se perguntam por que não ganham promoções no trabalho, aumento de salário, oportunidades ou relacionamentos na vida. Mas estão afastando as coisas. A forma mais rápida de ver alguém usar uma linguagem corporal que afasta é dar-lhe um elogio. Quando vocês dão um elogio, como as pessoas reagem? "Obrigado." E jogam o elogio fora ou dão alguma explicação. Adoro isso, faço um pequeno teste o tempo todo. Dou um elogio a alguém e assisto a sua linguagem corporal. Frequentemente, as pessoas limpam as calças, quando recebem um elogio, ou limpam os ombros. O meu predileto foi uma vez que elogiei uma moça e ela disse: "Ah, obrigada". (Risos) Eu pensei: "Era uma meleca nojenta que você precisava tirar do dedo". Quando recebemos elogios, se não sabemos receber elogios, como vamos receber outras coisas? Percebi isso e decidi que queria acessar esse programa que existia dentro de mim, o que quer que ele fosse. Percebi que a maneira mais fácil de fazer isso seria mudar como reagia a elogios. Então, em vez de afastar elogios, decidi que, quando recebesse um, iria pegá-lo ali na minha frente e colocá-lo delicadamente no meu coração. Eu fazia assim, enquanto usava a palavra mágica: "Obrigada". Já ouviram essa palavra? Ela é ótima. Tentem isso comigo: "Obrigada". Façam outra vez. Isso é legal. Obrigada. Percebam como o canto da sua boca subiu, quando fizeram isso, porque sentiram a diferença. Sentiram a diferença. Quando usam esta linguagem corporal, estão mudando o programa nos seus subconscientes. Enquanto eu fazia isso na minha vida, as pessoas começaram a perceber a diferença em mim. Uma dessas pessoas foi meu filho adolescente. Nesta fase da minha vida, ele tinha 13 anos, e tínhamos nos mudado muito. Ele já havia ido a quatro colégios diferentes. Alguém já esteve no ensino médio? É um lugar maluco. E ele foi para quatro. Um dia ele chegou em casa depois do primeiro dia no seu quarto ensino médio. Agora preciso de um voluntário. Excelente! Pode subir e ser meu voluntário? Então ele acabava de chegar em casa depois do primeiro dia no colégio. O que quero de você, eu preciso de excelente linguagem corporal de menino adolescente. Pode fazer isso para mim? Ótimo. Assim. Isso, pegue o telefone. Vamos guardar isso um instante, mas cruze os braços. Fique parado, mas vire para cá para todos poderem vê-lo. Já viram um adolescente? Esta linguagem corporal está ótima. (Risos) Isso, exatamente. Aqui está meu adolescente e ele está assim enquanto diz: "Mãe, por que as crianças ficam implicando comigo?" E eu disse: "Ah, sim. Vou te dizer. Eu te ajudo com isso". E ele: "É linguagem corporal?" Eu disse: "Sim, querido, é isso que faço". E ele: "Tudo bem. Diz, então". Eu sabia que, com esse comportamento, eu só tinha tempo de compartilhar uma atitude corporal com ele. Eu queria compartilhar algo que passasse uma mensagem diferente. Mas que também passasse uma mensagem diferente para seu subconsciente. Escolhi as pernas. Perguntei para ele: "No colégio, fica com o peso em uma perna só, assim?" E ele: "Sim, mãe, todos nós fazemos isso. É óbvio!" E eu: "Bem, espertinho. Sabia que, quando fica com as pernas assim, envia uma mensagem fraca. Ela envia a mensagem que se sente fraco, e que pode ser facilmente derrubado". Então eu disse: "Se colocar o peso em ambas as pernas, quando estiver nos armários ou diante da sala de aula, isso vai mandar a mensagem de que está firme nas bases e as pessoas vão te tratar diferente". Ele revirou os olhos e disse: "Tá bom, mãe". Obrigada. Obrigada por ser meu voluntário. (Aplausos) Esperei e pensei: "Bem, vamos ver o que acontece". Umas duas semanas depois, ele chegou em casa, entrou em casa e, quando ele me olhou, eu sabia que havia algo que ele não estava pronto para compartilhar. Então esperei com paciência. Ele veio ao meu lado e disse: "Mãe, funciona". E saiu correndo para o quarto. (Risos) Mas ele tentou. No final desse ano, dei a ele a opção de mudar de colégio novamente, e ele disse: "Não, mãe. Tenho mais amigos e melhores resultados neste colégio do que em qualquer outro que já fui". E a única coisa que lhe ensinei foi as pernas. Mas ensinar isso ajudou-o a acessar programas no seu subconsciente. Você tem uma atualização disponível para a programação do seu subconsciente. A pergunta é: você vai instalá-la agora? Mude a sua linguagem corporal e mude os seus resultados. (Aplausos)