O seu próximo frigorífico pode saber mais
sobre a sua dieta do que o seu médico.
Quantos objectos tem ligados à Internet?
Há uma década, diria talvez um ou dois,
sendo pioneiro na tecnologia smartphone.
Mas hoje, bem, eu tenho um computador
para o trabalho, um pessoal, um tablet,
um smartphone, uma consola de videojogos,
um leitor multimédia, tenho smart TV,
até um frigorífico inteligente.
Agora alargue esta tendência,
o que obtemos?
Estima-se que em 2020 haverá 50
milhares de milhões de objectos
ligados à internet.
Milhares de milhões.
O US Census Bureau estimou também
que seremos 7,6 milhares de milhões.
Isto é, para cada indivíduo,
haverá 6,6 objectos ligados à Internet.
Isto é, um mundo coberto
por milhões de sensores que extraem dados
a partir de objectos físicos verdadeiros
espalhados pelo mundo, e fazem upload
para a Internet.
Este mundo adapta-se conforme caminhamos,
porque há tecnologia em que nem reparamos
a observar cada passo.
É um mundo em mudança constante,
por causa destes sensores e da Internet.
Chamamos-lhe a Internet dos Objectos.
Vamos até à sala do futuro.
Esta sala identifica-o imediatamente,
acedendo a um perfil na nuvem com
preferências como clima, música, luz
e decoração. Trabalhou o dia todo?
O espaço sabe-o através do calendário
do telemóvel e de biossensores
que detectam o stress através
da pressão arterial e batimento cardíaco.
Desliga-lhe a habitual música rock
e põe uma música clássica mais suave.
A partir de sensores ambientais lá fora
e talvez na própria roupa,
sabe que nevou hoje, portanto
o ar condicionado aumenta o calor
antes que entre pela porta.
Quanto ao software, estes algoritmos
são tão sofisticados que talvez possam
prever o que quer antes que o saiba.
Por exemplo, quando chegar ao frigorífico,
ele diz-lhe o que pode fazer com o que tem,
e já lhe diz o que tem e a refeição ideal,
consoante o seu estado de espírito,
nível de actividade,
talvez... bem, o regime de perda de peso,
como para alguns de nós.
Qual o número de objectos
que podem ser ligados à Internet?
Vejamos, a IPV6, a última versão do
protocolo Internet, cria mais endereços
do que os átomos na superfície terrestre.
Teremos de viver num mundo completamente
cheio de sensores, com dados que reagem
a nós, em constante alteração conforme
as nossas necessidades. Já nem pergunto:
"Qual a sua cor preferida? Ou música?"
Vou perguntar: como é a sua realidade?
Sei como é a minha quando chego a casa,
a forma como o mundo reage a mim.
Mas como reage a si?
Isto vai além de filosofia ou tecnologia.
Altera a realidade como a conhecemos.
Tudo regulado pela Internet dos Objectos.