Existe prova científica de que podemos curar a nós mesmos?| Lissa Rankin | TEDxAmericanRiviera
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0:15 - 0:18A mente pode curar o corpo?
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0:18 - 0:21E se puder,
existe alguma evidência científica -
0:21 - 0:25para convencer
médicos céticos como eu? -
0:25 - 0:29Essas são as perguntas que alimentam
a minha pesquisa nos últimos anos -
0:29 - 0:32e o que descobri
é que a comunidade científica, -
0:32 - 0:36o estabelecimento médico vem comprovando,
há mais de 50 anos, -
0:36 - 0:38que a mente pode curar o corpo.
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0:38 - 0:41Chamamos isso de “efeito placebo”,
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0:41 - 0:44que estamos tentando trapacear há décadas.
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0:44 - 0:45(Risos)
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0:45 - 0:49O efeito placebo é uma pedra no sapato
do estabelecimento médico. -
0:49 - 0:53É uma verdade inconveniente,
que fica entre as tentativas -
0:53 - 0:58de introduzir novos tratamentos,
novas cirurgias ao estabelecimento médico. -
0:58 - 1:01Por isso é um problema! Supostamente.
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1:02 - 1:05Na verdade, acho que é uma boa notícia!
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1:05 - 1:07O efeito placebo é uma excelente notícia!
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1:07 - 1:09Porque é prova concreta
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1:09 - 1:14que o corpo guarda mecanismos
de autorreparo inatos -
1:14 - 1:19que produzem
coisas inimagináveis ao corpo. -
1:19 - 1:23Se achar isso surpreendente e difícil
de acreditar que o corpo pode se curar, -
1:23 - 1:27é so olhar o Projeto da
Remissão Espontânea, -
1:27 - 1:30um banco de dados compilado
pelo Instituto de Ciências Noéticas -
1:30 - 1:34com mais de 3.500 estudos de casos
na literatura médica -
1:34 - 1:38de pacientes que melhoraram
de doenças aparentemente “incuráveis”. -
1:38 - 1:40Você acha que existem doenças incuráveis?
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1:40 - 1:44Juro, se olharem este banco de dados,
vão ficar atônitos. -
1:44 - 1:45Lá tem de tudo.
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1:45 - 1:48Estágio IV de câncer que desaparece
sem tratamento. -
1:48 - 1:53Pacientes HIV-positivo
que se tornam HIV-negativo. -
1:53 - 1:56Doenças cardíacas, insuficiência renal,
diabetes, pressão alta, -
1:56 - 2:00doenças da tireoide,
doenças autoimunes, todas sumiram. -
2:00 - 2:03Um grande exemplo disso
na literatura médica, -
2:03 - 2:08é um estudo de caso de 1957 do Sr. Wright
que teve linfoma em estágio avançado. -
2:08 - 2:12As coisas não estavam indo bem para ele,
seu tempo estava se esgotando. -
2:12 - 2:18Ele tinha tumores do tamanho de laranjas
em suas axilas, pescoço, tórax e abdômen. -
2:18 - 2:20Seu fígado e baço estavam aumentados,
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2:20 - 2:23e seus pulmões se enchiam diariamente
de 2 litros de líquido leitoso -
2:23 - 2:25que eram drenados para que respirasse.
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2:25 - 2:27Mas o Sr.Wright não perdia as esperanças.
