Return to Video

REMOVE SUBTITLE

  • 0:01 - 0:04
    Subtitles downloaded from Podnapisi.NET
  • 0:29 - 0:32
    Este ж Marcos,
    de Barcelona,
  • 0:32 - 0:35
    mas poderia ser qualquer
    um, de qualquer lugar.
  • 0:37 - 0:40
    O que estр para acontecer
    com ele ocorre diariamente,
  • 0:40 - 0:43
    em escritзrios e casas,
    em todo o mundo.
  • 0:45 - 0:49
    SteriS+pitiKa
    Apresentam:
  • 0:49 - 0:53
    THE LIGHTBULB CONSPIRACY
    "A CONSPIRAК├O DA L┬MPADA"
  • 0:53 - 0:56
    Tambжm
    conhecido como:
  • 0:56 - 1:00
    PYRAMIDS OF WASTE
    "PirРmides de Lixo"
  • 1:00 - 1:03
    Uma peуa da
    impressora falhou,
  • 1:03 - 1:07
    e o fabricante direciona
    Marcos Я assistЖncia tжcnica.
  • 1:08 - 1:11
    O tжcnico farр um
    diagnзstico prжvio,
  • 1:12 - 1:14
    mas dificilmente
    valerр a pena.
  • 1:14 - 1:17
    Com certeza, serр difьcil
    achar peуas para poder reparр-la.
  • 1:17 - 1:20
    Realmente, reparр-la
    nсo sairр em conta.
  • 1:20 - 1:23
    Para reparр-la, custarр
    uns 100 a 110 euros.
  • 1:23 - 1:26
    Temos impressoras a
    partir de 39 euros.
  • 1:26 - 1:28
    Eu lhe aconselharia que
    comprasse uma impressora nova.
  • 1:28 - 1:31
    Desta maneira,
    eu compraria uma nova.
  • 1:32 - 1:37
    Nсo ж coincidЖncia os 3 atendentes
    oferecerem uma impressora nova.
  • 1:37 - 1:43
    Se concordar, Marcos serр outra
    vьtima da obsolescЖncia planejada,
  • 1:43 - 1:47
    o mecanismo secreto no coraусo
    de nossa sociedade de consumo.
  • 1:50 - 1:53
    Nossa vida inteira parece
    centrada em consumir coisas,
  • 1:53 - 1:55
    fazendo dьvidas comprando
    coisas que nсo precisamos.
  • 1:57 - 2:00
    Nзs vivemos em uma sociedade
    dominada pela economia crescente,
  • 2:01 - 2:08
    cuja lзgica nсo ж comprar porque
    precisamos, mas apenas por comprar.
  • 2:09 - 2:14
    Se o consumidor nсo comprasse,
    a economia nсo cresceria.
  • 2:16 - 2:21
    OBSOLESC╩NCIA PLANEJADA: o
    desejo, por parte do consumidor,
  • 2:21 - 2:26
    de possuir algo um pouco mais
    novo, um pouco antes do necessрrio.
  • 2:28 - 2:32
    Este filme vai revelar como
    a obsolescЖncia planejada
  • 2:32 - 2:35
    moldou definiu nossas
    vidas desde 1920,
  • 2:35 - 2:39
    quando fabricantes comeуaram
    a encurtar a vida dos produtos,
  • 2:39 - 2:41
    para aumentar a demanda
    por consumo.
  • 2:41 - 2:47
    Decidiu-se reduzir a vida Щtil
    dos produtos para 1.000 horas.
  • 2:48 - 2:51
    Vamos descobrir como
    projetistas e Engenheiros
  • 2:51 - 2:54
    tiveram que adotar novos
    valores e objetivos.
  • 2:55 - 3:00
    Voltaram Яs pranchetas, e
    criaram algo que fosse mais frрgil.
  • 3:00 - 3:03
    Eles programam estas
    coisas, para que
  • 3:03 - 3:05
    quando terminemos de
    pagar, estejam inЩteis.
  • 3:05 - 3:07
    USE E
    DESCARTE!
  • 3:09 - 3:13
    Uma nova geraусo de consumidores
    comeуou a desafiar os fabricantes.
  • 3:16 - 3:20
    ╔ possьvel imaginar uma economia
    viрvel sem obsolescЖncia planejada,
  • 3:20 - 3:23
    e sem o impacto ao meio ambiente?
  • 3:23 - 3:27
    A posteridade nunca vai nos
    perdoar. Vсo nos acusar de
  • 3:27 - 3:32
    de jogar fora o estilo de vida das
    pessoas dos paьses avanуados.
  • 3:35 - 3:39
    "A CONSPIRAК├O DA L┬MPADA"
  • 3:39 - 3:43
    "A histзria oculta da
    obsolescЖncia planejada."
  • 3:45 - 3:47
    Bem-vindos a
    Livermore, Califзrnia,
  • 3:48 - 3:51
    casa da mais antiga lРmpada
    em funcionamento do mundo.
  • 3:51 - 3:56
    Meu nome ж Lynn Owens, e sou
    diretor do "ComitЖ da LРmpada".
  • 3:58 - 4:03
    Foi em 1972 quando
    descobrimos que a lРmpada
  • 4:04 - 4:08
    pendurada na estaусo de bombeiros
    era uma lРmpada diferente.
  • 4:15 - 4:21
    A lРmpada na estaусo de bombeiros
    funciona continuamente desde 1901.
  • 4:21 - 4:27
    Ironicamente, a lРmpada jр
    sobreviveu a 2 cРmeras.
  • 4:34 - 4:37
    Em 2001, quando a lРmpada
    completou 100 anos de idade,
  • 4:38 - 4:41
    o povo de Livermore deu uma
    grande festa de aniversрrio,
  • 4:41 - 4:42
    ao estilo americano.
  • 4:43 - 4:47
    Se houvesse umas
    200 pessoas ficarьamos felizes,
  • 4:47 - 4:51
    e aconteceu que 800 a 900
    pessoas compareceram.
  • 4:56 - 4:59
    Achamos que ninguжm cantaria "feliz
    aniversрrio" para uma lРmpada,
  • 5:00 - 5:02
    bem, achamos que
    nсo, mas cantaram.
  • 5:02 - 5:13
    "Feliz aniversрrio querida lРmpada"
    "Feliz aniversрrio para vocЖ"
  • 5:16 - 5:21
    Esta lРmpada era produzida em uma
    cidade chamada Shelby, em Ohio,
  • 5:21 - 5:28
    em 1895, e montada por
    moуas, cuja foto temos aqui,
  • 5:28 - 5:30
    e por estes cavalheiros, que
    investiram na empresa.
  • 5:31 - 5:34
    O filamento foi inventado
    por Adolphe Chaillet,
  • 5:34 - 5:38
    que o projetou para durar muito.
  • 5:44 - 5:46
    Como este filamento
    dura tanto, eu nсo sei.
  • 5:46 - 5:49
    ╔ um segredo dele,
    que morreu com ele.
  • 5:50 - 5:53
    A fзrmula de Chaillet
    para um filamento durрvel
  • 5:53 - 5:56
    nсo ж o Щnico segredo
    na histзria das lРmpadas.
  • 5:56 - 5:59
    Um segredo muito maior ж
    como as humildes lРmpadas
  • 5:59 - 6:03
    tornaram-se a primeira vьtima
    da obsolescЖncia planejada.
  • 6:06 - 6:09
    A noite de Natal de
    1924 foi um dia especial.
  • 6:09 - 6:12
    Em uma sala de
    reuniшes em Genebra,
  • 6:12 - 6:16
    alguns empresрrios resolveram
    criar um plano secreto.
  • 6:16 - 6:22
    Eles criaram o primeiro
    cartel a nьvel mundial,
  • 6:22 - 6:26
    cujo objetivo era controlar
    a produусo de lРmpadas,
  • 6:26 - 6:30
    e dividir o mercado
    mundial entre eles.
  • 6:30 - 6:34
    Este cartel tinha o
    nome de "Phoebus".
  • 6:35 - 6:38
    "Phoebus" incluьa os principais
    fabricantes de lРmpadas
  • 6:38 - 6:43
    na Europa e EUA, e mesmo colЗnias
    estrangeiras na ┴sia e ┴frica.
