Todos os anos, e apenas nos EUA,
há 2 077 000 casais que tomam
a decisão legal e espiritual
de passarem juntos o resto da sua vida ...
(Risos)
e de não terem relações sexuais
com mais ninguém,
nunca mais.
Ele compra um anel, ela compra um vestido.
Vão às compras e compram
todo o tipo de coisas.
Ela leva-o ao Arthur Murray
para aulas de danças de salão.
E finalmente chega o grande dia.
Ficarão perante Deus e a família
e um tipo qualquer com quem
o pai uma vez fez negócios,
e prometerão que nada,
nem a pobreza extrema,
nem uma doença terminal,
nem a completa e total infelicidade
alguma vez irá diminuir
o seu eterno amor e devoção.
(Risos)
Estes jovens idiotas otimistas
prometem honrar e amar-se mutuamente
durante a menopausa,
crises de meia-idade
e um aumento de peso de 25kg,
até àquele dia longínquo
em que um deles pode finalmente
descansar em paz.
Isto porque já não conseguem
ouvir o ressonar.
E depois ficam podres de bêbados
e atiram bolo à cara um do outro
e dançam a 'Macarena'.
E lá estaremos
a inundá-los de atoalhados e torradeiras,
a beber-lhes o álcool à discrição,
e, sempre, a atirar-lhes arroz
mesmo sabendo, estatisticamente,
que metade estarão divorciados
no espaço 10 anos.
(Risos)
Mas a outra metade não, certo?
Esses continuarão
a esquecer-se dos aniversários,
a discutir o destino de férias
e a forma como o papel higiénico
deve sair do rolo.
E alguns desses continuarão a gostar
da companhia um do outro
mesmo quando já nenhum
consegue mastigar comida sólida.
Os investigadores querem saber porquê.
Mas não é preciso um estudo
extensivamente controlado
para perceber o que falha nos casamentos.
Falta de respeito, tédio,
demasiado tempo no Facebook,
terem relações sexuais
com outras pessoas.
Mas podem ter o exato oposto
destas coisas
— respeito, diversão,
uma ligação de Internet avariada,
uma monogamia estonteante —
e mesmo assim tudo pode ir pelos ares.
Portanto, o que é que acontece
quando não é assim?
O que têm em comum os casais
que sobrevivem lado-a-lado até à cova?
O que é que eles estão a fazer certo?
O que é que podemos aprender com eles?
E se continuam a dormir
sozinhos, alegremente,
porque é que devem
deixar o que estão a fazer
e fazer do vosso objetivo de vida
encontrar aquela pessoa especial
que podem chatear o resto da vida?
Os investigadores gastam
milhares de milhões dos nossos impostos
a tentar encontrar a resposta.
Vigiam casais felizes
e estudam todos os seus
movimentos e maneirismos.
E tentam descobrir
o que os torna diferentes
dos vizinhos e amigos infelizes.
Parece que as histórias de sucesso
partilham algumas semelhanças,
para além de não terem relações sexuais
com outras pessoas.
Por exemplo, nos casamentos mais felizes,
a esposa é mais magra
e mais bem parecida que o marido.
(Risos)
Óbvio, não é?
É óbvio que isto leva
à felicidade matrimonial
porque as mulheres importam-se muito
em serem magras e bonitas,
enquanto que os homens preocupam-se
essencialmente com sexo,
idealmente com mulheres
mais magras e bonitas do que eles.
Mas a beleza destes estudos
é que ninguém está a sugerir
que as mulheres têm
que ser magras para serem felizes;
apenas temos que ser mais magras
que os nossos parceiros.
Portanto, em vez daquelas
penosas dietas e exercícios,
só temos que esperar
que eles fiquem gordos...
(Risos)
talvez fazendo algumas tartes.
Isto é boa informação a reter,
e não é assim tão complicado.
Os estudos também indicam
que os casais mais felizes
são os que se concentram
nos aspetos positivos.
Por exemplo, a esposa feliz.
Em vez de apontar
para a maior cintura do marido
ou sugerir que ele vá correr,
poderá dizer,
"Querido, obrigada
por teres feito o esforço
"para me tornares
relativamente mais magra."
Estes são casais que encontram
o bom em qualquer situação.
"Sim, foi devastador quando perdemos
tudo naquele incêndio,
"mas até é bonito dormir aqui fora,
debaixo das estrelas,
"e ainda bem que tens
essa gordura corporal
"para nos mantermos quentes".
Um dos meus estudos preferidos
descobriu que,
quanto mais disposto o homem
estiver para tarefas domésticas,
mais atraente será para a esposa.
Como se fosse preciso
um estudo para nos dizer isto.
Mas o que se passa é o seguinte:
Quanto mais atraente ela o achar,
mais sexo farão;
quanto mais sexo fizerem,
mais simpático ele é;
quanto mais simpático ele for,
menos ela se queixa de ele deixar
as toalhas molhadas na cama
e, basicamente, vivem felizes para sempre.
Portanto, homens, talvez queiram
ajudar um pouco mais
nos trabalhos domésticos.
Esta aqui também é interessante.
Um estudo descobriu
que pessoas que sorriem
em fotografias da infância
terão menores possibilidades
de se divorciarem.