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2:27 - 2:30Ele ouviu falar de uma droga milagrosa
chamada Krebiozen, -
2:30 - 2:35e implorava ao médico: “Vamos lá, me dê
um pouco desse Krebiozen e ficarei bem.” -
2:35 - 2:38Mas infelizmente Krebiozen só
era disponível como protocolo de pesquisa -
2:38 - 2:41que exigia uma avaliação médica
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2:41 - 2:43atestando que o paciente teria
ao menos três meses de vida. -
2:43 - 2:46E o seu médico, Dr. West,
não podia fazer isso. -
2:46 - 2:51Mas o Sr. Wright era teimoso
e continuou insistindo com seu médico. -
2:51 - 2:54Finalmente o médico cedeu:
“Vou te dar Krebiozen.” -
2:54 - 2:56Então ele colocou a dose
numa sexta-feira, -
2:56 - 3:00sem a esperança do que Sr. Wright
pudesse sobreviver o fim de semana. -
3:00 - 3:03Mas para sua surpresa, na 2ª feira
quando Dr. West fazia suas rondas, -
3:03 - 3:05o Sr. Wright estava de pé,
andando pelas enfermarias, -
3:05 - 3:09e seus tumores tinham reduzido
a metade do tamanho original. -
3:09 - 3:11Derreteram igual bolas de neve
na chapa quente. -
3:11 - 3:14Dez dias depois do tratamento,
os tumores se foram. -
3:14 - 3:16Então Sr. Wright estava pulando de alegria
-
3:16 - 3:20e Krebiozen era a droga milagrosa
que ele acreditava ser, por dois meses, -
3:20 - 3:23até que os relatórios iniciais
sobre Krebiozen atestaram -
3:23 - 3:26que o medicamento não parecia
estar funcionando tão bem. -
3:26 - 3:30Sr. Wright entrou em depressão profunda
e seu câncer voltou. -
3:30 - 3:34Desta vez, o Dr. West foi mais esperto
e disse ao seu paciente: -
3:34 - 3:38“Aquele Krebiozen que você tomou
não estava bom, -
3:38 - 3:44mas temos uma versão pura,
altamente concentrada e vai funcionar." -
3:44 - 3:50Em seguida ele injetou o Sr. Wright
com apenas água destilada. -
3:50 - 3:54E mais uma vez, os tumores sumiram,
o fluido nos pulmões desapareceu. -
3:54 - 3:57Sr. Wright pulava de alegria
por mais dois meses. -
3:57 - 4:02E a Associação Médica Americana estragou
tudo, publicando um estudo nacional -
4:02 - 4:05comprovando definitivamente
que Krebiozen era ineficaz. -
4:05 - 4:09Dois dias depois de ouvir esta notícia
o Sr. Wright morreu. -
4:10 - 4:12Pouco tempo depois,
me deparei com outro estudo -
4:12 - 4:15na literatura médica
que era coisa de contos de fadas. -
4:15 - 4:18Três meninas nasceram
com ajuda de uma parteira, -
4:18 - 4:22na sexta-feira dia 13 no pântano
Okefenokee, no limite da Geórgia-Flórida. -
4:22 - 4:25A parteira anunciou
que estas três menininhas, -
4:25 - 4:28nascidas em um dia tão azarado,
estavam todas amaldiçoadas. -
4:28 - 4:31A primeira, segundo ela, morreria
antes de seu 16º aniversário. -
4:31 - 4:34A segunda, antes de seu 21º.
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4:34 - 4:37A terceira, antes de seu 23º.
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4:37 - 4:41E de fato, a primeira morreu
no dia antes de seu 16º aniversário. -
4:41 - 4:45A segunda morreu um dia antes
de seu 21º aniversário, -
4:45 - 4:48e a terceira, que sabia
o que tinha acontecido com as outras duas, -
4:48 - 4:50no dia antes de seu 23º aniversário,
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4:50 - 4:54chegou no hospital hiperventilada,
implorando para ser salva. -
4:54 - 4:57Ela acabou falecendo naquela noite.
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4:57 - 5:00Estes dois estudos de casos são
grandes exemplos da literatura médica -
5:00 - 5:05do efeito placebo,
e seu oposto: o efeito nocebo. -
5:05 - 5:09Quando Sr. Wright tomou aquela água
destilada e os tumores desapareceram, -
5:09 - 5:11este é um grande exemplo
do efeito placebo. -
5:11 - 5:14Quando você recebe um tratamento
aparentemente inerte -
5:14 - 5:17mas ainda assim algo
acontece fisiologicamente no corpo, -
5:17 - 5:19de tal modo que a doença desaparece.
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5:19 - 5:21O efeito nocebo é o oposto.
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5:21 - 5:24As três meninas amaldiçoadas
são um exemplo do efeito nocebo. -
5:24 - 5:27Quando a mente acredita que algo de ruim
vai acontecer no corpo -
5:27 - 5:30e em seguida se manifesta.