  • 6:44 - 6:49
    Eles alterariam as patentes,
    controlariam a produусo
  • 6:49 - 6:52
    e, sobretudo,
    aumentariam o consumo.
  • 6:52 - 6:58
    Seria bem melhor para as
    empresas se suas lРmpadas
  • 6:58 - 6:59
    fossem compradas
    mais frequentemente,
  • 6:59 - 7:04
    porque lРmpadas de longa duraусo
    sсo uma desvantagem econЗmica.
  • 7:04 - 7:09
    No inьcio, os fabricantes buscavam
    maior vida Щtil para as lРmpadas.
  • 7:10 - 7:18
    Em 1871, experiЖncias levaram Я
    produусo de uma pequena lРmpada,
  • 7:18 - 7:21
    que atingiu enorme durabilidade.
  • 7:22 - 7:26
    O filamento, sob condiушes normais,
    apresenta grande estabilidade...
  • 7:26 - 7:29
    A primeira lРmpada
    comercial de Thomas Edison,
  • 7:29 - 7:34
    vendida em 1881,
    durava 1.500 horas.
  • 7:35 - 7:39
    Em 1924, quando o cartel
    Phoebus foi criado,
  • 7:39 - 7:43
    fabricantes anunciavam, orgulhosos,
    lРmpadas de atж 2.500 horas,
  • 7:44 - 7:46
    e aumentavam ainda mais a
    longevidade de suas lРmpadas.
  • 7:46 - 7:56
    Phoebus decidiu limitar a vida
    Щtil das lРmpadas em 1.000 horas.
  • 7:59 - 8:05
    Em 1925, eles nomearam um grupo
    chamado "ComitЖ das 1.000 horas",
  • 8:05 - 8:09
    que iria
    tecnicamente reduzir o tempo
  • 8:09 - 8:13
    que uma lРmpada
    incandescente iria durar.
  • 8:15 - 8:20
    80 anos mais tarde, Helmut HШge,
    um historiador de Berlim,
  • 8:20 - 8:22
    descobriu provas das
    atividades do comitЖ,
  • 8:22 - 8:26
    escondidas nos documentos
    internos dos fundadores do cartel,
  • 8:26 - 8:30
    como Philips na Holanda,
    Osram na Alemanha,
  • 8:30 - 8:32
    e Compagnie des Lampes na Franуa.
  • 8:32 - 8:37
    Aqui temos um documento
    do cartel, que diz:
  • 8:37 - 8:41
    A vida mжdia de
    lРmpadas para uso geral
  • 8:41 - 8:43
    nсo deve ser garantida,
    publicada ou oferecida
  • 8:43 - 8:46
    por outro valor que
    nсo seja 1.000 horas.
  • 8:49 - 8:50
    Definiусo da
    vida Щtil das lРmpadas.
  • 8:50 - 8:54
    Sob pressсo do cartel, as
    empresas membros fizeram
  • 8:54 - 8:57
    experimentos para criar
    uma lРmpada mais frрgil,
  • 8:57 - 9:00
    que se adequasse ao novo
    padrсo de 1.000 horas.
  • 9:11 - 9:14
    A produусo de lРmpadas foi
    monitorada cuidadosamente,
  • 9:14 - 9:16
    para garantir que os membros
    do cartel obedecessem.
  • 9:18 - 9:26
    Uma das formas foi montar um
    suporte com vрrias prateleiras,
  • 9:26 - 9:31
    nas quais amostras de lРmpadas
    tiradas da produусo eram ligadas,
  • 9:31 - 9:39
    para que a Osram pudesse registrar
    o quanto cada uma delas durava.
  • 9:41 - 9:45
    Os membros enfrentavam
    uma grande burocracia.
  • 9:45 - 9:48
    Auditorias eram
    feitas mensalmente,
  • 9:48 - 9:51
    para ver se a produусo nсo
    estava "fora dos padrшes".
  • 9:52 - 9:54
    RELATМRIO MENSAL DE VIDA ┌TIL
    (6 MESES)
  • 9:56 - 10:01
    Aqui temos uma
    lista de multas de 1929.
  • 10:01 - 10:08
    Era quantos Francos Suьуos as
    empresas tinham que pagar,
  • 10:08 - 10:15
    por exemplo, quando a vida da
    lРmpada fosse de 1.500 horas.
  • 10:16 - 10:21
    Multas da fрbrica australiana:
    1.654 horas = multa de 13.680,00
  • 10:21 - 10:26
    └ medida que o plano progredia,
    a vida Щtil das lРmpadas caьa.
  • 10:26 - 10:32
    Em apenas 2 anos, caiu de 2.500
    horas para menos de 1.500 horas.
  • 10:35 - 10:38
    Em 1940,
    o cartel atingiu seu objetivo.
  • 10:39 - 10:43
    1.000 horas tornou-se o padrсo
    de vida Щtil para lРmpadas.
  • 10:45 - 10:48
    Eu vejo como isso era
    tentador em 1932.
  • 10:48 - 10:52
    Na жpoca, a sustentabilidade
    nсo era nem levada em questсo,
  • 10:52 - 10:56
    pois nсo acho que eles
    considerassem que o planeta tinha
  • 10:56 - 11:02
    recursos finitos, pois era
    uma жpoca de abundРncia.
  • 11:04 - 11:09
    Ironicamente, a lРmpada sempre foi
    um sьmbolo de idжias e inovaусo,
  • 11:09 - 11:14
    e acabou sendo o melhor
    exemplo da obsolescЖncia planejada.
  • 11:17 - 11:21
    Nas dжcadas que se seguiram,
    inventores criaram dЩzias
  • 11:21 - 11:25
    de projetos de lРmpadas, incluindo
    um que durava 100.000 horas.
  • 11:27 - 11:29
    Nenhum deles chegou ao mercado.
  • 11:30 - 11:33
    Oficialmente,
    Phoebus nunca existiu,
  • 11:33 - 11:37
    embora seus traуos sempre
    tenham estado por aь.
  • 11:37 - 11:41
    A estratжgia usada foi
    constantemente mudar os nomes.
  • 11:41 - 11:47
    Usaram "Cartel Internacional
    de Eletricidade", e depois outros.
  • 11:47 - 11:52
    Na verdade esta idжia,
    como instituiусo, ainda existe.
  • 11:58 - 12:03
    Em Barcelona, Marcos nсo seguiu os
    conselhos de trocar sua impressora.
  • 12:04 - 12:08
    Ele estр determinado a consertр-la,
    e encontrou alguжm na internet
  • 12:08 - 12:12
    que descobriu o que realmente
    ocorria com a sua impressora.
  • 12:14 - 12:17
    Este ж o "segredinho sujo" das
    impressoras jato de tinta.
  • 12:17 - 12:21
    Tentei imprimir um documento, e ela
    disse que uma peуa tinha pifado.
  • 12:21 - 12:24
    Entсo, eu decidi tentar
    consertar por conta prзpria.
  • 12:26 - 12:28
    AlЗ, Marcos.
    Recebi sua mensagem.
  • 12:28 - 12:31
    Marcos contatou o
    autor do vьdeo.
  • 12:32 - 12:37
    Hр algo embaixo do reservatзrio
    de tinta da impressora.
  • 12:37 - 12:42
    Para funcionar, ela tem que limpar
    constantemente os cabeуotes,
  • 12:42 - 12:47
    e faz isso esfregando os cabeуotes
    em um pedacinho de esponja.
  • 12:47 - 12:52
    Hр um tempo predefinido de
    vida Щtil desta esponja,
  • 12:52 - 12:55
    apзs o qual a impressora diz que
    estр saturada e nсo funciona mais.
  • 12:55 - 12:58
    A justificativa ж que nсo querem
    que vaze tinta sobre a sua mesa.
  • 12:58 - 13:04
    Mas acho que a questсo vai alжm.
    Ela foi projetada para falhar.
  • 13:14 - 13:18
    A obsolescЖncia planejada
    apareceu ao mesmo tempo
  • 13:18 - 13:21
    que a produусo em massa
    e a sociedade de consumo.