Isto é um estudo verdadeiro,
e deixem-me clarificar.
Os investigadores não estavam à procura
de relatos pessoais
que documentam infâncias felizes
nem a estudar antigos diários pessoais.
Os dados analisavam apenas
se as pessoas pareciam felizes
nestas fotografias de infância.
Eu não sei qual a vossa idade,
mas quando eu era criança,
os pais tiravam fotografias
com uma máquina fotográfica especial
que guardava uma coisa
chamada 'rolo de filme'
e, santo Deus, os rolos eram caros.
Eles não tiravam 300 fotografias nossas
naquele modo de disparo rápido
para depois escolherem a fotografia
com o melhor sorriso
para o cartão de Natal.
Não, não.
Eles vestiam-nos, alinhavam-nos.
Nós sorríamos para a porra da máquina
como nos mandavam
ou podíamos dizer adeus
à nossa festa de aniversário.
Mesmo assim, tenho uma pilha
de fotografias
de uma falsa felicidade infantil
e fico feliz por fazerem de mim
uma pessoa menos propensa ao divórcio.
Portanto, que outras coisas podem fazer
para salvaguardar o vosso casamento?
Não ganhem um Óscar para melhor atriz.
(Risos)
Estou a falar a sério.
Bettie Davis, Joan Crawford,
Hallie Berry, Hillary Swank,
Sandra Bullock, Reese Witherspoon,
ficaram todas solteiras, pouco depois
de ganharem aquele prémio.
Até lhe chamam a maldição do Óscar.
É o beijo de morte do matrimónio
e algo que deve ser evitado.
Não é apenas ter desempenhos
de sucesso nos filmes que é perigoso.
Parece que basta ver comédias românticas
para a satisfação
numa relação cair a pique.
(Risos)
Aparentemente, a perceção amarga
de que poderia ter acontecido connosco,
mas que obviamente não aconteceu
e provavelmente nunca acontecerá,
torna a nossa vida
insuportavelmente tristes
em comparação.
Teoricamente, se optarmos por um filme
em que alguém é brutalmente assassinado
ou morre num brutal acidente de viação,
é mais provável saírem do cinema
com um sentimento de que até estamos bem.
Beber bebidas alcoólicas, segundo parece,
é mau para o casamento.
É verdade.
Não posso falar mais sobre isso
porque deixei de ler depois do título.
Mas esta é uma assustadora:
O divórcio é contagioso.
É verdade — quando
um casal nosso amigo se separa,
a probabilidade de nos divorciarmos
aumenta em 75%.
Tenho a dizer que esta
não percebo de todo.
O meu marido e eu temos visto
vários amigos dividirem os seus bens
e depois sofrerem
por terem a nossa idade e serem solteiros
numa era de 'sexting' e Viagra
e "sites" de relacionamentos.
E acho que já fizeram mais
pelo meu casamento
do que uma vida de terapia
conseguiria fazer.
Agora devem estar a pensar:
Porque é que as pessoas se casam?
Bem, o Governo Federal dos EUA
tem mais de 1000 benefícios legais
para quem tem um cônjuge,
uma lista que inclui direitos
de visita na cadeia
— mas, com alguma sorte,
nunca precisarão dele.
Mas, para além dos benefícios federais,
as pessoas casadas ganham mais dinheiro.
Somos mais saudáveis,
física e emocionalmente.
Produzimos crianças mais felizes,
mais estáveis e mais bem sucedidas.
Temos mais relações sexuais
do que os nossos amigos solteiros,
acreditem ou não.
Até vivemos mais tempo,
o que é um argumento bastante forte
para casar com alguém de quem gostem muito
à partida.
Ora, se não estiverem atualmente
a aproveitar os benefícios
do IRS em conjunto,
não sei dizer como encontrar
uma pessoa amante das tarefas domésticas
do tamanho e beleza ideal
que prefere filmes de terror
e que não tem muitos amigos
em risco de divórcio,
mas posso aconselhar que experimentem,
porque os benefícios, como já disse,
são bastantes.
No fundo, quer estejam casados
ou à procura do amor,
acredito que o casamento é uma instituição
que vale a pena procurar e proteger.
Portanto, espero que usem
as informações que vos dei hoje
para pesarem as vossas forças pessoais
contra os vossos fatores de risco.
Por exemplo, no meu casamento,
diria que estamos bem.
Por um lado,
tenho um marido que é irritantemente magro
e muito bem parecido.
Portanto, obviamente terei que o engordar.
E, como disse, temos amigos divorciados
que poderão estar, subconscientemente,
a tentar separar-nos.
Portanto, temos que estar atentos a isso.
E também gostamos de tomar
uma ou outra bebida.
Por outro lado, tenho aquela coisa
da fotografia feliz.
E mais, o meu marido
faz bastante lá por casa,
e ficaria feliz se nunca mais visse
outra comédia romântica o resto da vida.
Portanto tenho tudo isso a meu favor.
Mas, mesmo assim,
tenciono trabalhar muito
para não ganhar um Óscar, tão cedo.
E, para o bem das vossas relações,
encorajo-vos a fazer o mesmo.
Encontramo-nos no bar.
(Aplausos)