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5:30 - 5:32Assim, a literatura científica
de revistas médicas, -
5:32 - 5:34como o New England Journal of Medicine
-
5:34 - 5:36e o Journal of the American
Medical Association, -
5:36 - 5:41revistas científicas têm
provas de que o efeito placebo -
5:41 - 5:44e o efeito nocebo
são incrivelmente poderosos. -
5:44 - 5:46Sabemos isso desde a década de 50,
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5:46 - 5:49e temos visto inúmeros estudos de casos
-
5:49 - 5:52mostrando que em quase todos eles,
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5:52 - 5:56se as pessoas recebem um tratamento falso,
uma pílula de açúcar -
5:56 - 6:00uma injeção de soro fisiológico,
ou o mais eficaz, uma cirurgia fictícia, -
6:00 - 6:04(Risos) Sim, é verdade!
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6:04 - 6:08as pessoas melhoram de 18-80% das vezes.
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6:08 - 6:11E não está apenas na cabeça,
como pensei inicialmente: -
6:11 - 6:13“Eles apenas se sentem e pensam melhor.”
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6:13 - 6:16Mas não, está realmente na fisiologia.
E pode ser medida. -
6:16 - 6:18Pode-se ver o que acontece no corpo.
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6:18 - 6:21Por exemplo, nos pacientes
que receberam placebo, -
6:21 - 6:24as úlceras foram curadas,
-
6:24 - 6:28os cólons ficaram menos inflamados,
brônquios dilataram -
6:28 - 6:32verrugas desapareceram, as células
pareciam diferentes sob o microscópio. -
6:32 - 6:36Está comprovado, acontecendo no corpo,
mesmo que seja iniciado na mente. -
6:36 - 6:40Alguns destes casos são fantásticos.
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6:40 - 6:42Eu amo os estudos Rogaine.
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6:42 - 6:44Ao ter um monte de carecas,
dê a eles placebos. -
6:44 - 6:47E seus cabelos crescem! (Risos)
-
6:48 - 6:52O oposto também acontece,
então se você dá às pessoas placebos -
6:52 - 6:57dizendo que é quimioterapia,
eles vomitam e seus cabelos caem. -
6:57 - 6:59Isso realmente acontece no corpo.
-
6:59 - 7:00A minha pergunta é:
-
7:00 - 7:04será apenas a crença positiva da mente
que faz com que isso aconteça? -
7:04 - 7:07Não de acordo com o pesquisador
de Harvard Ted Kaptchuk. -
7:07 - 7:11Segundo ele, a parte mais essencial
-
7:11 - 7:15é, na realidade, o cuidado atencioso
de um profissional de saúde, -
7:15 - 7:18até mais do que
a crença positiva da mente -
7:18 - 7:23e alguns estudos realmente dizem que
o médico é o placebo ou que pode ser. -
7:23 - 7:25Ted Kaptchuk queria estudar isso,
-
7:25 - 7:28e ele fez um grande estudo
no qual analisou pacientes -
7:28 - 7:31que recebiam placebos para
o tratamento de uma doença, -
7:31 - 7:35e disse-lhes: "Você está recebendo
um placebo, não há nada aqui, -
7:35 - 7:39ingredientes inertes, nada ativo."
E mesmo assim eles melhoraram. -
7:40 - 7:45Muito provavelmente,
porque eles se sentiam cuidados, prezados, -
7:45 - 7:49sentiam como se estivessem fazendo algo,
como se alguém se importasse com eles. -
7:49 - 7:53Dizer que você pode curar
a si mesmo é uma frase incorreta. -
7:53 - 7:58O corpo pode se curar
com mecanismos naturais de autorreparo, -
7:58 - 8:02mas dados científicos
comprovam que é necessário -
8:02 - 8:07o cuidado atencioso de um profissional
de saúde, uma espécie de curandeiro, -
8:07 - 8:09para facilitar este processo.