  • 13:21 - 13:26
    O dilema dos produtos
    serem feitos para durarem menos
  • 13:26 - 13:30
    ж parte do padrсo que comeуou
    com a Revoluусo Industrial,
  • 13:30 - 13:35
    quando as novas mрquinas
    produziram bens muito mais baratos,
  • 13:35 - 13:37
    o que foi зtimo para
    os consumidores,
  • 13:37 - 13:42
    mas nсo havia mercado para
    tantas mрquinas e tanta produусo.
  • 13:43 - 13:48
    No inьcio de 1928, uma
    revista influente alertava
  • 13:49 - 13:53
    que "um produto que nсo estraga
    ж uma tragжdia para os negзcios".
  • 13:56 - 14:00
    De fato, a produусo em massa tornou
    vрrios bens largamente disponьveis.
  • 14:00 - 14:02
    Os preуos caьram,
    e muita gente
  • 14:02 - 14:04
    comeуou a comprar por
    prazer, e nсo por necessidade.
  • 14:05 - 14:07
    A economia atingia seu auge.
  • 14:26 - 14:27
    MERCADO DE AКНES QUEBRA
    COMEКA O P┬NICO
  • 14:27 - 14:32
    Em 1929, a sociedade de
    consumo emergente parou,
  • 14:32 - 14:38
    quando Wall Street quebrou e jogou
    os EUA em uma profunda recessсo.
  • 14:38 - 14:40
    "O desemprego atinge
    proporушes alarmantes".
  • 14:41 - 14:45
    "Em 1933, um quarto da forуa de
    trabalho estava sem emprego."
  • 14:46 - 14:50
    As pessoas nсo mais procuravam por
    bens, mas por trabalho e comida.
  • 14:54 - 15:00
    De Nova York, veio uma proposta
    radical para renovar a economia.
  • 15:01 - 15:04
    Bernard London,
    um famoso corretor de imзveis,
  • 15:04 - 15:07
    sugeriu terminar com a
    depressсo fazendo
  • 15:07 - 15:10
    a obsolescЖncia planejada
    compulsзria por lei.
  • 15:10 - 15:14
    Era a primeira vez que o
    conceito era colocado por escrito.
  • 15:15 - 15:18
    Pela proposta de Bernard London,
  • 15:18 - 15:21
    todos os produtos teriam
    uma vida Щtil prж-definida,
  • 15:22 - 15:24
    ao final da qual seriam
    considerados "legalmente mortos".
  • 15:25 - 15:28
    Os consumidores os entregariam
    a uma agЖncia governamental,
  • 15:28 - 15:30
    onde seriam destruьdos.
  • 15:32 - 15:34
    Ele tentava chegar a um equilьbrio
    entre o capital e o trabalho,
  • 15:34 - 15:37
    onde sempre haveriam
    mercado para novos produtos.
  • 15:38 - 15:42
    Sempre haveria demanda para o
    trabalho, e lucro para o capital.
  • 15:46 - 15:49
    Bernard London acreditava que
    com a obsolescЖncia compulsзria,
  • 15:49 - 15:51
    a indЩstria se
    manteria produzindo,
  • 15:51 - 15:54
    as pessoas se manteriam consumindo,
    e todos teriam empregos.
  • 16:01 - 16:06
    Giles Slade foi a Nova York para
    investigar a pessoa atrрs da idжia.
  • 16:06 - 16:10
    Ele queria descobrir se a
    obsolescЖncia de Bernard London
  • 16:10 - 16:15
    se tratava apenas de lucros, ou
    se tentava ajudar os desempregados.
  • 16:16 - 16:18
    Eu tenho uma foto de
    Bernard London...
  • 16:18 - 16:21
    Dorothea Weitzner lembra-se de
    ter encontrado Bernard London
  • 16:21 - 16:24
    nos anos 30,
    durante um evento familiar.
  • 16:24 - 16:26
    Nсo me diga qual deles ж.
    - Ok.
  • 16:27 - 16:30
    Oh, que interessante...
  • 16:30 - 16:33
    Sim, definitivamente,
    ele parece intelectual.
  • 16:34 - 16:36
    VocЖ encontrou Bernard
    London em 1933...
  • 16:36 - 16:39
    Quando eu tinha uns 16 ou 17 anos.
  • 16:40 - 16:42
    Meu pai tinha um
    grande Cadillac,
  • 16:43 - 16:46
    que era do tamanho de um Zeppelin.
    Minha mсe estava dirigindo,
  • 16:46 - 16:49
    como uma "chauffeur".
    Papai estava na frente,
  • 16:49 - 16:53
    e o Sr. e Sra. London estavam atrрs
    da grande limusine. Papai disse
  • 16:54 - 16:57
    que o Sr. London ia explicar
    sua filosofia para mim.
  • 16:57 - 16:59
    Era um homem interessante.
  • 16:59 - 17:02
    E ele me disse, em poucas
    palavras, qual era a sua idжia
  • 17:02 - 17:07
    para reduzir a depressсo, pois
    estрvamos em uma bagunуa econЗmica,
  • 17:07 - 17:11
    que era pior do que hoje.
    Ele era obcecado por sua idжia,
  • 17:11 - 17:15
    como um artista
    obcecado por sua pintura.
  • 17:15 - 17:18
    Ele na verdade sussurrava
    para mim, no ouvido,
  • 17:18 - 17:23
    com receio de que sua
    teoria fosse muito radical.
  • 17:24 - 17:27
    Na verdade, a proposta de
    Bernard London foi ignorada,
  • 17:28 - 17:32
    e obsolescЖncia obrigatзria por lei
    nunca foi colocada em prрtica.
  • 17:36 - 17:41
    20 anos mais tarde, nos anos 1950,
    a idжia ressurgiu,
  • 17:41 - 17:46
    mas com uma mudanуa crucial: ao
    invжs da obsolescЖncia forуada,
  • 17:46 - 17:49
    os consumidores seriam
    seduzidos por ela.
  • 17:49 - 17:54
    "OBSOLESC╩NCIA PLANEJADA: o
    desejo, por parte do consumidor,
  • 17:54 - 17:59
    de possuir algo um pouco mais novo,
    um pouco melhor,
  • 17:59 - 18:02
    um pouco antes do necessрrio."
    Certamente, nзs nos EUA...
  • 18:02 - 18:05
    Esta era a voz de
    Brooks Stevens,
  • 18:05 - 18:09
    o apзstolo da obsolescЖncia
    planejada nos EUA pзs-guerra.
  • 18:09 - 18:12
    Este exuberante
    designer industrial
  • 18:12 - 18:16
    criou de tudo, de utilidades
    domжsticas a carros e trens,
  • 18:16 - 18:19
    sempre com a
    obsolescЖncia planejada em mente.
  • 18:22 - 18:25
    No espьrito da жpoca, os
    projetos de Brooks Stevens
  • 18:25 - 18:27
    transmitiam
    velocidade e modernidade,
  • 18:27 - 18:29
    e atж mesmo a sua
    casa era diferente.
  • 18:30 - 18:33
    Esta ж a casa que meu pai projetou,
    e onde eu cresci.
  • 18:33 - 18:36
    Quando ela foi construьda,
    nos subЩrbios,
  • 18:36 - 18:38
    todos achavam que seria
    a nova rodoviрria,
  • 18:39 - 18:42
    porque ela nсo se parecia
    com uma casa tradicional.
  • 18:45 - 18:47
    Uma das coisas mais
    importantes que meu pai
  • 18:47 - 18:50
    sempre cuidava em um produto era
    que deveria haver uma mensagem.
  • 18:50 - 18:53
    Ele detestava produtos
    que nсo diziam nada,
  • 18:53 - 19:00
    ou que nсo criassem algum desejo no
    consumidor que inspirasse a compra.
  • 19:02 - 19:04
    Ao contrрrio da abordagem
    europжia do passado,
  • 19:04 - 19:07
    onde eles tentavam criar
    os melhores produtos
  • 19:07 - 19:11
    e fazЖ-los durarem para sempre,
    como quando compravam um casaco
  • 19:12 - 19:14
    e casavam com ele e
    eram enterrados com ele,
  • 19:14 - 19:16
    e nunca tinham a
    chance de renovр-lo,
  • 19:16 - 19:22
    a abordagem nos EUA ж fazer o
    consumidor INfeliz com o produto
  • 19:22 - 19:27
    que foi usado por um tempo,
    deixando-o para o mercado de usados
  • 19:27 - 19:31
    e comprando um produto mais
    novo, com um visual renovado.
