Nós definimos "atenção plena" ("mindfulness")
como atenção momento-a-momento sem julgamentos
fácil, simples
nada particularmente budista até aqui
atenção momento a momento, sem julgamentos
você só está vivo neste momento
isso é outra coisa que tendemos a esquecer
o único momento em que estamos vivos é agora
mas se você começar a prestar atenção
onde sua mente está
na maior parte do tempo não está no agora
não está aqui
está em algum outro lugar
na obsessão por algo que ainda não aconteceu
isso se chama preocupação
e quando não está se preocupando, está planejando
e não há nada de errado em planejar
se preocupar é mais como dirigir seu carro
com os freios ativados
seria bom dirigir sem os freios
porque você pode estourar o seu motor
e quando você não está no futuro...
você pode testar isso em você mesmo
e para aqueles de vocês que meditam, sabem disso,
é horrivelmente humilhante... você está no passado!
geralmente chateados...
tentando explicar porque é tão ruim agora
porque estou deprimido agora
isso é a ruminação
você está no passado, o que aconteceu...
ou no futuro, o que isso vai significar...
sabe, tentado descobrir tudo antecipadamente
cair em ruminação depressiva
e como vocês já ouviram de muitos palestrantes
não há jeito de sair
senão ir pra baixo para fundos mais e mais escuros
não há liberdade lá, não há liberação lá,
é como bater na própria cabeça com um martelo
de novo e de novo
e Abraham Maslow observou uma vez, como sabem,
"quando a única ferramenta que você tem é um martelo,
tudo tende a parecer prego".
então você passa a ter o hábito
e você faz porque é melhor do que não fazer
você vê, temos horror a não fazer
terror, de não fazer nada
mas as pessoas não entendem
que "não-fazer" não é não "não fazer nada"
é abrir-se para o domínio do ser
e num certo sentido você pode dizer que
nada é tudo
você não pode ter o vazio sem o todo
eles "inter-são"
vamos dar uma olhada na senteça
então atenção é momento-a-momento...
em nossa maneira de falar sobre isso,
é atenção momento a momento, sem julgamentos,
cultivada ao prestar atenção
e então isso é tudo (em francês)
simples, nada complicado (em francês)
prestar atenção, de propósito, no momento presente,
sem julgamentos, e eu adicionaria,
e eu realmente faço, quando estou lecionando,
como se sua vida dependesse disso.
e depende.
de mais maneiras, gosto de dizer,
de mais maneiras do que você pensa
e de mais maneiras do que você possivelmente
pode imaginar
porque não tem a ver com pensamento.
Então, MSBR, resumidamente,
é aprender a parar, pausar o corpo,
e observar o que acontece em seu corpo e mente
apenas pare
é um ato radical de amor
parar
falamos de compaixão, de amor e cuidado
mas parar é ter compaixão, parar
se sentar na posição da dignidade do seu corpo
é um ato radical de amor
abrir-se para a realidade das coisas
sem ter que encher seus momentos com nada
é um ato radical de amor
exatamente aqui neste momento
como eu seria em relação à (realidade)
e então você começa a descobrir
a atenção que carregamos por aí todo dia
e não prestamos atenção à ela, não a refinamos
não a cultivamos
é segura, nós podemos descansar na atenção plena
vamos dizer que um medo apareça
bem, você pode abraçar o medo...
não é o que fazemos com o medo
nós começamos a insistir nele
ou, com a depressão
um sentimento que, algum pensamento diz
que não sou bom, e seguido por evidências
que você não é bom
mas e se aquele pensamento aparecesse
e a atenção apenas a visse
a cognição dos elementos a vê
e ao vê-la é como se tocasse uma bolha de sabão
o pensamento só vai e "puff"...
e nenhum pensamento futuro, em sequência,
essa é a natureza da atenção
ela erradica o pensamento
mas temos que cultivar paciência
temos que cultivar estabilidade da mente
para que possamos de fato descansar na atenção
e exige um monte de trabalho, muita prática
mas não muito esforço ou luta ou forcação...
mas sair do nosso próprio caminho
saindo do nosso próprio caminho
nós somos a única espécie no planeta
que se mete no próprio caminho
os pássaros nunca cruzam as asas e não podem voar
os tigres correndo pelas florestas... eles não tropeçam
e pensam: "Deus, é muito difícil com quatro patas,
e se manter em harmonia com elas..."
nós somos a única... a única...
espécie no planeta que se mete no próprio caminho
nós dizemos, "o meu Deus, não sei o que fazer"
"não posso me mover"
é uma doença ("dis-ease", como em "des-facilitar")
de auto-conhecimento
uma doença ("des-facilitação") de atenção
é uma ignorância de algo fundamental
e ser orientado por outros elementos
como ambição e ódio, como os budistas falam,
gostar e não gostar
e tendo toda a atenção que temos
para o gostar e não gostar
e nem sabemos quem está fazendo isso
e se conseguimos o que queremos
nós não vamos querer mais aquilo
e queremos algo diferente
e então não há fim para isso, para o desejo
então parar é um ato radical
e é, em essência, um ato incrível de auto-compaixão e sabedoria
exatamente agora, e aqui
não em algum grandioso futuro
e isso, a porta para a descoberta a atenção
e o estado desperto, aqui e agora
a razão pela qual estou lhes dizendo tudo isso
é que isso é o que fazemos com nossos pacientes
nunca mencionamos o Budismo
nós usamos as palavras "meditação" e "yoga"
mas elas se tornam tão naturais que
as pessoas não recuam delas de maneira nenhuma
mas o que estamos falando mesmo é Ser
mas não às custas de "fazer"
estamos falando sobre como viver o Ser
em tal grau que o "fazer" flua a partir do "ser".