-
8:09 - 8:11Não é um processo fácil de seguir sozinho,
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8:11 - 8:15faz uma grande diferença se mais alguém
mantém essa crença positiva com você. -
8:15 - 8:19Mas o problema é que,
enquanto o médico pode ser o placebo -
8:19 - 8:21ele também pode ser o nocebo.
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8:21 - 8:25O que pacientes precisam de nós,
como profissionais de saúde, -
8:25 - 8:30é que sejamos forças da cura,
não forças do medo ou do pessimismo. -
8:30 - 8:35Assim, sempre que seu médico fala:
"Você tem uma doença incurável, -
8:35 - 8:38e terá que tomar essa medicação
pelo resto de sua vida." -
8:39 - 8:42Ou Deus me livre,
você tem câncer e eles dizem: -
8:42 - 8:45"Você tem uma expectativa
de vida de 5 anos" -
8:45 - 8:49Isso não é diferente da parteira
quando ela contou para as três menininhas -
8:49 - 8:51que elas estavam amaldiçoadas.
-
8:51 - 8:54É uma forma de maldição médica
que é tão prevalente. -
8:54 - 8:56Como médicos, achamos
que estamos sendo realistas, -
8:56 - 8:59dando às pessoas
a informação que precisam, -
8:59 - 9:01mas, na verdade,
estamos prejudicando-as. -
9:01 - 9:04Em vez disso,
precisamos ser como o Dr. West. -
9:04 - 9:09Dando água destilada: "Sério Sr. Wright,
prometo que isso vai funcionar." -
9:09 - 9:12Mas temos que depender
dos nossos médicos para nos enganar? -
9:13 - 9:19Temos que nos expor às cirurgias e drogas
falsas e acabar em ensaios clínicos? -
9:19 - 9:22Foi isso que me levou para
a próxima fase da minha pesquisa. -
9:22 - 9:25Na minha última palestra TEDx,
falei sobre -
9:25 - 9:28um novo modelo de bem-estar que desenvolvi
chamado "The Whole Health Cairn", -
9:28 - 9:32que surgiu como parte da minha pesquisa,
-
9:32 - 9:36para tentar descobrir uma outra forma
de aproveitar o poder da mente -
9:36 - 9:39que está claramente comprovada
pelos efeitos placebo e nocebo, -
9:39 - 9:42será que podemos fazer algo
sem estar em um ensaio clínico? -
9:42 - 9:45Minha hipótese era que
para nos curarmos, -
9:45 - 9:47para sermos perfeitamente saudáveis,
-
9:47 - 9:53precisamos mais do que uma boa dieta,
um programa de exercício regular, -
9:53 - 9:56dormir o suficiente, tomar vitaminas,
seguir ordens médicas. -
9:56 - 9:58Essas coisas todas são ótimas,
críticas e importantes. -
9:58 - 10:02Mas também comecei a acreditar que
precisamos de relacionamentos saudáveis, -
10:02 - 10:06uma vida profissional e criativa saudável,
-
10:06 - 10:08uma vida espiritual e sexual saudável,
-
10:08 - 10:11uma vida financeira saudável,
um ambiente saudável. -
10:11 - 10:14Enfim, precisamos de uma mente saudável.
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10:14 - 10:18Eu queria comprovar isso
consultando a literatura médica, -
10:18 - 10:21e a quantidade enorme de dados que achei
-
10:21 - 10:25comprovando que todas essas coisas
são essenciais, realmente me impressionou. -
10:25 - 10:28Juntei todos no meu próximo livro,
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10:28 - 10:31"Mind Over Medicine: Scientific
Proof You Can Heal Yourself". -
10:31 - 10:36Mas quero destacar
alguns pontos sobre o assunto. -
10:36 - 10:38Vocês podem ver nesta pilha de pedras,
-
10:38 - 10:41que todas as peças são montadas
em cima da pedra base -
10:41 - 10:43que chamo de luz piloto interna.
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10:43 - 10:46E para mim é a parte autêntica
e essencial de você, -
10:46 - 10:48que sabe o que é certo para você.