  • 19:33 - 19:36
    Brooks Stevens
    viajava pelos EUA
  • 19:36 - 19:38
    promovendo a
    obsolescЖncia planejada e,
  • 19:38 - 19:43
    discurso apзs discurso, sua
    teoria virou a moda do momento.
  • 19:43 - 19:46
    "VALORIZANDO OS
    ESTILISTAS DA AM╔RICA"
  • 19:48 - 19:53
    Homens e mulheres, juntos,
    melhoraram o visual das coisas.
  • 19:54 - 19:59
    Fervorosamente deram atenусo ao
    que ж novo e bonito, e avanуado.
  • 20:03 - 20:07
    Design e marketing
    seduziram os consumidores
  • 20:07 - 20:09
    a sempre desejarem os
    Щltimos modelos.
  • 20:09 - 20:13
    Meu pai nunca desenhou um produto
    para intencionalmente falhar,
  • 20:13 - 20:16
    ou tornar-se obsoleto por
    alguma razсo funcional
  • 20:16 - 20:18
    em um curto perьodo de tempo.
  • 20:18 - 20:23
    A obsolescЖncia planejada ficava
    sempre a critжrio do consumidor.
  • 20:24 - 20:27
    Ninguжm forуava o
    consumidor a entrar numa loja
  • 20:27 - 20:29
    e comprar um produto.
  • 20:29 - 20:33
    Ele fazia isso por
    vontade e escolha prзprias.
  • 20:38 - 20:42
    Liberdade e felicidade
    atravжs do consumo ilimitado.
  • 20:42 - 20:46
    O modo de vida americano dos
    anos 1950 tornou-se a base
  • 20:46 - 20:49
    da sociedade de consumo
    que conhecemos hoje.
  • 21:03 - 21:09
    Sem a obsolescЖncia planejada,
    este lugar nсo existiria.
  • 21:10 - 21:16
    Nсo haveriam produtos, nem
    indЩstrias, nem designers,
  • 21:16 - 21:20
    nem arquitetos, nem vendedores,
    nem faxineiros,
  • 21:20 - 21:24
    nem guardas de seguranуa,
    nenhum emprego.
  • 21:25 - 21:27
    De quanto em quanto tempo
    vocЖs trocam de celulares?
  • 21:27 - 21:30
    18 meses.
    - Uma vez por ano.
  • 21:30 - 21:32
    Atualmente,
    a obsolescЖncia planejada
  • 21:32 - 21:37
    ж parte intrьnseca do currьculo das
    escolas de Engenharia e design.
  • 21:37 - 21:41
    Boris Knuff ensina o conceito
    de "ciclo de vida dos produtos",
  • 21:41 - 21:44
    um eufemismo moderno para
    obsolescЖncia planejada.
  • 21:44 - 21:49
    Eu comprei para
    vocЖs algumas coisas.
  • 21:49 - 21:55
    Uma frigideira, um saleiro,
    uma camisa, outra camisa...
  • 21:55 - 21:59
    Os estudantes aprendem a
    projetar para um mundo
  • 21:59 - 22:03
    dominado por um Щnico objetivo:
    compras freqЧentes e repetitivas.
  • 22:04 - 22:07
    Vou passar isto, e vocЖ
    vсo me dizer o que acham,
  • 22:07 - 22:10
    quanto tempo levarсo para
    estragar, qual serр sua vida Щtil?
  • 22:13 - 22:16
    Os designers devem entender a
    empresa para a qual trabalham.
  • 22:17 - 22:19
    A empresa decide,
    por um modelo de negзcios,
  • 22:20 - 22:24
    o quсo freqЧente querem que
    troquemos os produtos oferecidos.
  • 22:24 - 22:28
    Portanto, esta aula ж voltada aos
    designers, e eles tЖm que entender
  • 22:28 - 22:32
    e projetar os produtos desta
    forma, para cumprir exatamente
  • 22:32 - 22:36
    a estratжgia do cliente
    para o qual eles trabalham.
  • 22:38 - 22:43
    A obsolescЖncia planejada foi a
    base do crescimento econЗmico
  • 22:43 - 22:47
    que o mundo ocidental
    viveu desde os anos 1950.
  • 22:49 - 22:54
    Desde entсo, crescimento tem sido o
    objetivo sagrado de nossa economia.
  • 22:57 - 23:03
    A lзgica da sociedade nсo ж
    crescer para atender a demanda,
  • 23:03 - 23:09
    mas crescer pelo prazer de crescer.
    Um crescimento sem limites,
  • 23:09 - 23:15
    que sз ж justificado pelo
    crescimento ilimitado do consumo.
  • 23:16 - 23:20
    Serge Latouche ж um crьtico
    da sociedade de consumo,
  • 23:20 - 23:23
    e escreveu bastante
    sobre os seus mecanismos.
  • 23:24 - 23:33
    Os 3 fundamentos sсo publicidade,
    obsolescЖncia planejada e crжdito.
  • 23:39 - 23:41
    Durante a Щltima geraусo,
  • 23:42 - 23:45
    nossa vida resume-se a consumir
    coisas e contrair dьvidas
  • 23:45 - 23:49
    para comprar coisas que nсo
    precisamos, o que nсo tem sentido.
  • 23:52 - 23:55
    Crьticos da sociedade de
    consumo apontam que ela ж
  • 23:55 - 23:59
    insustentрvel a longo prazo,
    por se basear em uma contradiусo.
  • 24:00 - 24:06
    Quem pensa que crescimento infinito
    ж compatьvel com um planeta finito
  • 24:06 - 24:09
    ou ж louco, ou ж economista...
  • 24:09 - 24:13
    O problema ж que todos nзs
    nos tornamos economistas hoje.
  • 24:14 - 24:18
    Por que um produto ж
    criado a cada 3 minutos
  • 24:18 - 24:21
    em algum lugar do mundo?
    Isto ж necessрrio?
  • 24:21 - 24:25
    Acho que muitas pessoas vЖem que
    as coisas precisam mudar,
  • 24:25 - 24:29
    quando os polьticos dizem
    que comprar, ou consumir,
  • 24:29 - 24:32
    ж a melhor forma
    de movimentar a economia.
  • 24:32 - 24:38
    Nesta sociedade de consumo, todos
    nзs estamos sentados em um carro
  • 24:38 - 24:45
    que nсo tem mais piloto e estр
    correndo a toda velocidade,
  • 24:45 - 24:53
    e vai acabar batendo em uma
    parede ou caindo em um precipьcio.
  • 25:08 - 25:11
    Lendo os manuais de serviуo
    de vрrias impressoras,
  • 25:11 - 25:15
    Marcos descobriu que a
    vida Щtil de muitas delas
  • 25:15 - 25:18
    ж definida pelos
    Engenheiros desde o inьcio.
  • 25:18 - 25:24
    VIDA ┌TIL DO PRODUTO
    18.000 pрginas / 5 anos de uso
  • 25:26 - 25:32
    Eles conseguem isso colocando
    um chip dentro da impressora.
  • 25:43 - 25:49
    Este ж um chip, uma EEPROM, que
    guarda o nЩmero de impressшes,
  • 25:49 - 25:54
    e quando chega a determinado valor,
    bloqueia a impressora e ela pрra.
  • 26:00 - 26:03
    "O HOMEM DO TERNO BRANCO"
  • 26:03 - 26:08
    Como os Engenheiros se sentem ao
    desenhar produtos para falharem?
  • 26:08 - 26:12
    Este dilema ж abordado em um
    filme britРnico de 1951,
  • 26:12 - 26:15
    onde um jovem quьmico inventa
    um fio que dura para sempre.
  • 26:17 - 26:20
    Ele acredita que um grande
    progresso foi atingido.
  • 26:24 - 26:27
    "FIO ETERNO ASSUSTA
    A IND┌STRIA T╩XTIL"
  • 26:27 - 26:31
    Mas nem todos ficam
    contentes com sua descoberta.
  • 26:31 - 26:36
    E logo ele se encontra ameaуado,
    e nсo sз pelos fabricantes,
  • 26:36 - 26:40
    mas tambжm pelos trabalhadores,
    temendo por seus empregos.