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10:48 - 10:52Que está disposta a dizer a verdade
sobre as instabilidades na sua vida, -
10:52 - 10:54quais pedras na pilha
podem estar em desequilíbrio. -
10:54 - 10:57E como veem,
coloquei o corpo, a saúde física, -
10:57 - 11:01no topo da pilha de pedras
por ser o mais frágil e precário -
11:01 - 11:04e o mais fácil de se desequilibrar
-
11:04 - 11:07se outras coisas em sua vida
não estiverem indo tão bem. -
11:07 - 11:11O que encontrei nos dados médicos
é que os relacionamentos são importantes. -
11:11 - 11:15Pessoas que tem fortes redes sociais
tem metade da taxa das doenças cardíacas -
11:15 - 11:17comparadas com pessoas solitárias.
-
11:17 - 11:22Os casados têm duas vezes mais chances
de ter vidas longas do que os solteiros. -
11:22 - 11:25Na verdade, curando sua solidão
-
11:25 - 11:29talvez seja a medida de prevenção
mais importante a ser feita para o corpo. -
11:29 - 11:33Mais do que parar de fumar
ou começar exercícios. -
11:33 - 11:35Sua vida espiritual importa.
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11:35 - 11:39Aqueles que freqüentam serviços religiosos
vivem até 14 anos mais. -
11:39 - 11:41Sua vida profissional importa.
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11:41 - 11:44Você pode realmente se matar de trabalhar.
No Japão chamam isso de Koroshi, -
11:44 - 11:51morte por excesso de trabalho,
e sobreviventes entre os que morrem -
11:51 - 11:54de Koroshi, podem pedir
benefícios trabalhistas no Japão. -
11:54 - 11:57Mas não é apenas no Japão,
acontece mais ainda nos EUA, -
11:57 - 12:00só que aqui não recebemos benefícios.
-
12:00 - 12:03Um estudo descobriu que as pessoas
que não tiram férias, -
12:03 - 12:06tem um terço a mais da probablidade
de ter doenças cardíacas. -
12:06 - 12:08Atitude realmente importa.
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12:08 - 12:12Pessoas felizes vivem 7 a 10 anos
mais do que os infelizes, -
12:12 - 12:18e os otimistas tem 77% menos chance de ter
doenças cardíacas que os pessimistas. -
12:18 - 12:20Mas como isso acontece?
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12:20 - 12:24O que acontece no cérebro
que faz o corpo mudar? -
12:24 - 12:26Acho isso fascinante.
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12:26 - 12:29Descobri que o cérebro se comunica
com todas as células no corpo -
12:29 - 12:32através dos hormônios
e neurotransmissores. -
12:32 - 12:34Por exemplo,
se você tem um pensamento, -
12:34 - 12:38crença ou sensação negativo no cérebro,
seu cérebro reage como uma ameaça. -
12:38 - 12:41Se sente-se só ou pessimista,
o trabalho não vai bem, -
12:41 - 12:45se está em uma relacionamento tóxico,
a amígdala grita, "Ameaça! Ameaça!" -
12:45 - 12:49e isso ativa o hipotálamo,
que fala para a glândula pituitária, -
12:49 - 12:53que comunica com a glândula adrenal
que começa a lançar hormônios do estresse, -
12:53 - 12:57como o cortisol,
noradrenalina, adrenalina, -
12:57 - 13:01resultando em que Walter Kenneth
de Harvard chama de resposta ao estresse, -
13:01 - 13:05que alerta o sistema nervoso simpático
-
13:05 - 13:08e te coloca naquela reação
de lutar ou fugir, que se adapta, -
13:08 - 13:11que é protetor se você estiver fugindo
de uma leão da montanha. -
13:11 - 13:15Mas na vida cotidiana, deveríamos ter
aquela resposta ao estresse rápida -
13:15 - 13:18se houver qualquer ameaça,
para depois se desligar. -
13:18 - 13:21Não é o que acontece
em nossas vidas hoje em dia. -
13:21 - 13:24Felizmente há um contrapeso
que é a resposta ao relaxamento -
13:24 - 13:27que Herbert Benson de Harvard descreveu.