  • 26:40 - 26:43
    Isto ж realmente
    interessante, e me lembra
  • 26:43 - 26:46
    algo que realmente aconteceu
    na indЩstria tЖxtil.
  • 26:48 - 26:52
    Em 1940, a gigante quьmica
    duPont anuncia a chegada
  • 26:52 - 26:56
    de uma revolucionрria
    fibra sintжtica: o NYLON.
  • 27:00 - 27:04
    As mulheres comemoraram as
    meias de longa duraусo.
  • 27:04 - 27:06
    Mas a alegria teve vida curta...
  • 27:07 - 27:13
    Meu pai trabalhou na duPont antes e
    depois da guerra, na divisсo Nylon.
  • 27:13 - 27:18
    Ele me contou a histзria sobre
    quando o Nylon apareceu,
  • 27:18 - 27:21
    e eles tentaram
    usр-lo em meias.
  • 27:21 - 27:25
    Pediram aos homens da sua divisсo
    para levar as meias para casa
  • 27:25 - 27:28
    para que suas esposas e
    namoradas testassem.
  • 27:28 - 27:33
    Meu pai trouxe para minha mсe, e
    ela ficou maravilhada com o produto
  • 27:33 - 27:35
    porque ele era muito resistente.
  • 27:39 - 27:44
    Os quьmicos da duPont tinham tudo
    para se orgulhar de seu feito,
  • 27:44 - 27:48
    pois atж os homens testemunhavam
    a robustez das meias.
  • 27:48 - 27:52
    O problema era que elas duravam
    demais. As mulheres estavam muito
  • 27:52 - 27:55
    felizes pelo fato de
    que elas nсo rasgavam.
  • 27:55 - 27:56
    Infelizmente,
    isso significava que
  • 27:57 - 28:01
    a empresa que produzia as meias
    nсo iria vendЖ-las em quantidade.
  • 28:02 - 28:07
    A duPont deu novas instruушes ao
    pai de Nicols Fox e seus colegas.
  • 28:10 - 28:13
    Mandou os homens da sua
    divisсo de volta Яs pranchetas,
  • 28:14 - 28:16
    para que fizessem as
    fibras mais fracas,
  • 28:16 - 28:19
    e inventassem algo que
    fosse mais frрgil
  • 28:19 - 28:24
    e que rasgasse, para que as
    meias nсo durassem tanto.
  • 28:26 - 28:30
    Os mesmos quьmicos que usaram seus
    talentos para criar o nylon durрvel
  • 28:31 - 28:34
    tiveram que se ajustar
    e fazЖ-lo mais frрgil.
  • 28:34 - 28:38
    Os fios indestrutьveis
    desapareceram das fрbricas,
  • 28:38 - 28:40
    assim como no filme.
  • 28:40 - 28:43
    Precisamos controlar esta
    descoberta. Completamente.
  • 28:44 - 28:48
    Pagamos o dobro do seu contrato.
    - Um quarto de milhсo...
  • 28:49 - 28:52
    Para suprimi-la?
    - Sim.
  • 28:52 - 28:54
    Como os quьmicos da
    duPont se sentiram
  • 28:54 - 28:57
    ao deliberadamente reduzir
    a vida de um produto?
  • 28:57 - 29:00
    Deve ser frustrante
    para os Engenheiros
  • 29:00 - 29:04
    ter que usar seus talentos
    para fazer um produto inferior
  • 29:04 - 29:07
    apзs trabalhar tanto para
    fazer um produto bom,
  • 29:07 - 29:11
    mas de uma certa forma,
  • 29:11 - 29:15
    visto de fora,
    esse ж o trabalho deles.
  • 29:16 - 29:19
    Fazer mais forte, fazer mais fraco,
    este era o trabalho deles.
  • 29:22 - 29:24
    Engenheiros enfrentam um
    problema жtico complicado.
  • 29:25 - 29:28
    Esta confrontaусo com a
    obsolescЖncia planejada faz
  • 29:28 - 29:33
    com que examinem seus mais
    bрsicos conceitos жticos.
  • 29:33 - 29:37
    Hр uma escola conservadora
    que acredita em fazer
  • 29:37 - 29:40
    um produto permanente,
    que nunca estrague.
  • 29:40 - 29:42
    E hр uma nova geraусo de
    Engenheiros voltada ao mercado,
  • 29:42 - 29:45
    que estр claramente
    interessada em fazer
  • 29:45 - 29:47
    o produto mais
    descartрvel possьvel.
  • 29:47 - 29:53
    E este debate termina com a nova
    geraусo de Engenheiros vencendo.
  • 29:53 - 29:57
    "A MORTE DE UM VENDEDOR"
  • 29:57 - 30:00
    A obsolescЖncia planejada
    nсo afeta apenas Engenheiros.
  • 30:01 - 30:04
    A frustraусo do
    consumidor comum ж mostrada
  • 30:04 - 30:07
    no clрssico filme de Arthur Miller,
    "A morte de um vendedor"
  • 30:07 - 30:09
    Assim como Willy Lomax,
  • 30:09 - 30:12
    tudo o que os consumidores podem
    fazer ж reclamar, impotentes.
  • 30:12 - 30:15
    Uma vez na vida, eu gostaria de
    ter algo que nсo quebrasse.
  • 30:15 - 30:21
    Estamos sempre correndo atrрs. Nem
    bem pagamos o carro e ele jр pifou.
  • 30:21 - 30:25
    E o refrigerador... consome
    correias como um manьaco.
  • 30:25 - 30:28
    Eles programam estas coisas,
    para que quando
  • 30:28 - 30:30
    terminemos de pagar,
    estejam inЩteis.
  • 30:33 - 30:37
    Poucos consumidores sabem que,
    do outro lado da cortina de ferro,
  • 30:37 - 30:39
    nos paьses do bloco oriental,
  • 30:39 - 30:44
    havia toda uma economia
    sem obsolescЖncia planejada.
  • 30:49 - 30:52
    A economia comunista nсo era
    guiada pelo livre mercado,
  • 30:52 - 30:55
    mas centralizada pelo Estado.
  • 30:55 - 31:00
    Era ineficiente, e atormentada
    pela falta crЗnica de recursos.
  • 31:00 - 31:04
    Num sistema assim, obsolescЖncia
    planejada nсo fazia sentido.
  • 31:09 - 31:13
    Na antiga Alemanha Oriental, a
    mais eficiente economia comunista,
  • 31:13 - 31:17
    normas oficiais estipulavam
    que refrigeradores e
  • 31:17 - 31:21
    mрquinas de lavar deveriam
    funcionar por 25 ANOS!
  • 31:23 - 31:33
    Esta geladeira eu comprei em 1985
    na Alemanha Oriental. Tem 25 anos.
  • 31:33 - 31:40
    A lРmpada tem a mesma idade. Nunca
    foi trocada, e tambжm tem 25 anos!
  • 31:43 - 31:47
    Em 1981, uma fрbrica de
    lРmpadas de Berlim Oriental
  • 31:47 - 31:49
    lanуou uma lРmpada
    de longa duraусo.
  • 31:49 - 31:52
    Eles a levaram a uma
    feira internacional,
  • 31:52 - 31:55
    Я procura de
    compradores do Ocidente.
  • 31:56 - 32:00
    Quando a Alemanha
    Oriental, em 1981, apresentou
  • 32:00 - 32:04
    esta lРmpada em uma
    feira em Hannover,
  • 32:04 - 32:07
    nossos colegas do Oeste disseram:
    VocЖs vсo nos deixar desempregados.
  • 32:07 - 32:14
    E nзs, Engenheiros da Narva,
    respondemos: "Pelo contrрrio,
  • 32:14 - 32:18
    economizando recursos e nсo
    desperdiуando tungstЖnio,
  • 32:18 - 32:21
    nзs vamos manter os
    empregos de todos."
  • 32:24 - 32:27
    Os compradores do Ocidente
    rejeitaram a lРmpada.
  • 32:28 - 32:31
    Em 1989, o muro de
    Berlim foi derrubado,
  • 32:31 - 32:38
    a fрbrica foi fechada, e a
    lРmpada parou de ser produzida.
  • 32:39 - 32:43
    Hoje, ela sз pode ser vista
    em exposiушes e museus.
  • 32:53 - 32:56
    20 anos apзs a queda
    do muro de Berlim,
  • 32:56 - 33:01
    o consumismo cresce no
    Leste tanto quanto no Oeste.
  • 33:08 - 33:12
    Mas hр uma diferenуa. Na era
    da internet, os consumidores
  • 33:12 - 33:15
    estсo prontos para lutar contra
    a obsolescЖncia planejada.
  • 33:16 - 33:18
    O primeiro movimento
    importante que fizemos
  • 33:18 - 33:21
    foi o filme contra o iPod.
  • 33:21 - 33:26
    Eu estava completamente quebrado
    apзs comprar um iPod por US$ 500,
  • 33:27 - 33:32
    e 8 meses depois, talvez 12 meses
    depois, a sua bateria morreu.
  • 33:32 - 33:37
    Eu liguei para a Apple,
    pedindo para trocarem a bateria,
  • 33:37 - 33:42
    e a polьtica deles na жpoca mandava
    os usuрrios comprarem um novo.
  • 33:42 - 33:45
    VocЖ deve comprar um novo.
    - Mas a Apple nсo oferece...
  • 33:46 - 33:49
    ...a Apple nсo oferece uma
    bateria nova para o iPod?
  • 33:49 - 33:50
    Nсo.
  • 33:50 - 33:52
    Nсo era a bateria ter
    morrido que me irritava,
  • 33:53 - 33:55
    porque no meu celular Nokia,
  • 33:55 - 33:58
    a bateria morre e eu compro uma
    nova, e mesmo em meu laptop Apple,
  • 33:58 - 34:02
    quando a bateria morre,
    pode-se trocр-la.
  • 34:02 - 34:05
    Mas no iPod, que era caro,
  • 34:05 - 34:08
    quando a bateria morria, vocЖ
    tinha que trocр-lo inteiro.
  • 34:11 - 34:15
    Entсo, meu irmсo teve a idжia
    de fazer um filme sobre isso.
  • 34:15 - 34:19
    Usamos um gabarito tipo
    stencil e spray e marcamos
  • 34:19 - 34:22
    todos os anЩncios de iPod
    que achamos na cidade.
  • 34:22 - 34:27
    "A BATERIA DO IPOD N├O PODE SER
    TROCADA E DURA SМ 18 MESES."
  • 34:28 - 34:33
    Nзs colocamos o vьdeo em nosso site
    "segredinhodoipod.com"
  • 34:33 - 34:36
    Nas primeiras 6 semanas,
    5,6 milhшes de visualizaушes.
  • 34:36 - 34:40
    E o site era
    absolutamente simples.
  • 34:43 - 34:47
    Uma advogada de San Francisco,
    Elizabeth Pritzker, soube do vьdeo,
  • 34:47 - 34:50
    e junto com seus associados,
    decidiu processar a Apple
  • 34:50 - 34:52
    pela vida Щtil da
    bateria do iPod.
  • 34:53 - 34:55
    Meio sжculo apзs o
    caso das lРmpadas,
  • 34:55 - 34:59
    a obsolescЖncia planejada
    seria julgada de novo.
  • 34:59 - 35:04
    Quando comeуamos este litьgio,
    2 anos apзs o inьcio do iPod,
  • 35:04 - 35:10
    a Apple jр havia vendido
    3 milhшes de iPods nos EUA.
  • 35:11 - 35:15
    Muitos dos usuрrios dos
    3 milhшes de iPods estavam tendo
  • 35:15 - 35:17
    problemas com as baterias.
    E queriam processar.
  • 35:18 - 35:21
    Um deles era Andrew Westley.
  • 35:23 - 35:26
    Nзs selecionamos, entre os
    consumidores que nos ligaram,
  • 35:26 - 35:31
    pessoas que fossem representativos
    em uma aусo de classe.
  • 35:35 - 35:39
    A "aусo de classe" ж um
    dispositivo interessante nos EUA,
  • 35:39 - 35:44
    onde um pequeno grupo de
    pessoas toma o lugar
  • 35:44 - 35:48
    de um grande grupo para
    apresentar-se perante o tribunal.
  • 35:49 - 35:55
    Meu papel neste caso
    era representar milhares,
  • 35:55 - 35:57
    ou talvez dezenas de
    milhares de pessoas.
  • 35:57 - 36:01
    O caso ficou conhecido como
    "Westley versus Apple".
  • 36:04 - 36:06
    Quando meus amigos e
    famьlia souberam
  • 36:06 - 36:11
    deste grande processo, acharam que
    eu havia me tornado um "radical".
  • 36:11 - 36:15
    Quem era eu para um processo
    destes, e quem seria o prзximo?
  • 36:18 - 36:19
    Em dezembro de 2003,
  • 36:19 - 36:24
    Elizabeth Pritzker entrou com o
    caso na Corte de San Mateo,
  • 36:24 - 36:27
    a apenas algumas
    quadras da sede da Apple.
  • 36:30 - 36:34
    Nзs pedimos Я Apple
    a documentaусo tжcnica
  • 36:34 - 36:37
    sobre a vida Щtil da
    bateria do iPod,
  • 36:37 - 36:40
    e recebemos uma montanha
    de dados tжcnicos sobre
  • 36:40 - 36:46
    o projeto da bateria, sobre os
    testes, e descobrimos daь que
  • 36:47 - 36:52
    o tipo da bateria de lьtio que era
    empregada no iPod foi projetada,
  • 36:52 - 36:55
    desde o inьcio, para ter um
    perьodo de vida Щtil muito curto.
  • 36:59 - 37:02
    Eu realmente acredito
    que o projeto do iPod
  • 37:02 - 37:06
    foi intencionalmente feito para
    ter uma obsolescЖncia planejada.
  • 37:07 - 37:12
    Apзs alguns meses de tensсo,
    as partes chegaram a um acordo.
  • 37:12 - 37:18
    A Apple fez um recall nas baterias,
    e estendeu a garantia para 2 anos.
  • 37:18 - 37:21
    Aos reclamantes,
    foi oferecida uma compensaусo.
  • 37:22 - 37:27
    Uma coisa que me irrita
    pessoalmente ж que a Apple
  • 37:27 - 37:32
    se auto-promove como uma empresa
    jovem, moderna e de vanguarda,
  • 37:32 - 37:37
    e para uma empresa assim, nсo
    ter uma boa polьtica ambiental
  • 37:37 - 37:41
    que permita aos usuрrios retornar
    os produtos para adequada
  • 37:41 - 37:48
    reciclagem ж contra-produtivo,
    vai contra a imagem divulgada.
  • 37:54 - 37:58
    A obsolescЖncia planejada produz
    um fluxo constante de lixo,
  • 37:58 - 38:02
    que ж enviado a paьses do terceiro
    mundo, como Gana, na ┴frica.
  • 38:04 - 38:10
    Jр fazem 8 a 9 anos desde que eu
    notei lotes e lotes de containeres
  • 38:10 - 38:13
    chegando neste paьs
    com lixo eletrЗnico.
  • 38:14 - 38:18
    Eram computadores e
    televisшes obsoletos,
  • 38:19 - 38:22
    que ninguжm mais queria
    nos paьses desenvolvidos.
  • 38:23 - 38:26
    O envio de lixo eletrЗnico a
    paьses do terceiro mundo
  • 38:26 - 38:28
    ж proibido por leis
    internacionais,
  • 38:28 - 38:31
    mas as empresas usam
    um truque simples:
  • 38:31 - 38:35
    elas declaram o lixo como
    "produtos de segunda mсo".
  • 38:40 - 38:43
    Mais de 80% do lixo
    eletrЗnico que chega em Gana
  • 38:43 - 38:47
    ж totalmente sem conserto,
    e lotes inteiros de containeres
  • 38:47 - 38:50
    sсo abandonados em
    lixшes por todo o paьs.
  • 38:50 - 38:55
    Estamos em um lixсo em
    Agbogbloshie, e no passado tьnhamos
  • 38:55 - 39:01
    um lindo rio chamado Odaw, que
    fazia vрrios meandros nesta рrea.
  • 39:01 - 39:05
    Antigamente, era um rio
    riquьssimo em peixes,
  • 39:05 - 39:08
    e havia uma escola nсo
    muito longe daqui,
  • 39:08 - 39:11
    de onde as crianуas vinham
    jogar futebol e brincar no rio.