-
13:27 - 13:30E quando isso acontece,
a resposta ao estresse se desliga, -
13:30 - 13:33o sistema nervoso parassimpático se liga,
-
13:33 - 13:39e hormônios de cura como ocitocina,
dopamina, óxido nítrico, endorfinas -
13:39 - 13:42cobrem e banham cada célula do corpo.
-
13:42 - 13:46O mais fascinante é que os mecanismos
de autorreparo que todos nós temos -
13:46 - 13:52somente se ligam quando
o sistema nervoso estiver relaxado. -
13:52 - 13:55Quando você está tendo
respostas ao estresse, -
13:55 - 13:58todos aqueles mecanismos naturais
de autorreparo se desligam. -
13:58 - 14:03O corpo está muito ocupado tentando
lutar ou fugir para se curar. -
14:03 - 14:08Refletindo sobre isso,
precisamos perguntar coisas como: -
14:08 - 14:12de que maneira posso mudar
o equilíbrio no meu próprio corpo? -
14:12 - 14:14Um estudo mostra que, em média,
-
14:14 - 14:17temos mais de 50 respostas
ao estresse por dia. -
14:17 - 14:21E se você é solitário, deprimido,
pessimista ou infeliz no trabalho -
14:21 - 14:26ou em uma relacionamento infeliz
esse número é mais do que o dobro. -
14:26 - 14:29Esta resposta ao relaxamento
é o que os pesquisadores -
14:29 - 14:31acham que explica o efeito placebo.
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14:31 - 14:35Assim, quando você toma uma nova droga
supostamente milagrosa, -
14:35 - 14:37- sem saber se está tomando o placebo
ou não - -
14:37 - 14:41isso provoca a resposta ao relaxamento,
a combinação da crença positiva da mente -
14:41 - 14:44com o cuidado atencioso
do profissional de saúde -
14:44 - 14:46que relaxa o sistema nervoso.
-
14:46 - 14:49E então todos aqueles mecanismos
de autorreparo entram em ação. -
14:49 - 14:52Felizmente, não precisamos estar
em um ensaio clínico -
14:52 - 14:54para ligar as respostas ao relaxamento.
-
14:54 - 14:59Há muitas atividades simples e prazerosas
que ligam as respostas ao relaxamento -
14:59 - 15:01e que foram comprovadas
na literatura médica. -
15:01 - 15:06Vocês podem meditar,
se expressar de forma criativa, -
15:06 - 15:09fazer uma massagem,
ioga ou tai chi, -
15:09 - 15:13podem sair com amigos,
trabalhar naquilo que mais ama -
15:13 - 15:19podem fazer sexo, podem rir,
fazer exercícios, brincar com animais. -
15:19 - 15:22Peço que considerem este modelo
de saúde integral nas próprias vidas. -
15:22 - 15:26Quais pedras estão desequilibradas?
-
15:26 - 15:28Cada pedra pode ser um fator
-
15:28 - 15:32para criar respostas ao estresse
ou ao relaxamento. -
15:32 - 15:37Como podemos ligar mais
respostas ao relaxamento no corpo? -
15:37 - 15:38E o mais importante,
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15:38 - 15:41o que seu corpo precisa para se curar?
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15:41 - 15:44Qual receita médica você precisa
escrever para si mesmo? -
15:44 - 15:45E será que vai ser corajoso
-
15:45 - 15:49para agir sobre a verdade que
sua luz piloto interior já conhece? -
15:50 - 15:54Acredito que nosso sistema de saúde
vai muito mal, -
15:54 - 15:58pela falta de reconhecimento
da capacidade do corpo de se curar. -
15:58 - 16:01O estabelecimento médico
se tornou arrogante. -
16:01 - 16:03Achamos que com toda
a nossa tecnologia moderna, -
16:03 - 16:06e tudo que aprendemos
no século passado, -
16:06 - 16:10que já dominamos a natureza,
e achamos um desaforo -
16:10 - 16:14a ideia de que talvez a natureza pode
às vezes, ser melhor do que nós. -
16:14 - 16:19E mesmo assim, remissões espontâneas
de doenças incuráveis são provas -
16:19 - 16:22de que às vezes a natureza
é realmente melhor do que nós. -
16:22 - 16:25É uma ferida narcísica para os médicos.