  • 39:11 - 39:15
    Os pescadores organizavam corridas
    de barcos, eu me lembro muito bem.
  • 39:15 - 39:18
    Mas agora estр tudo acabado,
    jр era.
  • 39:18 - 39:22
    E isto me deixa muito,
    muito triste. E furioso.
  • 39:26 - 39:30
    Hoje, nсo hр crianуas
    brincando aqui apзs as aulas.
  • 39:30 - 39:36
    Ao invжs disso, filhos de famьlias
    pobres vЖm aqui para catar metais.
  • 39:36 - 39:40
    Elas queimam a capa plрstica
    dos fios dos computadores
  • 39:40 - 39:43
    para levar o
    metal de dentro.
  • 39:49 - 39:52
    O que sobra ж quebrado
    pelas crianуas menores,
  • 39:52 - 39:54
    que procuram por quaisquer
    resquьcios de metal
  • 39:54 - 39:57
    que tenham passado
    pelos mais velhos.
  • 40:13 - 40:15
    As empresas que enviam
    este lixo dizem que
  • 40:15 - 40:19
    "estamos tentando quebrar a
    barreira digital entre
  • 40:19 - 40:23
    a Europa, EUA e o resto da ┴frica,
    como Gana",
  • 40:23 - 40:25
    mas a realidade ж que
    estes computadores
  • 40:25 - 40:28
    que eles mandam para cр
    simplesmente nсo funcionam.
  • 40:30 - 40:33
    Nсo hр sentido em
    receber lixo eletrЗnico
  • 40:33 - 40:36
    se nсo ж aproveitрvel, ainda mais
    quando nсo foi produzido aqui
  • 40:36 - 40:42
    e o paьs ж usado
    como a lixeira do mundo.
  • 40:47 - 40:52
    O lixo que por tanto tempo foi
    escondido de nossas vistas
  • 40:52 - 40:56
    estр agora voltando a nossas
    vidas de uma forma inevitрvel.
  • 40:56 - 40:59
    A "economia do descartрvel"
    estр nos afogando,
  • 40:59 - 41:03
    porque nсo hр mais espaуo
    fьsico para colocar o lixo.
  • 41:03 - 41:05
    Eu acho que,
    com o passar dos anos,
  • 41:05 - 41:08
    nзs vamos descobrir que
    o planeta em que vivemos
  • 41:08 - 41:10
    nсo pode sustentar
    isso para sempre.
  • 41:10 - 41:16
    Hр limite dos recursos naturais e
    das fontes de energia disponьveis.
  • 41:17 - 41:21
    A posteridade nunca vai nos
    perdoar. O futuro vai nos acusar
  • 41:22 - 41:25
    de ter desperdiуado atitudes,
    de ter jogado fora
  • 41:25 - 41:28
    o estilo de vida dos
    paьses avanуados.
  • 41:30 - 41:33
    Pessoas de todo o
    mundo comeуaram a lutar
  • 41:33 - 41:36
    contra a
    obsolescЖncia planejada.
  • 41:36 - 41:40
    Mike Anane estр lutando a
    partir do lado recebedor.
  • 41:40 - 41:44
    Ele resolveu comeуar
    coletando informaушes.
  • 41:44 - 41:48
    Eu comecei a ver o origem
    das etiquetas de patrimЗnio.
  • 41:48 - 41:54
    Esta aqui diz "AMO Center
    Nordvest Sjaeland". ╔ da Dinamarca.
  • 41:54 - 41:58
    Esta ж da Alemanha.
    Fрcil de ver.
  • 41:58 - 41:59
    Westminster College
    (EUA)
  • 41:59 - 42:03
    Apple. Apple nсo ж melhor... ╔ uma
    empresa que alega ser ecolзgica.
  • 42:03 - 42:07
    Montes de produtos
    Apple sсo largados aqui.
  • 42:08 - 42:12
    Meu banco de dados contжm as
    etiquetas de patrimЗnio,
  • 42:12 - 42:16
    os endereуos e telefones
    das empresas proprietрrias
  • 42:16 - 42:20
    do lixo eletrЗnico que
    ж largado em Gana.
  • 42:21 - 42:24
    Mike Anane pretende
    transformar estas informaушes
  • 42:24 - 42:27
    em evidЖncias
    para um processo.
  • 42:31 - 42:35
    Nзs temos que fazer algo,
    algo punitivo.
  • 42:35 - 42:37
    Nзs temos que
    processar as pessoas
  • 42:37 - 42:40
    para que parem de
    mandar lixo para Gana.
  • 42:50 - 42:53
    Marcos estр na
    internet de novo,
  • 42:53 - 42:57
    procurando uma forma de aumentar
    a vida de sua impressora.
  • 42:58 - 43:03
    Ele descobriu um site russo
    que oferece um software grрtis
  • 43:03 - 43:06
    para impressoras com
    os chips contadores.
  • 43:06 - 43:11
    O programador atж mesmo explica
    as suas motivaушes pessoais.
  • 43:11 - 43:14
    Isto ж feito a
    partir do projeto.
  • 43:14 - 43:17
    Nсo ж assim que se
    faz negзcios.
  • 43:17 - 43:20
    Nсo ж bom nem para o usuрrio,
    nem para o meio-ambiente.
  • 43:20 - 43:24
    Entсo, eu procurei e achei uma
    forma de fazer um software simples
  • 43:24 - 43:29
    que permita aos usuрrios
    resetarem o contador.
  • 43:29 - 43:32
    Marcos nсo sabe o
    que esperar,
  • 43:32 - 43:35
    mas baixou o
    programa assim mesmo.
  • 43:37 - 43:39
    De uma pequena
    vila na Franуa,
  • 43:39 - 43:42
    John Thackara luta contra
    a obsolescЖncia planejada
  • 43:42 - 43:44
    ajudando as pessoas a
    compartilhar projetos e idжias.
  • 43:44 - 43:48
    Idжias que vЖm de
    todo o mundo.
  • 43:48 - 43:52
    Em paьses pobres, as coisas
    sсo reparadas naturalmente.
  • 43:52 - 43:55
    A noусo de jogar algo fora
    sз porque nсo funciona mais
  • 43:55 - 44:00
    ж vista como algo desprezьvel
    e impensрvel pelas pessoas.
  • 44:00 - 44:03
    Na ═ndia, hр uma palavra,
    "jugaad",
  • 44:03 - 44:07
    que descreve esta tradiусo
    de consertar as coisas,
  • 44:07 - 44:10
    nсo importa a
    complexidade delas.
  • 44:13 - 44:18
    Eu tento encontrar pessoas que
    estejam fazendo algo real no mundo,
  • 44:18 - 44:22
    ao invжs de apenas falarem ou
    fazerem declaraушes abstratas
  • 44:22 - 44:25
    sobre quсo ruins as coisas estсo,
    e que devem mudar.
  • 44:29 - 44:32
    Uma desta pessoas ж
    Warner Philips,
  • 44:32 - 44:36
    descendente da dinastia
    dos fabricantes de lРmpadas.
  • 44:39 - 44:42
    Eu me lembro do meu
    avЗ me levando
  • 44:42 - 44:44
    a uma das fрbricas da Philips,
    em Eindhoven,
  • 44:44 - 44:47
    me mostrando como as
    lРmpadas era fabricadas.
  • 44:48 - 44:51
    Era muito, muito legal.
  • 44:54 - 44:58
    Quase 100 anos apзs a
    criaусo do cartel das lРmpadas,
  • 44:58 - 45:02
    Warner Philips segue a tradiусo
    familiar com outra filosofia.
  • 45:02 - 45:07
    Ele produz uma lРmpada de LED,
    que dura 25 anos.
  • 45:11 - 45:16
    Proteусo ambiental e negзcios
    nсo sсo dois mundos diferentes.
  • 45:17 - 45:22
    Sustentabilidade ж a melhor
    forma para construir um negзcio.
  • 45:23 - 45:25
    E a Щnica forma para
    fazer isto, eu acredito,
  • 45:26 - 45:29
    ж considerar no custo
    real do produto
  • 45:29 - 45:32
    os recursos que foram
    usados, a energia consumida
  • 45:33 - 45:36
    e os custos
    indiretos de transporte.