Não sabemos o que fazer com isso. -
16:25 - 16:28Nos sentimos impotentes,
desesperançosos e inúteis. -
16:28 - 16:31Mas felizmente, somos necessários.
-
16:31 - 16:34Os médicos e todos os outros
profissionais de saúde -
16:34 - 16:36são absolutamente essenciais
neste processo. -
16:36 - 16:38Temos que aceitar isso.
-
16:38 - 16:41E os pacientes também precisam mudar
sua percepção sobre isso. -
16:41 - 16:42Não só os médicos.
-
16:42 - 16:46Precisamos que os pacientes parem de achar
que seu corpo não é da sua conta, -
16:46 - 16:49entregando seu poder aos outros
profissionais de saúde. -
16:49 - 16:54Seu corpo é da sua conta,
e sua mente tem um poder tremendo -
16:54 - 16:58de se comunicar com seu corpo,
de tal forma que possa se curar. -
16:59 - 17:03Uma vez, tive um sonho e eu estava em pé,
-
17:03 - 17:08olhando para as encostas de uma montanha,
com milhões de pessoas lado a lado, -
17:08 - 17:12e todas estavam voltadas para o norte,
vestidas em trajes tribais, -
17:12 - 17:15belas cores cobrindo a montanha,
como uma colcha de retalhos. -
17:15 - 17:18E havia uma luz brilhante
que cobria seus rostos -
17:18 - 17:23e todos estavam de frente para esta luz,
é assim que vejo a assistência à saúde. -
17:23 - 17:27Eu penso em todo mundo, de pé,
de frente para esta luz. -
17:27 - 17:30Então, por favor fiquem de pé
comigo um momento. -
17:30 - 17:32Isso exige todos nós.
-
17:32 - 17:36Só porque as coisas pioram
não significa que não podem melhorar. -
17:36 - 17:40Acredito que, assim como não existem
doenças incuráveis, -
17:40 - 17:42não existem sistemas incuráveis.
-
17:42 - 17:46Mas isso vai exigir todos nós,
abrindo nossas corações e nossas mentes, -
17:46 - 17:49e devolver o cuidado
à assistência à saúde. -
17:49 - 17:51Por favor, vamos dar as mãos
-
17:51 - 17:53e colocar a intenção aqui e agora,
-
17:53 - 17:57que as coisas vão ser diferentes
a partir de agora, -
17:57 - 18:02que possamos iniciar este esforço
primordial que começa com você. -
18:02 - 18:05Seja o amor que você quer
ver na assistência à saúde, -
18:05 - 18:08e acredito que milagres acontecerão.
-
18:08 - 18:12Ao fazer isso, estamos liberando
ocitocina, dopamina, curando a nós mesmos -
18:12 - 18:16e ao mesmo tempo curando
a assistência à saúde. -
18:16 - 18:17Obrigada.
-
18:17 - 18:21(Aplausos)
- Title:
- Existe prova científica de que podemos curar a nós mesmos?| Lissa Rankin | TEDxAmericanRiviera
- Description:
-
Gurus da nova era sugerem que podemos nos curar simplesmente mudando nossas mentes, mas será que este conceito se baseia na ciência fria e calculista? A doutora Lissa Rankin examina a literatura cientifica, revendo estudos de casos de remissão espontânea, bem como dados de efeitos placebo e nocebo, para provar que os nossos pensamentos afetam fortemente nossa fisiologia, quando acreditamos na nossa cura.
- Video Language:
- English
- Team:
- closed TED
- Project:
- TEDxTalks
- Duration:
- 18:52
Theresa Ranft
Em 4:25 a palestrante fala - "born on such a FATEFUL day" e não "FAITHFUL day" (aqui a transcrição está errada). Então traduzi "fateful" (faithful" e "fateful" e são coisas bem diferentes!)
E em 9:26 ela fala: "The Whole Health Cairn" (que é um modelo de saúde que ela criou), e não "whole healthcare" como está escrita na transcrição.