  • 45:37 - 45:42
    O setor de transportes
    e o preуo dos fretes,
  • 45:42 - 45:48
    sem falar que o petrзleo nсo ж
    renovрvel ou substituьvel,
  • 45:48 - 45:53
    eu diria que o preуo dos fretes
    serр multiplicado por 20 ou 30.
  • 45:53 - 45:56
    Se vocЖ considerar tudo isso
    em cada produto fabricado,
  • 45:57 - 46:01
    haveria enorme incentivo aos
    fabricantes e empresрrios
  • 46:01 - 46:05
    em todo o mundo para fazer
    produtos que durassem para sempre.
  • 46:07 - 46:10
    A luta contra a obsolescЖncia
    planejada sз pode ser atingida
  • 46:10 - 46:14
    repensando a Engenharia e
    produусo dos bens de consumo.
  • 46:15 - 46:17
    Um novo conceito, chamado
    "DO BERКO AO BERКO"
  • 46:18 - 46:20
    afirma que, se as fрbricas
    funcionassem como a natureza,
  • 46:20 - 46:25
    a prзpria obsolescЖncia planejada
    se tornaria obsoleta.
  • 46:26 - 46:34
    Meio ambiente sempre ж ligado a
    economia e reduусo de desperdьcio.
  • 46:34 - 46:41
    Mas a natureza nсo economiza nada
    para fazer uma cerejeira florescer.
  • 46:44 - 46:48
    A natureza produz abundantemente,
    mas as flores que caem,
  • 46:48 - 46:52
    folhas mortas e outros materiais
    descartados nсo sсo desperdiуados.
  • 46:52 - 46:56
    Eles se transformam em nutrientes
    para outros organismos. Um ciclo.
  • 46:57 - 47:02
    A natureza nсo produz nenhum
    lixo, apenas nutrientes.
  • 47:03 - 47:09
    Braungart acredita que a indЩstria
    pode imitar este ciclo da natureza.
  • 47:10 - 47:13
    Ele provou que isto ж
    possьvel ao reprojetar
  • 47:13 - 47:17
    o processo de produусo de
    uma empresa tЖxtil suьуa.
  • 47:17 - 47:23
    Imagine um tecido como
    este num sofр ou uma cadeira.
  • 47:23 - 47:30
    ╔ uma decoraусo tсo tзxica que deve
    ser tratada como material perigoso.
  • 47:33 - 47:37
    Braungart descobriu que centenas
    de produtos altamente tзxicos
  • 47:37 - 47:40
    eram rotineiramente
    usados na fрbrica.
  • 47:42 - 47:44
    Para a produусo de
    novos tecidos,
  • 47:44 - 47:50
    Braungart e sua equipe as reduziu a
    36 substРncias biodegradрveis.
  • 47:52 - 47:57
    Mas com materiais biodegradрveis,
    vocЖ pode atж comЖ-la.
  • 47:57 - 47:59
    ╔ sз picar e comer
    no cafж da manhс.
  • 47:59 - 48:04
    Em uma sociedade que produz lixo,
    os produtos sempre serсo problemas.
  • 48:04 - 48:07
    Mas se os fabricantes
    usarem os componentes corretos,
  • 48:07 - 48:12
    os produtos usados podem
    se transformar em algo novo.
  • 48:12 - 48:15
    Para os mais radicais crьticos
    da obsolescЖncia planejada,
  • 48:15 - 48:17
    reformar a produусo
    nсo ж suficiente.
  • 48:17 - 48:21
    Eles querem que repensemos todo o
    sistema econЗmico e nossos valores.
  • 48:21 - 48:27
    Uma revoluусo real requer
    uma mudanуa cultural,
  • 48:27 - 48:31
    mudanуa de paradigmas e
    mudanуa de mentalidade.
  • 48:31 - 48:35
    Esta revoluусo ж chamada
    "DECRESCIMENTO".
  • 48:35 - 48:38
    Serge Latouche viaja
    dando conferЖncias
  • 48:38 - 48:42
    explicando como chegar
    a isso na sociedade.
  • 48:42 - 48:50
    A adequaусo ж um slogan
    provocativo, que vai derrubar o
  • 48:50 - 48:57
    discurso que considera crescimento
    compatьvel com sustentabilidade.
  • 48:57 - 49:01
    Ele marca a necessidade
    de mudar nossa lзgica.
  • 49:01 - 49:12
    A maior mensagem do "decrescimento"
    ж reduzir o impacto ambiental,
  • 49:12 - 49:17
    o lixo, o excesso de produусo
    e o consumismo.
  • 49:17 - 49:23
    Reduzindo o consumo e a produусo,
    nзs terьamos mais tempo livre
  • 49:23 - 49:31
    para desenvolver outros tipos de
    riqueza nсo destrutiva,
  • 49:31 - 49:35
    como por exemplo,
    a amizade e o conhecimento.
  • 49:36 - 49:38
    Nзs cada vez mais
    confiamos nos objetos
  • 49:38 - 49:42
    para nos dar o senso de
    auto-estima e identidade.
  • 49:42 - 49:45
    Isso em parte ж conseqЧЖncia
    do rompimento com coisas
  • 49:45 - 49:47
    que antes nos identificavam,
    como entrosamento na comunidade,
  • 49:47 - 49:51
    ou a relaусo com a terra,
    ou mesmo
  • 49:51 - 49:56
    relaушes sociais que foram
    substituьdas pelo consumismo.
  • 49:59 - 50:04
    Se a felicidade fosse dependente
    de nossos nьveis de consumo,
  • 50:04 - 50:07
    nзs deverьamos ter chegado
    Я felicidade absoluta,
  • 50:07 - 50:12
    porque consumimos 26 vezes
    mais do que nos tempos de Marx.
  • 50:12 - 50:16
    Mas todos os estudos mostram que as
    pessoas nсo estсo mais felizes,
  • 50:16 - 50:19
    porque a felicidade ж
    sempre subjetiva.
  • 50:24 - 50:28
    Crьticos do "decrescimento" temem
    que isso destrua a economia moderna
  • 50:28 - 50:31
    e nos leve de volta
    Я Idade da Pedra.
  • 50:33 - 50:40
    Retornar a uma sociedade
    sustentрvel e ecolзgica
  • 50:40 - 50:48
    nсo ж voltar Я Idade da Pedra,
    mas apenas Я Franуa de 1960.
  • 50:48 - 50:51
    ╔ bem menos do que a
    Idade da Pedra.
  • 50:53 - 50:58
    Uma sociedade nсo-consumista
    realiza a visсo de Gandhi, que diz:
  • 50:58 - 51:03
    "O mundo ж grande o suficiente para
    satisfazer a necessidade de todos,
  • 51:03 - 51:10
    mas sempre serр pequeno demais para
    satisfazer a ganРncia individual."
  • 51:34 - 51:40
    Marcos estр instalando o
    software russo em seu computador.
  • 51:42 - 51:49
    O software faz com que o contador
    da impressora volte a zero.
  • 51:52 - 51:56
    E a impressora
    imediatamente desbloqueia.
  • 52:10 - 52:14
    Para saber mais sobre os termos
    empregados, consulte a Wikipedia.
  • 52:14 - 52:18
    Procure por "Cradle to Cradle"
    e por "Degrowth".
  • 52:18 - 52:22
    Adote atitudes concretas que
    preservem o meio ambiente.
  • 52:22 - 52:26
    Traduусo, revisсo e sincronismo:
    SteriS+pitiKa 29.05.2012
  • 52:26 - 52:30
    - FIM -
  • 52:30 - 52:33
    Download Movie Subtitles Searcher from www.OpenSubtitles.org
Title:
REMOVE SUBTITLE
Description:

Nouvelle vidéo qui s'inscrit dans le projet 20 ans, et lien avec Super size me également puisqu'il s'agît de consommer. Mais cette fois plus par un besoin fictif fabriqué par les chimiste pour nôtre cerveau mais établie par une "usurpation"
Consommer, et si tout était calculé pour cela ?
Sommes nous manipulé par les lobby ?
Les extension de garantie sont-elles utiles ?
Vos produits de plus en plus fragiles ?
...
Et bien voila peut être une piste pour répondre à certaine de vos question.

more » « less
Video Language:
French
Duration:
01:14:56

Portuguese, Brazilian subtitles

Incomplete

Revisions